Enquanto
assistimos em nossas telas de TV, tablets ou iPhones, aqueles que não fomos até
Londres, a um espetáculo artístico/cultural magnificamente concebido e
realizado com dedicação e entusiasmo por centenas de voluntários britânicos,
que ao longo dos últimos dois anos dedicaram muitas hora de seus momentos de
descanso em exaustivos ensaios para que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
saísse perfeita técnica e visualmente, aqui no Brasil temos um rol de mazelas,
descalabros e absurdos, isto há 4 anos do patrocínio das próximas Olimpíadas.
Entre
alguns dos problemas com os quais nos deparamos são surreais. Exemplo? Os novos
trens adquiridos para o metrô, não couberam nos tuneis abertos e obrigaram à
reformas nas estações.
Um
velódromo, para provas de ciclismo, construído há apenas 5 anos, para os Jogos
Pan-Americanos, competição importante no calendário mundial, teve sua pista
rejeitada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que recomendou, pasmem sua
demolição. Esta aberração que nos envergonha e entristece, ainda vai dar pano
para manga. Ora, jogar no lixo 14 milhões de reais, que foi quanto nos custou a
“moderna” estrutura para competições de ciclismo, é inconcebível.
Seja
porque o Velódromo foi construído em 2007, não faz portanto um tempo demasiado
longo, seja porque muitas cidades importantes do país não dispõem de instalações
adequadas para este tipo de competição (inadequadas pelo rigores do COI, mas
excelentes para, por exemplo, treinamentos), seja porque duvido que neste
interregno de 4 anos tenham surgido materiais e/ou técnicas que tornaram
obsoleta e imprestável a nossa pista em Jacarepaguá.
Este
escândalo é comparável a constatação de que há uma estrutura podre no teto do
Maracanã, palco da abertura e de várias disputas. Existirem danos na cobertura
de um estádio que ainda está em obras é prova cabal de incompetência e/ou
desonestidade e/ou falta de controle.
Estas
e outras aberrações estão apontadas em reportagem publicada em revista semanal que
circula no Rio, em edição especial voltada para o Estado.
Tenho
alguma chance de estar vivo em 2016, pois afinal estou somente com 72 anos de
idade, e morrerei de vergonha se até lá não forem resolvidos problemas seriíssimos
que temos, e que podem comprometer a realização da festa e dos jogos Olímpicos.
As
áreas de segurança e transporte, desde os aeroportos, apresentam problemas de difícil
solução em tão curto espaço de tempo, que corremos o risco de um vexame de proporções
planetárias.
Enquanto
isto, em Londres, a população que não iria ao estádio para assistir à cerimônia,
atendendo apelo das autoridades, ficou em casa para diminuir a número de veículos
em circulação na cidade e o trânsito fluir mais livremente.
E
os milhares de voluntários, técnicos e
profissionais envolvidos nos ensaios e preparativos, guardaram os segredos e
truques envolvendo o espetáculo, de
sorte a não estragar a surpresa de quem iria assistir no local ou pela TV (mais
de 1 bilhão de pessoas) ao redor do mundo.
Educação,
orgulho nacional, dignidade e respeito. Será que além de instalações adequadas
teremos estes ingredientes de caráter e honra?
Em Londres e adjacências, as instalações ou seja, estádios, quadras, arenas, piscinas, raias e pistas, foram construídos aproveitando, tanto quanto possível, equipamentos existentes, como no caso das provas de tiro, que estão sendo realizadas num antigo quartel da Artilharia Real, construído em 1776, no sudoeste da cidade.
Enquanto o Estádio Olímpico de Pequim, que ficou conhecido como o "Ninho de Pássaro" nos impressionou pela estética, pelo design, o construído em Londres tem formas arquitetônicas mais austeras e a preocupação maior foi com a sustentabilidade. Pragmaticamente trocaram o belo pelo racional.
Finalmente, hoje, aqui e agora, termino falando de outro show, desta feita o de imagens. Assisti competição de remo, logo cedo (aqui no Brasil, pois há uma diferença de fuso de 4 horas) e de natação à tarde.
No remo tivemos imagens laterais dos barcos em disputa, de frente e, com resultado excelente, do alto, com visão geral da raia. Sensacional. E o Centro Aquático que sem desprezar a prioridade de ser sustentável e legado importante para a cidade, atendeu também o aspecto estético. Seu teto em forma de onda tem um resultado visual muito bacana.
As imagens das provas de natação também são fantásticas. Permitem observar os movimentos de pés, pernas e braços dos nadadores, e oferecem visão geral de toda a piscina o que nos permite acompanhar o desempenho de nossos nadadores e torcer por eles.
O Thiago Pereira fez bonito, ficando com a medalha de prata nos 400m medley, ficando à frente de ninguém menos do que o cultuado Michael Phelps, que acabou fora do podium.
Mas bonito mesmo, nos enchendo de orgulho, fez a Sarah Menezes, judoca que ganhou ouro, mostrando técnica, mas sobretudo raça.
