Só a claque aplaudiu

Constrangedora a situação criada para Netanyahu hoje durante a Assembleia Geral na ONU.

Vaiado por alguns remanescentes, o presidente da assembleia teve que intervir e pedir ao microfone: "please order in the home".

Somente a claque composta por convidados, e localizados em parte da galeria, aplaudia as falas do  primeiero-ministro israelense.

O ato/fato trouxe a minha memória  intervenções dos árbitros em torneios de tênis, quando o público grita e aplaude, ele pede ao microfone please, e com o silêncio agradece thank you. 

Segundo assisti em telejornal, algumas delegações abandonaram o plenário. Inclusive a do Brasil, que finalmente se posicionou clara e expressamente contra o excesso de revide de Israel, ao ataque criminoso do Hamas.

A reação, aceita e defendida, há de ser proporcional ao ato criminoso.

Na fala do Netanyahu achei curioso ele classificar como genocida a ação do braço armado dos palestinos. Porque ele mesmo está recebendo este rótulo de boa parte dos 193 Estados membros da ONU.

Reafirmou que não haverá trégua enquanto não eliminar o Hamas. Entretanto esta fala contrasta com outra, de ontem, quando revelou o desejo de incorporar a Cisjordânia ao território israelense.

Cisjordânia

Se Putin pôde incorporar a Criméia e ainda quer parte (se não toda a Ucrânia); se Trump quer a Groenlândia; se  Maduro quer tomar parte do território da Guiana (Essequibo); por que Israel não pode anexar (de vez)  Cisjordânia, que por sinal já controla militarmente? Lógica estranha. Está virando moda o desrespeito à soberania territorial.