A matéria veiculada hoje, na versão virtual globo.com, dá conta de que um motociclista, ignorando a ordem de parar numa blitz militar, acabou alvejado.
O fato teria desencadeado críticas nas redes e, pior, um ônibus foi incendiado como protesto.
Ora bolas, digo sem receio de estar sendo leviano: ele - o motociclista - devia algo a justiça ou a polícia, em suma à sociedade.
Quem pode acreditar que a família de um inocente, homem trabalhador e cumpridor de suas obrigações sociais, numa hora como esta de dor, iria reagir incendiando transporte coletivo?
A preocupação da família e amigos seria protestar queimando um ônibus, o que só prejudica aos usuários e que é um bem patrimonial de quem nada tem a ver com o episódio?
Isso é coisa de bandidos, de comparsas e que têm como objetivo jogar a culpa nas autoridades policiais.
Insuflar a população procedendo como vândalos, predadores, não é coisa de familiares de vitimas inocentes.
E uma vez mais reafirmo que a a imprensa tem uma enorme parcela de responsabilidade por dar espaço e fazer alarde, sem buscar as verdadeiras intenções e a origem de tais comportamentos.
O que interessa é vender jornal e conquistar internautas na rede mundial de computadores.
Leiam em:
Até hoje 49 policiais foram assassinados, somente este ano, no Estado do Rio de Janeiro. As famílias destes agentes públicos foram para as ruas queimar veículos? Ou estão nas redes sociais pedindo vingança?
Nota do blogueiro:
Neste dia deveria estar prestando homenagem as mães. As que cuidam e educam seus filhos para que sejam cidadãos.
Infelizmente algumas mães fazem vista grossa, ou até endossam os comportamentos desvirtuados de seus filhos. Chico Buarque sintetizou a hipótese em "O meu guri":
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo, de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Estou em débito, conforme coloquei num e-mail hoje:
ResponderExcluir"Minha mãe foi, com certeza, uma grande heroína. Como acho que não lhe dei este crédito em vida, estou devendo ..."
O que fazer além de preces para que seu espírito siga seu caminho, com muita luz ?
Vocês acreditam que teve idiota criticando a ação da policial?
ResponderExcluirhttps://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/mae-pm-que-matou-ladrao-na-porta-de-escola-e-homenageada-por-governador-de-sp.shtml