Lamento a prematura eliminação da Alemanha, na Copa do Mundo de 2018. Diminuiu o nível da competição para as fases mais agudas.
Despedir-se com duas derrotas, para seleções reputadas como mais fracas técnica e taticamente, e terminar na última colocação em seu grupo, foi um vexame. Foi um sete a um às avessas?
Podemos nos sentir felizes? Comemorar?
Não no que me diz respeito, porque seria admitir orgasmo em relação sexual de terceiros, ou numa linguagem mais chula, mas muito mais clara, seria como "gozar com o pau do outro". Se é que me entendem.
Lembro que na tentativa levada a efeito em 1941, em plena II Guerra Mundial, de invasão da Russia, as tropas nazistas se estreparam. Não contavam com a resistência soviética. E perderam vidas, tempo e dinheiro.
Assim, que me lembre, foi a segunda vez que os alemães imaginaram que conquistariam o mundo através da Russia deram com os burros n'água.
Nas duas oportunidades saíram humilhados, derrotados.
Você, leitor mais atento, deve estar confabulando com seus botões: esse cara está delirando, não foi a seleção russa que despachou a da Alemanha. Não houve confronto direto entre as duas.
Certo, mas quem carimbou os passaportes no retorno dos derrotados? Em que país deu-se a tragédia? E não foi a segunda em solo soviético?
Pretendi fazer uma alegoria, para fugir do lugar comum, que deixo por conta dos cronistas esportivos.
Ouso fazer uma comparação, também com licença poética: a empáfia, a soberba, o ôba-ôba dos alemães ao entrarem na competição, foi a mesma da seleção brasileira de 1950.
Cantado em prosa e verso, tido e havido como modelo de planejamento e organização, o selecionado alemão sucumbiu pelo excesso de confiança. Imaginou que o desfile de seus tanques, canhões e tropas elegantemente uniformizadas seria o bastante para fazer tremer os adversários.
Em 1950, uma seleção com Zizinho, Ademir, Jair e Chico, tendo a vantagem do empate e com um gol de frente, diante de duzentos mil torcedores, no templo do futebol construído para nossa honra e glória, levou-nos às lágrimas.
Por isso o futebol é apaixonante. Ninguém vence com a escalação no papel, ninguém vence com a cor ou distintivo da camisa.
Os sul-coreanos, que me arisco a firmar, tinham a equipe menos qualificada do torneio (ou uma das piores), com visíveis deficiências técnicas de seus jogadores, resistiu à tentativa de invasão alemã em sua defesa.
Entrega, determinação, disciplina e humildade também contam.
Bem feito!!! Quem manda perder tempo investindo em educação, saude, tecnologia, etc... Se tivesse investido em futebol não passaria por esse vexame!!!
ResponderExcluirPois é. Segunda derrota em solo russo e nem podem culpar o inverno rigoroso.
ResponderExcluirKKKKKKK
ResponderExcluirBons comentários, os dois.
Não quero parecer vingativa, mas antes eles do que nós. Ashuashuashua.
ResponderExcluirSob este ponto de vista, indubitavelmente, Kayla.
ResponderExcluirVocê torce para que time, se é que tem alguma preferência clubística?
As más linguas estão comentando que a queda da Alemanha foi resultado de hechizo argentino com macumba brasileira.
ResponderExcluirCarrano, já comentei no teu e-mail, repito aqui: a Alemanha sempre se deu mal quando tentou invadir ou conquistar a Rússia: antes de Hitler, aconteceu Napoleão e, agora no esporte, as terras russas não lhes foram favoráveis. Sempre achei que futebol é momento, quem está bem hoje, amanhã poderá estar mal. Repetir times de futebol em Copas do Mundo quase nunca deu certo. Quatro anos pesam muito nas pernas e na mente dos jogadores. Talvez a única exceção tenha sido a seleção do Brasil de 1958/1962: também, com Garrincha, Pelé, Didi, Nílton Santos, Zito, Gilmar, e outros mais, era covardia...
ResponderExcluirAmigo Carlinhos,
ResponderExcluirObrigado pela retrospectiva histórica que foi mais longe do que minhas memórias mais recentes. Sobre a conquista da Russia.
Quanto a exceção mencionada - as conquistas de 1958/1962 - caberiam reparos que explicam o fato inédito. Não quero ser estraga prazeres e nem parecer que não sou patriota e não me orgulho dos feitos desportivos.
Mas em 1962 fomos "ajudados" por manobras e mutretas extracampo e dentro de campo também. Garrincha deveria ter sido punido com suspensão pela expulsão, entretanto a súmula desapareceu junto com o juiz que o excluiu da partida anterior.
Nilton Santos deu dois pequenos passos para fora da área. Diriam os americanos que foram dois enormes passos para humanidade, como afirmaram na conquista da lua.
E houve um gol do adversário, anulado de forma absurda.
Comemorei muito (acho que estávamos juntos na casa do Alber Pessanha), mas não posso esquecer as malandragens.