Tudo começou em 2011, com uma postagem encontrável em
https://jorgecarrano.blogspot.com/2011/06/regressao-de-memoria-como-nostalgia-nao.html
Ao longo destes quase 14 anos, a aludida postagem foi sendo visitada, por seguidores habituais e internautas ocasionais.
A história do jacaré, que viveria num laguinho defronte da Loja Palermo, no Centro do Rio de Janeiro, rendeu muitos comentários e controvérsias.
Alguns confirmando e outros colocando em dúvida a informação do Mário Gonçalves (um dos internautas que deram pitacos no blog).
Como (para minha alegria) as visitas virtuais continuam, e muitas informações estão sendo acrescentadas, resolvi publicar este novo post para a sequência das lembranças, agora em caráter bem abrangente (comércio, Rádio e TV, artistas, etc).
E inicio com um repto. Qual foi o melhor, o mais destacado, o mais influente narrador de futebol, no Rio de Janeiro?
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Oduvaldo Cozzi |
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Waldyr Amaral |
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Doalcei Bueno de Carvalho |
Já opino e elejo Oduvaldo Cozzi, por seu estilo de narração poético.
ResponderExcluirLembro de uma vez em que descreveu "Dequinha é um lago azul sereno, no mar tormentoso que é a defesa do Flamengo.".
Eu comecei a escutar os jogos de futebol pelo rádio, em 1965, acompanhando principalmente, os jogos do meu clube de coração, e do pai, avô e, talvez, do bisavô, o Flamengo.
ExcluirMeu pai só escutava os jogos ouvindo a Rádio Globo e, obviamente, sempre narrados por Waldir Amaral (comentados por Rui Porto e Alberto da Gama Malcher). Assim, me acostumei à voz e jeito do narrador goiano. Conheci outros narradores como Orlando Batista, Oduvado Cozzi, Doalcei Bueno, Jorge Curi e Celso Garcia, dos jargões “atenção...garoto do placar” e “subiu a bandeira amarela (ou vermelha)” que, depois de Waldir Amaral, era o preferido. Talvez não tenha escutado a narração de um jogo inteiro pelo Oduvaldo Cozzi, mas lembro um pouco de seu jeito rápido de narrar e voz um pouco aguda.
Já Waldir Amaral, tinha um jeito mais lento e cadenciado de narrar. Também gostava de colocar “apelido” nos jogadores (Zico, “O galinho de Quintino”, Carlinhos, “O Violino”, Jeremias, “O Bom” (jogador do América), Silva, “O Batuta”, Amoroso (Fluminense), “O Pé de Coelho”, Rogério (Botafogo), “A gazela” etc., bem como e lançou uma infinidade de jargões, tais como “Tem peixe na rede”, “O relógio maaarca”, “encaixa ...” (quando um goleiro agarrava a bola com as duas mãos, apoiada pelo peito), “10, é a camisa dele”, “Estão desfraldadas as bandeiras do” etc. Este estilo ganhou a minha fidelidade na preferência de meu pai, e marcou um grande período de minha vida infanto-juvenil.
Com o afastamento de Waldir Amaral, segui ouvindo as narrações da Globo pelo José Carlos Araújo. Antes, porém, cheguei a ouvir algumas narrações do Jorge Curi (que às vezes alternava com Waldir Amaral, no mesmo jogo), mas não gostava de seu jeito estridente de narrar (achava exagerado) até passar a assistir aos jogos somente pela tv.
Os fatores históricos/culturais do Centro do Rio de Janeiro não foram focados nem nesta e nem na postagem que a originou.
ResponderExcluirPinçado em https://diariodorio.com/o-coracao-pulsante-do-centro-historico-do-rio-nao-e-para-megablocos/
“O Rio nasceu na Urca mas cresceu no entorno da Praça XV e do antigo Morro do Castelo. Na antiga Rua Direita, atual Primeiro de Março, temos alguns dos principais monumentos da civilização brasileira, como o CCBB e o Paço Imperial, igrejas que batizaram um imperador, aclamaram um rei de Portugal e dois imperadores do Brasil, ruelas e travessas tomadas de prédios dos séculos XVIII e XIX. Uma área que é inteira um conjunto tombado nacional, tutelado pelo Iphan por sua importância única para o país.”
Começando pelo Futebol, esse é o GE rsrsrsrs.
ResponderExcluirHoje existe uma infinidade de boleiros, como eu, que não aguentam essas transmissões de jogos de futebol realizadas por locutoras.
E aí vem a geração WOKE, as militâncias, os lacradores, chamar quem critica a narração delas de machistas e outras coisas.
Assim está a Internet hoje, um espaço maravilhoso, dando espaço a todo tipo de pessoas ..... e nesse caso específico, essas pessoas (maioria jovens) não entendem que somos de uma geração que ouviu grandes profissionais da narração do Futebol, feras mesmo ! E a qualidade da narração dessas profissionais deixa a desejar, em nossa avaliação, quando comparadas com todos que conhecemos nos microfones das diversas rádios e TVs em outras décadas. Simplesmente incomparável.
O mesmo se debate ocorre, por exemplo, em relação à música ou à mudança na forma de jogar tênis, com muito mais preparo físico, aos automóveis que tivemos e conhecemos, etc, etc, tudo está mudando, tudo.
E respondendo à pergunta do BM, fico com Luciano do Valle e Januário de Oliveira.
Conforme já mencionado, não gosto muito de narrações agudas e estridentes e a voz feminina, numa narração esportiva, tende a ser deste jeito.
ExcluirAbro uma exceção à viúva do Luciano do Valle, que narra de forma cadenciada e muito criativa em seus comentários.
Percebo ainda que as narradoras de futebol costumam usar os mesmos jargões (já bem manjados) de narradores consagrados e eu não gosto muito disto, apesar de gostar de imitações de artistas e políticos.
Creio que possa estar havendo algum tipo de forçação de barra e que vai levar um tempo para que alguém coloque um ponto final na falta de critério. Competência e qualidade têm que prevalecer, antes de tudo, em qualquer segmento.
“Tem peixe na rede” foi uma das boas sacadas do Waldyr Amaral.
ResponderExcluirPeço vênia para subscrever, parcialmente, seu comentário, caro Ubirahy. E encerro, de minha parte, o capítulo narradores e analistas de futebol, mencionando um pouco reverenciado, que nunca participou de resenhas e mesas redondas na TV, como “A Grande Resenha Facit”.
ResponderExcluirTrata-se do comentarista de futebol, nas décadas de 50 e 60, meio “acadêmico”, o que me desagradava, chamado Benjamin Wright , que tinha como slogan “o comentarista que diz a verdade”.
Era pai do polêmico ex-árbitro e agora comentarista de arbitragem - José Roberto Wright - que chegou a apitar partidas da Copa do Mundo de 1990.
Preferia o João Saldanha, “o comentarista realmente técnico”, como era anunciado, com seu linguajar mais popular e criador de expressões que acabaram consagradas durante um período, como por exemplo “zona do agrião”, referindo-se à grande área.
Também sinto no ar uma forçação de barra, nessa fase horrorosa que estamos de militâncias e lacração - a Globo então é um exagero em todos os programas. Mas fato mesmo, para mim, é a baixa qualidade da narração das locutoras que estão no ar....e elogiadas !!
ResponderExcluirUm fato que me marcou demais foi a 1ª vez que fui ao Maracanã - não lembro qual jogo, mas acho que foi o Fla Flu de 63, um 0x0 que o Fla foi campeão, e o Escurinho perdeu um gol incrível. Até hoje lembro a última jogada do jogo, um encaixe do Marcial, goleiro do Fla. Mas o que me marcou foi ouvir pela 1ª vez a impressionante diferença do som que eu ouvia no rádio na transmissão, e o som real dentro do estádio .... inesquecível !
Ubirahy me relembrou o Orlando Batista (o mais laureado locutor esportivo). Ouvia diariamente seus programas esportivos às 18h na Rádio Mauá, com seu filho Luiz Orlando de repórter. E não esqueço que o "furo" da contratação do Rivelino pelo meu FLU foi dado por ele em seu programa !
Sobre esse tema dá para escrever umas 100 páginas ! kkkkk
https://aeradoradioteatro.blogspot.com/2014/05/vozes-que-irradiavam-futebol-no-rio-de.html
Algumas coisas mudaram nos estádios, com o tempo. No caso do Maracanã, o estádio perdeu a Geral (ingressos mais baratos e de onde a torcida assistia aos jogos, de pé). Além disso, perdeu o fosso que separava o campo desta Geral, que servia como proteção a invasão de torcedores (mas não totalmente eficiente).
ExcluirNa década de 60 eram comuns as rodadas duplas com times de grandes torcidas, e os jogos principais antecedidos pelas equipes das divisões de base (aspirantes ou juvenis) dos mesmos clubes. Atualmente, as rodadas duplas não acontecem mais. Acredito que isso se deva ao comportamento atual dos torcedores e brigas frequentes entre as torcidas.
O primeiro jogo que assisti no Maracanã foi Flamengo 0x2 Portuguesa de Desportos. Jogo realizado em 28/03/1965 (obviamente encontrei a data após pesquisar pelo placar do jogo do rubro-negro, que não esqueci). Ficou marcado na memória que Dida, que havia saído do Flamengo, fez um dos gols do time paulista.
Tenho pitacos para dar, Riva.
ResponderExcluirComeço pelo Orlando Batista, que mal disfarçava sua torcida pelo Vasco, ao contrário dos demais narradores que procuravam omitir suas preferência para manter a aura de imparcialidade.
Concordo com você quanto "a baixa qualidade da narração das locutoras que estão no ar...."
Eu as preferiria sussurrando em nossos ouvidos: Je t'aime.
Machismo explícito rsrsrs.
O som, dentro dos estádios, mais as bandeiras agitadas, mais o talo de mamão do Ramalho , o pó-de-arroz dos tricolores, e outras manifestações, formavam um clima maravilhoso.
Confeitaria histórica no Centro do Rio foi cenário do filme ‘Ainda Estou Aqui’.
ResponderExcluirRefiro-me à Manon, citada em pelo menos duas postagens que abordam estabelecimentos comerciais tradicionais, no Rio e em Niterói.
Os links estão em
https://jorgecarrano.blogspot.com/2016/05/voltando-aos-acaros-e-as-tracas.html
https://jorgecarrano.blogspot.com/2012/07/sete-decadas-de-mudancas-em-niteroi.html
É necessário selecioná-los e colar na barra do navegador.
1
ResponderExcluirConfeitaria MANON - por que era tão famosa ? O que perdi em nunca ter feito uma refeição lá ? Passo raramente em frente. Já entrei 1x, olhei o buffet (era buffet) e fui embora sem almoçar ali.
2
Ainda estou aqui - não vou postar o que penso disso tudo que está sendo mixado à boa direção e performance do elenco.
Mas se vcs me perguntarem qual a personagem protagonista dessa história toda, com certeza é a "Eunice mãe e mulher", que não foi lembrada pela Fernanda Torres quando recebeu o Globo de Ouro.
Agora, alguém bisurou no ouvido dela a varada que deu, e ela passou a mencionar a Eunice em suas entrevistas.
FLUi ali ..........
Olá, Jorge e Riva!
ExcluirEu também não via nada de especial nos produtos da Manon. Eu não gostava do creme sobre as tortas. Torta gostosa, para mim era a da Confeitaria Itajaí (Laranjeiras) e da lanchonete da Mesbla Passeio.
Também tenho boas lembranças da voz que apresentava as escalações das equipe de futebol, no Maracanã, sempre antecedida de "A ADEG informa..."
Que venham os condomínios no Centro e acabe a delinquência na região.
O que tinha a dize sobre a Manon, está nas postagens cujos links mencionei:
ResponderExcluirhttps://jorgecarrano.blogspot.com/2016/05/voltando-aos-acaros-e-as-tracas.html
https://jorgecarrano.blogspot.com/2012/07/sete-decadas-de-mudancas-em-niteroi.html
CONFEITARIA MANON
ResponderExcluirContinuo sem entender o porque da fama.
