1 de março de 2017

Cartão de crédito 486%



Por
GUSMÃO


Uma das boas coisas que fiz, nos últimos tempos, foi cancelar meu carão de crédito.

Noutro dia um supermercado ofereceu o seu próprio cartão. A vantagem oferecida era a possibilidade de pagar parceladamente. Pensei comigo mesmo, que quando chegasse a hora de pagar, o que comprei e comi já se transformara em fezes.

Assim como, nos anos 70 do século XX, paguei uma fatura de motel, através do Diners’ Club, e já nem lembrava quem comi naquele pernoite. Nem o nome eu lembrava gente. Será que valeu a pena o investimento? Pagar depois sem ter a certeza de que foi bom é de lascar.


Houve uma época em que dava para gerenciar, sem grandes sobressaltos, ter até dois cartões.

Atualmente, com juros beirando os 500%, deixe-me repetir, para ser exato 486%, não vejo como rolar a divida sem se meter num beco sem saída. Acho que nem agiota tem a coragem de praticar esta taxa.
http://noticias.r7.com/economia/juros-do-cartao-de-credito-sobem-de-novo-e-registram-maior-nivel-da-historia-23022017

Há muito tempo, ter um cartão servia, na pior das hipóteses, para conseguir desconto  no preço, para pagamento cash no comércio. No mínimo 5% a gente conseguia, tendo em visto que era a taxa cobrada dos comerciantes pelas operadoras de cartões.

E para viajar também era muito útil porque os indefectíveis “travellers cheques” eram uma solução com inconvenientes. E comprar dólar no black era pagar alto na compra e receber menos na venda. E era preciso ter um cambista de confiança.


Agora viajando pouco, com a anuidade do cartão e o pouco uso que faço dele quase não compensa mantê-lo. Como alguém disse no outro dia aqui no blog: a relação custo benefício não justifica ter o cartão de crédito. Para quem tem renda pequena e não quer se encalacrar, ficando dentro de seu orçamento, a possibilidade de débito em conta, direto, com a utilização do cartão magnético de movimentação bancária resolve.

Nota do editor/blogueiro: o autor informa que as imagens foram obtidas via Google, na internet.

14 comentários:

  1. Gusmão,

    Se a fatura paga foi de alguma coisa que você comeu, menos mal.

    Já imaginou se você tivesse, digamos assim, falhado, e dias depois ainda tivesse que pagar a fatura do motel?

    Nessa época, se não me engano, o cardápio clássico nos motéis da Barra, era camarão empanado com arroz a grega. Foi o que você comeu? (rsrsrs)

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  2. Tenho um amigo que paga quase tudo com seu único cartão de crédito, sem nunca rolar dívida. Acumula milhares de milhas num programa de companhias aéreas, e usufrui 100% dessas milhas.

    Já tentei fazer isso, mas alguma coisa me freia no meio do caminho e paro de comprar. É algo psicológico, pois fico apavorado quando vem a conta alta, mesmo sabendo que não paguei quase nada de outra forma, que é uma outra opção de gerir meu orçamento. É como "doença do pânico" (que já tive quando meu pai faleceu), saca ? pânico mesmo.

    Há alguns meses cancelei meu 2º cartão de crédito, que tinha há 25 anos. Me ofereceram de tudo, sem entenderem que eu simplesmente não preciso mais ter um 2º cartão.

    Levo sempre meu CC nas viagens, apenas como um espécie de seguro numa emergência, mas não o uso nas viagens há pelo menos 4 anos. Só uso cartão de débito, carregado com moeda internacional, que substitui os famosos travellers checks.

    Mas o assalto não para (não me acostumo em escrever essa palavra sem acento, Profª Rachel ) aí. Vejam esses dados recentes do Banco Mundial sobre nossos impostos :

    Medicamentos 36%
    Luz 46%
    Telefone 48%
    Gasolina 57%
    Cigarro 82%
    Sal 30%
    Trigo 34%
    Açúcar 41%
    Leite 34%
    Sabão em Pó 42%
    Papel Higiênico 41%
    Papel 39%
    Lápis 36%
    Água 45%
    Cerveja 56%
    Celular 41%
    Tijolo 34%
    Mensalidade Escolar 38%
    Imp de Renda 15 a 27,5%
    Isso sem falar no IPTU, IPVA,INSS,FGTS, PQP, TNC, VSF, etc .....

