Tem que ser assim?
No poker não tem jeito. Se eu ganho alguém está perdendo. No
jogo de sinuca a mesma coisa.
Se você compra alguma coisa no vendedor ambulante, conhecido
como camelô, pode ter a ilusão de estar ganhando. Mas com certeza tem gente perdendo.
A receita federal e a fazenda estadual, porque poderá ser mercadoria contrabandeada.
E não há taxação tributária.
Se perdem as fazendas públicas, seja a federal, sejam as
estaduais ou municipais perdemos todos. Inclusive os que ganharam com a sonegação, com a fraude, com o contrabando.
Se não é contrabando, a chance de ser fruto de roubo é grande.
E aí perde o importador ou o atacadista. A seguradora se a mercadoria transportada
estava segurada.
Se o caminhou tombou na estrada e como num passe de mágica
surgiram várias pessoas para saquear a mercadoria derramada no asfalto e mesmo
a que ainda está na carroceria. Alguém, no fim da linha, fica com o prejuízo.
Houve os que ganharam, mas houve os que perderam.
Se você ganha sozinho na Loto, milhares perderam seus ricos
dinheirinhos apostando e sonhando. Mesmo quando o prêmio é rateado entre vários
acertadores, muitos perderam.
Para Trump ganhar a Hillary teve que perder.
A gente se acostuma ao desejo de ganhar desde pequenininho.
Na bola de gude à vera. Tanto no jogo de "beú" quanto no de "búlica". Era bom
ganhar os olhinhos (bolas novinhas compradas pelos outros meninos, perdedores).
Mas os meninos menos hábeis perdiam.
Ganhar cafezinho no jogo de balofa – ou porrinha – implicava em que o perdedor iria pagar.
Eram poucas as vagas no exame para ingresso na Escola de Cadetes
do Ar, em 1955. Conquistei uma. Mas quando fui eliminado no exame médico
(discromatopsia), algum outro candidato aprovado com média menor e que ficaria eliminado
entrou na minha vaga.
Perdi e ele ganhou.
Há casos convencionados como de ganho para todos e outros igualmente estabelecidos como verdade absoluta pela sociedade, em que todos perdem.
Casos em que todos perdem. Numa separação do casal, por exemplo. Perdem os pais, os filhos, os amigos.
E há casos em que todos ganham. Como por exemplo, com os benefícios sociais concedidos por empresas aos seus empregados.
São coisas que ouvimos e repetimos e podem não ser verdade. Analisados os casos com mais profundidade, encontraremos vencedores e perdedores.
Nas separações ganham os advogados, os tabeliães.
A Netflix foi um ganho para muita gente, já para os donos de locadoras de vídeos foi uma grande perda.
Aqui e agora, ganhei um leitor: você. Você perdeu seu tempo.
Nada representa melhor o tema do que a história narrada no aterrador filme PERDAS E DANOS.
ResponderExcluir#simplesassim
No filme citado, Anna é uma tarada, safadinha, ninfômana, se preferem. Gosta de joguinhos eróticos. Transou com o irmão (incesto) e, depois, com o noivo e o pai dele.
ResponderExcluirA mãe era igualmente galinha, e o irmão, depois de transar com ela - Anna - se mata algum tempo depois.Família de fino trato.
O filme é um prato cheio para Freud.
Entre perdas e danos, perdem os bonzinhos, os inocentes.
Mas não enxergo muita relação com meu propósito no post. Talvez forçando a barra, pela amplitude.
Eu morava em São Paulo, quando este filme foi exibido nos cinemas. Início da década de 1990.
Ué, mas PERDAS e DANOS para o Blog Manager tem alguma classificação ?
ResponderExcluirUns perdem e outros consequentemente ganham em qualquer evento. E o filme mostra isso, independente da índole e da experiência de vida das pessoas envolvidas.
Pela sua ótica então, como/quais seriam as perdas e danos na SÍRIA hoje em dia ?
Riva,
ResponderExcluirParece que sua resposta a minha indagação é que "uns perdem e outros consequentemente ganham em qualquer evento."
