Por
Ana Maria Carrano
Ana Maria Carrano
Há algum tempo reduzi minha participação aqui neste espaço e em outras mídias.
Tenho mantido contato
diário nas redes sociais, graças às ferramentas de símbolos (curtir, aplaudir,
rejeitar) e aos oportunos emojis. Com
eles se podem passar superficialmente por cima das notícias, avisos e
mensagens, sem dar muita bandeira. Uma carinha triste, animada, gargalhada ou
carrancuda, evita muitas palavras.
Parei com a leitura
dos livros que tanto preso. Limito-me a passar os olhos pelo título ou dois ou
três parágrafos. Apenas o suficiente para deduzir o tema e a intensão da
mensagem.
Se o assunto se refere
à religião, coloco as mãos postas e um lacônico Amém; se é um texto de
autoajuda ou edificante, uso as palmas num sinal de aprovação; em se tratando
de denúncia política, me valho das carrancas diabólicas para expressar meus
sentimentos.
Não. Não gosto desse
comportamento. Gosto de me posicionar e uso sem pudor um número significativo
de palavras para reforçar meu ponto de vista. Como se vê, sou prolixa.
Então, se essa não é
minha conduta habitual, por que tenho usado esses recursos? Simplesmente porque
estou cansada, ansiosa e estressada.
Uma rápida pesquisa
satisfez minha curiosidade: estou sofrendo de um mal comum nesta era.
Descrita pelo
psicólogo David Lewis, a “Síndrome da Fadiga Informativa” cabe como uma luva no meu
caso. Segundo Lewis, “o excesso de informação paralisa a capacidade
analítica e aumenta dúvidas e ansiedades”.
Deixe-me envolver nesse despertar
para a realidade, que está vivendo o povo brasileiro.
Acompanhei os noticiários e segui nas redes, os movimentos sociais e alguns comentaristas (historiadores, advogados, jornalistas e até um ator de filmes pornô), para analisar opiniões e informações que pudessem embasar minhas conclusões.
Deixei meu comentário em 80% das publicações que li. Confronte, concordei, discuti e aplaudi, sempre enfaticamente, conforme o sentimento que me despertava.
Acompanhei os noticiários e segui nas redes, os movimentos sociais e alguns comentaristas (historiadores, advogados, jornalistas e até um ator de filmes pornô), para analisar opiniões e informações que pudessem embasar minhas conclusões.
Deixei meu comentário em 80% das publicações que li. Confronte, concordei, discuti e aplaudi, sempre enfaticamente, conforme o sentimento que me despertava.
Por outro lado, nos aplicativos
de mensagens, sou bombardeada amorosamente por desejos de bom dia, boa noite,
felicidade e outros tantos bons sentimentos. Recebo inúmeras preces para todos
os Santos e Santas já canonizados, lado a lado com mensagens aos Orixás e
Pretos Velhos e textos fortes e
assertivos de Buda, Osho, Chico Xavier e pastor Cláudio.
E tem as piadas! Charges, charadas, fotomontagens, frases
inteligentes e bem-humoradas, que agem como um contraponto aos textos áridos e
ofensivos.
Critica-se tudo na Net. Maridos e mulheres pegos em delito conjugal, curadores de animais desleixados, cortes de cabelo e figurinos das amigas e qualidade e técnica das produções televisivas. A Globo também nesse quesito é vencedora. Tipo um Ibope negativo.
Critica-se tudo na Net. Maridos e mulheres pegos em delito conjugal, curadores de animais desleixados, cortes de cabelo e figurinos das amigas e qualidade e técnica das produções televisivas. A Globo também nesse quesito é vencedora. Tipo um Ibope negativo.
Tudo isso junto e misturado me
levou a uma ansiedade tal que me vi paralisada.
Hoje, entendendo o que ocorreu e
tentando atenuar os malefícios deste excesso de informação, vou retornando aos
poucos.
Ainda não é o texto que o dono do
blog queria, mas é o que tem pra hoje.
O blog já não tem dono. É patrimônio cultural da humanidade.
ResponderExcluirUm espaço coletivo de livre expressão do pensamento (desde que não seja a favor do PT e do Flamengo - rsrsrs).
