A gente mentia: só dói a entrada, o início, depois da cabeça entra e sai sem dor.
Rasurávamos a caderneta escolar para assistir filmes franceses - especialmente - para ver peitinhos e bundinhas. Ah! As francesas.
Françoise Hardy foi também cantora de sucesso, mas aquela boca inspirava muito mais que harmonia, senão também graves e agudos.
Homenageávamos vizinhas, possuindo-nos sem pudor. As casadas eram as mais cobiçadas, afinal gravidez seria problema delas. E camisinha eu, por exemplo, nem sabia colocar.
E, cá para nós, é como chupar bala sem tirar o papel, não é não?
Revistinhas suecas passavam de mão em mão, inclusive das descoladas que a gente não queria como esposa e mãe. Mas no Campo de São Bento, na calada da noite ...
Não tenho na memória e nem anotado, mas gastei alguns lenços no final de contas ...
Bom era quando se conseguia a garçonnièri de um conhecido de um amigo próximo. Tirava-se onda. E se tivesse banheira, então, era mais divertido.
O mezanino do cine Odeon resolvia para o varejo.
Os moteis a preço razoável surgiram mais tarde.
Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta português, entre nós aborrecentes era famoso pelas piadas picantes, indecentes, que não escrevera, coitado.
Duas piadas para ilustrar o que se passava no Campo de São Bento e nas garçonnières.
O casal estava no rala e rola no Campo de São Bento, em Niterói, e percebem a aproximação de um guarda.
Diz o guarda: sim senhor, hein! Isto é local para transar.
- Mas seu guarda estava só aliviando, precisava mijar.
- Só mijar, né? - É verdade, estava muito apertado.
- E esta mulher nua deitada aí no chão? - Pô seu guarda se o senhor não avisa eu mijava em cima dela.
Pano rápido.
Na outra piada, iam os dois caminhando pela calçada da Av. Amaral Peixoto. Um deles comenta, quando diante do Edifício Rio-Niterói: - aqui neste prédio só tem matadouro, os caras trazem as lebres aqui para abater.
Diz o outro: - minha avó mora numa quitinete neste edifício.
O primeiro retruca gaguejando: - mas é só do oitavo andar para cima.
Diz o outro: - ela mora no nono.
Enganaram-se os que pesavam que falei de atrizes francesas, bocas tentadoras, maus pensamentos, e esqueci da maior delas, a mais festejada, mais homenageada, descobridora de Búzios.
ResponderExcluirTirem as crianças da sala.
Hoje parece que manifestei sinais de Alzheimer, lembro de peripécias passadas, há anos; e não lembro do que comi no almoço.
ResponderExcluirPrestem atenção e vejam se estas mulheres têm tatuagens pelo corpo ou usam piercings nas orelhas, pálpebras e sabe-se lá mais onde.
Ninguém se deu conta que foi um grupo de homoafetivos que engendrou um plano de tornar feias e desinteressantes as mulheres.
Porque não tinham como concorrer.
Por que vocês acham que os grandes costureiros (homens na certidão) vestem as mulheres com aquelas roupas risíveis, ridículas, que as deixam como bolos de aniversário?
ResponderExcluir
Seguidores: 76
Postagens: 3605
Comentários: 26284
Acessos:
Todo o período
1884734
Hoje
2224
Ontem
2313
Este mês
46201
Último mês
38047
ResponderExcluirReações de estranheza, até aceitáveis, levam-me a explicar porque abordei este tema.
Tomei ciência via noticiário da imprensa, da extradição, para o Brasil, de um empresário brasileiro que foi para os Emirados Árabes após ser denunciado aqui por estupro e agressão, a partir de ocorrências registradas por algumas mulheres.
Na matéria, o que me chocou mais foi o fato de um sujeito bem sucedido precisar agredir, ameaçar e até colocar entorpecente na bebida para poder possuir uma mulher.
Aí lembrei de como nós, noutra época e sem dinheiro, mais na base da lábia, do charme, conseguirmos o mesmo objetivo. Sem violência física ou assédio agressivo.
As mulheres ou moçoilas, nunca tiveram que fazer algo que não estivessem interessadas também.
ResponderExcluirObservem que eu falo de uma geração, não apenas de mim contando vantagem ou proezas.
Os parágrafos começam sempre no plural: "A gente mentia";
"Rasurávamos" ou "Homenageávamos".
Não se trat5a de uma biografia, mas sim uma fotografia de época.
ResponderExcluirPreciso fazer justiça, a Françoise, atriz francesa que me levava a sonhos, era a Arnoul.
Françoise Arnoul. Grafado assim mesmo: Arnoul.
Realmente, estamos falando de uma geração. Infelizmente ontem entrei num desagradável debate sobre o que vivenciei e construí, e o que se vivencia e se constrói hoje.
ResponderExcluirNo debate, envolvidos eu e mais um da minha geração, e dois geração 70-80.
Como será o desenvolvimento de uma geração que sequer pode ir com tranquilidade à escola ?
E quando a escola está fechada devido a tiroteios e insegurança, o que fazem essas crianças quando chegam em casa, e seus pais estão fora trabalhando ? Com quem ficam ? E as aulas ? E os deveres de casa ?
Quantos estão hoje nessa situação em todo o país ?
O debate iniciou quando coloquei que os políticos deveriam ser obrigados a APENAS utilizar o SUS para tratar sua saúde.
Well, vai começar M CITY x ARSENAL.
FLUi
ResponderExcluirEm "off" lembraram-me do Carlos Zéfiro.
Sim, suas revistinhas faziam sucesso entre a garotada.
"Garotada" você quer dizer NÓS, né ? kkkkkkkkkk
ResponderExcluirProblema era pedir emprestado as revistinhas de catecismo, porque geralmente vinham com algumas páginas "coladas" ..... :)
(pano rápido)
ResponderExcluirKKKKKK, as mais antigas então ficavam amareladas.
Não sei explicar (ou penso que sei), mas os acessos despencaram nos dois últimos dias.