Os espaços de Yoga pedem socorro – Por Jorge Carrano
A pandemia do coronavírus nos pegou de surpresa duas vezes. A primeira, em março de 2020, quando entrou no nosso vocabulário a expressão “lockdown”. De um dia para o outro, os espaços de Yoga fecharam e uma nuvem de incertezas passou a existir em nossas mentes. Os professores, bravamente, se adaptaram e tentaram resistir, aprendendo a lidar com Zoom, luz, problemas de som, adaptar as aulas etc.
Mas, a segunda surpresa está no fato de que, passado mais de um ano do início da pandemia, ainda estamos no mesmo lugar (talvez, pior) do que antes, e não vamos tratar aqui dos motivos. O que importa, de fato, é que os espaços de Yoga pedem socorro.
Ao longo de 2020, diversos estúdios tradicionais de Yoga fecharam em Niterói. Alguns deles com mais de 30 anos de atividades. Não citaremos nomes, mas sabemos que são profissionais sérios, dedicados ao estudo e ao bem-estar de seus alunos. Mas onde estão esses alunos?
Alguns não podem mais custear as aulas porque perderam emprego. Outros, estão com medo de voltar às aulas presenciais, o que também é compreensível. O vírus não tem apenas o viés do risco para a saúde, mas também para a saúde econômica de inúmeras atividades.
O trabalho de anos está sendo perdido porque a maioria dos espaços de Yoga encontra-se em salas com custos de aluguel, condomínio, IPTU, luz, e tantas despesas. O mesmo raciocínio se aplica também às academias de ginástica, espaços de pilates, massoterapeutas e tantas outras atividades com o mesmo perfil: pequenas empresas voltadas à promoção da saúde e do bem-estar.
Diante desse cenário, muitos espaços preferiram fechar de vez a manter as portas abertas. Agora é um momento de união. Não é esse também um dos significados da palavra Yoga?
União dos alunos com os professores para que os espaços mantenham-se operando, ainda que com receitas reduzidas. União dos proprietários dos imóveis com seus inquilinos (os estúdios de Yoga), para viabilizar as portas abertas. União de todas as esferas do poder – Municipal, Estadual e Federal – abandonando o perverso negacionismo e acelerando a vacinação, única saída eficaz. Enfim, união por um bem comum: a vida.
A ironia é que – justamente por causa da pandemia – precisamos cada vez mais de Yoga. As pessoas estão exaustas do “abre e fecha” das atividades, esgotadas do ambiente online, com níveis de ansiedade e estresse além do normal, e tudo isso aponta para uma necessidade cada vez maior de praticar Yoga. Essa prática milenar, vale reforçar, é uma atividade que faz bem para o corpo (que está sedentário demais após longos períodos em casa), mas atua sobretudo na mente, pois ajuda a combater justamente esses efeitos negativos da pandemia: medo, estresse, ansiedade, insônia.
Para encerrar, fica um alerta importante para você, que é praticante (aluno) de Yoga: se você não voltar logo, quando decidir fazê-lo pode não ter mais o espaço que costumava ou gostaria de praticar, pois ele terá sido mortalmente contaminado pelapandemia. Vamos praticar. Yoga sim. Vacina sim.
Jorge Carrano é idealizador e coordenador do espaço de Yoga e Meditação Dharma Bhūmi, em Niterói. Publicitário e praticante de Yoga desde 1993, fez sua primeira formação no Studio Saraswati de Yoga e Vedanta. Formado também pelo IEPY (Instituto de Estudos e Pesquisas em Yoga), certificado pela Escola de Kaivalyadhama (Índia).
Nota: originalmente publicado em:
http://cidadedeniteroi.com/2021/06/06/os-espacos-de-yoga--pedem-socorro-por-jorge-carrano/
O pedido de socorro é geral. Nem sei por onde começar.
ResponderExcluirLido com gestão de propriedade e tenho hoje locatários e ex-locatários de várias naturezas :advocacia, restaurantes, seguros, coworking, associações sem fins lucrativos, educação, drogarias, agência de turismo, odontólogos, espaço e midia de eventos, biblioteca ...
Receitas esmagadas pelos motivos de ausência/fuga que você já citou no espaço de yoga.
Hora de nos reinventarmos como profissionais e/ou como empresas, rever e adequar o modelo de negócio em pelo menos 3 fases : a atual, a que julgamos existirá em 2022 e 2023, e talvez uma "nova e definitiva" mais à frente.
Sim, e como saber qual, como, quanto tempo ?
Só vejo uma maneira de tentar ser o mais assertivo possível ... nos pormos como clientes, usuários desses serviços, e desenharmos como queremos ou devemos usufruir deles. Dever de casa para cada um de nós.
Tenho tido contato com alguns empresários, temos exercitado nosso networking ao máximo na tentativa de buscar um caminho bacana para todos, mas por aqui tudo esbarra nessa mixórdia política que envolve a nação, que se arrastará até as eleições de 2022, e que dependendo do seu resultado não tenha solução por muito tempo. Isso afasta os investimentos, isso afasta empreendedorismo, afasta a vontade de correr riscos, desanima até os mais fortes e ousados.
Ligo a TV hoje e vejo uma impressionante multidão de turistas aglomerados e sem máscara no fim de semana em Campos de Jordão.
Não sei interpretar isso .... é burrice, desespero, ligaram o F....-SE, desamor ao próximo, é o que ?
Aumentam agora as notícias de bioterrorismo, que o Trump tanto falou e foi esmerdalhado quando tocou nesse assunto (por aqui também).
Estamos no meio da 3ª Guerra Mundial e não percebemos ?
ResponderExcluirSuicídio coletivo?
Quando sai o próximo foguete para Marte? Estou tentando contato com Elon Musk.
Noutro dia, ele foi indagado, via Twitter: “Quais são os custos estimados de passagens da Lua até Marte considerando a reusabilidade do seu foguete?”. Musk, respondeu:
“Depende muito do volume de clientes, mas tenho certeza de que se mudar para Marte (a passagem de volta é gratuita) custará menos de US$ 500 mil ou talvez até menos de US$ 100 mil. Valor baixo o suficiente para que a maioria das pessoas em economias avançadas possam vender suas casas na Terra e se mudar para Marte se quiserem”.
Já estou economizando ... quem quer comprar um apartamento?
Boa rsrsrsrs ! O ser humano é inviável, né ?
ResponderExcluirToda vez que olho a imagem da TERRA fotografada do espaço, incrível, linda, fico imaginando um ET se aproximando, sem saber o que é a humanidade.
Não entendo qual a necessidade de ir a MARTE - desde criança ouço essa loucura ... Não nos serve para NADA !!
A grana tem que ser gasta em preservar nosso planeta e a humanidade. Nada mais que isso. Até o dia em que o SOL resolver nos sacanear, mas vai demorar.
Pergunta ao autor do post : vc abriria um espaço de YOGA em Marte ?
Sim, porque quem estiver por lá sabe que dificilmente voltará à Terra. Pirante !