Ou, se preferirem, face a origem do esporte (ainda) o mais
popular do planeta: once upon a time ...
Sim meus queridos amigos e leais opositores, o futebol tal como jogado e
arbitrado está acabando.
Vou gravar, numa mídia segura, algumas partidas deste esporte,
que envolvam equipes europeias, como Barcelona e Real Madrid, da Espanha;
Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Manchester City, da Inglaterra,
para que possa matar as saudades futuramente.
Guardarei, muito especialmente, jogos do Arsenal na temporada
2002/2003 e do Barcelona ao tempo em que era dirigido por Guardiola, antes da
chegada do Neymar, e tinha em seu elenco Messi, Iniesta e Xavi.
O Real Madrid teve momentos inesquecíveis, seja há muito
tempo, com Puskas, Di Stefano, Kopa, Didi e outros, seja em tempos um pouco
mais recentes, com Zidane, Ronaldo (Nazário), Figo e outros, ou, ainda, mais
recentemente, com Cristiano Ronaldo, Bale, Benzema e Toni Kroos.
Seleção 1970 |
Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe |
Estão degradando o futebol, estão desfigurando o esporte em
tal magnitude, que nada restará em pouco tempo. Nada que lembre o bom e velho
esporte bretão que todo menino jogava nas peladas de rua, nos terrenos baldios,
nos campos improvisados nas escolas.
Esse esporte que, nas peladas, nem travessão tinha para
delimitar a altura das balizas e nem por isso os gols em bolas altas eram computados
ou não, segundo entendimento entre os próprios contendores (uma discussãozinha
de nada, vez ou outra).
Toque de mão, saída pela lateral ou linha de fundo eram
suscitados pelos peladeiros em ação. E mesmo quando havia dúvida e briga, com
meia dizia de tapas, o julgamento acontecia com menos agressões físicas do que
nas partidas oficiais, com 5 juízes apitando.
Os técnicos (“professores”) tornaram-se mais importantes do
que os jogadores, assim como no cinema alguns diretores são mais festejados do
que os atores.
Sim, admito que existiram técnicos, no passado, realmente
inovadores, como Zezé Moreira, criador da “marcação por zona”, que tornou o
Fluminense vencedor das partidas pelo placar de 1X0.
Outros, como Claudio Coutinho, com o “ponto futuro” e o “over
lapping”, jogadas que existiam, que saiam naturalmente do improviso dos jogadores, mas que
ele batizou e institucionalizou.
Rinus Michels |
Flávio Costa trabalhou no bom e simples WM, importado.
Em certa medida Guardiola inovou, mas convenhamos, sem Messi,
Inieste e Xavi, além do Piqué, Busquets e do Daniel Alves, duvido e faço
pouco que conseguiria implantar o tiki-taka dele. Nem o Rinus Miches o carrossel holandês,
porque exige onze jogadores inteligentes, e inteligência é coisa rara entre
atletas.
Os atletas são os artistas do espetáculo.
O que levará à morte o futebol, este que mencionei, são novidades
absolutamente impertinentes, descabidas, incompatíveis com este esporte, com
sua essência.
Os defensores de juízes de vídeo, de chips nas bolas, de
cartões azuis para afastamento momentâneo do jogador, do fim da linha de impedimento
(sacrilégio) e outras ameaças que estão no ar, terão que batizar este esporte que
pretendem com outro nome, que não futebol. E este novo esporte lembrará
remotamente o futebol que se espalhou pelo mundo, popularizou-se, que despertou
paixões e emoções, que lotou estádios, que provocava sorrisos e lágrimas. E discussões
nas segundas-feiras, que tinham como temática os erros de arbitragem, as
bolas que entraram ou não, os pênaltis bem ou mal marcados.
Tom Brady, quarterback, do New England Patriots |
Já temos técnicos dividindo o campo em quadrantes e estabelecendo limites dentro dos quais os jogadores podem se movimentar. São robôs.
As pessoas alegam que no tênis tem o challenge, no voleibol a
suscitação de dúvida, no futebol americano os juízes de vídeo, mas a pergunta
que não quer calar é: por que estes defensores destas tecnologias, destes auxílios
externos, não são aficionados destes esportes dados como exemplos?
