Por
Carlos Frederico March
(engenheiro, aposentado, vascaíno, fotógrafo e astrônomo amador)
VASCO DA GAMA 5 x 1 SANTOS - 1970
O futebol é uma caixinha de
surpresas, um esporte interessante porque dá azo a situações verdadeiramente
escandalosas. Dizem que é o único esporte no qual uma equipe reconhecidamente
inferior pode superar em determinado momento uma outra bem mais preparada.
Exemplos disso não nos faltam, os estudiosos do “violento esporte bretão” que o
digam.
Eu gosto muito de relembrar
Bonsucesso 2 x 0 Flamengo em 11/09/1968, dando chance ao Botafogo de se sagrar
campeão da Taça Guanabara daquele ano (não fazia parte do Campeonato Carioca) goleando
o Flamengo em jogo extra por 4 x 1 - ao Flamengo teria bastado empatar com o
fraquíssimo "Bonsuça" para conquistá-la.
No entanto, falemos do Vasco
da Gama, o time pelo qual torço, do qual um fato extremamente curioso
permaneceu em minha mente. O ano foi 1970. O Vasco havia se sagrado, após 12
anos de jejum, campeão carioca com um bom time. Jogaram a partida decisiva com
o Botafogo vencida pelo Vasco por 2 x 1: Élcio (no lugar do titular Andrada),
Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luís Carlos (Ademir), Valfrido,
Silva e Gílson Nunes.
Eis que, no 2º semestre, se
realiza o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, mais tarde reconhecido como Campeonato
Brasileiro de 1970, vencido pelo Fluminense. Com 17 times jogando entre si em 2
grupos apenas por conta de critérios de classificação para o turno final, o
Vasco teve sua pior classificação de todos os tempos em Brasileiros: último
colocado! Com apenas 7 pontos ganhos em 16 jogos (2 vitórias, 3 empates e 11
derrotas), foi um desempenho humilhante para um recém campeão estadual.
Apenas como comparação,
quando foi rebaixado em 2008 à 2ª Divisão, o Vasco terminou em antepenúltimo
lugar, com 11 vitórias, 7 empates e 20 derrotas em 38 jogos. Em tempo, em 1970
a vitória valia apenas 2 pontos, enquanto hoje vale 3.
Pois bem... A primeira das 2
únicas vitórias do Vasco naquele trágico campeonato (sorte não existir ainda
rebaixamento) se deu sobre o Santos, em
17/10/1970: uma sonora e inesquecível goleada de 5 x 1!!! Faço questão de
apresentar as escalações, porque a do Santos era memorável, com três dos
tricampeões mundiais mais outros jogadores de reconhecida competência e renome:
VASCO DA GAMA - Élcio;
Fidélis, Renê, Joel Santana, Eberval; Ademir, Benetti; Luís Carlos (Willy),
Silva, Dé (Kosilek) e Gílson Nunes.
SANTOS - Cejas; Carlos
Alberto, Ramos Delgado (Marçal), Djalma Dias, Rildo; Clodoaldo, Lima (Douglas);
David, Nenê, Pelé e Edu.
Portanto, em futebol tudo
pode acontecer. Ruim é quando acontece em momentos decisivos... Por exemplo
quando uma gandula, teoricamente apenas cumprindo o seu papel mas com rapidez e
eficiência impressionantes, inicia uma jogada de ataque fulminante e acaba influenciando
o resultado a favor do time pelo qual torce, sob o complacente olhar de todos.
OK, vá lá que a complacência
tenha seus motivos...
Fernanda Maia, professora de educação física e gandula
Gusmão e demais botafoguenses,
ResponderExcluirO autor, nosso amigo Carlos Frederico estava preocupado com a possibilidade de acharem que o texto insinua que o Botafogo tem um time inferior e ganhou da Vasco que seria melhor.
Como eu acho que o post é oportuno pois o episódio da gandula ainda repercutirá durante algum tempo e vai até virar capa da Playboy, está publicado.
Fica frio, viu Gusmão? O Botafogo soube ganhar, independentemente da gandula, que a julgar pelas fotos publicadas, tem um só defeito: é botafoguense.
Carrano e Carlos
ResponderExcluirEntendi a associação de ideias...
Agora vejam, estávamos preocupados em identificar assuntos de interesse das mulheres e eis que, num post, tratamos dos dois de maior interesse dos homens: futebol e mulher (ou na ordem inversa).
Abraços
Isso, Gusmão! Também me lembrei disso, mas veja bem... Nossa preocupação se referia a que, em debates sobre assuntos os mais diversos possíveis, a gente sempre descambava para futebol. E eu bem relembrei que isso não excluía a postagem eventual de assuntos específicos sobre o apaixonante esporte.
ResponderExcluirMulher? Hmmm, ela apenas entrou aí porque participou de uma jogada de gol, ora...
<:o)
Abraços
Freddy
Como Pilatos no Credo, não é Freddy? (rs)
ResponderExcluirA Fernanda tá na profissão certa: dar bola para os jogadores...
ResponderExcluirRicardo,
ResponderExcluirVocê não achou rápida demais?
Nâo sei se é a idade, mas gostaria que ela fosse mais lenta, na reposição...ou colacação da bola.
Abraço
Caro Fernandez, que comparece como anônimo:
ResponderExcluirAcabo de deletar seu comentário. Embora espirituoso, não é suficientemente sutil, já que temos senhoras na sala.
Fica zangado não.
Quem sabe abrandando dá para publicar. Tenta!
Não só senhoras, Carrano, mas também porventura, entretanto, alguns pudibundos, tenho certeza... Aliás, este Blog é deveras eclético. Gostaria de um comentário do Luvanor,lá de Mato Grosso do Sul sobre esse palpitante e taquicárdico assunto da gandula e sua postura ao devolver presto a bola...
ResponderExcluirQuem será que o Fluminense vai escalar pra marcar a Fernanda ?
ResponderExcluirTem que ficar em cima dela o tempo todo. Marcação cerrada. Haja fôlego.
:D Fernandez
Sou a favor de colocar gandulas torcedoras de times que não estejam jogando, para não haver dúvidas.
ResponderExcluirAbraços
Freddy
Freddy,
ResponderExcluirPior do que gandula, digamos, parcial, é o juiz nem sempre imparcial.
Acho que estas coisas são parte do "negócio" futebol.
No caso específico, acho que a defesa do Vasco é que estava desatenta (e não pode numa decisão), pois o ataque do Botafogo estava ligadíssimo. Bobeamos (sou vascaíno) e dançamos.
Abraço
Vale salientar que o Ademir que figura na equipe que ganhou do Santos por 5 a 1, não é o famoso Queixada, grande goledor que jogou na seleção de 1950.
ResponderExcluirMas o Joel Santana é este mesmo técnico do Flamengo.