10 de agosto de 2011

Maseus em Paris, apenas quatro dos muitos

Primeiro explicações. Não sou connaisseur  de artes pláticas. Li um pouco sobre pintores e seus estilos, ténicas e escolas, por conta da fase em que minha mulher, tendo concluído o curso de desenho, embrenhou-se na arte da pintura a óleo sobre tela. Estudou um pouco em Niterói e um pouco em São Paulo, quando lá residimos.

Quando sua telas começaram a mostrar algum resultado aparentemente bom, durante dois anos, nos finais de semana,  ela expos seus quadros na feira de artesanato do Campo de São Bento, em Niterói.
Como eu ficava ao lado dela, sentadinho, e ajudava a atender curiosos, palpiteiros, compradores em potencial,  e outros  pintores que se aproximavam para admirar as telas expostas, achei que era necessário estudar um pouco de teoria, e ler um pouco sobre os pintores mais importantes de cada época e seus estilos, para poder dialogar sobre perpectiva, luz e sombra, volume, profundidade etc.


Foi então que me apaixonei pelos impressionistas, seus estilos de vida e sua arte.
           
Vai dai que, no Louvre, por exemplo, detive-me muito mais na ala dos      impressionistas, o que foi compartilhado por minha mulher. Mesmo já tendo programado a visita ao Museu d'Orsay, na outra margem do Senna,  museu este dedicado, basicamente,  aos artistas desta escola. E, ainda, conhecendo Giverny (veja em http://jorgecarrano.blogspot.com/2011/07/claude-monet-pintou-e-plantou.html

Mas voltemos ao Louvre. Quem gosta muito das artes pláticas, conhece, é estudioso, pesquisador ou artista, deve reservar no mínimo três dias para bem conhecer e visitar o acervo deste museu. É muita arte em grandes espaços. Aquela pirâmide, definitivamente... o que é aquilo? Naquele local nada a ver. Ficam faltando areia, camelos e egipcios.

Assim como comentei sobre os impressionistas,  deu-se o mesmo  em relação a Pablo Picasso; apreciei no Louvre um pouco de sua arte, e fui posteriormente ao Musée National Picasso, tembém em Paris.
Sobre este renomado artista, o que tenho a dizer depois de conhecer boa parte de sua obra, no Louvre, no Museu Nacional em Paris e, principalmente, no museu a ele dedicado, em  Barcelona,  a conclusão a que cheguei é que Paris fez muito mal a ele (Picasso). Seus trabalhos eram muito melhores, apreciáveis e compeensíveis quando vivia na Catalunha. Definitivamente, as fases azul, rosa e cubista, a meu juízo, empanaram o brilho de sua obra.
Visitei o Musée Rodin, o que retratou em escultura o nosso Gabriel (o pensador)*. É uma piada, riam, por favor.

Nome oficial
Lisa Gherardini
   

Já arrostei ignorância artistica ao falar mal de Picasso e, sem cerimônia, abusando do direito de escrever besteira, confesso minha decepção com a Mona Lisa, ou La Gioconda. Tela pequena, de 77cm  por 53 cm, óleo sobre madeira,  sem maiores destaques que não, talvez, o sorriso enigmático da mulher na tela.

Vamos as imagens:
Inicialmenete dois mestres impressionistas, fundadores da escola. Monet, o melhor, na minha opinião modestíssima, e Manet.


Monet - campo de papoulas
Manet - grapes


Visão externa do Louvre

Visão externa do Quai d'Orsay

La Gioconda



Mona Lisa - detalhe


 

Cubista
Picasso
 
Fase azul
Picasso



 
Musée Rodin

Musée National Picasso











O Pensador - Rodin
   

Paris tem dezenas, talves até mais  de uma centena de meseus, para todos os gostos: des arts Décoratifs, de L'Orangerie,  de Opéra, des Arts de la Mode, Edith Piaf, du Montparnasse e vários outros. Muitos outros. Como não sou de ferro, vistei apenas  o Louvre, d'Orsay, Rodin e Picasso.


 * Para quem não conhece Gabriel o pensador, é um cantor/compositor de rap, brasileiro.