Raça e disposição que faltaram à equipe de basquete feminino que perdeu vergonhosamente, pela falta de combatividade e atenção, para a fraca equipe francesa.
Hoje foi isso, 3 medalhas, uma de cada cor e metal, o que não deixa de ser relevante e auspicioso.
Em Londres e adjacências, as instalações ou seja, estádios, quadras, arenas, piscinas, raias e pistas, foram construídos aproveitando, tanto quanto possível, equipamentos existentes, como no caso das provas de tiro, que estão sendo realizadas num antigo quartel da Artilharia Real, construído em 1776, no sudoeste da cidade.
Enquanto o Estádio Olímpico de Pequim, que ficou conhecido como o "Ninho de Pássaro" nos impressionou pela estética, pelo design, o construído em Londres tem formas arquitetônicas mais austeras e a preocupação maior foi com a sustentabilidade. Pragmaticamente trocaram o belo pelo racional.
Finalmente, hoje, aqui e agora, termino falando de outro show, desta feita o de imagens. Assisti competição de remo, logo cedo (aqui no Brasil, pois há uma diferença de fuso de 4 horas) e de natação à tarde.
No remo tivemos imagens laterais dos barcos em disputa, de frente e, com resultado excelente, do alto, com visão geral da raia. Sensacional. E o Centro Aquático que sem desprezar a prioridade de ser sustentável e legado importante para a cidade, atendeu também o aspecto estético. Seu teto em forma de onda tem um resultado visual muito bacana.
As imagens das provas de natação também são fantásticas. Permitem observar os movimentos de pés, pernas e braços dos nadadores, e oferecem visão geral de toda a piscina o que nos permite acompanhar o desempenho de nossos nadadores e torcer por eles.
O Thiago Pereira fez bonito, ficando com a medalha de prata nos 400m medley, ficando à frente de ninguém menos do que o cultuado Michael Phelps, que acabou fora do podium.
Mas bonito mesmo, nos enchendo de orgulho, fez a Sarah Menezes, judoca que ganhou ouro, mostrando técnica, mas sobretudo raça.
Sarah Menezes |
Raça e disposição que faltaram à equipe de basquete feminino que perdeu vergonhosamente, pela falta de combatividade e atenção, para a fraca equipe francesa.
Hoje foi isso, 3 medalhas, uma de cada cor e metal, o que não deixa de ser relevante e auspicioso.
Bacana e inesperada foi a presença de Marina Silva na comissão de abertura das Olimpíadas em companhia do atual secretário-geral da ONU. Curtam a notícia:
ResponderExcluirA presença da ex-ministra Marina Silva na cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres causou
mal-estar entre os ministros do governo de Dilma Rousseff. A participação pegou a todos de surpresa.
Marina entrou carregando a bandeira com os anéis olímpicos juntamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o maestro argentino Daniel Barenboim e prêmios Nobel. O convite partiu do Comitê Olímpico Internacional, sem o conhecimento do governo brasileiro, e foi mantido em sigilo. A ex-ministra é reconhecida internacionalmente por seu trabalho de defesa do meio ambiente.
HUMOR NO MELHOR ESTILO BRITÂNICO rs
Completando a notícia sobre Marina Silva nas Olimpíadas:
ResponderExcluirA situação cria constrangimento porque Marina não tem boas relações com Dilma Rousseff e acabou encobrindo a presença da presidente do próximo país-sede da Olimpíada na cerimônia de abertura de Londres, ontem. "Marina sempre teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia europeia", disparou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, adversário político de Marina na polêmica do Código Florestal. "Não podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê?"
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que a primeira reação foi de surpresa. Para ele, o COI deveria ter feito um melhor trabalho de comunicação com o governo brasileiro. "É óbvio que seria mais adequado por parte do COI e da organização do evento que houvesse um diálogo de forma mais concreta com o governo brasileiro para a escolha das pessoas", disse, sem deixar de reconhecer a importância do trabalho ambiental de Marina.
Para outro membro da delegação, que pediu para não ser identificado, o que o COI fez foi o equivalente a convidar um membro da oposição britânica para um evento no Brasil que tenha o governo de Londres como convidado especial.
Ao Grupo Estado, Marina explicou que só recebeu o convite na ultima terça-feira, dia 24. Sobre Dilma, insistiu em não criar polêmica, dizendo que "sentia orgulho" em ver a primeira presidente mulher do país na arquibancada do estádio olímpico.
Ontem, Dilma foi mostrada pelas câmeras oficiais por menos de cinco segundos, enquanto a entrada de Marina foi amplamente comentada, como representante da luta ambiental no mundo. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, só ficou sabendo da presença de Marina já no Estádio Olímpico. "Foi surpresa", disse o ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp.
Os governos do Brasil e o Reino Unido vêm mantendo relação estreita e diversas iniciativas de cooperação para a preparação dos Jogos. Mesmo assim, o relacionamento não impediu a situação de saia justa para a comitiva de Dilma em Londres.
