É isto mesmo que você pensou. Quero que o malsinado VAR, da
sigla inglesa Video Assistant Referee, vá para a ponte que caiu.
Depois de anos acompanhando futebol, apaixonado por um clube,
vejo o esporte virando um negócio, um produto, no dizer dos marqueteiros,
altamente rentável.
Poderia alinhar aqui várias medidas ou mudanças que estão
fazendo com que o esporte das multidões perca seu encanto. Mas limito-me ao tal
árbitro de vídeo que, a par de quebrar o ritmo de uma partida, não resolve
coisa alguma. Minto, resolve sim, mas muitas vezes equivocadamente.
À exemplo do que Rui Barbosa pensava sobre o Supremo Tribunal
Federal, que muitas vezes decide de forma equivocada, ou pelo menos em descordo
com o senso comum, com o apelo das ruas, o VAR serve apenas para chancelar um
erro, tornando-o verdade.
Rui dizia que o STF tem o condão (o direito) de errar por
último. Assim é o VAR que estraga o desenrolar de um jogo e erra muito.
Vou ilustrar a minha tese com um jogo recente. Estavam
duelando, pela Champions League, a competição entre clubes mais importante do planeta,
as equipes do Ajax (Holanda) e o Real Madrid (Estanha).
Houve um lance, que resultou num belíssimo gol da equipe
holandesa, que seria um crime ser invalidado pelo VAR, em que claramente a bola
transpôs a linha de fundo, tocada por último pelo jogador do Ajax.
Como a árbitro não marcou a saída da bola - e nem o bandeirinha
- o lance seguiu, deu-se o cruzamento e outro jogador da equipe holandesa chutou
no ângulo fazendo gol validado pelo juiz.
A jogada foi bonita. Mas a bola saiu pela linha de fundo
antes de ser cruzada em direção à área adversária.
O tal do VAR alertou ao juiz de campo que houve
irregularidade. O jogo parou por alguns minutos. As imagens mostradas ad nauseam revelavam a saída da bola, ou
pelo menos a base desta.
Ficou a questão: na circunferência a bola saiu por inteiro? Melhor, toda a esfera, tomada a visão do alto,
traçada uma linha imaginária tangenciando a figura geométrica, teria
ultrapassado a linha demarcatória do campo de jogo?
Não havia este ângulo de gravação, desde o alto. O juiz da partida
sequer foi lá olhar o vídeo, deixando por conta do VAR a decisão. Demorada e,
para a grande maioria dos telespectadores, narrador e comentaristas do canal de
TV, errada. A bola saíra.
Se fosse anulado eu iria desligar a TV. O esforço do jogador
do Ajax para, com o bico da chuteira, a perna toda esticada, tentar manter a
bola em jogo, o cruzamento para o companheiro e a conclusão deste para o gol,
num chute preciso, indefensável, não poderia ser anulado só por porque um equipamento burro, insensível, sem alma, teria
revelado uma irregularidade.
O resultado da partida foi justíssimo. O Ajax eliminou o
poderoso Real Madrid da competição.
Bem-feito por ter vendido o Cristiano Ronaldo e comprado um
certo Vinicius Junior que, pelo menos por enquanto, não sabe chutar em gol, não
tem passe preciso, não faz gol de cabeça e joga pelo equivalente ao valor de um
balaio de maxixe, tendo custado milhões de euros.
Já o português, ambidestro, mortal cobrador de faltas, com
impulsão incrível, foi artilheiro por onde passou e conquistou 5 vezes o troféu
de melhor do mundo.
Não quero que o VAR VÁ PRA PQP .... rsrs
ResponderExcluirQuero sim que aprendam a usá-lo.
Até hoje ainda não sei qual o procedimento da utilização.
Sei que 4 ou 5 numa cabine alertam o juiz e ele pode tirar a limpo a dúvida no lance. Ou vice-versa.
Mas não é o que tenho assistido.
Nos EUA é super bem usado no futebol americano, e o juiz ainda comunica para a torcida o que aconteceu e qual a decisão. #simplesassim
Incontestávelmente há décadas !!
Então o VAR está sendo mal utilizado, gerando dúvidas e desconfiança. Como tudo que vem da corrupta FIFA.