Gusmão resumiu num dos comentários em um dos links : "Nada se compara à COLOMBO".
FLUi ....parece que vem água aki ....muitas trovoadas.
ResponderExcluirEdifício Mesbla, no Centro, foi finalmente vendido e vai ser residencial com 122 apartamentos e duas unidades comerciais.
O prédio será destinado ao uso para o qual foi projetado, há 91 anos — o de moradia — e é o quinto edifício a contribuir para a mudança visual, urbana e comportamental na área central da cidade. Outros exemplos seriam o edifício Glória, que por anos abrigou a Caixa Econômica na Praça Marechal Floriano, o Gate Santos Dumond, que vendeu 570 estúdios, e o edifício A Noite, que terá 447 apartamentos.
Todos estes prédios, com suas ocupações na época, compunham o visual urbano no período a que temos nos referido neste e no post anterior referenciado.
O prédio da Mesbla tem um relógio no topo. Será mantido? O da Glória, no parque, está sendo restaurado, como comentamos em : https://jorgecarrano.blogspot.com/2025/01/esta-nas-midias.html.
Um detalhe curioso sobre esse "relógio da Mesbla" e o da Central do Brasil.
ResponderExcluirTrabalhei uns 2 anos na CONTAX, que ocupava na época todo o prédio ex-Mesbla no Passeio. Eu era o gerente de operação e manutenção de todos os sites da Contax no Brasil.
A manutenção desse relógio e o da Central do Brasil era feita por apenas UM profissional que sabia tudo sobre esse complexo mecanismo.
Ele estava treinando seu filho para substituí-lo nessa tarefa.
Isso foi de 2007 a 2009 ...... não sei como ficou ....
Meu caso com a Manon é afetivo, e foi mencionado num post de 2016:
ResponderExcluirhttps://jorgecarrano.blogspot.com/2016/05/voltando-aos-acaros-e-as-tracas.html
Caro Ubirahy, que bom tê-lo aqui de volta.
ResponderExcluirCaros Riva e Ubirahy (e outros que não debatem), vocês conheceram e/ou frequentaram o histórico "Galeto Diplomata" que está fechando as portas no Centro do Rio?
ResponderExcluirO espaço com suas paredes repletas de azulejos funcionava há mais de 50 anos na Rua Graça Aranha, e era famoso por suas refeições servidas no balcão. Era considerado um ícone da gastronomia carioca.
Está nas mídias, em função ffo fechamento
... continuando, não era raro, antes de ir para casa, ir à Pastelaria Chic's (Andradas, 36), para comer o delicioso pastel de palmito, de massa feita na hora e à vista dos fregueses - Dedé Santana já participou de um quadro para a tv, preparando a tal massa, lá mesmo na Chic's), além de beber a sua igualmente saborosa laranjada (não é suco). Também costumava comer pastel de banana na canela e açúcar, da lanchonete "Safa Onça" (em frente ao Colégio Pedro II, da Av. Marechal Floriano, na esquina com Avenida Passos, 115), ainda existente. No "Safa Onça" o lanche acontecia no intervalo das aulas. Tudo sempre quentinho e também (bem) preparado aos olhos dos fregueses.
ExcluirNão me lembro do "Galeto Diplomata". Não era comum para mim, almoçar no Centro do Rio. Eu só estudei na região e era hábito, ao término das aulas, ir direto para casa. Entretanto, como mencionei noutro blog, fui algumas vezes à Churrascolândia (Senador Dantas) e, como gostava muito de galeto, ía eventualmente aos restaurantes especializados (creio que localizados na rua Francisco Serrador), também com serviços em balcão. Naquela época (do final dos anos 60 aos 80's) havia bem mais do que um restaurante especializado em galeto, nesta área. Não sei como está atualmente.
ResponderExcluir
ResponderExcluirNormalmente eu almoçava no restaurante da empresa, que ficava do 9º andar. Vez ou outra, quando a grana dava, ia a um bom restaurante que havia na Rua do Acre, nas imediações de meu local de trabalho, que ficava na Rua Visconde de Inhaúma. E, algumas vezes, ia ao Bob’s e comia presunto com ovos ou sanduíche de atum.
Neste restaurante da Rua do Acre, foi que assisti, pela vez primeira, alguém questionar um vinho e devolver. E ainda recebeu pedidos de desculpas. O autor da façanha, com toda a segurança de quem sabia o que estava fazendo, era um estagiário da Fiat Lux, engenheiro, chamado Otávio Augusto de Paiva, que era filho de um renomado engenheiro na época, ex-diretor do BNDES, de nome Glycon de Paiva.
Ele disse para o garçom que o vinho estava oxidado. O maitre veio e confirmou pedindo desculpas. Perguntou se ele queria outro da mesma vinícola e casta.
Não lembro qual era o vinho, mas com certeza não era um Gran Cru porque nem eu e nem o outro comensal, Marcos de Castro, que acompanhávamos o Otávio poderíamos entrar no rateio da despesa.
A Rua do Acre era a rua dos grandes atacadistas, que os executivos de bancos e de empresas industriais chamavam de ceboleiros para desprestigiá-los.
Para ler tudo, acessar o blog onde isto foi narrado em: https://jorgecarrano.blogspot.com/2016/11/rua-do-acre-vinho-e-poetas-populares.html
Já que pasteis foram mencionados pelo Ubirahy, registro que em Niterói a pastelaria mais popular e frequentada, foi (é) a Imbuhy.
ResponderExcluirEste foi o nome de uma das barcas da Cantareira em tempo idos.
Decorando estabelecimento havia uma réplica da barca citada, que girava.
Estava para ser recuperado o mecanismo.
Ver foto em:
https://colunadogilson.com.br/barcas-da-antiga-pastelaria-imbuhy-podem-voltar-girar-em-niteroi/
Nos meus tempos de UFF, havia uma pastelaria de (talvez) coreanos, em frente às barcas, que fazia um pastel delicioso. Os donos os vendiam com o nome de "SORRISO". A borda destes pastéis era trabalhada e a massa, bem crocante.
