Quantas vezes você já leu ou ouviu a frase “é como o vinho,
quanto mais velho melhor”?
Deve-se aceitar esta afirmativa? A resposta é NÃO.
Château Lafite Rothschild |
Claro que alguns vinhos melhoram quando guardados em
condições ideias de temperatura e iluminação. Mas isto depende da casta com que
foram produzidos. Da região, da latitude ...
Os chamados vinhos de guarda, produzidos a partir de cepas especiais, são bem mais caros porque “envelhecem”
em barris, durante muito tempo e mesmo depois de engarrafados ficam nas caves
ainda por longo tempo até serem colocados no mercado.
E estamos falando de tintos, pois em relação aos brancos e
aos espumantes arte e técnica são diferentes. E os resultados também.
Esta mentira, embora repetida muitas vezes, ao contrário da máxima
consagrada, não a torna verdade.
Outra frase repetida à guisa de piada, ou não, é que “quem
gosta de velho (ou velharia) é museu”.
Museu do Amanhã |
Desde quando museu é local onde se reservam apenas coisas antigas?
Se assim fosse não teríamos museus de arte contemporânea ou de arte moderna, e
eles são muitos pelo mundo afora.
Temos, no Rio de Janeiro, até museu do amanhã.
Então museus são locais onde são preservadas obras de arte, ou relíquias antigas
ou modernas e até futuristas.
Outra frase que não consigo digerir é “Deus é fiel”. Como se pudéssemos
admitir infidelidade de um Deus que pretenda ser amado e respeitado.
Outra coisa meio mentirosa, no sentido em que é
corriqueiramente empregada é “gosto muito de música clássica”.
Todos os gêneros musicais têm seus clássicos. Ou “Besame Mucho” não é bolero clássico?
“Bésame, bésame mucho
Como si fuera esta noche
La última vez”
Ou ainda “Caminito”
não é um tango clássico?
“Caminito que el tiempo há borrado
Que juntos um dia nos viste passar
He venido por última vez
He venido a conterte mi mal”
E “As rosas não falam”, do mestre Cartola, não se trata de um
dos clássicos da música popular brasileira?
“Queixo-me
às rosas, mas que bobagem
As
rosas não falam
Simplesmente
as rosas exalam
O
perfume que roubam de tí, aí...”
Não sei como seria correto
classificar a Sinfonia nº 9, de Beethoven.
Dizer que se trata de um clássico é verdade, mas que já foi popular quando composta também é verdade.
O amor de Vinicius, em
seu “Soneto de Fidelidade” não era imortal porque era chama, mas seria infinito
enquanto durasse.
Algumas músicas, sejam
sinfonias, sambas, rumbas, boleros ou tangos serão imortais e sobreviverão
infinitamente, porque são “clássicos” deste
ou daquele gênero.
Uma mentira repetida há anos foi agora desmentida pelo Supremo Tribunal Federal.
ResponderExcluirO Flamengo não foi campeão brasileiro em 1987.
Parabéns ao Sport Club Recife.
É o velho hábito da generalização.
ResponderExcluirMeu caro amigo Carrano, em meu nome e com certeza no do Freddy se aqui estivesse, desejamos a você muita saúde e muitas alegrias em sua vida (no meu caso, menos no futebol, claro).
ResponderExcluirParabéns pelo seu dia especial. Aproveitem-se ao máximo !!
Tim Tim !
Tim Tim! Caro Riva.
ResponderExcluirGrato pela lembrança e pelos votos.
Com efeito tive um bom dia de aniversário, em companhia de pessoas que amo.
Se o Freddy, ainda estivesse entre nós, iria discorrer sobre nosso almoço no Ancoramar (antigo Albamar), que continua com uma cozinha de primeira linha.
Comentária para provocá-lo, como bom gourmet e gourmand.
Depois do almoço passeio na região portuária (Museu do Amanhã, etc) onde pegamos o VLT e finalmente arrematamos na Colombo, com café e torta de nozes.
Valeu a pena fazer 77 anos.