4 de maio de 2020

É dando que se recebe





Aplicada na esfera política esta frase de cunho religioso ganha conotação de barganha, de negociata.

Bolsonaro durante sua campanha pregava a fim deste tipo de prática deletéria. Alardeava que sob seu governo não haveria balcão de negócios.

Os cargos seriam preenchidos por critérios técnicos, de competência e habilidades.

Quem não se entusiasmaria? Se ainda por cima tais promessas representavam o enfrentamento da política mesquinha, implantada pelo PT nos últimos anos, e a ameaça de transformação do Brasil numa república sindicalista.

O saque do PT, apoiado pelos pequenos partidos fisiologistas aos cofres das empresas públicas, foi uma prática trágica na história mais recente do país, que ademais era acompanhada de incompetência e despreparo.

Estas siglas de aluguel, cujos membros integram o baixo clero, no linguajar depreciativo dos meios jornalísticos, compõem e são conhecidas também como “centrão”.

Ali está o covil mais nojento do Congresso Nacional.

Alguns nomes conhecidos da política nacional, figuras manjadas, quase todos respondendo a inquéritos e/ou processos, por um cardápio bem diversificado de delitos, quase todos envolvendo a coisa pública, em suma, no frigir dos ovos, o nosso dinheiro.

Procurem na rede informações sobre a vida pregressa de Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, Arthur Lira, Gilberto Kassab et caterva.

É com este “centrão”, com estes personagens, que Bolsonaro está negociando atualmente. E não só por motivos políticos de apoio para seus projetos, senão também por motivos nada republicanos de defesa de seus interesses pessoais.

Desde que foi eleito rejeitou o partido que lhe albergou propiciando a candidatura; demitiu ministros por intrigas de bastidores; brigou com apoiadores de primeira hora; apregoa que tem a caneta cheia e a usará sempre que pretender; em face da pandemia que assola e preocupa o mundo recomenda posturas destituídas de embasamento acadêmico, em sentido contrário ao que o resto do mundo civilizado prega e adota; tem como objetivo central de seu governo a reeleição; é grosseiro, mal educado e ignorante; mente e distorce fatos; revelou-se em suma, ao fim e ao cabo, um ser repugnante, abominável, desprezível.

Com absoluta certeza existem outros brasileiros igualmente antissocialistas, patriotas e democráticos capazes de conduzir nossos destinos com mais equilíbrio emocional, mais discernimento e bom senso, mais cultura e inteligência.

Bolsonaro tem direito de professar uma religião como eu tenho o direito de não ter nenhuma. O que não pode é dar cunho religioso, num país laico, às decisões do Supremo Tribunal Federal designando ministro “tremendamente evangélico” como virtude maior.

Não pode indicar um filho que sabe fazer hambúrgueres embaixador junto ao país mais adiantado do mundo. O mesmo filho que afirmou que para fechar o STF bastariam um cabo e um soldado. Bem democrata o ex-futuro embaixador do Brasil nos EEUU.

Não pode nomear diretor da Polícia Federal que lhe permita acesso a inquéritos sigilosos, mister se algumas destas investigações envolvem parentes e amigos.

Apoiarei alguém que não tenha como slogan “Brasil acima de todos e filhos acima de tudo”.

3 comentários:


  1. BOLSONARO = MADURO

    Se você entendeu que eu insinuei que o Bolsonaro está prestes a cair de maduro, se equivocou.

    Seria muito bom para ser verdade.

    O que quero exprimir é exatamente como está na equação, Bolsonaro é igual a Maduro, ditador venezuelano.

    Cercado de generais, incentivando e utilizando as milícias e pretende governar como um déspota.

    Ninguém merece.

    ResponderExcluir

  2. De minha janela, nos fundos do edifício, ouço diariamente, de um lado, um bando de estudantes que residem numa república, num prédio pequeno (4 andares), e de outro lado, num edifício maior, num dos andares mais altos, um sujeito que diariamente coloca em sua aparelhagem de som, com potentes amplificadores, por volta do meio-dia, o Hino Nacional e em seguida a Canção do Exercito.

    Os estudantes gritam "fora Bolsonaro" e "facista".

    O bolsonarista fanático grita "força capitão"

    Sabem o que acho? Nos dois lados temos idiotas completos e arrematados.

    Não apoio tais estudantes, esquerdistas por lavagem cerebral e tampouco o bolsonarista estúpido que não enxerga o mal que este jumento que ocupa a presidência da República está provocando no país.

    Todos os países começam a flexibilizar suas políticas de isolamento social, as normas de distanciamento, porque atravessaram a fase mais crítica; aqui ainda não chegamos ao ápice de nossa contaminação, porque o jumento na presidência contrariou as recomendações de seus ministros na área de saúde, os estudos acadêmicos, o bom senso e vai para as ruas em meio a aglomerações pregar que a gripezinha não o atingirá atleta que é.

    Exemplo de uma mula teimosa. Cabeça de camarão.

    ResponderExcluir

  3. Colhido há pouco no portal globo.com :

    "Bozo tomou puxão de orelha dos militares, kkkkkkkk eles não vão se aventurar em algo liderado por um Psicopata. Eles leram os laudos da expulsão do Bozo do Exército gente, lá é bem claro que o Psiquiatra do Exército atestou que ele tinha problemas mentais... O exército já viu o que aconteceu com Chavismo na Venezuela, quando militares foram seguir a ordem de um doido que dizia ser representante do povo... Bozo se esquece que isso não é mérito nenhum, afinal o mesmo povo colocou Dilma e Sarney na presidência kkkkkkkkk. "

    Comentários da matéria em:

    https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2020/05/04/bolsonaro-quer-forcas-armadas-contra-moro-e-stf-mas-generais-nao-avalizam-ataques.ghtml

    ResponderExcluir