Juliana, 14 anos, já teve poesia publicada neste blog. Agora se revela cronista de costumes. Recém chegada, escreve sobre a cidade "that never sleeps". Em seu blog ela comentou não saber o que achará de seus textos no futuro. Tranquilize-se Ju, esta dúvida já acometeu muita gente boa, quando começou prematuramente a incursão pela literatura.
Quem disse que a ficção não imita a realidade tinha razão, até certo ponto. NY, cenário ideal para qualquer tipo de filme, desde perseguições alucinantes até o encontro final do casal apaixonado. Eu fui, andei e adorei! Me senti em um longa metragem, não só pelo tamanho gigantesco de tudo, mas por fatos que para nós só existem na TV, como sair do avião e ver um monte de gente com aquelas plaquinhas esperando a pessoa cujo nome estava escrito chegar!
O frio de rachar pede uma beagle e um café antes de sair para mais um dia andando pela cidade, sim, em NY é possível andar a cidade toda, desde o Battery Park até o Guggenheim!
"Se o mundo precisasse de uma capital, ela teria que ser NY!" é o que meu pai sempre diz e, vamos concordar, que é verdade. O curioso é como a arquitetura se complementa, prédios antigos ao lado de arranha céus não parecem mais feios ou antiquados, pelo contrário, eles dão para a cidade um ar que e impossível descrever, um ar que só NY tem, uma magia espetacular. Por falar em magia, quer imagem mais bonita do que Times Square? Com todos os letreiros que fazem você querer ter uns 200 olhos só para poder apreciar cada um deles e todos ao mesmo tempo... E o Central Park? No verão, arvores verdes rodeiam a paisagem e nos convidam a ver os pássaros e esquilos que passam por ali. É um lugar tão fantástico que ate mesmo no inverno é bonito, pois a paisagem fica cheia de galhos secos e branquinhos, dando um ar de sofisticação. As imagens abaixo foram tiradas da minha câmera e representam uma das vistas mais belas que já vi.
Central Park
Não posso deixar de comentar sobre as compras, a cidade é um paraíso para os consumistas. Muito fácil de encontrar o que quer e o que não quer também, ou que não está procurando e se surpreende por não existir aqui. Sem nos aparelhos eletrônicos e na moda.
Minha única decepção foi com a Estátua da Liberdade, que parece muito maior e mais bela nos filmes. Não me julguem mal, mas acho o Cristo, o nosso Cristo Redentor mais bonito!
Multiculturalismo é um termo bem empregado para aqueles que não conhecem. A cidade vai muito além de orientais e ocidentais andando na mesma calçada, é um outro povo, uma mistura que chega a incomodar os ouvidos de tantas línguas diferentes ao mesmo tempo.
Todos essas culturas dão origem a muitos restaurantes diversificados, mas a comida, ao meu ver, deixa muito a desejar, uma vez que eles usam muita pimenta e pouco sal. Em um caso de vida ou morte, ter um Mc Donald's em cada esquina já não parece tão exagerado.
Também eu, Juliana, que só conheci NY em 1998 (c/ 47 anos), não gosto da Estátua da Liberdade. Tendo voltado a NY em 1999 e 2000, o máximo que me propus a fazer foi pegar um ferryboat para conseguir uma foto mais de perto e, de quebra (ou principalmente) uma boa visão do New York Skyline, que é fantástico (ainda c/ as Torres...).
ResponderExcluirQuanto às suas impressões, concordo com todas.
Sua crônica está linda. Parabéns.
Carlos Frederico
Prezado Carlos,
ResponderExcluirAvisarei a Juliana sobre seu simpático comentário.
Neste semestre ela está envolvida numa imersão de estudo que a deixa sem tempo pra acompanhar o blog. Ela sabe que no futuro será recompensada pelo esforço.
Agradeço como avô coruja.
Abraço
Anônimo,
ResponderExcluirPelas normas do blog seu comentário não poderá ser upblicado.
Volte, querendo, identificando-se.
A autora certamente ficará feliz com seu elogio.