Personagens da série televisiva "FAUDA" |
Estamos assistindo a série "FAUDA", produção israelense que tem como pano de fundo o conflito entre judeus e palestinos. Falada em árabe e hebraico, claro que dependo das legendas para acompanhar.
Pelo que apurei "fauda" é palavra árabe e significa caos. Faz sentido.São três temporadas (com 12 episódios cada) já disponíveis, e existem notícias sobre uma quarta temporada que estreará no segundo semestre de 2022, basicamente com o mesmo elenco em razão da camaradagem estabelecida.
Alguns acusam a produção de ser parcial, tendendo a valorizar a visão judaica do conflito, o que não me admiraria, tendo em vista que a realização é israelense.
Entretanto, como mero expectador consigo identificar, aqui e ali, um certo distanciamento e comportamentos familiares e ideológicos até apreciáveis, nos dois lados do conflito.
Minha mulher, sem muito entusiasmo está acompanhando comigo. Estarrecida com as crueldades, falta de humanidade, de parte e parte, diga-se, perguntou se tudo aquilo era real, isto aconteceu mesmo? Era assim?
Argumentei que no caso a ficção imita a vida. Difícil para ela digerir a história, custa crer.
Estavam as coisas neste pé, e eis que irrompe no noticiário da TV, durante a retirada das tropas americanas no Afeganistão, ações do ISIS (Estado Islâmico) praticando atos de violência, extrema agressividade, que acompanhamos na série em questão.
Muita ação, sexo numa medida bem inserida no contexto, amor, lealdade, ciúme, traição, ambição, extremismo, radicalização, perversidade, amor filial e maternal/paternal, tudo isto bem equilibrado no enredo.
Estou me acostumando com as siglas de grupos armados terroristas, para uns, de defesa, para outros, expressões e significados que aparecem no seriado. E agora no noticiário afegão. Vejam a seguir:
Jiade ou Jihad é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço" ou "luta" — o significado exato dependerá do contexto. É habitualmente entendida como "guerra santa" travada contra os inimigos da religião muçulmana. Aquele que segue a jihad é conhecido como mujahid. Wikipédia
O Hamas é um movimento islamista palestino, de orientação sunita, constituído de uma entidade filantrópica (dawa), um braço político e um braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Especialmente ativo em Gaza, é o mais importante movimento islamista da Palestina. Wikipédia
Al-Qaeda ou, na ortografia aportuguesada, Alcaida é uma organização fundamentalista islâmica internacional, fundada cerca de Agosto de 1988 por Osama bin Laden, Abdullah Azzam — e vários outros combatentes da ... Wikipédia
Estado Islâmico, antes denominado Estado Islâmico do Iraque e do Levante ou Estado Islâmico do Iraque e da Síria, é uma organização jihadista islamita de orientação salafita e wahabita criada após a invasão do Iraque em 2003. Wikipédia
Estado Islâmico de Coraçone (ISIS-K), também Estado Islâmico – Khorasan ou Estado Islâmico – Província de Khorasan, é uma organização militar salafita jihadista, um ramo do grupo Estado Islâmico, ativo no Afeganistão e no Paquistão. Wikipédia
Talibã é um movimento fundamentalista e nacionalista islâmico que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994 e que, efetivamente, governou cerca de três quartos do Afeganistão entre 1996 e 2001, ... Wikipédia
A série "FAUDA": foi desenvolvida por Lior Raz e Avi Issacharoff a partir de suas experiências pessoais vividas enquanto cumpriam o serviço militar na Unidade Duvdevan das Forças de Defesa de Israel. A série estreou-se em Israel no dia 15 de fevereiro de 2015. Contando a história de Doron, um comandante da Unidade Mista'arvim, e sua equipe quando tentam capturar um terrorista do Hamás conhecido pelo apelido de "O Pantera".
A primeira temporada da série foi filmada na localidade israelita de Kafr Qasim, durante a Operação Borde Protector. Já está sendo pré-produzida a quarta temporada.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/26/estado-islamico-khorasan-conheca-o-grupo-extremista-rival-do-taliba-que-espalha-terror-no-afeganistao.ghtml
ResponderExcluirNo seriado vejo o Hamas combatendo o Estado Islâmico e no telejornal diário vejo o Talibã se opondo ao Estado Islâmico, lá no Afeganistão identificado como ISIS-K.
Minha mulher desistiu de acompanhar o "FAUDA" antes de terminar a primeira temporada. Realmente há que ter estomago.
Se fosse somente ficção, a violência seria digerida, mas a desumanidade retratada é inspirada em fatos da vida real naquela região.
Exagerando, no momento não consigo distinguir se estou assistindo série no Netflix ou se estou assistindo noticiário da Globo News, em face do conflito no Afeganistão, com a saída dos americanos do país.
Lembro que, há muitos anos, nos anos 60, o Afeganistão estava no roteiro dos hippies. rsrsrs
Eu desisti só de ler o seu resumo. De sofrimento já basta o nosso dia a dis por aqui. Sem considerar o futebol !
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ResponderExcluirA série, escrita por protagonistas, é ambientada nos próprios locais dos conflitos religiosos e ideológicos entre grupos terroristas, radicais.
É a história milenar, revista e atualizada para os dias de hoje.
Apresentada na sua forma atual em razão das novas tecnologias de espionagem, armamentos e formas de combate.
O fanatismo que leva a desejar morrer pelo que acredita, chega ao homem-bomba. Difícil para nossa cultura, mas comum e até motivo de honra e orgulho para eles.
Ajuda a entender as motivações, dos dois lados, os quais por sua vez têm facções, mais ou menos extremistas, que por vezes entram em conflito. E se matam.
