Jorge Carrano
Carioca, do Andaraí, octogenário, vascaíno.
Minha primeira vez no Maracanã foi em 1950, durante a Copa do Mundo.
Assisti ao jogo Brasil 6 X 1 Espanha, com direito ao canto da marchinha então em voga: "Eu fui as touradas em Madrid, etc...
Levado por meu pai e um seu amigo de nome Américo. Os dois se revezaram em me colocar nos ombros, tal a multidão presente.
Tinha 10 anos de idade e já era torcedor do Vasco, primeiro campeão carioca da era Maracanã. Tal fato explica porque a torcida do Vasco tem direito histórico a se posicionar à direita da tribuna de honra e cabines de rádio.
A foto abaixo, da equipe vascaína, explica a opção pelo clube cruz-maltino. Era a própria seleção nacional. Incluindo o técnico e o massagista.
Duvido e faço pouco que alguém seja capaz de precisar, sem erro, qual era o público presente, no citado jogo contra a Espanha. Até porque uma das entradas foi colocada abaixo e houve invasão de torcedores.
Tal público, ou parecido, só voltei a presenciar no jogo Brasil X Paraguai, pelas eliminatórias da Copa de 1970. Assisti sentado de lado, entre os pés de torcedores na arquibancada.
O estádio foi inaugurado antes da conclusão da obra, como se pode verificar na imagem abaixo, registrada durante o jogo contra a seleção mexicana, primeira partida da seleção disputada no estádio.
Brasil X México - Copa de 1950 |
Na década de 1970, trabalhando no Departamento Legal, da Cia Fiat Lux, tinha como chefe um sócio proprietário do Vasco, dono de cadeira perpétua no Maracanã, de nome Mário Coelho da Silva.
Ele era filho de português e era concunhado e sócio do Ademir Menezes (Queixada). Graças a cortesia dele assisti há muitos jogos no espaço das cadeiras perpétuas do estádio, inclusive da seleção nacional.
Mas nada se comparava ao calor da arquibancada. Com o Ramalho e seu talo de mamoeiro conclamando a torcida e a Dulce Rosalina puxando o casaca, casaca, casaca zaca zaca ...
O Maracanã passou por reformas; desde a última, que o desfigurou, a despeito do fator conforto, nunca mais coloquei meus pés naquele foi durante bastante tempo o "maior do mundo" o "templo do futebol".
ResponderExcluirBom dia!
Daqui a pouco será publicada a primeira postagem de autoria do amigo Carlos Lopes, dando sequência a série de memórias, boas e más lembranças do futebol no passado.
No tempo em que nossos clubes do coração (Vasco e Botafogo) eram destaques mundiais, vencedores.
Atualmente penam no campeonato brasileiro, patinando na parte baixa da tabela.
Precisam reagir urgentemente sob risco de voltarem para a série B, que já frequentaram.
Lamentáveis as últimas atuações do Botafogo. Ridículas... Sem jogadas ensaiadas, sem pontas, sem deslocamentos, só querem ficar trocando bolas atrás, sem nenhuma objetividade... Jogadores medíocres, técnicos despreparados... Caos total...
ExcluirCalfilho, não é privilégio do Botafogo. Vê também o Flu, Goiás, Sport jogando. Fortes candidatos à Z4.
ResponderExcluirMinha 1ª vez foi no Caio Martins, Canto do Rio x algum time, acho que foi AMérica do meu pai. No Maraca foi em 63, Aquele Time do Mal 0x0 Fluminense. Cheio demais.
Aquele Brasil x Paraguai de 69, com 183.000 pagantes, eu estava lá. Comprei o ingresso antecipadamente na Samaritana, cheguei lá 9h da manhã, entrei ao meio-dia, não consegui sentar nas arquibancadas, saí e comprei geral.
Estava com um amigo nanico, muito baixo mesmo, e tive que narrar o jogo todo pra ele na geral !!
PS: o Melequinha ainda é treinador da Alemanha ?
ResponderExcluirParece que depois dos 6X0 a chapa esquentou para o "melequinha".
Passar de bestial para besta é um passo no universo dos técnicos.
ResponderExcluirJoachim Löw está há 14 anos dirigindo o selecionado alemão.
https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/sob-pressao-apos-goleada-da-alemanha-low-avisa-nao-me-preocupo-com-meu-cargo.ghtml