Maracanã |
Apaixonei-me e passei a
acompanhar o esporte desde 1947, aos 7 anos de idade.
Aos 10 fui levado por
meu pai e um amigo dele ao Maracanã, para assistir a um jogo da Copa do Mundo de
1950.
Foi contra a Espanha,
na goleada com fundo musical de “Touradas em Madrid”. Nunca esqueci inobstante o resultado final da competição.
Naquela época o nome do
esporte, na imprensa, era grafado em inglês, ou seja, foot-ball, mais tarde football. Nosso querido
Cantusca até hoje ostenta em sua sede o nome estatutário: Canto do Rio
Foot-Ball Club.
As primeiras palavras
em inglês que aprendi eram vinculadas à prática do esporte: penalty, corner, hal-back,
center-forward, stopper, goalkeeper, etc.
Veio o aportuguesamento
do nome do esporte e das posições ocupadas no gramado pelos 11 jogadores, mas
mantidas as 17 regras originais de 1863.
E o futebol ganhou o
mundo, sendo considerado o esporte mais popular do planeta, praticado por cerca
de 300 milhões de pessoas, de forma amadora
ou profissional, sejam homens, mulheres, crianças, adolescentes ou veteranos,
em competições municipais, estaduais, nacionais e internacionais.
Ganhou este prestígio e
popularidade, com um juiz e dois bandeirinhas com a função de arbitrar as partidas
fazendo com fossem respeitadas as regras básicas.
Alguns equívocos de arbitragem
prejudicaram ao longo de muitos anos, séculos até, equipes e mesmo seleções nacionais,
mas os erros não intencionais faziam parte dos resultados e viravam folclore.
Até que alguém que por
certo nunca chutou uma bola resolveu adotar no futebol recursos eletrônicos que
foram bem aceitos e utilizados em esportes como o tênis e o voleibol onde
possuem poder decisório restrito, praticamente sem intervenção humana no
processo.
No futebol as decisões continuam
em boa parte subjetivas, e a utilização dos meios eletrônicos como o chamado VAR
propiciam, mais do que os erros humanos das arbitragens do passado, arranjos de
resultados, fraudes e subornos.
Sou decisivamente
contrário e considero perdidos em boa parte, o charm, o encanto, o fascínio, o
feitiço do futebol.
Só não poder explodir
de contentamento quando é marcado um gol, até que o VAR o valide, por vezes anulando-o
por uma diferença milesimal na distância entre atacante e defensor, é coisa de
quem não gosta de futebol, é inimigo.
Assim como famosos costureiros desenhavam modelos que deixavam as mulheres ridículas, exatamente por não gostarem delas.
ResponderExcluirAlgumas alterações introduzidas foram positivas, melhoraram o andamento das partidas, tais como:
- não poder atrasar a bola para o goleiro utilizando os pés;
- utilizar 7 bolas, contando com a que está no jogo, e não mais uma única como no passado; deu mais dinâmica ao jogo.
- irrigar o gramado antes e no intervalo das partidas, deu mais velocidade à bola e ao jogo.
- as substituições, que num passado nem tão remoto eram proibidas.
- a possibilidade de contratação de jogadores estrangeiros, com limites mais amplos.
- bolas e uniformes de material mais moderno e o fim da obrigação das camisas estarem enfiadas nos calções; o jogo era parado.
Bem, tudo isto é opinião pessoal, claro.
É, Carrano, o assunto dá margem a várias e intermináveis discussões...
ResponderExcluirAcho, em princípio, que o VAR só deveria ser utilizado em casos de erros grosseiros, por má-fé ou incompetência do árbitro ou dos bandeitinhas. Mas, aboli-lo totalmente talvez seja um erro que pode causar prejuízos irreparáveis a uma equipe, que investe fortunas na contratação de técnicos e jogadores, passa semanas treinando seriamente e vê tudo ser jogado fora num lance por um erro sério da arbitragem. E, nem digam que os árbitros não torcem, nem que seja discretamente, por algum time: também foram crianças como todo mundo
ResponderExcluirA Premier League elevou o nível do futebol para patamar bem superior, seja tecnicamente, seja principalmente como negócio.
Hoje este esporte tem peso na economia.
