Já escrevi aqui alhures, como fui apresentado a algumas palavras de nosso idioma, por vezes causando dúvida e receio, como no caso de bucéfalo, que o Humberto, colega de escola, proferiu em plena sala de aula.
Fui tranquilizado e esclarecido por meu pai quando este chegou à noite e mencionei o fato para ele.
Já havia relatado a palavra masturbação que deixou alguns jovens adolescentes, candidatos a ingresso na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, que constava de um questionário que deveríamos preencher.
Falo de 1956/1957. Nessa época batíamos (ou tocávamos) punheta e olhe lá. Agora, escrevendo aqui, lembro que alguns poucos falavam de bronha.
Bem mais tarde, numa prova de português (matéria escolar), no Colégio Nilo Peçanha (não confundir com o Liceu Nilo Peçanha), a redação tinha como tema eutanásia.
Alguns dos rapazes e moças do terceiro ano científico não faziam ideia do que se tratava. Foi aquele rumor, cochichos e perguntas: "você sabe o que é?". Ano de 1959.
E na prova de língua portuguesa, do vestibular da Faculdade de Direito, da UFF, em 1962? Fomos, muitos, surpreendidos com a questão que solicitava um exemplo de eufemismo.
Tenho certeza que os professores que fizeram as correções estranharam tantos candidatos com o mesmo exemplo: "você está faltando com a verdade."
Alguém que sabia "soprou", e o exemplo correu todo o recinto.
E a primeira vez que abordei este tema aqui no Pub, foi por conta da palavra esgargalado, utilizada por Saramago em seu livro "O homem duplicado".
Esta sim, pouco usual, levou-me ao Aurélio. Como também levou-me o vocábulo glabro, empregado pelo Chico Buarque, no livro "Budapeste".
Alguns dos possíveis leitores haverão de lembrar do Romário "o homem dicionário" que desafiava a plateia do programa Cesar de Alencar a sugerir uma palavra que ele não soubesse o significado.
Nada do que narrei acima foi inventado; não estou faltando com a verdade.
Não estou, ainda, desenganado para ser sujeito de eutanásia. Estou usando barba aparada (não glabro) e ainda uso gravata (não esgargalado) por razões profissionais.
Já masturbação ... não é da sua conta.
ResponderExcluirSe eu tivesse um razoável número de leitores habituais, como já tive um dia, lançaria um repto:
Que palavra você não conhecia e teve que ir ao Aurélio ou ao Houaiss para saber o significado? Lembra?
Claro que me refiro ao estágio da adolescência para cá. Sabemos que mamãe foi a primeira ouvida e o sentido, o significado, aprendeu naturalmente, sem dicionário.
Lembro como se fosse hoje que você me levou ao AURÉLIO quando escreveu "esgargalado" em um dos seus posts.....rsrsrsrs
ResponderExcluirQuanto a "glabro", certa vez há muitos anos, um amigo escreveu uma crônica onde escreveu "glabra paxaxa". Vê o significado !! kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEm Minas Gerais, certa feita, em Uberlândia ou Uberaba (faz tempo) ouvi xibiu.
Não precisa ir ao Aurélio.
Designação popular de vulva.
Pensando sobre o assunto, lembrei de uma palavra que, ainda criança, ouvia meu pai vez ou outra proferir, e que nunca utilizei: sacripanta.
ResponderExcluirSempre preferi patife.
E meu pai que chamava meu pau de BIRRO !! kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMuito tempo depois descobri que era BILRO ...mesmo assim fiquei confuso por um tempo kkkkkk
ResponderExcluirAqui em casa, Wanda falava piíte quando os meninos, hoje chegando ao 60 anos, eram crianças.
ResponderExcluirVamos lavar bem este piíte.
Silaba tônica no segundo "i".
Por que? Nem ela lembra.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEntrei no Google Imagens pra ver o que é na verdade birro e bilro .... ainda não entendi pq meu pai falava assim.