Me coloquem 1 dia como presidente da FIFA, só para ACABAR COM A MALDITA REGRA DO IMPEDIMENTO NO FUTEBOL !! Não existe no racha, na praia, no salão, no society, saporra só empobrece o futebol.
Escrevo no intervalo de Vasco 0x0 Aquele Time do Mal.
E Carrano, amanhã é calça de veludo ou bunda de fora para o seu ARSENAL.
Sds a todos !
ResponderExcluirEnquanto a interpretação for subjetiva, haverá dúvidas e controvérsias.
Num lance dentro da área, a discussão era se o zagueiro estava com o braço muito ou pouco afastado do corpo. Como o espaço era de aproximadamente 10 cm. foi considerado movimento antinatural e portanto a penalidade foi marcada.
Não haverá imagem que solucione a interpretação pessoal. Enquanto isso o jogo para, o jogador esfria, se desliga da partida e o jogo fica comprometido.
Há um lance polêmico numa área, mas o zagueiro dá um chutão para frente. A bola cai diante do centroavante que domina e chuta: gol válido. Do seu time.
Aí o VAR alerta ao juiz que no lance anterior (5 segundos antes) houve penalidade. O juiz vai olhar a imagem e confirma a penalidade. Seu time vencia por 1X0 por causa daquele gol acidental, casuístico. Mas regular.
Cobrada a penalidade o adversário empata, antes mesmo de o jogo ser reiniciado no centro de campo por causa do gol do teu time.
Ficção? Não, aberração.
Na "Fórmula 1" foram tantos os recursos tecnológicos introduzidos, que a competição agora se parece com autorama.
O piloto tem todas as informações, por causa da tal da telemetria. Ele sabe como andam as pastilhas (ou lonas, sei lá) de freio, como anda o volume de combustível no tanque, o degaste do pneus, tudo a respeito da estado do seu carro.
O talento, a habilidade do piloto, a estratégia, a audácia de cada um pouco vale desde que o engenheiro fica o tempo todo soprando no ouvido do piloto o que deve e o que não deve fazer.
A tecnologia milita contra o esporte (?), ou se prefere, a competição.
No tênis e no volei, bola dentro ou bola fora não tem discussão porque o recurso de imagem é milimétrico.
No futebol tal não acontece.
Sou contra o VAR e vai chegar o dia em que os choques de cabeça resultarão na introdução de capacete no futebol. O goleiro Petr Čech, do Arsenal, já usa.
Tou fora. Vou assistir somente peladas nos campos de várzea.
ResponderExcluirMais importante para o Vasco do que o resultado de empate que o manteve invicto, foi o respeito da torcida do Flamengo, a maior do Rio e talvez do país, que tranquilamente respeitou a tradição e se postou do lado esquerdo da tribuna e das cabines de transmissão, como sempre foi, desde a inauguração do estádio. Sem brigas e discussões.
Parabéns aos que cultivam as tradições, em especial quando se originam de um pacto firmado por todos. O campeão carioca de 1950, teria o direito de escolher a posição de sua torcida no estádio. Simples assim.
ResponderExcluirRiva,
Por isso não seja:
ARSENAL 2x0 MANCHESTER UNITED
VAR - eu acho que o único que pode pedir para checar algum lance é o juiz em campo, NUNCA nenhum dos caras da cabine alertar o juiz. Se errar, errou.
ResponderExcluirAcho que o grande lance mesmo é acabar com a maldita regra do Impedimento !!
Quanto às tradições, depois que acabaram com os geraldinos, arquibaldos, bandeiras, bandinha, que se F...... qualquer coisa em relação a tradições ! A galera mesmo está fora dos estádios brasileiros. O mwu Capitão podia mudar saporra !!!
Parabéns pela grande vitória do ARSENAL. Impressionante como gosto de assistir ao futebol inglês ... nunca imaginei um dia dizer isso !!!
Quanto à vg do meu caçula e esposa, estou embasbacado com a beleza da Alsácia. Simplesmente demais ! Agora estão em Munique, para subir pela Rota Romântica até Wurzburg.
FLUi
ResponderExcluirSobre a Alsácia - Região da França que faz divisa com Alemanha. Lá algumas cidades têm nome em francês e em alemão. Na época da guerra, esta região pertenceu aos 2 países, alternadamente, devido às conquistas. Por fim a França ganhou a região para si.
É linda!
Pródiga na fabricação de bons vinhos brancos.