11 de setembro de 2020

NITERÓI - século XX

 

O Cícle São Bento era um dos patrocinadores do cinema de rua. A tela era colocada num cavalete e este sobre o veículo. 

Filmes das duplas "O gordo e o magro" e "Abbott & Costello" e ainda os faroestes do "Zorro".

Oliver Hardy e Stan Laurel (o gordo e o magro) eram mais engraçados na minha opinião.

Ficávamos - as crianças - de pé assistindo, mas as pessoas  idosas levavam um banquinho ou cadeira para maior conforto.

Trechos das ruas São Diogo ou Visconde de Uruguai eram interditados ao trânsito por um período.

O jingle da casa de bicicletas era mais ou menos assim:

"Pedalando, pedalando

A favor ou contra o vento,

Tenha sua bicicleta

Compre no Cicle São Bento"






O detalhe interessante na foto a seguir é a carrocinha da Kibon. 


Aqui abaixo outra carrocinha, tendo ao fundo a Ponte Rio-Niterói ainda em construção.


Na via litorânea desta praia abaixo, fica localizado (agora) o campus da UFF e também o Museu de Arte Moderna (MAC).




A praia de Icaraí, abaixo, ainda tinha o trampolim.








Esta ponte, na foto a seguir,  permite acesso à igreja da Boa Viagem. O mar circunda a ilha e se encontra debaixo da ponte na maré alta. Fica bem próximo do MAC, o que permite matar dois coelhos com uma só cajadada, se agendar a visita.


No cinema da imagem a seguir, os homens só entravam trajando paletó. Acreditem!!! Ficava na Praça Arariboia (antiga Martim Afonso). Vide a foto logo a seguir da do cinema.









Era o mais confortável dos cinemas da cidade. Não tínhamos os shoppings



Abaixo, prédio de arquitetura elegante, vistosa, abrigava os Correios. Aparece também na foto da Praça Martim Afonso, retro publicada.




Antes da inauguração da Ponte Rio-Niterói a travessia de veículos, na Baia da Guanabara,  era feita através de barcaças (balsas) deste tipo abaixo.


Concorrente da Frota Carioca, com cais de embarque e desembarque no lado de Niterói, no bairro da Ponta D'Areia, a Valda era, salvo engano, uma empresa de portugueses. Ver abaixo:

                                                        


NOTAS:
1) Postagem semelhante em:

2) Fotos recebidas de amigos/parentes, através dos meios digitais.

16 comentários:

  1. Muitas saudades mesmo, Carrano. Sei que sou saudosista, mas a Niterói de hoje não é a mesma que conheci e vivenciei antes da construção da ponte que a liga ao Rio. Sei que a ligação por terra entre as duas cidades era uma antiga reivindicação da população niteroiense, que, na sua maior parte. trabalhava no Rio de Janeiro,então a capital da República. Niterói, apesar de ter a importância de ser a capital do antigo Estado do Rio de Janeiro, era, na verdade, uma cidade provinciana. Quase todo mundo se conhecia, de uma forma ou outra: ou estudavam no mesmo colégio, ou frequentavam os diversos clubes da cidade (Canto do Rio, Regatas, Central, Pioneiros, Fonseca, Humaitá, Fluminensinho), ou ainda jogava-se futebol nos vários campos (Niteroiense, Ipiranga, Fluminense, Vienense, Manufatora, Cruzeiro e alguns outros).Havia o bonde, depois o trolley. Os cinemas Central, Odeon, Eden, Rio Branco, Alameda, Mandaro, São Bento, entre outros também. Na praia de Icaraí, o primeiro edifício a ser construído foi o Álvares de Azevedo e meu avô nele trabalhou como mestre de obras. O resto era tudo casas baixas, com jardins e quintais... Onde moravam quatro, cinco pessoas, passaram a residir oitenta, noventa... As ruas não comportam mais o trânsito louco dos dias de hoje... Não se conhece mais ninguém, tudo é impessoal, sem o calor humano de outros tempos... Enfim, esse é o progresso...

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  2. Tenho uma coleção grande de fotografias da Nictheroy. Adoro a cidade, e adoro ver e rever essas fotos, que também me trazem muita saudade de uma cidade organizada, limpa, calma, com bons transportes públicos, com segurança total.

    Nasci e fui criado no Pé Pequeno, com uma tchurma sensacional de uns 50 rapazes e moças.

    Estranha aquela linda foto que vc colocou da barcaça com os carros, e ao fundo um DC-3 possivelmente aterrissando. Estranha porque ela está indo da esquerda para a direita (só ver o sentido da fumaça da chaminé), e no entando os veículos estão ao contrário.

    Eu não me lembro desse tipo de barcaça manobrar para iniciar a travessia, porque ela tinha hélices nas duas extremidade. Ou não tinha ? Será que estou enganado ?

    Adorava fazer essas travessias com meus pais, a barcaça parava para a passagem dos botos, tinha peixes voadores, era uma aventura maravilhosa na minha infância. Íamos pelo menos uns 2 domingos por mês.

    O passeio sempre terminava no Posto 6 de Copacabana, para um delicioso cachorro quente na Lanchonete SIX.

    Niterói, ou NIKITY, continua muito bonita, e até provinciana, na minha opinião. O trânsito porém é caótico. Coitado de quem precisar de atendimento urgente ....







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  3. Boas lembranças que me fazem bem. Vivi na época da inauguração de cinemas que hoje são antiquados e pouco funcionais, e assisti o crescimento da cidade.
    Foi bom, mas a pessoa que sou hoje não viveria bem neste cenário com os recursos de outrora. Não sou saudosista. O tempo não para e a isso chamamos de desenvolvimento.

