Rodney Gusmão
(aposentado, botafoguense, ex-várias coisas, amante da beleza onde estiver)
A
Espanha que vive uma séria crise econômica, com alto índice de desemprego e
elevada dívida pública reuniu, em 48 horas, 180.000 torcedores, em dois
estádios de futebol: o Camp Nou, em Barcelona e o Santiago Bernabéu, em Madrid,
casas, respectivamente do Barcelona e do Real Madrid duas das maiores equipes
de futebol do país e do planeta.
Quando
terminou a fase de grupos da Copa do Campeões da Europa (Champions League), e
Barcelona e Real Madrid estavam classificados para o mata-mata, já eram
apontados como favoritos a conquista do título.
Definidos
os semi-finalistas, com estas duas equipes entre as quatro, passou a não restar
dúvidas entre analistas e torcedores de que uma das duas levantaria o cobiçado
troféu.
Ninguém
duvidava, senão apenas alguns poucos, de que a final seria espanhola.
Afinal
decidiriam a classificação em seus estádios, palcos dos jogos de volta.
Com todas as vantagens que tal fato confere, em especial o incentivo das
numerosas torcidas (90.000 em cada partida). Contam em seus caros elencos com
os dois maiores jogadores de futebol no momento, Cristiano Ronaldo no Real e
Messi no Barcelona.
Há
que considerar que a Espanha figura em primeiro lugar no ranking da FIFA e a
sua seleção é a atual campeã mundial.
De
outro lado, imaginava-se que como meras figurantes, duas equipes que estão fazendo uma temporada
discreta nas competições nacionais, não tendo nenhuma das duas, Bayern e
Chelsea, chances de conquistar os títulos de suas ligas este ano.
O
Chelsea está com técnico interino – Di Matteo – uma espécie de Cristóvão do
Vasco. Era assistente até outro dia.
Então
os resultados que classificaram Bayern e Chelsea foram zebras?
De
jeito algum. São duas belas equipes, altamente competitivas e que demonstram
espírito de luta e alto nível de confiança em suas forças. Futebol não é, apenas, técnica e tática.
O
carequinha Arjen Robben, holandês de triste
memória para nós, haja vista a última Copa, o artilheiro Mario Gomes,
grandalhão habilidoso que lembra um pouco o Leandro Damião, do Inter de Porto
Alegre, e um senhor goleiro - Neuer - que defendeu duas penalidades, do lado do Bayern.
O
forte e raçudo Drogba, o brasileiro Ramires e os veteranos Terry e Lampard,
bons jogadores que pontificam na seleção inglesa, pelo lado do Chelsea, foram
os nomes do jogo.
As
duas principais estrelas, nos dois espetáculos, Messi e Cristiano Ronaldo,
perderam penalidades. Real e Barcelona saíram na frente no marcador e não souberam
ou não puderam sustentar a vantagem.
A
final será disputada no dia 19 de maio na casa do Bayern, por mera sorte, que
costuma acompanhar os vencedores. O sorteio do palco da partida final é
realizado no início da competição. Parece que a bolinha que definiu o Allianz
Arena, em Munique, já antevia a presença do Bayern.
Aos espanhóis resta o consolo de disputar a final da UEFA Europa League, e com certeza conquistar o troféu, já que o confronto reunirá o Atlético de Madrid e o Athletic Bilbao.
Aos espanhóis resta o consolo de disputar a final da UEFA Europa League, e com certeza conquistar o troféu, já que o confronto reunirá o Atlético de Madrid e o Athletic Bilbao.
Enfim,
na Espanha pode estar faltando pão, mas por certo ainda tem circo. Proporcionado por Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid e Athletic Bilbao, para mais de 250.000 espanhóis.
Gusmão,
ResponderExcluirPara nós e muita gente mais, será uma final espanhola, mas não para os bascos.
Não esqueçamos que os nativos do Pais Basco - ao qual pertence a cidade de Bilbao - que historicamente busca sua independência, adotando inclusive atos de terrorismo até bem pouco tempo, não se consideram espanhóis.
Não sei se ainda vigora a norma, mas só podiam jogar no Athletic atletas nascidos na região basca ou descendentes diretos de bascos.
São nacionalistas extremados. Mais do que os catalães.
Portanto, a final irá reunir espanhóis e bascos. Pelo menos para mim e para os bascos.
Só porque basco é o vasco, com sotaque luzitano, ó pá!
Também torcerei pelo Athletic de Bilbao, mas porque ele é treinado pelo Loco. Nâo o Abreu do meu Botafogo, mas o Marcelo Bielsa.
ResponderExcluirAbraço e obrigado por disponibilizar o espaço para mim.
Viram só quanta atletas de talento atuam nos dois times da Europa não-espanhola?
