22 de dezembro de 2016

Cadê os atores globais, esquerdistas e mercenários?

O Estado do Rio, falido, vai fechar as portas da Biblioteca Pública Estadual, agora em janeiro, por falta ade verbas para manter abertas as portas  e em funcionamento aquela casa de cultura.


Esta biblioteca, tantas e tantas vezes mencionada neste blog, por ter sido fonte a qual  o blogueiro recorreu para saciar seu desejo de conhecer as obras clássicas da literatura universal, e também dos autores nacionais mais expressivos.

Localizada há 81 anos na Praça da República, em Niterói, a confortáveis poucos passos do Liceu Nilo Peçanha, onde estudou o blog manager, funcionava muito bem, com organização, e atenção dos funcionários, atendendo a tantos quantos a ela recorriam para consultas no próprio ambiente de leitura, ou, como no meu caso, emprestando para que durante 15 dias para que pudéssemos levar para casa uma das obras do acervo, exceto livros didáticos.


Não vi uma foto de artistas protestando contra o fechamento da biblioteca. Nem uma entrevista lamentando o fato nos programas do Jô ou do Serginho Groisman. MERCENÁRIOS é o que são.

Alguns das manifestantes interesseiros
Sabem por quê? Porque a biblioteca não libera verbas para financiar suas montagens, não tem dinheiro para bancar suas aventuras “artísticas e culturais".
Ou seja,  para estes mercenários biblioteca não representa cultura, somente os incentivos da lei Rouanet  e as verbas do MinC interessam e os motivam na luta pela cultura.

Os mercenários
Mesquinhos e interesseiros.

17 comentários:


  1. Já que o tema agora é cultura e educação, deixo um recado para a professora Rachel.

    Estou me preparando (rsrsrs).

    http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/guiaenem/guia-da-crase-para-nunca-mais-errar-acento-20199754

    ResponderExcluir
  2. Lamentável. Frequentei com assiduidade este prédio em 1962 parte de 1963.Cursava o Normal e resolvi prestar vestibular para medicina. Por este motivo, todos os dias, antes de ir ao Curso Pasteur para o cursinho, ficávamos estudando naquele ambiente silencioso e amistoso.
    Por outro lado, o desmonte da educação e da cultura vem sendo executado há anos. As Escolas servem para doutrinação e a cultura direcionada para os objetivos bolivarianos.

    ResponderExcluir
  3. Polêmica ....

    Carrano, Ana e demais. Respeito e compreendo seus sentimentos em relação ao fato, mas cá para nós, biblioteca física (uma propriedade) é um "ser em extinção", como diria o Magri.

    Temos a Wikipedia, o Dr. Google, a web, enfim, não precisamos entrar mais em uma bibloteca para quase nada, a não ser uma pesquisa mega especial, de algum assunto que não exista na internet - o que é difícil, hein ?!

    Temos uma biblioteca onde trabalho, e sei :

    - quanto custa a propriedade por m2
    - quanto custa sua operação : energia, bibliotecária, ajudantes (estagiários),limpeza, equipamentos de informática, softwares de gestão e cadastro, ar condicionado, desumidificador, controles de umidade, manutenção de acervo, etc

    Em outras palavras : se não tiver um investidor, já era !!



    ResponderExcluir
  4. Riva,
    Vivemos momentos de congraçamento, confraternizações, abraços e votos de felicidades.
    Portanto não é um bom momento para polemizar. