Em 1981 eu era um jovem executivo de 41 anos de idade. Era contrário a tentativa de setores governamentais que pretendiam transformar o Brasil numa república sindicalista. Repudiava a esquerda sem cérebro, só impulso.
Por isso apoiei o "movimento militar" que certos setores chamam de "golpe militar" ou "ditadura militar", que abortou a tentativa da esquerda tupiniquim. Sem derramamento de sangue.
Mas dai a aceitar o terrorismo da direita, como ocorreu no atentado no Riocentro, no supracitado ano de 1981, existe uma enorme diferença. No horizonte alguns sinais são preocupantes, é preciso ficarmos atentos.
O terrorismo de direita me incomoda tanto quanto as revoluções sociais sangrentas de viés populista. Repudio a violência em todas as suas formas, venha de onde vier, seja qual for a motivação, independentemente da cor da bandeira empunhada.
Por isso tenho mais um motivo (que se soma a outros) para abominar o Bolsonaro. A sua política armamentista, tem o objetivo claro de armar a extrema direita. Os terroristas radicais extremistas de direita, como os que praticaram um atentado contra o consulado chinês, no Rio de Janeiro, no mês passado.
Sabem os generosos leitores que me distinguem com a leitura destas linhas mal esculpidas, que somente no ano passado foram registradas 179.771 armas de fogo no país? E que destas cerca de 45.000 são de grande poder destrutivo, como fuzis, rifles e pistolas de grosso calibre?
Como Bolsonaro teme - com toda razão neste caso - perder a eleição do próximo ano, poderá, em desespero de causa, apelar para a violência, o autoritarismo, a imposição pelas armas, incitando seus mais fanáticos seguidores. Vade retro!!!
Nunca fui e não sou adepto da barbárie, do vandalismo, por isso lamento que em nome da defesa dos desassistidos sejam necessárias revoluções como a francesa, no século XVIII e a soviética no século XX.
Abro parêntesis para lamentar, porque oportuno, também o golpe militar (e aqui foi golpe mesmo) que derrubou a monarquia no país. Sem comparar os cenários, ações e consequências com os episódios na França e na Rússia.
O golpe, agora, seria contra a democracia. Os indícios estão aí. Não enxerga que não quer.
Matérias jornalísticas e Wikipédia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_do_Riocentro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Russa_de_1917
O que podemos esperar do capitão, derrotado nas eleições em outubro de 2022 e ainda no poder até janeiro de 2023, quando da posse do eleito, seja lá quem for?
ResponderExcluirTodo cuidado é pouco. CUIDADO!!!
Veja o exemplo do Trump (que ele segue cegamente), que, vendo a derrota nas urnas se consolidar, incentivou a marcha de uns irracionais contra o Capitólio norte-americano.
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ResponderExcluirMuito bem observado. Do Jair podemos esperar algo até pior.
Por isso precisamos ficar atentos.