9 comentários:

  1. Ainda bem que o blogueiro admite que sua especialidade são as generalidades, pois de arte, em especial a pintura, sabe pouco.
    Não admitir a genealidade de Picasso é o mesmo que afirmar que Pelé não jogava nada.
    Abraço
    Gusmão

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  2. Caro Gusmão,
    Com efeito não sou expert em artes plásticas. E admiti expressamente.
    Todavia, arte, para mim, é a emoção que desperta. É o tocar no sentimento mais profundo, assim na pintura como na música.
    Por isso abstracionismo, cubismo e que tais não me sensibilizam. Aprecio os mestres retratistas que captam com seus pinceis até a alma do retratado e a coloca na tela, como Velazquez.
    Sou apaixonado pelos impressionistas, que fazem flagrantes da natureza e suas mutações em função da luz do sol ao amanhecer e ao entardecer.
    Passam-nos impressões.
    Sua comparação, desculpe, não cabe. Para você ter uma idéia, joguei futebol (peladas de rua, colégi)o, mas jamais peguei num pincel. Futebol é arte popular, todo mundo entende um pouco, pintura é outra coisa, lamentavelmente, digo, não tão popular.
    Você tem razão, não sou um crítico de artes, sou admirador emotivo.
    Abraço

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  3. Carlos Frederico10/08/2011, 09:43

    Concordo com Carrano.
    Quando estive na Europa não entendia lhufas de arte. Portanto ao visitar o Louvre nem cheguei perto da MonaLisa, não valia o esforço. Sua pequenez me lembra o dos relógios moles de Dali (do qual gosto). Minha preferência recaiu sobre a estátua Vitória (aquela sem cabeça).

    Em termos de pintura detesto Picasso e qualquer um que não retrate o mundo fielmente. Gostei demais da Ronda Noturna de Rembrandt no Rijksmuseum de Amsterdam, cuja imponência e beleza dispensam conhecimentos de arte. Mais recentemente meu quadro preferido é "A tempestade", de Pierre Auguste Cot. Vi-o ao vivo no Metropolitan de NY (enorme!) e tenho reproduções dele em poster emoldurado (Friburgo), foto A4 e até cartas de baralho!

    As demais misturas de riscos e cores e figuras distorcidas não fazem a minha cabeça, decerto. Abro uma exceção no entanto para Noite Estrelada de Van Gogh (vi no MoMA).

    Abraços, lembrando que sem polêmicas não teríamos o que conversar!
    Carlos Frederico

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  4. Carlos Frederico10/08/2011, 09:50

    Carrano, não sei se é válido fazer isso nos comentários, mas mando o link do meu quadro mais apreciado:

    http://www.antoniocorsi.com/images/gallery/artwork/cot_the_storm.jpg

    Gente, precisam ver de perto a nitidez das dobras da veste translúcida da moça (linda, por sinal)! Se existir um único senão na composição, eu diria que no próximo passo da corrida eles vão tropeçar por conta da proximidade dos pés.

    Abraços
    Carlos

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  5. Prezado Carlos Frederico,
    Nós que já discordamos, respeitosamente, sobre alguns assuntos, neste estamos afinadíssimos.
    Permito-me transcrever trecho de seu comentário: "As demais misturas de riscos e cores e figuras distorcidas não fazem a minha cabeça..."
    É pouco mais ou menos o que penso e sinto.
    Abraço

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  6. ATENÇÃO
    Como o link ofertado pelo Carlos Frederico não está funcionando, sugiro aos interessados em conhecer o quadro preferido dele que utilizae o velho caminho: Ctrl C, Ctrl V.
    Selecione o enderço e cole no seu navegador.
    Vale e pena

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  7. ATENÇÃO 2
    Para os desatentos, esclareço que o quadro que aparece, utilizado o link do Carlos, e que não tem legenda, é o "The Storm", do pintor francês Pierre-Auguste Cot, e está no Metropolitan Museum of Art, conforme o Carlos Frederico informou.
    Ele tem toda razão a tela é sensacional.

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  8. Carrano, parabéns por sua publicação (como vc. sabe, não cruzo muito com a palavra "post"). E, vejo que ela causou uma certa polêmica. Eu também não me considero um especialista em pintura (fui melhor no futebol, achando sempre que Garrincha foi melhor que Pelé), mas, mesmo respeitando as opiniões em contrário, acho que não se pode comparar a pintura dos impressionistas com aquela liderada por Picasso. Sinceramente, acho que somente os entendidos no assunto podem sentir e compreender o que Picasso retrata em suas obras. Enfim, como já disse alguém, a discordância é a essência da democracia...

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  9. Obrigado, Carlinhos, pelo comentário. Como mencionei em comentário anterior, não sou expert em artes plásticas. E admiti expressamente. Todavia, arte, para mim, é a emoção que desperta. É o tocar no sentimento mais profundo, assim na pintura como na música.

    Aviso aos não iniciados: o tratamento afetivo e informal, nomeando-o Carlinhos, é coisa de mais de 50 anos de amizade.

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