Às 16:30h, no Brasil, 20:30h
em Londres, assistindo pela TV as provas de ontem na competição olímpica de
natação, fiquei bastante emocionado com a emoção da nadadora Missy Franklin.
Ela conquistara a medalha de ouro na prova do 100m nado de costas e no lugar
mais alto do podium, aos primeiros acordes do hino americano, começou a
murmurar a letra, numa tentativa clara de não se concentrar no significado do
momento. De repente parou o murmúrio e começou a soprar suavemente, soltando o
ar, estaria bufando se os movimentos fossem incontroláveis e fortes. Mas não,
eram suaves, estava evidente que contralava a emoção. Mas ao final do hino,
quando já reiniciara a cantar baixinho, só para ela, as lágrimas brotaram e
começaram a escorrer pela sua face. Com as costas das mãos, disfarçando o
gesto, tentava inutilmente seca-las.
Foi aí que me emocionei mais
do que ela. Sempre fui emotivo, mas depois do AVC piorou muito a minha
emotividade. No caso que narro, emocionou-me a americana ficar emocionada com a
conquista do premio maior, representado por uma medalha dourada, vendo a
bandeira de seu país subindo no mastro ao som do hino nacional. A emoção
transbordante é emocionante.
Na foto abaixo já controlara as lágrimas e sorria ao lado das medalhistas de prata e bronze.
Na foto abaixo já controlara as lágrimas e sorria ao lado das medalhistas de prata e bronze.
Que
será que passava na cabeça da Missy? Era orgulho por haver bem representado seu
país? Seria pela alegria que estaria propiciando aos seus pais? Ou seria pura
alegria por ela mesma, pelo prazer pessoal.
Não importa foi bonito ver.
É verdade que muitos outros
vencedores nestas mesmas olimpíadas, extravazaram alegria, sorrisos (e também
lágrimas emocionadas) e acenos de mãos
para os parentes e amigos nas arquibancadas, mas foi aquele nadadora
ali, no alto do pódio, não conseguindo, malgrado todo o esforço que fez,
soltando o ar ou balbuciando a letra de seu hino nacional, que me levou às lágrimas.
A razão principal, imagino, é
que em momentos como aquele a gente consegue identificar um ser humano.
Brasileiros que conquistam medalhas também se emocionam.
ResponderExcluirE vibram mais, eu acho.
Abraços
É verdade Gusmão. Todavia, a cena que presenciei e relatei, aconteceu com uma americana. Poderia ater sido com brasileira, angolana, ucraniana, enfim um atleta (homem ou mulher) de qualquer outra nacionalidade.
ResponderExcluirO que chamouu minha atenção e comoveu, não foi o país que a nadadora representava, mas sim a menifestação de seu sentimento.
Até porque para os americanos ganhar medalhas é rotina. Para alguns a felicidade está em superar seus próprios limites. Disputam com eles mesmos.
Abraço
Ainda pouco aconteceu fato semelhante com um nadador sul-africano chamado Chad le Clos.
ResponderExcluirOs lábios tremiam e as lágrimas corriam pelo rosto. Na aquibancada pai e mãe gritavam e choravam também emocionados. Ganhou do Phelps.
Abraço