É o que eu te digo. Tenha menos juizo. Ashuashuashua
ResponderExcluirNão leve tudo à sério. Moramos no Brasil. Ashuashuashua.
Kayla,
ResponderExcluirSeu comentário faz-me lembrar de um episódio, um misto e franqueza e risco.
Estava na loja da Líder, na Rua Otávio Carneiro, e procurava nas prateleiras taças de vinho para presentear.
Achei o tipo que pretendia, mas verifiquei que eram feitas de vidro rústico.
Quando a vendedora se aproximou disse para ela que queria comprar aquele tipo de taça mas queria alguma coisa de melhor qualidade, mais nobre, tipo cristal.
Ela, candidamente, olhando para mim comentou: - moço o senhor está na Líder.
Muita espontaneidade, mas com uma pitada de desonestidade com seu empregador.
Mas como a verdade redime, apenas sorri e agradeci a atenção.
Pois é, Kayla, moramos no Brasil. É como se estivéssemos ma Líder para comprar taças de cristal tcheco (rsrsrs).
Concordo com o diagnóstico.
ResponderExcluirO prefeito de NY que enfrentou o caos de insegurança com o Projeto Tolerância Zero, detectou a depressão na população novaiorquina com o tsunami de informações ruins. Esse foi um dos pontos atacados em seu projeto, um mega pacto com as mídias para frear um pouco essas informações.
E deu certo.
Aqui é impossível um pacto dessa natureza. Lembro que há muito tempo eu comentava com alguns amigos sobre transformar os Segundos Cadernos dos jornais em Primeiro Caderno, com notícias de cinema, teatro, restaurantes, arte e cultura.
O jornalismo da Globo, que edita os telejornais de maior visibilidade, tem como foco, assim como as demais mídias, o sensacionalismo.
ResponderExcluirO que dá audiência é a tragédia, é o caos, são os conflitos armados. A cobertura da greve dos caminhoneiros foi irritante. Mobilizou por uma semana o noticiário, inclusive com inserções extra a cada hora, mostrando o crescimento e as adesões.
Sublinhando as dificuldades impostas à sociedade.
O noticiário terrorista acabou por alimentar o movimento e motivar os grupos políticos que se envolveram. Claro que a esquerda dos vândalos, dos predadores tirou proveito, assim como algumas empresas e sindicatos.
Foram distribuídos ao longo dos dias, quentinhas, água mineral, sanduíches. Foram instalados banheiros sanitários e tendas com infraestrutura para os militantes, alguns dos quais profissionais da baderna infiltrados no movimento. Quem bancou tudo isso?
Quem divulgava este outro lado da paralisação? Onde a tal imprensa investigativa que não denunciava esta participação espúria?
E os aproveitadores surfaram na onda com aumentos exorbitantes nos preços de produtos alimentícios e outros essenciais.
Um governo fraco - moral e intelectualmente - financiamento externo e a imprensa adicionando combustível, deu no que deu.
Pacto no Brasil? Não esqueçamos que "o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo", não é Gerson? E "roubado é melhor", segundo o Felipe, goleiro dos molambos.
Ana, está difícil se alienar, para acalmar o espírito.
ResponderExcluirEu continuo com minhas armas preferidas :
- música quase o dia todo nas orelhas
- mínimo de 40 minutos de leitura diária - nos catamarãs
- um bom whisky ou vinho
- evito ao máximo programas de notícias tipo JN e outros
- Instagram, porque o foco são fotografias - praticamente abandonei o Facebook
- Twitter está difícil, porque o meu FLU está muito mal, e está poluído com comentários de política. Estou filtrando seguidores para tentar otimizar a relação.
- no WhatsApp silenciei alguns grupos, para manter minha lucidez
O que vem a ser Facebook, Twitter e WhatsApp?
ResponderExcluirNão nego sintonizar o JN, alguns dias, pela conveniência (para mim) do horário e pela inegável cobertura internacional.
O Grupo Globo ainda vai se arrepender de sua política de engajamento com o poder. Tipo topa tudo por dinheiro.
Estão definhando pouco a pouco. O jornal - aos domingos - diminuiu o número de cadernos e muito o número de páginas.