ExcluirNa região, também havia uma loja que só vendia bolos de laranja, daqueles bem suculentos. Muito gostosos.
Uma correção: a Itajaí era (ou ainda é) na Gonçalves Dias, como comentou o Riva.
As tortas da Itajaí eram (ou são) bem suculentas (será que o termo mais adequado é "molhadas"?). A de nozes e a de chocolate claro eram as minhas preferidas.
Sobre o Bob's, também tenho o meu comentário. Não conheço mais o seu cardápio, mas lembro que, nas décadas de 70 e 80, faziam sanduíches de pasta de atum, de pastas de ovo e de frango. Também faziam sanduíches com ovo (cheese egg, eggburguer). Andaram fazendo ainda um tal de cachorro quente mexicano, com molho de carne moída. Tudo isso, à exceção da pasta de frango, eram bem consumidos por mim.
Caros, boa noite.
ResponderExcluirAki em casa um calor infernal, e na rua também. Abafado !
Deve ter sido o fogo que o Flamengo ateou no Botafogo ! Pensei que ia ser uns 6x0 ... rsrsrsrs.
Eu só comecei a frequentar o Centro do Rio em 1996.
Antes disso era Faculdade Gama Filho na Piedade (2 anos), UFF (mais alguns anos, onde me formei), depois 18 anos trabalhando na Rio-Petrópolis, e finalmente vim para o Centro.
Mas meus pais gostavam de passear de carro em fins de semana pelo Rio e Petrópolis - décadas de 50 e 60.
Minhas lembranças são da Itajaí da Gonçalves Dias, onde íamos para devorar uma carne assada fria com salada de maionese, e da lanchonete Six, no posto 6 de Copa, comer cachorros quentes. Ah, sim, o restaurante Fiorentina no Leme, onde almoçávamos quase sempre.
De Petrópolis, o saudoso restaurante Falconi com sua maravilhosa lasanha verde ! Estou teclando e sentindo o sabor da lasanha !!
Ubirahy, Flamengo x Portuguesa de Desportos ? ........ fiquei arrepiado !! Me vêm lembranças de dezembro de 2013 !
Nosso Maracanã não existe mais. Suas imagens e maravilhosas lembranças estão registradas nos quadros pendurados nas paredes da nossa memória, como diz a Alessandra Tappes...
KKKKK, o balconista comandava: sai um "ramanegui" , o presunto com ovos servido no Bob's, na frigideira.
ResponderExcluirAinda do Bob's, o delicioso milk shake de Ovomaltine
migrou para o McDonald’s.
Os pastéis SORRISO existem até hoje, pelo menos aki em Icaraí numa pastelaria com nome chinês mas nenhum chinês lá dentro. Tem de frango, boi ralado e palmito.
ResponderExcluirEu frequentei a ITAJAÍ da Gonçalves Dias até março de 2023, quando parei de trabalhar por ali. Serve buffet no almoço.
Na época em que eu era criança, era apenas uma pequena porta com um balcão.
Esse cachorro quente que o Ubirahy se refere é o delicioso CHILI DOG, quando bem feitos é pra comer ajoelhado. Por aki em Nikity encontráveis na SMOKED da Rua Geraldo Martins 42 (me deu vontade de pedir hoje kkkkkk).
Antes de mais nada, torcendo (acreditem) pelo insucesso do FLU amanhã pra ver se detonam o Mano (Mânus no Twitter) .... única solução para termos algum trabalho iniciado antes do Brasileirão.
ResponderExcluirVoltei ao espaço aki com lembranças, depois de reler o post e os comentários.
Da gastronomia esqueci de mencionar a Espaguetilândia, na Cinelândia (tinha ou tem também em Copacabana).
Desde a infância que frequento(tava). Seu famoso bife a milanesa com 2mm de espessura (kkkkkkk) com fritas e arroz ou com purê, sua lasanha na frigideira ! E a sopa de Pasta Faggioli !
Meu pai pintava nossa casa tipo de 2 ou 3 em 3 anos, e nos hospedava em algum lugar durante ba pintura, e numa dessas vezes ficamos no Hotel Serrador, na Cinelândia.
Lembram do terrível incêndio no edifício Astória ao lado do Serrador ???? ... junho de 1963. Pois é ..... viremos a página.
Ah, o Maracanã !! Três momentos marcantes comigo :
1
Fluminense 3x2 Flamengo em 69 ... um jogão, que assisti das cadeiras com meu saudoso mestre e amigo tricolor Prof. Malker, do Abel de Niterói.
2
Brasil 1x0 Paraguai eliminatórias pra Copa de 1970. Tinha 183.000 pagantes. Cheguei no Maraca às 9h da manhã com o ingresso na mão, entrei 12h30 não tinha mais lugar, saí e consegui comprar uma geral !! kkkkkkkkkk
3
Estreia do FUMANCHU no FLU num Fla x Flu em 1978. Sentei no meio da arquibancada, onde inicialmente tinha as duas torcidas, mas com o tempo foi totalmente tomada pela torcida do Flamengo.
Fumanchu fez 1x0 para o FLU num chute de longe que o Cantarele aceitou.
O Fla bombardeou todo o jogo até conseguir empatar aos 30 do 2º tempo com acho Claudio Adão.
O problema é que ..... por estar rodeado pela torcida do Fla, não pude festejar o gol do Flu ....mas quando não festejei o gol do Fla, me identificaram !!!!!!!!!
Tentaram me linchar até com mastros de bandeiras, e só saí vivo porque o túnel de saída estava bem perto de mim kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Luís Fumanchu fazia mais gols do que Roberto Dinamite nas categorias de base do Vasco (juvenis).
ResponderExcluirTambém estive no Brasil X Paraguai, pela eliminatórias da copa de 1970. Nunca vi tanta gente no Maracanã.
Primórdios da TV no Brasil:
ResponderExcluirhttps://jorgecarrano.blogspot.com/2025/02/reliquia-televisiva.html
Copy and paste.
