6 de julho de 2011

Culpado ou inocente?

No cinema são recorrentes enredos que desenvolvem erros de julgamento. Muitas vezes os filmes que enfocam cenas de tribunais, nos conduzem por uma certeza quanto a inocência do personagem. Torcemos pelo veredictum de inocente, quanto mais não seja porque o protagonista, advogado de defesa, foi vivido por ator que admiramos. Ou porque a tese foi brilhantemente defendida.

E o que pode acontecer? Encerrada a sessão de julgamento, comemorações a parte, um diálogo ou uma cena do filme, deixam claro que o réu era culpado, para decepção do advogado que o defendeu, e principalmente para nós assistentes. Na ficção o tema já foi bastante explorado.

Na vida real também experimentamos surpresas e decepções e vemos nossos julgamentos apressados transformarem-se em dúvidas e até arrependimentos.

A decepção é muito grande quando nutrimos admiração e respeito por determinada pessoa, louvamos seus méritos e aplaudimos seus resultados e depois ficamos sabendo que tudo foi conseguido graças a fraudes, comportamentos ilícitos. 


Exemplo deste caso seria o nadador Cesar Cielo, campeão olímpico e mundial, recordista mundial dos 50 m e dos 100 m livre, e maior nadador da história do Brasil; Cesar Cielo está envolvido em um caso de doping pela substância furosemida.

Agora empresário de outros atletas e dono de restaurante em São Paulo, Cielo, se confirmado o doping, será personagem de uma das maiores decepções que vivenciarei. Será que o restaurante chamado "Original da Granja", administrado pelo Cielo é confiável. Será que é original mesmo? E da granja?

No caminho inverso, Dominique Strauss-Kahn, todo poderoso do poderoso FMI, acusado de tentativa de estupro por uma camareira de hotel em Nova Yorque, que chegou a ser preso e libertado sob fiança para ficar em prisão domiciliar, e que todos julgávamos culpado, burro e de mau gosto, porque a tal camareira é uma baranga, talvez seja inocente (pelo menos desta acusação).

A camareira de hotel que acusou Dominique Strauss-Kahn de crimes sexuais seria uma prostituta e, depois do suposto incidente, teria falado com um amigo, traficante preso, sobre a oportunidade de lucrar com a denúncia.

Um investigador informou que a promotoria deve arquivar as denúncias contra Strauss-Kahn numa audiência judicial dentro de duas semanas, ou talvez antes, por causa das sérias dúvidas que pairam sobre a credibilidade da suposta vítima.

Culpados ou inocentes?


Fotos: Google imagens

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