Caro Ricardo,
ResponderExcluirNão pretendia misturar esporte com política, até porque acho que as competições de nível internacional servem para aproximar e não para afastar. Adversários só nas praças de competição.
Acho que as autoridades britânicas e membros do COI não tinham preocupações político partidárias ao convidarem a Marina.
Agora cá para nós, a diplomacia brasileira, nos governos PT, não acerta nunca. Escolhemos mal, sempre, o lado para nos colocar, e perdemos oportunidades por fazer política partidária em relações internacionais.
E os ministros do governo Lula, de um modo geral, é composto de idiotas completos e acabados. O ministério Dilma não está a altura de seu desempenho.
Abraço
Marina Silva, tem brilho próprio por seu trabalho conservacionista. Goza de prestígio internacional.
ResponderExcluirComo o COI não deve ter coloração ideológica de regime ou sistema político, não tinha que ouvir mesmo o governo brasileiro.
Não acha não, Ricardo?
Abraço
Mas que ninguém esperava, isso foi.
ResponderExcluirE o Diego Hypolito, hein? Tropeçou em sua própria soberba (que ele diz ser esperança) e caiu, não do cavalo, mas do rés do chão sobre si mesmo.
Ricardo,
ResponderExcluirConcordo por inteiro com sua opinião sobre o Diego.
E hoje, domingo, as coisas começaram muito mal. No judô e na ginástica.
Estou acompanhando a estreia do basquete masculino contra a Austrália.
Também não vi, ainda, grande evolução no time, agora com os jogadores da NBA.
D'aqui a pouco tem futebol (2ª partida.
Vejamos como irá terminar o dia, que começou mal, como escrevi acima.
Abraço
A irmã do Diego, a Daniele, também foi muito mal. Acho que é fim de linha para a família Hipólyto.
ResponderExcluirE a Daiane dos Santos já teve seu momento de brilho. Agora é estrela cadente.
Para 2016 precisamos formar novos ginastas.
Vamos ver o futebol contra a Bielorussia.
Verdade, o domingo está sombrio.
Abraços
Grandes as expectativas olímpicas!
ResponderExcluirAh, um aviso aos companheiros: devo entrar em off por uns 15 dias, pois estou mudando de casa, ou melhor, de apartamento
(3º andar sem elevador é dose!) para uma casa linear, num bairro mais aprazível do que o centro daqui de Nova Petrópolis(RS).
Telefone também será desativado. Máquina e Internet, idem.
Enquanto isso, aguardo a venda da minha casa em Teresópolis, já classificada neste blog numa deferência do Carrano.
É muito raro um brasileiro alcançar uma posição vitoriosa e se manter humilde e trabalhador (sim, para alcançar o tal sucesso tiveram de ralar). Destaques na mídia, assédio, fama, sobem rapidamente à cabeça. As exceções só reforçam a regra.
ResponderExcluirBom domingo a todos.
Freddy
Ricardo,
ResponderExcluirAguardamos breve regresso a este nosso espaço virtual.
Freddy,
Concordo, mas há também o desgaste físico natural, decorrente do passar dos anos, e as lesões que afligem os atletas e por vezes reduzem as possibilidades de atingimento de bons índices.
Abraços e bom domingo para todos.
A solidariedade entre os irmãos Hipólyto é algo bonito de se ver.
ResponderExcluirUm levou um tombo e a outra despencou. Poderiam participar das videos cassetadas do Faustão.
E parimos um ouriço para vencer a Turquia no voley feminino. É outra geração que está chegando ao final de seu apogeu.
:D Fernandez
Chegamos aos 29 seguidores. O número já é maior do que a torcida do America (rsrsrs).
ResponderExcluirBem-vindos os calouros. Não há trote de veteranos, fiquem tranquilos.
O Fernandez criticou o volei feminino. Pergunto eu: e o Basquete?
ResponderExcluirQue saudade do Hortência, da Janete, da Paula e da Martha, das que lembro o nome. Perdemos para a França que sabe fazer vinho e croissant.
Fomos bem nas primeiras provas de vela e no futebol e basquete masculino. Daqui a pouco teremos a estreia do volei masculino.
Neymar fez sua parte, dentro do que todos esperam dele. Gosto bastante do Marcelo, Oscar e Thiago. Não gosto do Hulk e a insistência com que o usam junto com Rafael não me agrada, por enquanto não me parece que correspondam (ambos) a tal responsabilidade.
ResponderExcluirHonduras acaba de fazer 1x0 na Espanha, e Uruguai perdeu (não era um dos favoritos?).
<:o) Freddy
E tiraram uma pedreira de nosso caminho. A Espanha era apontada, com razão, com séria concorrente ao título.
ResponderExcluirAguardemos, Freddy.
Abraço
Fiquei impressionado com a tenista de mesa polonesa que não tem o antebraço direito. Joga muito, mas infelizmente perdeu. É um exemplo de superação.
ResponderExcluirAbraços
Freddy