A Rádio Globo perdeu a liderança de audiência em todos os horários. A Tupi ganha ao longo do dia. Com apresentadores, comunicadores e locutores egressos da Rádio Globo.
A TV está perdendo telespectadores e ficando longe de ser líder nas pesquisas IBOPE em todos os horários. Como foi no passado.
No início desta semana o Vídeo Show, um programa tradicional da grade que quando lançado há anos era bastante interessante e curioso, perdeu durante 20 minutos para um programa de fofoqueiros da Rede TV. Porque estava enchendo o saco com Copa do Mundo.
Esse é abominável. Selecione e cole na barra do navegador.
ResponderExcluirhttp://famosidades.com.br/tv/galvao-bueno-irrita-internautas-na-abertura-da-copa-do-mundo/
Como a Globo compra os direitos, menos mal que assisto com o Milton Leite, cujo estilo é bem interessante.
Não assistir na Globo, mesmo que prestigiando o grupo (SportTV), já é uma forma de protesto contra o Galvão.
Quem preferir tem a opção da FOX SPORTS.
ResponderExcluirAlguns dos centenas de comentários sobre Galvão e Globo, no link do outro comentário acima:
Francisco Assis Alves Campos ·
Works at INSSJP
Já imaginaram Galvão Bueno narrando o jogo e Neto comentando? Seria trauma acústico irreversível.
Like · Reply · 5m
Neubert Claudio Eusebio ·
Guarapari
E o Casa Grande criticando o Jogador que se naturalizou Russo. È cumulo os comentarias julgar o jogadores. Galvão disse que o jogador é malandro; devido á uma jogada natural que resultou em falta.
Like · Reply · 5m
Paulo Juliati ·
Serra Negra
2 Anos sem assistir esse lixo da Rede Esgoto, não faz falta nenhuma.
Like · Reply · 11m
Ramon Esteves Torres ·
UniFOA
Engrosso o coro amogo!!! Aqui em casa já são mais de 8 anos!!! Nem F1 vejo mais na Globo lixo... Espero o VT no SporTV...
Like · Reply · 8m
Gelson Müller ·
Campo Grande
Estou com você Adilson. Só o fato de não precisar escutar
esse idiota chamado galvão bueno, já é uma vitória. Esse cara
é um verdadeiro estraga prazer. CALA BOCA GALVÃO.
Like · Reply · 12m
Adilson C Pedroso ·
Curitiba
Copa é no Fox Sports, Globo to fora.
Like · Reply · 2 · 36m
JCésar MB ·
São Luís
Não vou assistir aos jogos da Copa na Globo por causa desse G. Bueno antipático. Cala a Boca Bobão.
Like · Reply · 49m
João Mendez ·
São Paulo
Povinho merece galvao bueno.
Like · Reply · 52m
Valdecy Furiatti ·
Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo
Calar a boca é pouco, não perco meu precioso temp olhando para a cara de um elemento deste, "CALA a BOCA" seu bosta.
Like · Reply · 55m
Paulo Kettle ·
Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais
Like · Reply · 53m
Valdecy Furiatti ·
Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo
Calar a boca é pouco, não perco meu precioso temp olhando para a cara de um elemento deste, "CALA a BOCA" seu bosta.
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Paulo Kettle ·
Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais
Aposenta Hoje G. Bueno..., ninguém aguenta mais este cara, chato demais...
Like · Reply · 1h
Não tenho passarinho em gaiola há décadas, mas a MV ainda quer O GROBO aos fins de semana. 50 reais por mês.
ResponderExcluirQuanto à TV, nojo quase total - resumindo.
Viva Animal Planet, History Channel e National Geographic (que está ficando ruim)e os programas do Mundo e Brasil Visto de Cima.
Riva,
ResponderExcluirEsta é a programação básica lá em casa: Animal Planet, History Channel e National Geographic.
E futebol.
Wanda abandonou, desde há muito, as novelas. E prefere assistir animais irracionais no Animal Planet (muitas vezes reprises). Se for sobre elefantes, então, não perde mesmo.
Ainda tenho minhas dúvidas sobre essa irracionalidade .....
ResponderExcluirBom fim de semana a todos !