O título encerra uma pergunta. E sua resposta parece ser que sempre existem vencedores e perdedores numa mesma relação, seja ela afetiva, econômica, social, política ou religiosa.
Com tal abrangência tenho que concordar. Se aumentou o número de evangélicos é porque o número de católicos diminuiu. A igreja romana perdeu e a universal ganhou.
Penso por aí.
ResponderExcluirNão conheço nenhum evento de ganhos sem perdas e vice versa, se analisado (e deve ser) sob todas as óticas.
Quando a Alemanha Ocidental perdeu propositalmente para a arqui-inimiga Oriental na Copa de 74 para não cair no grupo do Brasil, milhares falaram que todos ganharam com a perda.
Ledo engano : 72.000 pessoas estavam no estádio e saíram frustradíssimas, e devem contar isso para os netos .....
Não há derrota sem ganhos e vice versa.
PS: as always, aqui no GE, o futebol com seus exemplos. rsrsrs
Para desanuviar.
ResponderExcluirA banda Charlie Brown Jr, na musica "Lutar pelo que é meu", de autoria do Chorão, diz sabiamente, "a cada escolha uma renuncia, isso é a vida."
Em todas as atitudes que tomamos, desde as mais simples na vida diária, até àquelas que determinarão nosso futuro, estamos fazendo escolhas e consequentes renuncias.
Se escolho um sapato dentre os que tenho, isso é uma escolha; se vou caminhando, renuncio ao ônibus que me levaria mais rápido. Sempre "perdemos" algo.
Quem frequenta restaurantes à peso devem saber muito bem como funciona. Em frente ao buffet de 50 pratos quentes, titubeamos indecisos entre o peixe que é saudável ou a carne assada com uma aparência magnífica. Vez ou outra acabamos colocando no prato mais quantidade que desejamos, para atender a dificuldade de decidir entre tantas opções.
Outro famosinho, este do BBB - o Kleber Bambam - criou um bordão usado até hoje para justificar o inevitável: "faz parte"
Ganhar e perder são probabilidades.
Os mais chegados a misticismo e oráculos, devem conhecer a carta Roda da Fortuna, do Tarô de Marselha. Ela nos lembra que sucesso e fracasso, ganhos e perdas são possibilidades que se alternam em nossas vidas.
É isso aí, Ana. That´s it !
ResponderExcluirE repare que não dá para contabilizar nossas perdas e ganhos, a conta é grande demais. E os danos provenientes das perdas e dos ganhos ..... nos lembramos das mais marcantes, apenas ....
Oppsss. Corrigindo a concordância. "Quem frequenta ... deve saber..."
ResponderExcluirDesculpem. Não releio, o que é outra falha. A outra é não dominar a minha língua materna. Sorry.
Enganos acontecem, Ana Maria. Principalmente quando se escreve no correr da pena (rsrsrs).
ResponderExcluirSua correção evidencia que você maneja bem as concordâncias.
Ademais a professora Rachel escafedeu-se (rsrsrs)
Ainda tem outro aspecto que esqueci de abordar, a que se refere a falsa perda. Quem pode garantir que aquele emprego que você perdeu, a namorada que lhe rejeitou ou algo de gênero, consistiu numa perda? Quantas histórias ouvimos sobre vidas salvas por um atraso que causou a perda de um vôo que acabou resultando em tragédia. Na verdade nem sabemos o que aconteceria no "não vivido".
ResponderExcluirTemos um novo ângulo, nem toda aparente perda é uma perda efetiva.
ResponderExcluirSe formos fundo na análise de qualquer perda, chegaremos à conclusão que inexistem perdas aparentes. Só existem as efetivas.
ResponderExcluirAs aparentes são aquelas que não vislumbramos no momento. Mas com certeza se transformarão em efetivas, ou então, em ganhos.
No "Barão Vermelho", sem Frejat, todos saem ganhando.
ResponderExcluirhttps://combaterock.blogosfera.uol.com.br/2017/01/17/novo-barao-vermelho-com-rodrigo-suricato-todos-os-envolvidos-ganham/