O Eton Dorney Rowing Centre se localiza num lago artificial, o Dorney Lake, de propriedade do Eton College. * |
No Tamisa (não está na foto acima) ainda são encontradas e pescadas enguias. Peixe de aspecto meio nojento. No prato, depois de preparado, é quase tão repugnante quanto a muçuã que comi em Belém do Pará.
Como no rio londrino ela é cada vez mais escassa, agora são importadas da vizinha Irlanda. Diz a lenda que é tão afrodisíaca quanto a piranha pantaneira e a raspa do osso do nosso tucunaré.
Mas em Londres ainda é tradicional comer a enguia cozida com purê de batata. Aliás que em Londres não há como não comer peixe e batata.
Nas quadras, campos de futebol, quadras, piscinas, raias e arenas, estamos sofrendo com algumas decepções.
Exemplos? Joana Maranhão, uma espécie de Ronaldo na Copa da França. Teve um peripaque, caiu, cortou o supercílio e não competiu no dia (400m medley). Diferentemente do Ronaldo que foi para o jogo e não jogou nada. A Joana, no dia seguinte, foi para a outra prova (200m medley) e aí aconteceu o mesmo do Ronaldo, não nadou nada. Vexame como última colocada na sua série de semifinal. Despedida melancólica, com o tempo que fez, não teria passado nas seletivas e não estaria nas olimpíadas. Foi fazer turismo em Londres.
Como foram os irmãos Hipólyto. Tanto o Diego, quanto a Daniele não corresponderam e ficaram nos devendo muito.
Voltando as piscinas, outros nadadores, vários outros, não conseguiram atingir, sequer, os índices obtidos em provas pré-olímpicas que os qualificaram para Londres.
Ou seja, pioraram suas marcas, ao invés de melhorarem. Não entendo como um atleta que tem como ideal participar de uma olimpíada, se esforça para chegar até lá e, lá estando, não dá o máximo de si, não se supera em busca de resultados expressivos, mesmo que não se traduzam em medalhas. Pô, os caras não repetem índices que já alcançaram. O que é isso? Tremedeira? Relaxamento? Falta de garra? Falta de foco?
Os psicólogos precisam explicar este fenômeno.
Segundo ouvi de um comentarista de natação, o critério adotado pelo Brasil, para classificação de nadadores, é que atinjam, no mínimo, o 12º tempo de olimpíada anterior ou campeonato mundial. Se bem entendi, aquele que alcança a marca obtida pelo 12º colocado na olimpíada anterior consegue classificação e vai representar o Brasil.
E sabe o que acontece? Eles conseguem em disputas regionais (Sul-Americanos ou Pan-Americanos, ou outras seletivas) os índices estabelecidos, mas não repetem as marcas quando chegam a competição para valer.
Pelo comentário do analista da ESPN, vários deles se tivessem nadado dentro dos tempos que conseguiram antes das Olimpíadas e que os credenciaram, teriam chegado às semifinais.
Todos os que foram eliminados logo no início teriam chegado, pelo menos, às semifinais se repetissem tempos que já alcançaram. Alguém explica isso?
O basquete feminino vai de mal a pior e chego a supor que além de não lograrmos posição honrosa em Londres, corremos o risco futuro, a exemplo do que aconteceu com os marmanjos que ficaram três olimpíadas sem participar, de não conseguirmos classificação para as próximas. A sorte das meninas (algumas já nem tanto) é que a próxima competição olímpica será no Rio de Janeiro.
No vôlei feminino a situação não é mais alentadora. Devemos ficar fora do pódio, sem medalhas.
Já o handebol feminino está caminhando bem. Sem alarde.
O basquete masculino, surpreendentemente, mesmo com o abominável Leandrinho*, tem mais chance de medalha do que o vôlei masculino, o que nos últimos anos seria impensável. O vôlei conseguiu medalhas e o basquete sequer participou, nas três últimas competições .
O futebol aumentou suas chances com a inesperada e, porque não, vergonhosa eliminação da Espanha. No terreno dos vexames o Uruguai deu o dele também, perdendo para o Senegal, a primeira derrota deles na história das olimpíadas. E olha que eles ganharam a medalha de ouro em 1924 e 1928. E no futebol profissional atravessam uma boa fase, são campeões Sul-Americanos.
* Local de disputa das provas de remo e canoagem de velocidade. Tem 2,2 km com 8 faixas. Fica próximo do Castelo de Windsor.
** Se tivesse voz e poder decisório, dispensava o tal de Leandrinho, que joga na NBA (o que não é pouca coisa, admito), ganha bem em dólares, mas para meus parâmetros faz mal ao time. É mascara pura. Só quer arremessar, e o faz com baixo aproveitamento. O Oscar também era fominha. Adorava fazer cestas, mas fazia mesmo.
Sumiu todo mundo do blog. Que houve? Estão todos em Londres?
ResponderExcluir:D Fernandez
Comecei assistindo. No entanto, não dá para ficar testemunhando decepções em série.
ResponderExcluirPra mim, é o retrato atual do Brasil. A coisa vai piorar pelo que vem sendo feito em termos de educação e esportes.
>:o( Freddy
Olha aí, Fernandez. O Freddy está presente.
ResponderExcluirAlguns realmente sairam à francesa. Bem, o Ricardo dos Anjos justificou a ausência temporária. Está de mudança.
Verdade, Freddy, temo por um vexame enorme em 2016 nas quadras, arenas, estádios, piscinas e pistas de atletismo.
Corremos o risco de sermos o país de mais baixo desempenho como anfitrião de Olimpíadas.
Estão se preocupando com o atraso das obras, certo. Mas ninguém está se preocupando com o atraso na preparação de atletas competitivos.
Abraço
É verdade. Em Londre fish'n'chips.
ResponderExcluirAbraços
Esqueceram de mim? Tô aqui!
Tb estou aqui.
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