Primeiro explicações. Não sou connaisseur de artes pláticas. Li um pouco sobre pintores e seus estilos, ténicas e escolas, por conta da fase em que minha mulher, tendo concluído o curso de desenho, embrenhou-se na arte da pintura a óleo sobre tela. Estudou um pouco em Niterói e um pouco em São Paulo, quando lá residimos.
Quando sua telas começaram a mostrar algum resultado aparentemente bom, durante dois anos, nos finais de semana, ela expos seus quadros na feira de artesanato do Campo de São Bento, em Niterói.
Como eu ficava ao lado dela, sentadinho, e ajudava a atender curiosos, palpiteiros, compradores em potencial, e outros pintores que se aproximavam para admirar as telas expostas, achei que era necessário estudar um pouco de teoria, e ler um pouco sobre os pintores mais importantes de cada época e seus estilos, para poder dialogar sobre perpectiva, luz e sombra, volume, profundidade etc.
Foi então que me apaixonei pelos impressionistas, seus estilos de vida e sua arte.
Vai dai que, no Louvre, por exemplo, detive-me muito mais na ala dos impressionistas, o que foi compartilhado por minha mulher. Mesmo já tendo programado a visita ao Museu d'Orsay, na outra margem do Senna, museu este dedicado, basicamente, aos artistas desta escola. E, ainda, conhecendo Giverny (veja em http://jorgecarrano.blogspot.com/2011/07/claude-monet-pintou-e-plantou.html
Mas voltemos ao Louvre. Quem gosta muito das artes pláticas, conhece, é estudioso, pesquisador ou artista, deve reservar no mínimo três dias para bem conhecer e visitar o acervo deste museu. É muita arte em grandes espaços. Aquela pirâmide, definitivamente... o que é aquilo? Naquele local nada a ver. Ficam faltando areia, camelos e egipcios.
Assim como comentei sobre os impressionistas, deu-se o mesmo em relação a Pablo Picasso; apreciei no Louvre um pouco de sua arte, e fui posteriormente ao Musée National Picasso, tembém em Paris.
Sobre este renomado artista, o que tenho a dizer depois de conhecer boa parte de sua obra, no Louvre, no Museu Nacional em Paris e, principalmente, no museu a ele dedicado, em Barcelona, a conclusão a que cheguei é que Paris fez muito mal a ele (Picasso). Seus trabalhos eram muito melhores, apreciáveis e compeensíveis quando vivia na Catalunha. Definitivamente, as fases azul, rosa e cubista, a meu juízo, empanaram o brilho de sua obra.
Visitei o Musée Rodin, o que retratou em escultura o nosso Gabriel (o pensador)*. É uma piada, riam, por favor.
Nome oficial Lisa Gherardini |
Já arrostei ignorância artistica ao falar mal de Picasso e, sem cerimônia, abusando do direito de escrever besteira, confesso minha decepção com a Mona Lisa, ou La Gioconda. Tela pequena, de 77cm por 53 cm, óleo sobre madeira, sem maiores destaques que não, talvez, o sorriso enigmático da mulher na tela.
Vamos as imagens:
Inicialmenete dois mestres impressionistas, fundadores da escola. Monet, o melhor, na minha opinião modestíssima, e Manet.
Monet - campo de papoulas |
Manet - grapes |
Visão externa do Louvre |
Visão externa do Quai d'Orsay |
Cubista Picasso |
Fase azul Picasso |
Musée Rodin |
Musée National Picasso |
O Pensador - Rodin |
Paris tem dezenas, talves até mais de uma centena de meseus, para todos os gostos: des arts Décoratifs, de L'Orangerie, de Opéra, des Arts de la Mode, Edith Piaf, du Montparnasse e vários outros. Muitos outros. Como não sou de ferro, vistei apenas o Louvre, d'Orsay, Rodin e Picasso.
* Para quem não conhece Gabriel o pensador, é um cantor/compositor de rap, brasileiro.
Ainda bem que o blogueiro admite que sua especialidade são as generalidades, pois de arte, em especial a pintura, sabe pouco.
ResponderExcluirNão admitir a genealidade de Picasso é o mesmo que afirmar que Pelé não jogava nada.
Abraço
Gusmão
Caro Gusmão,
ResponderExcluirCom efeito não sou expert em artes plásticas. E admiti expressamente.
Todavia, arte, para mim, é a emoção que desperta. É o tocar no sentimento mais profundo, assim na pintura como na música.