Infelizmente não vejo solução de paz nessa região. Inexiste união em torno de uma liderança. São diversas etnias, cada uma com sua cultura, muito radicalismo.
ResponderExcluirImpressiona é os EUA não saberem ser impossível unificar essas regiões/países. E acabar dessa maneira ... Bilhões de dólares que poderiam ter sido utilizados de outra forma, nunca em mobilizações de conflito.
Política .... não estaremos por aqui para assistir a destruição da raça humana. Mas ele virá, com certeza.
Sempre que olha a Terra de um ângulo espacial, fico impressionado como o homem está arrasando com tudo, até com a Natureza.
ResponderExcluirOs americanos precisam perder a mania de interferir em disputas políticas e ideológicas em terras distantes.
O papel de palmatória do mundo já não lhe cai bem.
Aliás precisam olhar o próprio umbigo, pois têm uma série de temas internos e enfrentar.
Tá certo que a comoção do 11 de setembro e o Osama bin Laden, justificaram o envio de militares para o Afeganistão.
Entretanto alcançado o objetivo deveriam ter caído fora e deixados que ele se entendessem como lhes apetecesse. São muitas facções que querem a mesma coisa, mas com meios e intensidade diferente.
Conflitos tribais e divergências religiosas e ideológicas muito distintas, de outra realidade, distante da americana, só podem e devem ser solucionados entre os filhos da terra, que têm raízes.
Ficar, como ficaram por 20 anos no Afeganistão, foi um erro; como foi igualmente o dos militares brasileiros que protagonizaram o 31 de março, em 1964, e se instalaram no poder, sem devolve-lo à sociedade civil antes dos radicalismos, de parte a parte.
Exato ...
ResponderExcluirVoltando ao Netflix, que não assosto nada há meses, ou mais de ano, vou tentar a série NOITE A DENTRO, pelo menos o 1º capítulo da única temporada. Vamos ver se o sino toca !
FATAH
ResponderExcluirFatah é o nome de uma organização política e militar de defesa dos interesses e da autonomia Palestina.
O Movimento de Libertação Nacional da Palestina é o nome completo do movimento que foi criado em 1959 para defender os palestinos. Embora esse seja o nome oficial, o mesmo ficou mundialmente conhecido pela sigla Fatah. O nome desse grupo político e militar guarda curiosidades. O acrônimo do movimento na ordem não reversa resulta em Hataf, que significa morte em árabe. Os integrantes preferem não utilizar esse nome e utilizam o acrônimo reverso, Fatah, com significado mais ameno, como começo ou vitória. Além disso, Fatah é uma palavra religiosa que está ligada à expansão islâmica dos primeiros séculos de sua história. Logo, possui grande relevância para a comunidade islâmica da região em que atua.
Após o conflito entre as facções (partidos?) Fatah e Hamas na Faixa de Gaza, resultou no controle da área por este último grupo.
ResponderExcluirJihad
Descrição
Jiade ou Jihad é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço" ou "luta" — o significado exacto dependerá do contexto. É habitualmente entendida como "guerra santa" travada contra os inimigos da religião muçulmana. Aquele que segue a jihad é conhecido como mujahid. Wikipédia
Significado de Jihad
O que é Jihad:
Jihad é um termo árabe que significa “luta”, “esforço” ou empenho. É muitas vezes considerado um dos pilares da fé islâmica, que são deveres religiosos destinados a desenvolver o espírito da submissão a Deus.
O termo jihad é utilizado para descrever o dever dos muçulmanos de disseminar a fé muçulmana. É também utilizado para indicar a luta pelo desenvolvimento espiritual.
Ao contrário do que muitas vezes é dito, jihad não significa uma guerra santa, implica mais uma luta interna com o objetivo de melhorar o próprio indivíduo ou o mundo à sua volta. Existem grupos extremistas que usam métodos violentos para transmitirem as suas ideias, mas esse não e o conceito original de jihad.
O conceito de jihad tem dois significados para a religião muçulmana: a luta pela melhoria pessoal sob as leis do islamismo e a luta em busca de uma melhor humanidade, por meio da difusão da influência do islamismo e com o esforço que os muçulmanos devem fazem para levar a religião islâmica para um maior número de pessoas.
O esforço pessoal, espiritual e introspectivo para controlar seus impulsos, sua ira e perdoar os pecados em nome de Alá, é considerado para os muçulmanos a maior jihad.
O segundo significado, a jihad externa, está bem representada na palavra de Maomé, nela os muçulmanos são instruídos a usar meios combativos para difundir a paz e a justiça da religião islâmica para áreas que não estejam sob a influência do profeta Maomé.
ResponderExcluirPara melhor entender a série:
Shahid ou Shaheed é originário da palavra árabe do Alcorão que significa "testemunho" e também é usado para denotar um "mártir".
Mas, o que de fato é o martírio dentro do pensamento islâmico? Partimos em busca pelo entendimento indo ao significado semântico da palavra. Do árabe shahada a palavra martírio significa testemunho. Interessante observar que, shahada é o primeiro pilar da fé islâmica que diz sobre a confissão de fé feita por aquele que se reverte ao Islã.
Não há divindade além de Allah (Deus) e Muhammad é Seu mensageiro (e Profeta). Isso significa que, para se alcançar o nível de viver o martírio (shahada) e se tornar, assim, um shahid (mártir) há toda uma preparação que começa no testemunho em vida e vida junto à comunidade, algo ligado diretamente ao grande jihad (esforço).
https://domtotal.com/noticia/1250937/2018/04/o-martirio-na-perspectiva-do-isla/