Muito engraçado o detalhe desse jogo Brasil 1x0 Paraguai em 69 pelas Eliminatórias da Copa de 70 ..... consegui comprar geral, e estava com meu amigo Otavio Bonvini Lopes, que era muito baixinho (na época a gente chamava de nanico).
ResponderExcluirPois bem, Tavinho (era como o chamávamos) não conseguia ver o jogo na geral, então tive que dar uma de Waldyr Amaral, e narrei o jogo todo para ele !!!!! Acreditem !!!
Dois momentos impressionantes nesse jogo :
1
O hino nacional cantado por 200.000 pessoas antes do jogo ! Virei do avesso.
2
O Brasil vinha goleando todas as seleções, e nesse jogo esbarrou no Aguilera, goleiro paraguaio que depois veio para o Flamengo. Quando finalmente saiu o gol do Pelé parecia que o Maracanã ia desmontar ! Impressionante.
Para complementar esse período maravilhoso do Maracanã, quem eu encontro na rua hoje aki em Icaraí ?
ResponderExcluirCAIO CAMBALHOTA !! , irmão do Luisinho Tombo (América) e César (Palmeiras).
Claro, falei com ele, que ficou, mais uma vez, feliz pelo reconhecimento - não é a 1ª vez que o vejo.
Costuma estar todo 8 de dezembro na Igreja Nossa Senhora da Conceição, onde casamos, e onde vamos anualmente (acompanho claro a MV).
Olá, Riva! César, Caio e Luisinho também "têm" (Luisinho já faleceu) outro irmão que até jogou na seleção brasileira, tendo iniciado no Flamengo, passando pelo Flu (no lugar de Gil), Vasco, Cruzeiro e outros. É o advogado Luiz Carlos "Tatu" da Silva Lemos, que foi ponteiro direito famoso, na década de 70.
ExcluirEu os conheci jogando no campo do Fluminense Atlético Clube, na Rua Xavier de Brito, 22 - Centro, Niterói , num time patrocinado por pescadores do Mercado São Pedro.
ResponderExcluirMeu cunhado jogava com eles. E eram vizinhos, salvo engano, na Rua Visconde de Sepetiba.
Onde mesmo ficava a Laranjada Americana? Nas ruas do Rosário, Alfândega ou Ouvidor?
ResponderExcluirLembro que era quase esquina da Primeiro de Março.
Socorro Ubirahy.
Boa noite, Jorge Carrano. Que desafio, rs. Creio que não tive este prazer de saborear algo da Laranja Americana. Talvez pelo fato da Travessa Ouvidor (vi num site que a Laranja Americana ficava nesta rua) ter sido uma das menos visitadas por mim. Entretanto, como comentei, a laranjada da Chick's (R. Andradas) foi um ponto diário certo depois das aulas.
ExcluirFazia, a pé, o percurso desde a Praça XV até a Visconde de Inhaúma, onde trabalhava. Por isso passava próximo à "Laranja Americana".
ResponderExcluirEra diferente, saborosa, vinham alguns poucos gominhos (grumos) da laranja, as células da fruta; e bem gelada, servida em diferentes tamanhos a sua escolha, em copos descartáveis.
Em certos horários formava fila.
Obrigado pela pesquisa para localização.
Caro Anônimo, sim, o Tatu passa por aqui na rua também, às vezes com o Caio. Acho até que moram juntos......
ResponderExcluirOlá, Riva, o "Anônimo" sou eu...vez em quando, desatento.
ExcluirBoa noite , caro Ubirahy.
ResponderExcluirOk, às vezes também fico desatento.
Hoje, por exemplo, fomos a uma consulta de rotina em nosso cardiologista, eu e a MV (Matriarca Vascaína).
Sentados na espera, olhei pra ela e perguntei ..... o que estamos fazendo aqui ? kkkkkkkkkk
Ela : tá maluco ? mostrar os exames !
Eu : que exames ????
Ela : nossos ecocardiogramas
Eu : Ah, tá .....
Pano rápido ! kkkkkkkkkk
Quanto à Laranja Americana, eu só lembro da LARANJA MECÂNICA ...... vcs lembram ?
Olá, Riva e Jorge.
ExcluirSim, lembro do "Laranja Mecânica", versão cine do S. Kubrick, que chocou bastante pelas cenas fortes do ataque ao casal, bem como pelo "tratamento" psiquiátrico ao vilão do filme. O ator teve interpretação primorosa. Não sei se foi premiado.
Desde ontem, andei vendo uns vídeos sobre o Rio (século 19 e 20) e li algo associado.
ResponderExcluirCheguei, não lembro como, à citação de um livro sobre o Magazine Parc' Royal, que vendia roupas femininas, masculina e infantis. Segundo consta, a loja revolucionou o sistema de comércio no Rio, com estratégias de venda importada da Europa, por seu proprietário, Sr. Vasco Ramalho Ortigão, filho do escritor que deu nome à rua próximo ao tal magazine. Ficava no Largo de S. Francisco, num quarteirão que ''pegava" a R. Ouvidor (centro da moda, no Rio antigo).
Ao ler sobre este magazine, soube de um livro que trata não só da loja, mas do tema moda e aqueles que a influenciaram, na época. O livro, na verdade, publica uma tese de mestrado da autora. Eu acabei "baixando" uma versão pdf, da tal tese, que vem até assinada pela autora. Fiz isso, pois o livro, já esgotado, é obtido somente no Mercado Livre, usado e com preço elevado, certamente com marcas de uso e cheiro de mofo, ao que tenho alergia.
A versão pdf está disponível no site chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://repositorio.fgv.br/server/api/core/bitstreams/7a12e5c5-8794-4bee-bac9-86ae1851ff7b/content
Acho que vai ser interessante, esta leitura.
Cada vez mais curioso, fiz uma rápida "visita", via Google Maps, pela região do Lgo S. Francisco e constatei, com tristeza, a pobreza local. Várias lojas fechadas ou com visual decadente.
