Depois de praticamente
esgotar as séries históricas ou de época (Downton Abbey, Roma, The Crown e
outras), e as policialescas, inclusive
as produzidas nos países nórdicos Finlândia e Islândia (Deadwind, Borderliner, Trapped
e outras), e sem indicação/sugestão de filhos e noras, restou-me rastrear o
menu da Netflix em busca de uma série interessante, inspirada ou calcada em
fatos reais.
Achei “Marco Polo”,
cuja vida, em minha memória residual, foi de aventuras. A história transcorre nos anos 1200.
Resolvi arriscar já sabendo que a série era composta de duas temporadas, com 10 episódios em cada uma delas.
Ao fim do primeiro episódio quase desisti por conta de cenas de sexo e extrema violência. Nada tenho contra sexo e muito tenho contra violência. Ambas as atividades humanas devem estar, como se dizia antigamente, inseridas no contexto. Se forem gratuitas perdem significado.
Retrato póstumo feito em cerca de 1600, parte do acervo da Galleria de Monsignor Badia, em Roma |
Mas persisti e fui adiante. Aí comecei a verificar que haveria, sim, uma parte dramática, um fio condutor histórico, e da região asiática.
A filosofia chinesa, o
comportamento e as ambições mongóis. Na série são expostas, cruamente, a ambição humana
pelo poder, a inveja pelo sucesso alheio, a traição e a lealdade de perfis humanos.
A produção é impecável.
Indumentárias, armamentos, locações; a fotografia por vezes encanta aos olhos e
por vezes retrata a miséria e a falta de dignidade.
Elenco afiadíssimo e
sem nomes consagrados, pelo menos para mim. Algumas interpretações são muito
convincentes, demonstrando as emoções dos personagens.
As cenas de batalhas
são tão realistas, tão contundentes, tão selvagens, tão chocantes que muitas
vezes é melhor desviar o olhar.
Em compensação as lutas (kung fu) entre oponentes diretos, inclusive entre mulheres, são duetos de enorme plasticidade,
muito bem coreografados.
O custo, como não
poderia deixar de ser altíssimo, resultou em prejuízo para os produtores e consequente
cancelamento da terceira temporada. Pena, pois haveria ainda o que narrar.
Acabei por adotar e
torcer por lados e personagens. Alguns
conceitos e atitudes são censuráveis ética e moralmente, ou não. Depende de
você.
O personagem – Marco Polo – é real. Existem registros sobre sua existência e aventuras. Gengis Khan e o Papa são referenciados com frequência.
ResponderExcluirAssisti a dois episódios por noite.
Agora é achar outra série que valha a pena, por alguma razão que seja, assistir de cabo a rabo.
Ando bloqueado para qqer coisa em episódios. Estranho mesmo é que eu lia 2 livros por mês, e na pandemia toda até agora só li 1 livro !!!!!
ResponderExcluirTambém não tenho tocado violão nem piano ........ isso não é um bom sintoma.