Li que o Mercado Municipal, em Niterói, será reaberto depois de mais de 40 anos desativado.
Quando meus pais mudaram para Niterói, na década de 1940, o mercado municipal já funcionava na Av. Feliciano Sodré, na zona portuária, no Centro da cidade.
Era interessante, embora minhas lembranças mais remotas sejam do mercado do Rio de Janeiro, na Praça XV, que era mais amplo e sortido.
O de Niterói fechou na década de 1970, já meio decadente, e o do Rio fechou por conta da construção da perimetral, ora derrubada.
Niterói, quando degradado |
Rio de Janeiro antes da dejolição |
Em Niterói, depois de algum tempo abandonado, o prédio virou Depósito Judicial. O do Rio de Janeiro teve preservada de pé uma de suas quatro torres e nele funciona ainda hoje o restaurante Ancoramar que se chamava Albamar.
Torre preservada, onde funciona o Acoramar |
Quando lá estive com filhos e noras, ha cerca de três anos, ainda era um bom restaurante, com serviço e cardápio de bom nível.
Em minhas poucas - para meu gosto - viagens pelo Brasil e exterior, sempre fiz questão e visitar, se havia, o mercado central .
Pela variedade de cores dos produtos agrícolas, frutas, verduras e legumes, alguns regionais desconhecidos por nós; e pelos aromas de queijos e embutidos. Claro que os sabores ficavam por conta da degustação de "provas" oferecidas pelos comerciantes, nos quiosques ou pequenas lojas ou pelas refeições servidas nos restaurantes localizados naqueles mercados.
Por exemplo, em Santiago, no Chile, comi o famoso centallo, caranguejo da Patagonia.
Mercado Central de Santiago |
Um dos quiosques em Santiago |
Centolla |
Um dos mais bacanas que conheci foi o de Budapeste, na Hungria, onde almocei e comprei o prestigiado vinho nacional, doce e adequado para acompanhar sobremesas, o Tokaj.
São três andares oferendo frutas, legumes, doces, especiarias, uma enorme variedade de produtos. No segundo funcionam restaurantes e lojas de souvenires. Como descrevo 2006, pode ser que tenham ocorrido alterações, embora duvide em face da relevância do mercado para a capital húngara.
Fachada do mercado de Budapeste |
Parcial de uma das alas internas |
Outra visão parcial do interior |
Comprei duas garrafas do Tokaj porque comparativamente o preço era bem mais baixo do que o praticado aqui e Niterói. Duro foi fazer a conversão da moeda, na época o florim, para o real.
Voltando ao Brasil, impossível não mencionar os mercados municipais de São Paulo. Conheci e frequentei mais o da Lapa, onde se encontrava de tudo e de ótima qualidade: queijos, azeitonas, presuntos, além de frutas e legumes de ótima qualidade.
São Paulo - capital |
Vista interna, parcial, do Mercado da Lapa |
O de Niterói será (re)inaugurado em novembro no mesmo local e prédio onde funcionou até os anos 1970.
Serão 180 lojas de produtos variados: frutas e legumes, laticínios, salgados, açougue, etc. no galpão térreo, e restaurante e adega no mezanino.
Quando o projeto estiver concluído serão oferecidas 300 vagas em estacionamento nos fundos. O objetivo é ambicioso e pretende inclusive transformar o mercado em centro de atração turística.
Se vingar também o projeto de revitalização do Porto de Niterói, do outro lado da mesma Av. Feliciano Sodré, aquele trecho central da cidade ganhará valorização.
Nota: Tenho fotos, com minha mulher, nestes mercados mencionados, mas omo estão impressas em papel, precisaria digitaliza-las o que no momento não me apetece. Então pincei na internet estas colocadas para ilustrar.
ResponderExcluirDestacaria dois outros bem interessantes, ricos em variedade de produtos e onde se come bem:
O Mercado da Ribeira, que fica no Caís do Sodré, em Lisboa, que tem um excelente complexo gastronômico, e o Mercado del Puerto, em Montevidéu, onde se pode comer o famoso churrasco uruguaio, lá chamado de assado. A carne é colocada sobre uma grelha e o fogo é a lenha. Tem mais de um restaurante (ou churrascaria), internamente.
ResponderExcluirPor e-mail, Carlos Lopes fez comentário sobre mercados na França e lembrou das feiras ao ar livre, também presentes em alguma cidades.
Ei o comentário:
Paris tinha um grande mercado nos anos 50, quando estive lá pela primeira vez: o Les Halles, bem no centro da cidade, na margem direita do Sena, perto do
Chatêlet. Além das mercadorias que abasteciam a cidade, ali funcionavam pequenos hotéis e restaurantes. Demoliram tudo anos depois, construíram um enorme shopping, que desfigurou um pouco a região, onde também construíram o centro George Pompidou, o monstrengo Beaubourg.
Em Paris e em outras cidades, sempre funcionam grandes feiras ao ar livre. Avignon é muito badalada, pois promovem uma grande festa para celebrar a colheita do vinho, as famosas"recoltes".
Em Paris, há outra feira muito concorrida na rue du Mouffetard, na margem esquerda, perto do Pantheon, onde se vende de tudo, as pessoas dançam nas ruas. No mês de junho, nos fins de semana, eles promovem a Festa da Música, armando barracas nas ruas, onde pequenos conjuntos musicais se exibem.
Também em Nice, St. Malo, Strassbourg funcionam feiras muito concorridas.
Mercados Municipais são sempre muito bons. Por aqui conheço poucos: São Paulo (excelente), Florianópolis, Salvador (quando conheci não era bom), Fortaleza e BH.
ResponderExcluirLá fora são excelentes, alguns extraordinários, como o da Filadélfia. Outros que conhecemos e adoramos: San Francisco, Rotterdam, Veneza. Ouvi falar muito bem também desse de Lisboa.
ResponderExcluirConheci o Mercado Modelo, em Salvador, na versão original antes do incêndio; e visitei depois de restaurado alguns anos depois.
A muqueca de siri catado no "Maria de São Pedro" era dos deuses. O outro restaurante, "Camafeu de Oxóssi" era igualmente muito bom em pratos típicos da culinária baiana.
Não lembro o nome do restaurante no Mercado de Salvador, mas era uma varanda virada para a baía, e comi uma moqueca excelente também .... mas o mercado ...... era muito ruim.
ResponderExcluirNão vou lá há anos.
ResponderExcluirOs restaurantes mais conhecidos no Mercado Modelo, em Salvador, eram os dois que citei: Maria de São Pedro e Camafeu de Oxóssi.
Efetivamente o mercado é "Modelo" no nome. Mas é preciso entrar no clima, Riva. Faz parte ...
O Carlinhos mencionou feiras, na França. Se você, Riva, não aprovou o mercado fico imaginando o que você diria da feira de Água de Meninos, lá mesmo em Salvador.
Fui muito a Salvador a trabalho, e levei a MV para um fim de semana. Acertei com um nativo rodar TUDO conosco por 2 dias, pontos turísticos, restaurantes famosos, barracas de rua famosas pela qualidade, arte, artesanato, foi um banho de Salvador em 2 dias inteiros.
ResponderExcluirGostamos de tudo que vimos e fizemos. Acho que tudo depende do seu "mood", do contexto da visita.
Nunca mais voltamos ...