ResponderExcluirA síndrome de pênaltis perdidos é coisa de latino (vide a Copa da América, onde até os vitoriosos custaram a converter as penalidades tidas como máximas).
Como dizia Nenem Prancha, pela boca de João Saldanha, pênalti deveria ser batido pelo presidente do clube.
Pois é, até Maradona,Platini e Pelé perderam. O nosso rei e atleta do século então, tem 18 desperdiçados. E contabilizados:
30/1/1958 – Santos 2 x 5 Atlético-MG (Arizona defendeu)
7/12/1958 – Santos 6 x 1 Corinthians (Cabeção defendeu)
30/9/1962 – Santos 3 x 1 Comercial (Aníbal pegou)
7/5/1964 – Santos 2 x 1 Racing (Pelé cobrou com paradinha, juiz anulou)
30/9/1964 – Corinthians 1 x 1 Santos (Heitor defendeu)
15/11/1964 – Ferroviária 0 x 0 Santos (para fora)
18/11/1964 – Guarani 5 x 1 Santos (Sídnei defendeu)
25/3/1965 – Santos 5 x 4 Peñarol (Maidana defendeu)
14/7/1965 – Santos 6 x 2 Noroeste (para fora)
15/8/1965 – Santos 3 x 1 Prudentina (para fora)
7/10/1965 – Santos 4 x 2 São Bento (para fora)
26/11/1966 – Santos 2 x 1 Guarani (na trave)
26/3/1967 – Santos 1 x 2 Vasco (para fora)
1/4/1967 – Santos 1 x 1 São Paulo (para fora)
5/3/1969 – Guarani 1 x 0 Santos (na trave)
12/5/1971 – Santos 1 x 0 São Bento (Lourenço defendeu)
3/10/1971 – Santos 1 x 0 Cruzeiro (Hélio defendeu)
3/3/1972 – Santos 2 x 0 Roma (Ginulfi defendeu)
29/4/1972 – Santos 1 x 0 Napoli (Pelé perdeu um com paradinha e o juiz anulou. Na nova cobrança, o Rei mandou na trave)
Ricardo,
ResponderExcluirPela tese do Nenem Prancha (através do Saldanha), o Vasco ia se dar bem, pois o Roberto Dinamite era bom cobrador (rs)
Abraço
Acabei de ver a cara do Gusmão, numa plaquinha no elevador, alertando que poderia estar sendo filmado.
ResponderExcluirTambém já vi em algum elevador. Adotei esta imagem facial, através pesquisa na internet.
ResponderExcluirVejam esta historinha.
Baile de carnaval no clube social de uma empresa. Algumas regras eram estabelecidas. Uma delas, era de que não seria permitido entrar de máscara. João Beleza, cujo epíteto já denuncia que se tratava de alguém muito feio, chega na portaria e o Porteiro, muito m,aroto informa para ele: "você pode entrar de máscara. Será menos assustador."
Não é o meu caso, mas tenho medo de assedio nas ruas, daí a carinha.
Abraços
Epero que o Bilbao perca, porque ficará mais fácil contratar o Bielsa para o meu FLU, desejo antigo de grande parte da torcida tricolor do Twitter.
ResponderExcluirsds TRIcolores !!
Em tempo : #foraABEL #foraFRED
O Bielsa está fazendo um bom trabalho lá. Assisti duas partidas e fiquei bem impressionado com o time basco.
ResponderExcluirO Guardiola está no mercado, Paulo.
Serviria pra o FLU?
Abraço
Sem contar que o Athletic Bilbao irá disputar a final da Copa Del Rey, no próximo dia 25 de maio, às 17 horas, com transmissão ESPN. Sabem contra quem? F C Barcelona.
ResponderExcluirPode ser o último título do Guardiola em sua vitoriosa carreira, mas pode dar Athletic, porque não?
Abraços
Na segunda-feira, dia 30, praticamente será decidido o campeonato inglês, com a partida entre as equipes de Manchester: United e City.
ResponderExcluirJogão! Não dá para perder. A ESPN irá transmitir.
Pois é Ricardo, o Pelé desperdiçou 18 penalidades, mas converteu a que se constituiu no milésimo gol. Em cima do Vasco de Andrada.
Aquele jogo foi teatral. Apesar de apreciar muito o Pelé, intimamente estava torcendo para que o Andrada defendesse.
ResponderExcluirFaltou pouco.
ResponderExcluirClaro que na época eu também torci pelo Andrada. No entanto, não custa refletir que, se ele houvesse defendido o penalty, o fato já teria se perdido no tempo e seria outro o clube a ser lembrado "forever" pelo milésimo gol de Pelé, com imagens rodando o mundo.
ResponderExcluirAbraços
Carlos
Concordo, Carlos Frederico.
ResponderExcluirAbraço