Estes eram os vinhos que eu tomava, eventualmente, quando meu
filho primogênito e homônimo me propôs fazermos um curso básico na Associação
Brasileira de Sommeliers.
Foi até engraçado quando no Natal, abrindo uma garrafa de
Almadén, ele cumpriu todo o ritual aprendido
no curso. Desde o correto uso do abridor, até a colocação de pequena quantidade
na taça, o suficiente para verificação dos aromas, liberados com leve movimento
circular da taça, que é levada então ao nariz (está documentado em vídeo caseiro e hoje é objeto de galhofas).
São liberados, se presentes, os tais aromas florais, ou cítricos,
ou os que sejam possíveis identificar.
Depois, confere-se o paladar, tomando um pequeno gole que de
maneira discreta e sutil é levado de um lado ao outro da boca, a fim estimular
as papilas. Afere-se, então, o teor alcoólico, e os taninos. Cuidado para não
ficar bochechando com vinho (rsrsrs), que seria inadequado.
Parei nesta fase básica. Ele foi adiante com a fase de
degustações, de sorte a aperfeiçoar os sentidos. A ideia seria poder, mesmo as
cegas, conhecer a casta, ou a região produtiva.
O que aprendi foi suficiente para nunca mais repetir duas
tolices que são ouvidas a miúde: “o vinho quanto mais velho melhor” e “o vinho
deve ser tomado na temperatura ambiente”.
A segunda afirmativa seria verdadeira se você estivesse no
outono ou inverno europeu. A primeira só seria correta se estivéssemos falando
de um chamado vinho de guarda, o que implicaria estarem atendidos certos requisitos
que vão desde o terroir, da cepa, da
safra, do Château ou vinícola produtiva, por causa do processo.
Para estes rótulos abaixo a afirmativa seria verdadeira: eles
melhoram com o passar do tempo, se estiverem em adegas com temperatura
controlada e luminosidade adequada.
Não precisa ser uma cave localizada a alguns metros abaixo do nível da superfície, mas se for num subsolo tanto melhor, como era (ou é) a de meu amigo Victor Velo Perez, que me alegrou o coração e o paladar com um convite para conhecer a dele, e em seu interior degustar um bom vinho acompanhado de embutidos e queijos estocados no mesmo ambiente.
Bem, fui trabalhar em São Paulo e convidado por um
empresário, idoso, de hábitos refinados e conta corrente com fôlego para certos
gastos fora de meu alcance, jantei com acompanhamento de um vinho francês, tudo
harmonizado pela sugestão de um sommelier
experiente.
Pra quê? Desde então, com todo o respeito, Forestier e
Almadén nunca mais entraram em minha casa.
Deu-se comigo, o que sucedeu com Lula ao comemorar com o Duda
Mendonça sua vitória eleitoral em 2002. O marqueteiro apresentou ao Molusco o
renomado vinho Romanée-Conti. E foi a partir daí que o metalúrgico de Garanhuns
deixou para trás suas origens e passou a fazer de tudo, eu estou escrevendo
TUDO na vida para poder desfrutar das coisas boas.
Claro que não posso tomar o Romanée-Conti, ou um Château d’Yquem
ou um Château Latife, mas permito-me comprar um bom chileno, ou mesmo um
Bordeaux de menos prestígio.
Se a ocasião for muito especial, nosso vizinho aqui no
continente tem bons rótulos a oferecer. A casa Concha y Toro, tem dois
que me agradam:
Se você pretende me presentar no Natal, fica a dica. Tim tim!
️🔝🥂
Freddy fazia degustações espetaculares na casa dele em Friburgo e em Nikity, dando verdadeiras aulas sobre o assunto.
ResponderExcluirNão sou expert nem quero ou pretendo ser, apenas gosto ou não de um vinho. De repente o que gosto é "vagabundo", não sei, só sei que gosto. Se tinto Cabernet, se branco Chardonnay, portugueses, argentinos, chilenos, californianos.
Paulinho, meu caçula, trouxe um agora da Bolívia .... nem sabia que se fazia vinhos por lá rsrsrs.
Até alguns anos, alguns países sem tradição vinícola, fabricavam vinhos considerados exóticos. Por exemplo África do Sul e Nova Zelândia.
ResponderExcluirAtualmente os vinhos destes países são respeitados e valorizados.
Quem sabe a Bolívia surpreende daqui a alguns anos?
Acabei de ler no facebook.
ResponderExcluirhttps://glo.bo/2k9IFIu
Nossos espumantes, já há algum tempo, não fazem feio.
ResponderExcluirE este agora premiado, com o 5º lugar, custa apenas R$ 43,00.
O vencedor foi um australiano. A Austrália estava entre os exóticos, há poucos anos, como mencionei em comentário acima, junto com Nova Zelândia, África do Sul e outros.
Vejam como é fabricado:
ResponderExcluirhttps://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/10/05/como-e-feito-espumante-casa-perini.htm
Você já ouviu falar num certo espumante, inglês, de nome Bolney Wine Estate Vintage Blanc de Blancs.
ResponderExcluirPode ser, mas duvido e faço pouco que já tenha experimentado.
Pois fique sabendo que a British Airways incluiu este vinho em seu cardápio, na primeira classe. Não é pouca coisa não.
Deve ser exagero da matéria que li. Mas os espumantes ingleses estariam rivalizando com os franceses, chamando a tenção para vinícolas que oferecem degustação e visitas guiadas. Será?
África do Sul
ResponderExcluirhttps://comidasebebidas.uol.com.br/noticias/redacao/2017/10/05/vinhos-da-africa-do-sul.htm