Se não disse, agora diria se vivo fosse. De Gaulle teria muitas razões para afirmar que o Brasil não é um país sério.
Temos policiais, civis e militares, em greve. Bombeiros e guarda-vidas em greve.
Temos um general, que comandava a tropa encarregada de restabelecer a ordem, em Salvador, que recebe um bolo de presente a abraça um dos baderneiros amotinados.
Temos ministros na mais Alta Corte do país, que decidem em causa própria, embora sustentando tese perdedora.
Temos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, venda de Habeas Corpus para traficantes. A tabela de preços indica R$ 180.000,00. Os interessados deverão procurar o desembargador Hélcio Valentim de Andrade Filho.
Temos presidiários, no Paraná, promovendo festa com bebidas, mulheres e até piscina inflável.
Temos um ex-jogador de futebol, boêmio e mulherengo, que não suportava acordar cedo e treinar e que agora, como deputado federal, é um ácido critico do Congresso, acusando seus pares de não quererem nada com o trabalho. Palavras textuais do Romário: " Aqui em Brasília não tem nada pra agente fazer"
Temos trinta e oito ministérios e uma ineficiência de governo acéfalo.
Em contrapartida temos uma Liga de Escolas de Samba, dirigida por contraventores, que consegue organizar uma festa popular, como os desfiles das escolas filiadas, com raro brilho e sucesso internacional.
Temos um partido que durante anos na oposição combateu os programas de privatização: o PT. Historicamente contra o que chamavam de privataria, finalmente saiu do armário, como disse o senador Aécio. Explicação do José Genoino (o nome lembra dolares na cueca): "A paisagem da janela que se vê da oposição é diferente da que se vê quando que se está no poder".
Eu nunca fui tão míope quanto o pessoal do PT, ou tão mal intencionado. Sempre fui favorável as privatizações.
Temos um governo que coloca um corrupto como diretor da Casa da Moeda. Ou seja, a raposa tomando conta das galinhas.
Temos o melhor futebol do mundo, nas telas das TVs por assinatura, quando transmitem os campeonatos inglês, espanhol, italiano e alemão.
Porque exportamos os artistas e importamos os espetáculos. Assim como exportamos matérias primas e importamos produtos de consumo.
Estamos num organismo internacional, no caso o MERCOSUL, com parceiros como o Paraguai, sabidamente receptador de roubos, produtor de bens piratas e acolhedor de contrabandistas e traficantes.
Acolhemos bandidos internacionais de todo gênero, como os Batisttis da vida, mas fazemos vistas grossas em relação aos tiranos Castro, em Cuba.
Outras mazelas e bizarrices poderão ser incorporadas à lista acima.
Reitero afirmação feita por mim em 1977, após visitar a Holanda: "tenho vergonha de ser brasileiro". Até agora nada aconteceu para melhorar minha avaliação.
ResponderExcluirAbraço
Carlos
E você quer engrossar com mais bizarrices, falcatruas e outras ignomínias?
ResponderExcluirNão bastam as apontadas para que nos envergonhemos?
Abraço
Lembro que, quando o De Gaulle disse (segundo dizem): "o Brasil não é um pais sário", o nosso saudoso Otto Lara Resende comentou: "Sobre isso que ele disse todo brasileiro sério já sabia disso."
ResponderExcluirO alinhamento dos desastres vem aí em nosso cosmos tupiniquim. Um dia não saberemos onde a sujeira mais abunda: se na vida pública ou na privada (nome significativo). Aliás, bem que poderíamos chamar de pública a privada;e vice-versa.
ResponderExcluirDenovo, do post Locupletação Geral :
ResponderExcluirPessoal, pelo que tenho visto e sentido no dia a dia, no trabalho, no ir e vir, nas conversas com colegas e até amigos, a coisa está mais para a LOCUPLETAÇÃO GERAL.
Quem tenta restaurar a moralidade está sendo perseguido, ameaçado em alguns casos mais complexos (digamos assim), chamado de chato e/ou inconveniente, de otário, etc. E a maioria, com medo, se cala, se omite.
É tudo que os locupletadores (existe essa palavra ?) querem.
O silêncio........e tudo vira paisagem...