No caso aqui criticado, gregos e troianos serão substituídos por israelenses e palestinos.
Temos interesses comerciais com o mundo árabe. Nossas exportações para aquela comunidade atingem cifras expressivas. São bons parceiros. Bons compradores e pagam em dia.
A aproximação maior com Israel tem seus fundamentos. Os judeus têm tecnologia e inegável experiência em campos nos quais precisamos de colaboração. E têm dinheiro, ou seria por outra razão que os EEUU dão total e integral apoio a eles?
Se Bolsonaro e Ernesto Araújo tivessem visitado a rua da Alfandega, no Rio de Janeiro, antes de assumirem publicamente compromissos cuja implantação exigiria muita habilidade e traquejo diplomático, não teriam feito a bobagem de prometer transferir a nossa embaixada em Israel para a cidade de Jerusalém, sem que a matéria estivesse madura e mastigada para ser engolida.
Alinhavar antes de costurar é prudente, minutar e rever uma petição antes de assina-la é muito importante. Um esboço antes da pintura por vezes precede a obra prima.
Conclusão. O adiamento, se não a desistência (who knows?), de transferir a embaixada, e apenas criar um escritório comercial na cidade santa, frustrou aos israelenses e irritou aos palestinos.
Já foi tempo em que o que era bom para os Estados Unidos era bom para o Brasil. Não queremos e não precisamos mais de espelhinhos e apitos.
Na rua da Alfandega, supracitada, convivem árabes, judeus, macumbeiros, muçulmanos, católicos e evangélicos, lado a lado, brigando não entre si, mas no interesse comum comercial.
A diplomacia não é para crianças, é para cultos e preparados no ramo. É necessário ter traquejo, experiência.Tipo Horácio Lafer, Afonso Arinos, Vasco Leitão da Cunha, Azeredo Silveira, Mário Gibson Barbosa e Saraiva Guerreiro, entre outros do passado, que independentemente de suas inclinações políticas sempre dignificaram nossa postura no cenário das relações internacionais.
Conclusão, ser respeitado por russos e americanos, japoneses e chineses, palestinos e israelenses, chilenos e argentinos exige habilidade político/diplomática e, claro, um presidente sem antolhos, que enxergue a floresta e não apenas algumas árvores da mesma espécie.
clap clap clap clap
ResponderExcluirexcelente comentário !
ResponderExcluirObrigado, Riva.