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  4. Riva,
    Boa a lembrança dos botos que acompanhavam a barcaça. As águas da Guanabara não eram ainda tão poluídas.

    A rampa de acesso às barcaças, no cais de Niterói, ficava na orla da Rua Rio de Branco, entre as Ruas Marechal Deodoro e Marquês de Caxias, pouco antes do antigo Mercado de peixes, que avançava sobre o mar sobre palafitas de madeira. O acesso às barcaças em Niterói, passava antes por uma balança para pesagem de veículos.

    Na Ponta D'Areia uma outra firma explorava a travessia, chamava-se Valda e era concorrente da Frota Carioca.

    Estou colocando agora no corpo do post, um foto do cais da barcaça da Valda.

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  5. Meu pai raramente ia pela Valda.

    Na verdade a travessia pelo cais de Niterói levava cerca de 40 minutos, e pela Valda era 1 hora de viagem, então não íamos por lá, além da paisagem pela Valda não ser nada agradável.

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  6. Ah, e o mais importante .... essa última foto já é naquelas Valdas azuis, até bonitas. Atracavam ali onde tinha até pouco tempo o restaurante ALBAMAR na Praça XV.

    Sabe quem é esse senhor de camisa vermelha na fotografia ? Meu saudoso pai, Fred !!

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  7. Carrano
    Que bom rever as coisas antigas de nossa cidade, mas confesso que não sou saudosista e prefiro nossa Niterói de hoje, mais dinâmica e moderna.

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  8. Que coincidência hein! Espero que tenha sido prazeroso. Você tinha esta foto, Riva?

    Morei alguns anos no bairro Ponta D'Arei, onde atracava a Valda em Niterói.

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  9. Caro Alódio,
    Sua opinião coincide com a da Ana Maria, ao alto.
    Obrigado. Abraço.

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  10. Riva saudosista12/09/2020, 13:48

    Sim, Carrano, tenho essa foto em meus arquivos, incrível quando a descobri na web há alguns anos.

    Sou muito saudosista. Já comentei aqui que apesar de conviver com a cegueira da minha mãe, uma tragédia em nosso lar, eu tive uma infância e uma adolescência maravilhosas em Nikity, num bairro maravilhoso 100% residencial, e numa época que muitos condenam, a tal ditadura militar, que para mim foi um governo militar que em nada afetou minha vida.

    Tive uma ótima formação educacional, me diverti demais nos anos 60, muita música, aprendi a tocar piano, acordeão e violão, muitos namoros, futebol, escolas muito legais, muitos amigos, uma cidade segura ótima de se viver.

    Depois faculdade, noivado, casamento, construimos uma linda família, bom emprego, estável, onde fiquei por quase 20 anos, enfim, SIM, TENHO MUITA SAUDADE DESSA ÉPOCA E DESSA NITERÓI.

    E olha que tem o mais que especial capítulo na minha vida : minha 1ª viagem aos EUA em 1969. Um divisor de águas na minha vida.

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  11. Vamos combinar que nem tanto ao mar e nem tanto a terra. Se é verdade que hoje a cidade, mais moderna e pujante, oferece boas condições de nela se vier, não é menos verdade que a característica quase interiorana, nos anos 40 e 50 (embora fosse capital de um Estado), as praias menos poluídas, os muitos cinemas, as boas relações de vizinhança e a segurança deixam um pouco de saudade.

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  12. É de cada um.

    Meus registros de uma época tão boa são intensos demais. Até cheiros, acreditam ?

    Viajo no tempo por fração de segundo quando sinto certos cheiros como o de uma fogueira de festa junina, do caldo verde e de um salsichão na brasa, perfume Patchully, a panela de pressão fazendo o feijão, terra molhada numa chuva, cachorro molhado (eu dava banho no meu amigo Boy), tantos outros.

    Sons também me transportam no tempo, como o dos pássaros, o coral de pardais às 17:30h e o das cigarras ... outro dia tinha um vendedor de Tring Ling na Moreira Cesar com aquele chocalho de madeira tradicional .... quase chorei de emoção !!

    Só falta mesmo o apito do Guarda Noturno e a carrocinha com o cara gritando CHICABON !!!!

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  13. Há anos, em Belém, comprei um leque feito com a planta patchouly. Exalava o forte aroma característico. Wanda gostou enquanto durou.

    E comprei também a essência que tem aplicações terapêuticas. Comum no Norte do país.

    O melhor sorvete vendido nas carrocinhas era o "eski-bon", que por ser mais caro eu pouco comprava.

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  14. Sim, o Eskibon era caro. Vinha numa caixinha de papelão. Minha mesada não me permitia a compra, então era raro eu conseguir devorar um !!

    Pensei que as mulheres se manifestariam com a assunto cheiros e sons, pois são extremamente sensíveis e românticas, mas ................

    PS do momento :
    Vasco está ganhando do Botafogo 1x0
    Aquele Time do Mal perdeu para o Vozão de 2x0 kkkkkkkkkk
    Felipe Cardoso é uma ofensa ao futebol. Como o FLU pode ter um jogador desses ? Alguém só pode estar levando numa rachadinha ...



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  15. Foi Vasco 3 X 2 Botafogo

    E na abertura da Premier League o Arsenal venecu de 3X0 e agora é o líder (KKKK).

    Felipe Cardoso é comentarista de futebol, por sinal tricolor (KKKKK).

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  16. Wanderson Felippe Cardoso, pseudo centro avante que teve a petulância de entrar em campo ontem no 2º tempo, substituindo o Marcos Paulo .....

    Quanto ganha um cara desses ?

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