O PT, Lula e Silvio Santos

Sou tão trabalhador, sociologicamente, quanto os empregados das montadoras automobilísticas, das siderúrgicas ou das indústrias calçadista ou têxtil e demais outras categorias profissionais.

O fato de ser autônomo e profissional de nível superior não elide meu papel de trabalhador que labora para se manter - e à família - e cumpre um papel na sociedade.

Entretanto não me sinto representado, nem agora e nem no passado, pelo Partido dos Trabalhadores.

Uma parte deste partido político, cujo nome induz uma abrangência que não existe, tem visão retrógrada e rançosa. Funcionários públicos das áreas de educação, saúde e segurança são trabalhadores; empregados no comércio, profissionais liberais, somos todos trabalhadores, independentemente de estarmos sujeitos a marcação de cartão de ponto.

A parte radical, atrasada, deste partido, ainda opõe capital ao trabalho. Sem se dar conta que são vetores complementares, convergentes.

Geração de emprego e renda dependem de capital, que não pode ser demonizado, tido como inimigo.

Se duvidar ainda existem petistas ou integrantes de partidos mais a esquerda que pensam ser natural "comer criancinhas", como era atribuído maliciosa e levianamente aos comunistas no passado.

Rejeito o comunismo pois creio em valores fundamentais, como reconhecimento do mérito, do respeito à livre iniciativa, do direito a propriedade, das liberdades individuais, da economia de mercado.

Lula não consegue se descolar da ala míope de seu partido. Por isso seu discurso é raivoso, é de dono da verdade.

Resolvi falar de Lula, hoje, porque pela manhã fomos despertados com a notícia do falecimento de Silvo Santos. Este sim uma pessoa vencedora, carismática, competente na comunicação, nunca picada pela mosca da vaidade, da ambição política, do populismo.

RIP - Requiescat in Pace. Rest in Peace.