Faltam duas semanas para o segundo turno das eleições.
Lembro de uma conversa entreouvida quando trabalhava no Grupo
Matarazzo. A sede da empresa têxtil – S.A Indústrias Matarazzo do Paraná - que estava
localizada em Ribeirão Preto – SP, acabara de retornar para a capital, e foi instalada no bairro do Belenzinho.
O diretor da empresa, recém-contratado, era um sujeito culto,
de gosto refinado, poliglota e elevado senso de humor.
Quando a secretária anunciou uma ligação para ele, autorizou
que ela passasse.
A conversa iniciou como sói acontecer com velhos amigos que
há muito não se falam, mas se admiram e respeitam. Vou direto ao ponto para que
percamos o fio da meada.
Pela a resposta que ele deu ao amigo, suponho que a pergunta
teria sido onde ficava o seu local de trabalho. Eis o que ele respondeu: “Estou
no Belenzinho, que fica aqui entre o deprimente e o degradante”.
O tal bairro, lá para as bandas da zona leste (sudeste?),
perto da Mooca, ocupado pela colônia italiana, era (ainda é?) classe média baixa,
de casas populares e comércio simples. Pouco conhecido e muito menos
frequentado pelo pessoal que morava nos Jardins ou Morumbi ou Itaim Bibi. Caso
deste amigo e seu interlocutor certamente.
Parafraseando este ex-chefe*, que considerava amigo, pela
maneira com que me distinguia, diria que diante das tristes opções oferecidas na eleição presidencial, estou entre escolher o insuportável ou o abominável.
Não morro de amores por Bolsonaro, mas votar no PT
violentaria todos os meus valores morais, éticos, políticos e econômicos.
Eles visam apenas o poder como fim sem si mesmo. E não pretendem
apenas alcança-lo, senão principalmente perpetua-lo submetido à sigla.
Não têm escrúpulos, são capazes de tudo, como alardeou o
ex-presidente (“Eles não sabem do que somos capazes”). E segundo antigo dirigente
da legenda, o execrável, farsante, chefe de quadrilha Zé Dirceu, afirmou em entrevista ao jornal El País, na Espanha, que será questão
de pouco tempo para que retomem o PODER, via urnas ou não. Segundo ele: "Aí nos vamos tomar o poder que é diferente de ganhar uma eleição".
(https://veja.abril.com.br/politica/e-questao-de-tempo-para-tomar-o-poder-afirma-dirceu-a-jornal-espanhol/)
(https://veja.abril.com.br/politica/e-questao-de-tempo-para-tomar-o-poder-afirma-dirceu-a-jornal-espanhol/)
Por isso, por exclusão, voto no Bolsonaro porque suas
bandeiras se aproximam mito mais do que desejo para meu país. E do que rejeito
sem vacilações.
* Marcos Telles de Almeida Santos
* Marcos Telles de Almeida Santos
ResponderExcluirLembrete de um amigo:
"Haddad foi considerado um dos piores prefeitos que São Paulo (Capital) já teve, tanto que, candidatando-se à reeleição perdeu até para os votos brancos e nulos."