25 de abril de 2019

Integridade da mente

Imagine você ter como interlocutor, nas caminhadas pelo calçadão, um sujeito inteligente, culto, muito bem informado, e que além do mais é seu filho.



Pode se remoer de inveja.  Ou então racionalizar. Não é o filho que é especial, o pai é que é muito coruja e limitado intelectualmente.

Seria injusto pois quem me conhece mais de perto sabe de meu esforço para escapar da mediocridade.

O menino é realmente alguém com quem sempre se tem a aprender, ou fica-se instigado, provocado a melhor refletir sobre os assuntos que não foram devidamente digeridos.

Embora trinta anos mais jovem, tem mais maturidade emocional. Neste ponto confesso enorme deficiência o que em parte explica o hiato entre meus sentimentos e os dele.  Minhas reações e as dele.



Ele desmente a tese de que se você quer um amigo deve comprar um cão. E contraria o poeta que insinua ser melhor não ter filhos.

Sabem o que mais? Quando conversamos temos soluções para os problemas nacionais e alguns internacionais. 

Da trilogia de assuntos recorrentes nas conversas masculinas: futebol, política e mulher, só não discutimos este último tema, em respeito a mãe dele.

And last but not least, ainda paga a água de coco um domingo sim e outro não.


Nota do autor: tenho outro filho, mais velho, que carrega um carma: tem o meu nome. Bem, o carma pode ser positivo. Não é sempre e necessariamente negativo. Dele falarei em outro momento. Essa nota foi colocada porque ele é extremamente ciumento.
Falar dele será falar de meu pai. Se você não acredita na genética, hereditariedade biológica, no atavismo, não vai entender.

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