Por isso abstracionismo, cubismo e que tais não me sensibilizam. Aprecio os mestres retratistas que captam com seus pinceis até a alma do retratado e a coloca na tela, como Velazquez.
Sou apaixonado pelos impressionistas, que fazem flagrantes da natureza e suas mutações em função da luz do sol ao amanhecer e ao entardecer.
Passam-nos impressões.
Sua comparação, desculpe, não cabe. Para você ter uma idéia, joguei futebol (peladas de rua, colégi)o, mas jamais peguei num pincel. Futebol é arte popular, todo mundo entende um pouco, pintura é outra coisa, lamentavelmente, digo, não tão popular.
Você tem razão, não sou um crítico de artes, sou admirador emotivo.
Abraço
Concordo com Carrano.
ResponderExcluirQuando estive na Europa não entendia lhufas de arte. Portanto ao visitar o Louvre nem cheguei perto da MonaLisa, não valia o esforço. Sua pequenez me lembra o dos relógios moles de Dali (do qual gosto). Minha preferência recaiu sobre a estátua Vitória (aquela sem cabeça).
Em termos de pintura detesto Picasso e qualquer um que não retrate o mundo fielmente. Gostei demais da Ronda Noturna de Rembrandt no Rijksmuseum de Amsterdam, cuja imponência e beleza dispensam conhecimentos de arte. Mais recentemente meu quadro preferido é "A tempestade", de Pierre Auguste Cot. Vi-o ao vivo no Metropolitan de NY (enorme!) e tenho reproduções dele em poster emoldurado (Friburgo), foto A4 e até cartas de baralho!
As demais misturas de riscos e cores e figuras distorcidas não fazem a minha cabeça, decerto. Abro uma exceção no entanto para Noite Estrelada de Van Gogh (vi no MoMA).
Abraços, lembrando que sem polêmicas não teríamos o que conversar!
Carlos Frederico
Carrano, não sei se é válido fazer isso nos comentários, mas mando o link do meu quadro mais apreciado:
ResponderExcluirhttp://www.antoniocorsi.com/images/gallery/artwork/cot_the_storm.jpg
Gente, precisam ver de perto a nitidez das dobras da veste translúcida da moça (linda, por sinal)! Se existir um único senão na composição, eu diria que no próximo passo da corrida eles vão tropeçar por conta da proximidade dos pés.
Abraços
Carlos
Prezado Carlos Frederico,
ResponderExcluirNós que já discordamos, respeitosamente, sobre alguns assuntos, neste estamos afinadíssimos.
Permito-me transcrever trecho de seu comentário: "As demais misturas de riscos e cores e figuras distorcidas não fazem a minha cabeça..."
É pouco mais ou menos o que penso e sinto.
Abraço
ATENÇÃO
ResponderExcluirComo o link ofertado pelo Carlos Frederico não está funcionando, sugiro aos interessados em conhecer o quadro preferido dele que utilizae o velho caminho: Ctrl C, Ctrl V.
Selecione o enderço e cole no seu navegador.
Vale e pena
ATENÇÃO 2
ResponderExcluirPara os desatentos, esclareço que o quadro que aparece, utilizado o link do Carlos, e que não tem legenda, é o "The Storm", do pintor francês Pierre-Auguste Cot, e está no Metropolitan Museum of Art, conforme o Carlos Frederico informou.
Ele tem toda razão a tela é sensacional.
Carrano, parabéns por sua publicação (como vc. sabe, não cruzo muito com a palavra "post"). E, vejo que ela causou uma certa polêmica. Eu também não me considero um especialista em pintura (fui melhor no futebol, achando sempre que Garrincha foi melhor que Pelé), mas, mesmo respeitando as opiniões em contrário, acho que não se pode comparar a pintura dos impressionistas com aquela liderada por Picasso. Sinceramente, acho que somente os entendidos no assunto podem sentir e compreender o que Picasso retrata em suas obras. Enfim, como já disse alguém, a discordância é a essência da democracia...
ResponderExcluirObrigado, Carlinhos, pelo comentário. Como mencionei em comentário anterior, não sou expert em artes plásticas. E admiti expressamente. Todavia, arte, para mim, é a emoção que desperta. É o tocar no sentimento mais profundo, assim na pintura como na música.
ResponderExcluirAviso aos não iniciados: o tratamento afetivo e informal, nomeando-o Carlinhos, é coisa de mais de 50 anos de amizade.