Ricardo dos Anjos
O ANTIDIA DA MULHER
mulher:
o arquétipo
a sentença
o fruto pelo
fruto impróprio
mascado
no Jardim.
o incômodo
serpenteia
a cômoda
o espelho.
a face verificada
vitrificada
por olhos atentos
em close
cá e lá
em pêndulo
sem êmulo.
lento descobrir-se
em rugas em rusgas
sugada suada
tentada a sugar o tempo
mas é o tempo
que a suga
sem açúcar
nem afeto.
de fato nada
a comemorar.
apenas comer
e morar e dormir
na virtual rede
sem parede
sem face
nem book.
(turva curva
da humana
idade.)
Ricardo e Esther, queridos amigos:
ResponderExcluirNão demora vou poder editar uma coletânea de poemas extraídos do blog.
Vão em frente!
Beijos e abraços.
Gente, a coisa tá ficando séria!
ResponderExcluirAbraços
Carlos
"lento descobrir-se
ResponderExcluirem rugas em rusgas"
Inspirados versos, Ricardo.
Abraço
O tipo da sentença
ResponderExcluirfruto do incômodo
book antiqua sido
pode ser fonte, estilo,
como descobrir-se
e estar vestida: rugas
êmulo para cerzir
o suor do sulco.
Ah, é o tempo
da idade turva?
E antes, em riste
havia a fisga do mirar
nem face nem look
só hábito de curva
cadência :visgo
a romper sendas.
Hoje em pêndulo
o olhar oscila ...
não. O fato, mortalha
da virtude dorme
e come frente ao espelho
a fome que outrora sede
confraterniza outro olhar.
Mas tudo bem. Hoje serve
a carne flácida, na fresta
lenta suga o tempo.
Recuperar o intenso
é se perdoar. ajustar prudência.
(até carrano nos expulsar, continuaremos a pelejar ) bjs
Se o Carrano ousasse, mas não o fará porque tem bom senso, bom gosto e, acho eu, educação, expulsa-los do blog, a José Olympio, a Saraiva, a Sextante, a Companhia das Letras, a Record, a Intrínseca, a Agir, a Nova Fronteira, qualquer delas acolheria vocês dois de braços abertos, com o peito em festa e o coração a gargalhar.
ResponderExcluirBom final de semana.
Não há necessidade de o Carrano nos expulsar. Expulso-me. Com algumas razões até irrazoáveis.
ResponderExcluirentendam-me a esther
ou quem mais quiser:
ajusto-me em justa
prudência:silencio
a pendenga o lítero
lenga-lenga. jogo
fora o metafórico
virótico das palavras
concretas ou ocas.
não estendo o desafio
a pelea a porfia
tenho limites avoengos
artrite cardiopatia
impaciência dialética
e mais cansaço cansaço
como aquele cantado
por Pessoa, o Fernando.
meu cansaço é de bronze
e o silêncio é de ouro.
Tá todo mundo louco?
ResponderExcluirExpulsar, censurar, limitar, podar, restringir, interferir, impingir aqui neste blog, seria inaplicável, inaceitável e improvável em relação a pessoas queridas e amigas de muitos anos. Esther e Ricardo: a arena é de voces. Nós aplaudiremos intuindo a mensagem mesmo que incompreensível para nossa percepção.
Beijos e abraços.
Obrigado poetas e prosadores que me honram com suas presenças neste espaço.
Depois de meia hora no Houaiss tentando traduzir o Ricardo, lembro-me de meu texto sobre caligrafia e dos comentários sobre a inutilidade do bem falar ou bem escrever nesse mundo que ora evolui sobre as ondas do Facebook e do Twitter.
ResponderExcluirComo serão as poesias e mesmo as prosas daqui a 10, 20 anos?
Abraços
Carlos