ResponderExcluirOnde existiram "Lojas Americanas", "Casa Mattos", "O Príncipe", além de uma loja de uniformes colegiais, que exibiam vitrines bonitas, e várias boas lojas de venda de disco, já não não há qualquer resquício do que foi há cerca de 3 ou 4 décadas.
A Rua da Carioca, que já foi Rua do Piolho, já pode ter outro nome, no contexto deste nome antigo.
Esta rua, que teve no Bar do Luiz e no histórico Cine-Theatro Íris, os seus destaques, também era o ponto de referência para quem quisesse comprar um instrumento musical de boa qualidade. Na sua esquina com a Ramalho Ortigão, localizava-se a famosa loja de guarda-chuvas Vesúvio, onde se encontrava produtos Ferrini.
A rua "acabou".
Conheci as lojas e lembro dos slogans.
Excluir"O Principe" era "veste hoje o homem de amanhã".
"Vesúvio" era "o príncipe das sombrinhas e imperador dos guarda-chuvas".
Conhecem o Museu Sacro Franciscano, no Largo da Carioca?
ResponderExcluirFoi inaugurado em 1933 sendo o primeiro dedicado à arte sacra na América Latina. Consta que abriga um acervo valioso, distribuído em salas temáticas.
Trabalhei ali bem próximo e nunca visitei este museu.
O Largo de São Francisco está deprimente há alguns anos.
ResponderExcluirQuando trabalhava mais próximo dele (por 11 anos), sempre dava uma voltinha por ali buscando novidades em papelarias, sou vidrado nelas e seus produtos.
Fui "rato" de papelarias, mas infelizmente perdi essa característica devido à ausência de atividades de escrita e desenho em trabalhos diversos.
Isso me recorda, com saudade, minhas incursões nas papelarias dos EUA em minhas viagens, trazendo muitas canetas, lapiseiras, blocos de anotações, gadgets diversos para a mesa de trabalho.
Também nunca visitei esse museu mencionado ...
Na Rua da Carioca meu saudoso pai comprou minha bateria na Casa Oliveira, uma da marca Armando Wreingell vermelha, para desespero dos nossos vizinhos no Pé Pequeno !!
Colocava discos dos Beatles e dos Stones bem alto na nossa poderosa Telefunken, e "saía correndo atrás" do som !!
Não sei como minha mãe e avó aguentavam isso ........
Bar Luiz ...aquele bife milanesa com 2 mm de espessura e a salada de batatas !
Olá, Jorge e Riva.
ResponderExcluirTambém não conheço o Museu Sacro Franciscano, no Largo da Carioca. Dos slogans, só conhecia o do "O Príncipe".
Eu também era vidrado em papelaria. Na verdade, ainda tenho.
Um colega de escola usava um normógrafo para fazer seus trabalhos escolares e eu ficava babando com o resultado. Outro colega tinha uma lapiseira Caran d'Ache e eu ficava querendo ter uma igual.
Os "sonhos" se realizaram, em parte, quando estudei desenho Técnico, no velho e pitoresco instituto de arquitetura da UFF. Foi um tal de régua T, aquela régua triangular, marca Archimedes (que ainda guardo) e, depois, as lapiseiras shakers (que hoje, estão baratas). Acho que o gosto maior ficou pelas lapiseiras e pelas agendas. Ainda paro e entro nas papelarias para dar uma olhada neste material.
Tive 5 violões (4 de 6 cordas e 1 de 12 cordas). Nenhum deles foi comprado na Rua da Carioca. De lá, apenas um cajón, que acredito ter sido comprado no "Bandolim de Ouro" ou na "Guitarra de Prata". A loja ficava no mesmo lado da calçada do Cine-Theatro Íris. Aliás, cajón é o instrumento exato para quem não consegue aprender a tocar em bateria. Até eu faço um sonzinho neste instrumento.
O primeiro violão, como mencionei no outro blog, foi comprado na Casa Góes, na Rua S. José. O violão de 12 cordas foi comprado de um músico daí de Niterói (não me lembro do nome dele).
Por falar em algo relacionado à música, vocês acompanhavam os festivais das décadas de 60 e 70?
Eu vi muitos deles mas, o mais marcante foi o de 1968 (o ano que não terminou, para Zuenir Ventura), com Wallace Collection, Jimmy Web, Romuald, Malcom Roberts e um cara que cantou com a camisa do Flamengo, acho que era holandês). O desconhecido Wallace Collection chegou a ser vaiado, quando tocou a música do festival, mas foi aplaudido (c/ entusiasmo) quando tocou Daydream (muito inovadora para a época - era meio progressivo). Para a parte nacional, o que marcou foi "Prá Não Dizer que Não Falei das Flores".
Na verdade, ainda ... sou...
ExcluirOlá Ubirahy. Temos muito em comum.
ResponderExcluirColeciono lapiseiras, canetas tinteiro e esfero, tenho guardados meu conjunto de esquadros, a régua T, estojos (poucos), canetas nanquim e gabaritos que usei na faculdade (UFF também), e minha régua de cálculo !
Na época do Gov. Militar não tínhamos acesso a essas canetas e lapiseiras, e certa vez me correspondi com a Pentel no Japão, e eles disseram que um funcionário da área comercial deles estava vindo para a America do Sul, e acredite, marcaram comigo num hotel ali na Pça. Tiradentes.
Você acredita que o cara trouxe 3 lapiseiras de presente pra mim ???!!!!
Era (não sou mais) do tipo ... terminei uma reunião em qualquer lugar e gostei de alguma lapiseira de alguém da reunião, eu PEDIA a lapiseira ...o "não" eu já tinha !!
Até hoje amigos, filhos, noras, etc, trazem canetinhas de hotéis e aviões pra mim ! Viajei muito a trabalho por muitos anos, de 96 a 2019, vc não imagina a quantidade de lápis e canetas de hotéis que tenho kkkkkkkkkkk. Para minha esposa trazia os kits das dezenas de banheiros que frequentei, alguns muito bacanas com necessaire.