ResponderExcluirO Anônimo, bem o sei, é um velho e querido Amigo que gosta de futebol, praticou amadoristicamente e dirigiu equipes escolares.
Então tenho fortes razões para respeitar as suas (his) opiniões.
Mas permito-me discordar dos fundamento da opinião explicitada.
E, lá o VAR, quando é acionado, o jogo para apenas por um minuto, no máximo. Aqui, quase dez minutos, com jogadores discutindo e "peitando" o árbitro. Educação dos jogadores? Respeito à arbitragem? Nessas decisões milimétricas de impedimento, por exemplo, o VAR não deveria ser utilizado, pois o erro, se houver não é grosseiro. Para que bandeirinha? Para que árbitro de campo, se o computador pode resolver tudo.
ResponderExcluirAcho pior o desconto de tempo que os árbitros dão para compensar as diversas paralisações do jogo. Na minha opinião, já que mexem tanto nas regras, o ideal seria copiar o que o basquete e o futebol de salão utilizam: o cronômetro. Parou o jogo, para o relógio. Recomeçou o jogo, recomeça o cronômetro. A prorrogação não pode ficar a critério exclusivo do árbitro, que, na maioria das vezes, não corresponde ao tempo real em que a partida ficou paralisada
O "anônimo" não foi intencional. Coisas da internet...
ResponderExcluir
ResponderExcluirPois é, Carlinhos, estas diferenças milimétricas, no passado, eram consideradas "mesma linha" e como tal não era impedimento.
Quantas jogadas bem elaboradas e conclusões de alta técnica e magnífica plasticidade são anuladas por diferenças imperceptíveis a olho nu.
Acho interessante o tempo de jogo ser cronometrado numa mesa de arbitragem (como no basquete) onde poderia atuar, por exemplo, o quarto árbitro.
Mudando de "esporte", se é que Fórmula 1 pode ser considerado como tal, a telemetria controlada dos boxes quase transforma as provas em autorama, com o piloto sendo orientado e controlado todo o tempo.
Por fim, minhas escusas pela absurda concordância em comentário anterior: "Mas permito-me discordar dos fundamento da opinião explicitada".
Não foi assim que aprendi no Liceu (rsrsrs).
Minha opinião sobre o VAR é que só deveria ser acionado por desafios dos treinadores ou pelo próprio árbitro. Uma ferramenta de suporte à arbitragem e aos que se sentirem prejudicados.
ResponderExcluirE o principal motivo dessa celeuma toda é a maldita regra do impedimento, que não existe na praia, no rachão, no salão, em lugar nenhum.
Quem é boleiro sabe muito bem como se deve marcar o adversário sem essa maldita regra, que só traz tristeza ao futebol, anulando belíssimos gols.
Se a FIFA fosse ousada, transmitiria jogos testes com grande equipes sem essa desgraça que é a regra do impedimento. Mas a FIFA é arcaica, agarrada a velho$ costume$, regra$, e "hábito$".
Quanto custa uma instalação e equipe de VAR ?
FLUi
Voltei para mais um comentário, sobre esse parágrafo do post :
ResponderExcluir"Foi contra a Espanha, na goleada com fundo musical de “Touradas em Madrid”. Nunca esqueci inobstante o resultado final da competição."
Como alguns sabem, minha mãe, fanática por futebol, vascaína, ficou cega quando eu tinha 4 anos de idade. Nunca vou esquecer do jogo Brasil x Espanha em 62 no Chile.
Estávamos perdendo o jogo, eu na sala ouvindo pelo rádio, ela se levantou da cama e foi até o piano. Sentou e tocou uma parte das "Touradas de Madrid". Imediatamente Amarildo empatou o jogo.
Ela voltou para o quarto.
Não sei quanto minutos depois, jogo duríssimo, ela voltou ao piano e tocou novamente um trecho de "Touradas de Madrid". Gol do Amarildo !!! 2x1 .... e voltou para a cama.
Como esquecer isso ????
FLUi
ResponderExcluirA Premier Legue utiliza uma ferramenta, um recurso eletrônico, muito eficaz, em tempo real, que assinala se a bola transpôs ou não a linha do gol.
Muito bom, o juiz é alertado no mesmo instante em seu relógio.
Carrano, esses lances de transpor ou não a linha são raros, e sei que são úteis. A Inglaterra não seria campeã mundial em 66 com o VAR !
