27 de novembro de 2009

Antiguidades

Como lancei a série de posts “atualidades”, acho que cabe publicar a série “antiguidades”, a qual dou início hoje, lembrando de fatos, pessoas, ou coisas que caíram em desuso.
Poderia começar pela galocha, aquela mesma que adjetiva alguns chatos. Ou pela caneta-tinteiro. Mas vou priorizar pessoas.

Alguém sabe do paradeiro de Eugênio Lamy (acho que é médico psiquiatra), Oswaldo Czertock (dentista), Alódio Santos (advogado?) e Esther Lucio Bittencourt (jornalista?).

Este grupo, do qual fiz parte, produzia, dirigia e apresentava um programa na Rádio Federal, em Niterói. Era um programa voltado para estudantes.

Mas, creiam, realizamos, graças a atuação da Estherzinha (era paixão do Alódio), a façanha de trazer a Niterói, sem qualquer custo, o Neil Sedaka, que fazia apresentações no Rio de Janeiro. Na época ele era sucesso absoluto.

A emissora e seu prefixo, eram apresentados assim: “Das margens da Guanabara para os céus do Brasil, fala a ZYP40, Rádio Federal de Niterói.” Bons e saudosos tempos.
                                                                        
                                                                                   -x-

Estudei no Liceu Nilo Peçanha, referência em ensino no antigo Estado do Rio de Janeiro (antes da fusão). Em matéria de prestígio (justificado) só perdia para o Pedro II, no Rio de Janeiro. O corpo docente era de primeira e o ingresso dos alunos se dava mediante prova de conhecimentos. É bem verdade que havia, como sempre, quem “entrasse pela janela”. A elite (intelectual, política e econômica) estudava lá. Quem estudou no Liceu, certamente não precisou de cursinho pré-vestibular para ingressar em qualquer faculdade. Não é para me gabar, mas embora não pertencesse ao chamado grupo dos caxias (CDFs), e até tivesse problemas para promoção de série, fui eleito presidente do Grêmio Lítero Recreativo Nilo Peçanha, por dois mandatos consecutivos. Tinha ao meu lado, como cabos eleitorais, dois dos mais influentes alunos da época: Carlos Augusto Lopes Filho, mais tarde Juiz do Tribunal do Juri, no Rio de Janeiro (julgou, por exemplo, o Gen. Nilton Cruz) e Irapuan Paula de Assumpção, que era o galã e paquerador mór do colégio. Quem souber onde andam hoje estes saudosos personagens (não o general, mas sim o Carlinhos e o Irapuan), por favor me avisem. O Carlos Augusto, a quem procurei há tempo, já havia se aposentado e o endereço dele constante da Associação dos Magistrados era antigo. Irapuan, consta, foi para o Nordeste. Estes dois amigos tiveram a coragem de ir ao meu casamento, realizado em Cachoeiro de Itapenmirm (ES), viajando de trem (12 horas de viagem), e hospedando-se numa “Pensão” precaríssima. Lealdade é isso. Já lá se vão 45 anos. Eu os perdi de vista quando mudei para São Paulo, onde reside por 17 anos, em dois períodos.

Um comentário:

  1. Oi jorge, tudo bem? Sou a esther mesmo,
    Amigo. E continuo em uso.
    Bom relembrar. Abraço .
    Esther

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