Outro dia fiquei de olho numa caneta do atendente da Drogaria Pacheco, era de algum fabricante de remédio ... pedi para minha coleção mas ele negou, para minha decepção !! rsrsrs. De médicos em consulta já pedi muitas.
Isso é grave ? ...... kkkkkkkkkkkkkk
Ah, os violões ! Estou reduzido a 1 guitarra e 1 baixo, e 4 violões, sendo um deles uma craviola de 12 cordas.
Em relação aos violões, tenho uma estória inesquecível. Fui comprar um violão na Mandy´s de NY certa vez, e fui atendido por um senhor, o Billy (tenho o cartão dele até hoje mas já deve ter falecido). Billy se trancou comigo no aquário da loja e pediu para eu tocar o que gosto de tocar, para ele ser mais assertivo ao me trazer violões para minha escolha - olha o nível do atendimento. Ficou lá comigo por 1 hora e meia e escolhi um lindo Washburn preto elétrico. Quando saí do aquário e olhei para as paredes da loja, tinha dezenas de fotos do Billy com Hendrix, Paul, Lennon, Janis, Clapton, Page e tantos outros...e perguntei ....
- Que isso, Billy ? Como os conheceu ?
E ele humildemente : " São meus clientes !"
Quase desmaiei .......
Dos Festivais tenho saudosas recordações...na verdade de tudo da época.
Lembro do meu espanto (positivo) com a porrada da música BR-3 do Tony Tornado.
Olá Riva e Jorge.
ResponderExcluirPois é, Riva! Parece que temos muito em comum, mas você gosta muito mais do que eu, das canetas e lapiseiras. Nada de grave nisso!!! Rs...muito pelo contrário.
Também estive a ponto de comprar uma craviola, que é muito bonita, tem preço bom e projeto genuinamente brasileiro (Paulinho Nogueira), mas parece que o som é predominantemente agudo. É isso mesmo?
Eu também tive a oportunidade de viajar bastante ao exterior, a trabalho (1998 a 2012) e, nas horas vagas, costumava ir às lojas de CD, onde passava quase todo o tempo disponível.
Dois lugares me surpreenderam: Omaha e Seul. Em Omaha (1998), parte antiga da cidade, havia muitas lojas que estavam sempre cheias. Vi de tudo que gostava na juventude. As pessoas desta cidade parecem gostar muito de música. Vi alguns bons músicos tocando nas calçadas.
Foi em Omaha que tive uma experiência, de certa forma, parecida com a sua e o Billy (teria sido o Billy Cox, já “aposentado”?... é baixista, mas deve saber tocar bem violão). Eu estava num bar (área externa do bar) e quando fui ao toilette, escutei um som de piano com música brasileira. Resolvi ir ver quem estava tocando e era um americano chamado Ray. Ele estava num salão vazio, ensaiando para o horário de sua apresentação. Então resolvi saber o que ele conhecia de música e ele contou que gostava de Ivan Lins, Djavan e bossa nova. Como havia um violão num cantinho, eu peguei e toquei algumas músicas brasileiras com ele. Fiquei ali até a hora da apresentação e o local encheu. Ray tocou muita coisa que o público cantava junto. Num dado momento, ele me chamou e pediu para tocar com ele, “Garota de Ipanema”. Foi bem legal porque o pessoal cantou junto.
Em Seul, eu visitei um shopping bem grande, onde passei quase o dia todo. Um dos andares era exclusivo para CDs. Algo realmente grande, que nunca vi antes ou depois (tinha tudo de tudo - inclusive CDs antigos de cantores brasileiros). Nesta época, eu acompanhava os trabalhos do Pat Metheny e lá, o pessoal gosta muito dele também. Aí, trouxe o que pude de seus CDs e de alguns músicos que costumavam tocar com ele.
Na Eslovênia também tive a oportunidade de conhecer uma cantora, Nusa, que cantou músicas para o nosso pequeno grupo, mas não sabia nada de música brasileira. Nesta viagem, estive com um inglês que se gostou da minha versão ("protocolar") de “Tangerine” (Zeppelin). Cantamos juntos em dois encontros do grupo.
Voltando aos festivais, também fiquei impressionado com a apresentação do Tony Tornado. Tudo muito novo: visual, dança, maquiagem no peito e o cabelo black power que influenciou a muitos, no colégio onde eu estudava.
Tem muita coisa a ser comentada sobre os festivais. Eu via até as fases classificatórias da parte nacional. Acho que teve muita “coisa” boa desvalorizada, como “Morro Velho”, do Mílton e “Tributo ao Sorriso”, do Terço, e muita “coisa” ruim aplaudida, somente pelos nomes que as compuseram, como “Sabiá” e “Os Hemadecons Cantavam Em Côro”, da “Bolha”, que não reiterou a qualidade deste grupo de rock.
Ubirahy, muito grato, de novo, pela visita ao espaço virtual e pelo comentário enriquecedor.
ResponderExcluirEsta praia, coleções, não é a minha e, sobre festivais, instrumentos, etc. sou um beócio, bucéfalo, ignorante total (sem orgulho).
Mas o Riva, por certo, terá o que comenhtar.
Boa tarde, caros do Pub da Berê, em especial ao Ubirahy, tendo em vista nossa troca de boas lembranças.
ResponderExcluirSim, a craviola de 12 cordas tem um som um pouco agudo, mas muito bonito para determinadas canções - Tangerine é uma delas !
Várias acústicas do Zeppelin ficam lindas nela...se colocar um captador e um pedal Flanger dá para "virar a gente do avesso" de tão bonito que fica o som.
Ousei também fazer uma arranjo para "Gallows Pole" do mesmo LP Zepp III, que tb tem Tangerine. Uma beleza de LP !!
Esse lance seu de tocar lá fora com alguém, numa viagem, me relembra certa vez em Miami, acho que no bairro Coconut Grove, entrei (pra variar como você) numa loja da TOWER RECORDS para garimpar LPs - era uma loucura para nós do Brasil. Tinha simplesmente TUDO que sonhávamos ter nos nossos toca-discos.
