30 de julho de 2019

Que fim levaram?


Os motorneiros dos bondes; os lanterninhas dos cinemas; os mecânicos de caixas registradoras (daquelas antigas, mecânicas); os vendedores domiciliares de livros (em especial enciclopédias); os trocadores dos ônibus; colocadores de alças em latas do leite Moça (para fazer caneca); soldadores de panelas; os vendedores de tring-ling; os vendedores de sorvetes em carrocinha da Kibon, as amas secas?

E os caras que consertavam isqueiros, canetas Parker, mimeógrafos?  

Essa gente se aposentou? Mudou de atividade profissional? 

Que atividades profissionais estão condenadas? Sejam as de formação técnica, sejam as que exigem formação universitária?

Quais não chegarão ao século XXII? Quais não chegarão à segunda metade deste nosso século?

E quais surgirão nos próximos anos tornando-se alvo do interesse da juventude, tal como aconteceu há alguns poucos anos com a área de TI?

Flanelinhas, catadores de latinhas e apontadores de jogo do bicho, ainda terão espaço para suas atividades num futuro próximo?

Os mais jovens talvez não saibam, mas trabalhar no Banco do Brasil era meta de alguns jovens. E passar no concurso exigia preparo intelectual.

Os bancários farão o quê, futuramente? Na era dos aplicativos. As agências bancárias físicas deverão desaparecer antes do fim do século.

Muitas famílias sinalizavam para seus filhos a carreira militar, que conferia status e prestígio social, promoções por mérito e tempo de serviço, aposentadoria integral, em suma futuro garantido.

E as meninas se derretiam por um cadete ou aspirante da Marinha, os preferidos, ou da Aeronáutica.

Postos de oficialato, tais como capitão de fragata e capitão se corveta subsistirão? E as próprias belonaves que lhes dão nome? Terão serventia futura?

Estou em fim de linha, meus filhos já fizeram suas opções e conseguiram seus objetivos e até meu neto já fez sua escolha, falta a apenas ultrapassar a barreira do vestibular e aguardar o decurso dos cinco anos previstos no curso. Mas  e os bisnetos e tataranetos? Deverão se preparar para que alvo?

Qual o futuro da infantaria, pior, da cavalaria, num universo de bombas nucleares? De foguetes teleguiados?

6 comentários:

  1. Acredite, sábado tinha um vendedor de trig-ling na Moreira César, quase fotografei. A MV viu também.
    Com aquele instrumento que eles tocam pra chamar a atenção, o pirulito de água com açúcar, etc !!

    Outra : Moisés das Canetas, o Amigo das Canetas ...existe ainda, ele e o filho atendem no 6º andar da Galeria do Comércio aqui na Rio Branco.
    Vendem, consertam, reinventam canetas do jeito que vc quiser.
    Só têm um grave defeito ...ambos são vascaínos !! kkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Ótimas dicas ... prá quê mesmo?

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  3. Como sou "louco" por canetas, uso muito os serviços do Moisés. Até hoje !

    Ele faz verdadeiras "cirurgias" nas minhas canetas, improvisando cargas não originais, mas que são as que eu quero.

    Como tenho uma "mão pesada", para minha escrita ficar bonita é necessário um determinado peso da caneta, aliado a uma bitola certa da ponta da carga - geralmente no mínimo 1mm.

    Costumo comprar cargas e modificar o interior das canetas, pois o exterior delas me interessa, sacou ?

    Vc precisa ver o que ele tem na lojinha dele pra vender.
    Outro dia vi um alemão entrar lá e comprar uma raridade com ele. Uma grana !

    Ele faz verdadeiras mágicas em canetas tinteiro antigas.

    Aqui em frente ao prédio do Clube, tem um camelô que só vende canetas, o Índio. Aceita encomendas.
    Vc acredita que existe um modelo de caneta vendido na web a US$ 14, e o Índio vende ela por R$ 10 ?

    Quando viajo aos EUA trago muitas canetas. Lá é um verdadeiro Paraíso. E incrivelmente, na Europa, onde existem grandes marcas, é uma dificuldade achar uma loja para comprar.

    Nessa recente viagem à Itália, acredite, andamos muito pelas ruas de várias cidades, e só encontrei UMA loja razoável que vendia canetas, onde comprei 01 LAMY que ainda não tem por aqui.

    Na web, os grandes fornecedores estão no Japão e na China.

    PS: se eu ver de novo o Tring-Ling, vou fotografar e te mandar.

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  4. Riva,

    Tenho uma relação conflituosa com canetas e as razões são bizarras: não fiz caligrafia no primário, por isso minha escrita, em certos momentos, nem eu consigo decifrar. Daí que detesto escrever a mão. Não é só ficar ininteligível, o pior é a estética, verdadeiros garranchos. Com vergonha admito.

    Ademais não tenho controle motor e toda e qualquer atividade que exija habilidade manual, como escrever, é um desastre.

    Não consigo, nunca consegui, fazer uma assinatura minimamente igual a outra. Em função disso o fim dos cheques substituídos pelos cartões magnéticos e o fim dos processos físicos, em papel, que exigiam assinatura, foram louvados por mim.

    Em meus processos assino eletronicamente, com certificação digital.

    A caneta Parker 51, com tampa dourada, xodó de meu pai, transferi para meu filho, sem te-la usado.

    Agora um merchandising: em contrapartida à falta absoluta de destreza manual, a minha habilidade intelectual é nota 10. (rsrsrs).

    Parabéns pela seleção, a opção por canetas é louvável.

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  5. Hehehe, nota 10 mesmo, parabéns.

    Tenho uma bela coleção de canetas, tinteiros antigas inclusive.

    Quando era garoto (na verdade ainda sou - segundo Freddy, tenho Complexo de Peter Pan), ia sempre onde as encontrava em Niterói, uma Casa Mattos na Amaral Peixoto. Com a mesada que o Velho Fred dava, comprava uma de vez em quando.

    PS: em 2008 o FLU construiu o 0x0 no placar agregado contra a LDU aos 15 minutos do 2º tempo, e perdeu a Libertadores nos penalties.

    Ontem, Aquele Time do Mal construiu esse 0x0 aos 20 minutos do 1º tempo !! e não conseguiu ganhar o jogo !!

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