    Da mesma fonte, somos o 1º colocado mundialmente falando em horas trabalhadas por ano, para pagar impostos : 2.600 horas !!!!
    O 2º colocado é 1.080 horas (Bolívia).

    PS: era mesmo camarão a milanesa com arroz à grega. Alguns colocavam também uma bananinha à milanesa no prato (pano rápido)












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  3. O pior, Riva, é que estes absurdos impostos que pagamos não se revertem em benefícios sociais. Em nenhuma das três esferas.

    A situação das estradas é calamitosa. Tirante as privatizadas, que nos custam caro em forma de pedágios, as federais e estaduais estão em péssimo estado de conservação. Onde existem, porque enormes trechos da Transamazônica, por exemplo, são atoleiros.
    Assistam: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/04/inaugurada-ha-43-anos-rodovia-transamazonica-ainda-nao-tem-asfalto.html

    As universidades públicas, estaduais e federais, não têm verba para manutenção e renovação de equipamentos.

    Os hospitais funcionam muito precariamente, atendendo nos corredores com pacientes sobre macas improvisadas.

    A dinheirama arrecadada é drenada pela corrupção.

    Somos penalizados duplamente porque pagamos altos impostos e ainda precisamos manter planos de saúde particulares, colocar os filhos em escolas particulares, enfim, como o Estado não oferece os serviços essenciais, temos que bancar esses custos.

    Por isso concordo que são escorchantes os tributos, porque não oferecem contrapartida.

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  4. Faz tempo que não como os camarões VG empanados entremeados com rodelas de muzzarella também à milanesa, acompanhado do arroz à grega. Não, e não era em motel, é que gosto mesmo do prato, mas o orçamento não vem permitindo essa extravagância.

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  5. Sou daqueles que tem cartão (Ourocard VISA / Mastercard) e não entra no negativo. Ainda não fiz conta de custo x benefício, mas acho confortável para gerenciar os gastos mensais.

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  6. Realmente a farinha de rosca está muito cara. Por isso só estou comento camarão VG frito no azeite extravirgem grego (rsrsrs).

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  7. Sobre minha ausência no blog (textos), pode acrescentar aí que não venho tocando piano, violão, não venho escrevendo uma linha sequer de minhas estórias pessoais (prono-erótico-românticas), não vejo DVD - shows musicais que eram praticamente diários...

    Diagnóstico rápido: depressão moderada (ainda, pois consigo percebê-la)

    Ação: volta a sessões de psicoterapia, pelo menos por uns meses... Pena que meu psicoterapeuta se encontra de férias, mas estou na cola. Assim que retornar, entrarei em contato. Não posso continuar do jeito que estou...

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  8. Pena, Freddy.

    Se você acha que meditação e/ou yoga poderiam ajudar, posso conseguir que um professor vá até sua acasa para uma sessão de experiência.

    Se você achar útil, combina um esquema com ele.

    Dá um alô, por e-mail, e forneço o telefone pessoal dele.

    Pelo menos s conversa, isto eu asseguro, será interessante.

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  9. PORTELA

    Foram anos na fila, mas desta vez... campeã.

    http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2009/11/portela.html

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  10. Well, a PORTELA já conseguiu acabar com o jejum. Falta o Botafogo ....

    PS: Freddy, acho a sugestão do Carrano interessante. Nada a perder. Só a ganhar.

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  11. A sugestão do Carrano está em meu rol de ações para debelar a crise de depressão. Não demora farei contato com Carrano Fº para uma sessão lá no belo espaço que ele inaugurou recentemente.

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  12. Também, assim como o Freddy, uso meus cartões no limite da minha possibilidade e não rolo dívidas.
    Quanto aos juros absurdos, em nota na revista Veja foi informado que o ministro Meireles deu prazo de dois meses para que os bancos baixem os juros, sob pena de severas sanções

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  13. Ana, na minha leitura desse assunto, as sanções serão assinadas pelo Coelhinho da Páscoa e pelas renas do Papai Noel.

    (pano rápido)

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