Pois bem, estava tendo um evento musical na vitrine da loja, voltada para a rua, onde montaram um palco com instrumentos, para quem quisesse tocar ..... não resisti.
Tinha um americano tocando, e tocava bem, e perguntou à plateia se alguém queria tocar ..... lá fui eu, e mandei HOUSE OF THE RISING SUN com um violão elétrico, ele fazendo bonitos solos e eu cantando.
Uma pena não ter o registro .... está apenas nos quadros pendurados nas paredes da minha memória, como diz a Alessandra Tappes.
Foi mágico o momento ! Uma pena eu estar sem minha família, pois estava a trabalho.
Caramba, A BOLHA (tocavam com o nome THE BUBBLES também) ; a banda tinha 2 filhos da Renata Fronzi com César Ladeira !!
Meu caro, fui a vários "bailes" aqui em Nikity com eles tocando no Clube Pioneiros !! Acho que isso foi em 67, 68, 69 ......
Realmente os festivais da canção merecem um post à parte. Um marco !
Post sobre festivais da canção.
ResponderExcluirI challenge you, Riva.
Olá, pessoal.
ExcluirRiva, suas dicas sobre a craviola são bem interessantes, mas não tenho tanta habilidade. Do LZ, ouso iniciar “Baby, I’m Gonna Leave you”, “Tangerine” e “Stairway to Heaven”. Tudo muito simples…mesmo. Tem uma, tocada pelo J.P. Jones, "Going to California", com bandolim ou algo parecido, que gostaria de tocar, mesmo no meu nível precário e no violão.
A Tower Records era a loja principal de venda de discos. Eles também tinham um sistema de entrega fantástico (acho que pela DHL) e entregavam, aqui no Brasil, em menos de 1 semana (em Angra!). Acho que ainda vende on line.
“The House of Rising Sun”, com solos de violão, deve ter ficado muito legal. Conheci poucos trabalhos do Animals mas, em 1971, escutei muito (todos os dias, na Mundial 860) um pop que tinha uma batida repetida e um tom quase de rap: “Spill the Wine” e eu gostava (e ainda gosto). Não me lembro se era do grupo todo ou só do Eric Burdon.
Como deixamos de registrar tantos momentos legais, por falta de uma câmera digital, super prática e com o recurso de “jogar fora” o que não prestou, ou pelo fato dos celulares com câmera ainda não existirem.
The Bubbles, que passou a se chamar A Bolha, tem uma história bem interessante entre bailes nos subúrbios cariocas e gravações com grandes nomes da MPB, e até uma apresentação no festival da Ilha de Wright (não sei se isso é verdadeiro).
E o desafio proposto pelo Jorge?
Os festivais têm muitas histórias. Eu tenho um livro sobre os festivais, que anda meio sumido por aqui (o título é “A Era dos Festivais” – vi agora, na web), que traz muita informação sobre a idéia inicial dos festivais, até o seu término. Achei bem interessante.
Pena que muita coisa mudou e tudo acabou. Ainda teve o “Abertura”, onde surgiram, para mim, Djavan e Burnier e Cartier, com bons trabalhos.
Alguma música dos festivais, que nunca mais tocou, chegou a lhe marcar (positivamente...rs – negativamente, creio que um monte)?
As “músicas de festival”, para mim, eram diferentes.
É tanto pra contar ...... rsrsrsrs .....
ResponderExcluirEm 69 fui para os EUA num intercâmbio cultural, casa de família de americanos lá.
O impacto começou na viagem de ida, quando em Viracopos entraram em nosso avião Mick Jagger com a Marianne Faithfull, Keith Richards com sua namorada italiana. Foram quase 3 horas de violada dentro do avião para uma mini plateia ...... como contar isso em detalhes para meus filhos, netos, bisnetos ?????
Lá, sem falar no impacto das diversas lojas de discos, que só chegavam no Brasil 6 meses depois de tocar no programa do Big Boy, assisti na minha cara o Greatful Dead tocando .... numa festinha de faculdade !! Como contar isso ??
E aí vem a porrada : o Led Zeppelin tocou num local a 15 minutos da minha casa, abrindo show do Vanilla Fudge (começaram assim), e não fui por 2 motivos :
1- não conhecia o Led Zeppelin (era a 1ª tour deles nos EUA)
2- o ingresso custava 6 dólares, e eu só tinha 100 dólares no bolso...achei caro.
30 dias depois ouvi o 1º LP deles .... quase me suicidei !! "Baby, I´m gonna leave you" é uma das minhas preferidas. Tb toco essa na craviola.
Só fui corrigir esse erro na minha vida assistindo o arrasador show do Page e Plant na Apoteose, em 96.
"Spill the wine" acho que era Eric Burdon carreira solo. Vi recentemente parte do show do Eric no Twitter (X), já com seus 82 anos .... a voz é a mesma !!! Aliás, como tem acervo o Twitter de shows recentes desses nosso ídolos ainda vivos !!
Não tenho condições de aceitar o desafio do nosso Blog Manager pelo simples fato de não ter o conhecimento necessário dos festivais.
Claro, as músicas principais, algumas vencedoras, como falei me marcou a BR-3 do Tony, lembro também sem saber o nome de uma banda belga de rock que me impressionou demais, estilo LZ, Malcom Roberts (rsrsrs), meu amigo Dalton de Nikity andou por lá, mas marcar mesmo, até hoje, foi VANDRÉ com suas FLORES.....arrasadora !!
Eu estava em outra vibe com tudo da Jovem Guarda, Beatles, Stones principalmente. Aí veio uma avalanche de bandas e cantores espetaculares da Europa e US que praticamente silenciaram em minha cabeça a música nacional, exceção para Mutantes e Secos e Molhados. Esse silêncio durou até mais ou menos 1983, quando criei minha banda, que tocava na Maldita FM de Nikity ... mas aí começou um novo período musical.
Dá pra fazer um livro .....
Adendo
ResponderExcluirA TOWER RECORDS existe ON LINE, mas fechou todas as sua lojas físicas.
Parece que tem franquias, mas não sei em que cidades dos US e Europa.