Tive, ao longo da vida, em cada momento dela, vários "melhores amigos".
Ou éramos vizinhos, ou estudávamos na mesma escola, ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Houve exceções. Meu primeiro "melhor amigo" sequer morava da cidade. Tratado por Tãozinho, inclusive por familiares, jamais soube seu nome de registro.
Morava em Minas Gerais e passava as férias em Niterói na casa de tios que eram nossos vizinhos na Rua São Diogo, na Ponta D'Areia.
Tínhamos, os dois, a mesma idade. Na época a que me refiro, entre os cinco e os sete anos. Minha irmã provavelmente tem em seu acervo fotográfico uma foto em que ele aprece num aniversário lá em casa.
Dávamo-nos muito bem e é óbvio que para ele era muito bom ter alguém conhecido no local, na cidade, onde passava férias.
Sim, tinha vizinhos de minha faixa etária que moravam na mesma rua. Mas o Tãozinho era meu preferido naqueles poucos dias em que ele ficava na casa dos tios.
Mais tarde me enturmei com os moradores locais, já quando tinha mais de dez anos de idade. Mas não incluiria nenhum deles entre "melhores amigos".
Bem, no mesmo bairro, mas não morador da mesma rua, tive como "melhor amigo" um colega de escola. Chama-se Doraly e hoje vive no Espírito Santo.
Fomos parceiros durante alguns anos, indo na bicicleta dele para Icaraí. Indo aos bailes de carnaval, viajando ...
Com minha ida para o Liceu Nilo Peçanha, criei alguns poucos melhores amigos. Dois em especial: Carlos Augusto Lopes Filho e Irapuam Paula Lima de Assumpção.
Com o primeiro deles, botafoguense, a quem chamo ainda hoje de Carlinhos, a despeito de seus quase oitenta anos e magistrado aposentado, ainda mantenho contatos virtuais e muito efemeramente presenciais.
Na fase de quase universitário tive outros dois melhores e fieis amigos. Mario Castelar da Silva, que faleceu ainda jovem, embora bisavô. E Florihermes de Souza Santos, com, se bem me lembro, seis ou sete separações. Conhecido como Hermes Santos, por óbvias razões, atualmente é procurador da Câmara Municipal, mas formou-se também em Psicologia e Pedagogia, tendo sido professor e diretor de escola. Poeta e tricolor apaixonado, encontramo-nos episodicamente no Fórum. Atua na área criminal.
Estes dois, Hermes e Castelar, éramos amigos de nos visitar sem aviso prévio, com as esposas. Até em horário de refeição. Vivemos enquanto solteiros grandes aventuras em estádios de futebol e viagens. E fomos contemporâneos na Faculdade de Direito da UFF.
Castelar mudou de mala e cuia para São Paulo e pouco tempo depois lá fui eu com mulher e filhos para a cidade da garoa. Como éramos (ainda sou) torcedores do Vasco, fomos um par de vezes assistir jogos no Morumbi e Pacaembu, quando o Vasco ia disputar alguma partida por lá.
Nunca advogou, tendo ao contrário feito carreira na área de publicidade e marketing, tendo alcançado o cargo de vice-presidente da Nestlé, na área de desenvolvimento estratégico.
Melhores amizades são construídas enquanto crianças e adolescentes. E muitas resistem ao tempo.
Nota: não inclui imagens (fotos) por não ter feito pedido de autorização aos mencionados que estão entre nós.
ResponderExcluirMenção honrosa para João Jorge Elias Bazhuni e Roberto Marconi Durão.
Em épocas distintas e por motivações também distintas, fomos bons amigos.
Carrano, muito sensibilizado por você me ter incluído entre os seus melhores amigos. A recíproca é mais que verdadeira. E, repito o que já disse antes em outros espaços, concordando com você: as melhores amizades são aquelas que fazemos na infância e na adolescência. Talvez porque ainda estamos numa fase de semi-inocência, em que acreditamos mais nas coisas e nas pessoas, em que não tenhamos que nos preocupar em tomar cuidado com as pessoas que nos cercam. Fiz muito poucas ou quase nenhuma amizade verdadeira em minha fase adulta de vida.
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ResponderExcluirÀ amizade, tim tim!
Amigo Carrano, que surpresa boa seu e-mail!
ResponderExcluirMuito bom saber que faço parte dos seus melhores amigos!
Sempre falo com minha esposa Geralda Canto das nossas aventuras e de como fui feliz neste tempo já tão distante.
Obrigado por tantas aventuras. Sempre lembro do seu pai me incentivando a estudar.
O tempo passa, mas guardamos os bons amigos e as boas lembranças.
Não tenho muitos mas os que tenho são preciosos. Alguns ficaram lá atras , faz parte da caminhada.
Hoje com 82 sou muito grato pela vida que Deus me concede viver e por tudo que vivi.
Sinto me honrrado por voce estar sempre se lembrando de mim.
Que Deus continue abençoando sua vida e de sua familia.
Forte abraço do amigo
Doraly
ResponderExcluirPrezado Doraly,
Você não avalia a alegria que seu comentário acima e seu e-mail me deram, principalmente por sabe-lo bem ao lado da família.
Em abril, no dia 21, espero completar meus 81 anos de idade.
São muito gratas algumas lembranças de nossa juventude.
Desejo igualmente, fazendo minhas suas palavras: Que Deus continue abençoando sua vida e de sua família.
Abração.
Carrano
O poder para o BEM, da Internet. Infelizmente milhões a usam para o MAL.
ResponderExcluirMuito gratificante reencontrar amizades.
ResponderExcluirCom cada um dos citados tive experiências de amizade verdadeira, representada por lealdade, compartilhamento e colaboração incondicional.
A nota triste é que alguns já não estão entre nós, nesta vida terrena.