ResponderExcluirMas o principal hoje é a má utilização do VAR no Brasil, até com nítida má fé, fruto da corrupção generalizada em nosso país.
A FIFA, se fosse uma entidade séria, padronizaria a utilização do VAR, e na minha opinião, acessado por desafios de treinadores ( quantidade regulamentada ) e/ou por solicitação do próprio árbitro do jogo.
E o principal .... ACABAR COM A MALDITA REGRA DO IMPEDIMENTO NO FUTEBOL.
FLUi
ResponderExcluirNão tenho, caro Riva, tanto quanto você esta repulsa quanto à linha de impedimento.
Cada esporte tem suas "idiossincrasias" se assim posso me expressar. E acabam sendo inevitáveis as ações humanas interpretativas.
Veja o voleibol, onde as imagens permitem decisões tais como bola dentro ou fora da quadra de jogo; mão na rede ou bola na antena, etc.
Mas e a marcação de dois toques ou, pior ainda, condução? Cabe ao juiz a interpretação. E erros são cometidos.
No basquete com toda cronometragem controlando tempo real de jogo, cabe aos juízes decidir sobre faltas, toco legítimo no garrafão, distinguindo de falta e até 3 segundos dentro do garrafão, o que comparo ao impedimento no futebol.
O impedimento, objeto de sua aversão, enseja estratégia, foco, arranque e velocidade, enfim pode e deve ser utilizado como fator positivo.
Mas, com certeza, é um assunto polêmico.
Penso realmente diferente ; quem deve impedir a construção de um gol é a defesa, a marcação e/ou um bom goleiro, nunca uma linha imaginária, enxergada de diversas formas no VAR por míopes ou mal intencionados (basta ouvir o audio de algumas dessas decisões para perceber isso ).
ResponderExcluirTira a beleza do futebol, o entusiasmo da torcida pelo gol - tem que aguardar a decisão para comemorar ou não. Acho tudo isso lamentável.
A FIFA conseguiu até acabar com a beleza plástica da bola batendo na rede, com a implantação dessas balisas quadradas com rede esticada, impressionante .... esses caras nunca chutaram nem bola de meia na vida !
Quando eu era criança adorava desenhar, e uma das coisas que eu mais desenhava era uma bola batendo na rede, lá no ângulo, onde a coruja dormia (não dorme mais).
FLUi ....hoje não tem estresse, porque nada esperamos em termos de resultado. Já era a SULA há tempos. Foco é a Copa do Brasil.
ResponderExcluirRiva,
Relembre este trecho de seu comentário : "nunca uma linha imaginária, enxergada de diversas formas no VAR por míopes ou mal intencionados (basta ouvir o audio de algumas dessas decisões para perceber isso )"
Agora releia o título da postagem.
Ontem, no jogo do Vasco contra o Brusque, no lance do segundo gol, ficou claro o horror que é o VAR.
O locutor narrou e a torcida se manifestou ruidosamente comemorando. O reporte de campo interveio e avisou que iria para o VAR. Silêncio tumular. Em seguida nova explosão da torcida, agora mais ruidosamente, havia sido confirmado o gol.
Olha que o VAR, no caso, favoreceu ao Vasco.
Mas faça-me um favor não é possível viver sob ação de adrenalina e corticoide a cada gol ou impedimento marcado.
FORA o VAR.
O futebol desde de sempre foi emocionante e apaixonante sem VAR.
Nada contra a regra do impedimento, basta jogar com inteligência.
10x1 !!!!
ResponderExcluirAlguém aí se lembra de um placar do seu time assim ? Eu não .... Carrano deve lembrar do 14x1 contra o Cantusca em Niterói kkkkkkkkkkkkkk
Foi um mix da fragilidade do adversário com a estranha determinação de um grupo até então apático...tipo mostrar serviço quando não adiantava mais nada.
Vamos ver contra Aquele Time do Mal no domingo .... a prova da verdade !
Bom fim de semana a todos do vazio PUB DA BERÊ. James continua indo, mas os clientes ....
ResponderExcluirComo esquecer se acabara de atotar o Vasco como o clube a preencher meu coração.
https://www.ocuriosodofutebol.com.br/2020/09/vasco-14-x-1-canto-do-rio-em-1947-maior.html