Voltarei exclusivamente à música e à leitura, atividades que alternava com o futebol na TV (preferencialmente o jogado na Inglaterra, Espanha e Alemanha).
Vasco e Arsenal serão vagas lembranças dentro de pouco tempo.
I've had enough.
I've had enough.
Futebol não é nada se comparado a degradação da música brasileira. Bom tema para post.
ResponderExcluirMãos à obra, Ana Maria.
ResponderExcluirSugiro que batizem o novo esporte, que lembrará vagamente o futebol, com o nome de tecnobol, tendo em vista que a tecnologia será a estrela do espetáculo.
ResponderExcluirNão podem esquecer de colocar na margem do gramado uma mesa de controle, tal como existe no basquete, por causa do entra e sai de jogadores e do tempo de jogo.
Noutro dia um comentarista da rádio Globo sugeriu parar o cronômetro em toda interrupção do jogo: atendimento médico, cobrança de pênaltis, etc, para que tenhamos 90 minutos de bola rolando.
Ora, desde 1871 é disputada a Copa da Inglaterra (FA Cup), com estas regras. Desde o século XIX.
As tradições precisam ser mantidas. A Igreja católica aboliu o latim nas missas, liberou os padres da batina e se estrepou. Os evangélicos cresceram e se multiplicaram.
No Judiciário a toga ainda é mantida e os advogados que conheço (inclusive o blog manager) usam paletó e gravata. Por que?
As forças armadas de todos os países do ocidente preservam suas tradições. Por isso elas são (as FA) uma instituição milenar.
Abaixo casuísmos.
Obrigado pela solidariedade, Gusmão.
ResponderExcluirÉ a tal coisa. Por que, por exemplo, mudar a embalagem da Maizena ou do Polvilho Antisséptico Granado?
Quando se entrava no supermercado e batíamos o olho na gôndola, era fácil identificar a caixa amarela da Maizena.
A fórmula do futebol foi testada e aprovada, haja vista que se alastrou mundo afora e se tornou o esporte mais praticado no planeta.São poucas as regras e fáceis, embora alguns lances das partidas comportem interpretações subjetivas. Mas futebol não é matemática.
Minha opinião aqui é subjetiva (claro, por definição) as contrárias também o são.
Vamos acabar com o subjetivismo em nossas vidas?
Recorro a Thomas Jefferson e sua famosa frase: "o cavalo já foi um erro".
Não entendi a citação da frase do Jefferson.
ResponderExcluirGusmão,
ResponderExcluirJá foram feitas algumas concessões, como por exemplo admitir gramado artificial (um crime para quem joga). É duro, cria bolhas na sola dos pés. E nas quedas arranha. Tem mais, mas não vou entrar no mérito.
Algumas das ideias que não comprometem a essência foram bem-vindas: sete bolas em uso; regular o recuo de bola para os goleiros; cortar a grama bem rente e molhar o gramado, dá mais velocidade ao jogo.
....e no entanto ainda tem gente que defende a regra do impedimento, que só gera injustiça, e não existe no racha de rua, no futebol society, no de salão, no de praia, em lugar nenhum.
ResponderExcluirQuem defende essa m...... nunca chutou nem uma bola de meia na vida !!! Ou era "café co leite" na hora de dividir um time de futebol ....
Gusmão, pelo visto vc nunca jogou num campo de grama sintética. Se vc levar um tombo não arranha não ..... é QUEIMADURA, meu caro, de grau a avaliar.
ResponderExcluirJoguei 21 anos em campos de grama, de brita corrida, de areia e de grama sintética. Só isso .... e sem a porra da regra do impedimento, defendida por quem nunca rachou uma dividida na vida.
O saco enche ....
errata .... Gusmão não, Carrano
ResponderExcluirAcho que pelo andar da carruagem, com dizia o meu pai, já podem colocar as faixas no Chelsea, com 225 rodadas de antecipação !! kkkkkkkk
ResponderExcluirNeymar e Messi massacraram o Bilbao hoje. O placar não diz a realidade do jogo, que poderia ser uns 6x1 tranquilamente.
Passarei a chamar de hoje em diante de MRI a Maldita Regra do Impedimento.
Início do fim:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/esporte/2017/02/1856375-cbf-quer-testar-uso-de-arbitro-de-video-no-brasileiro-deste-ano.shtml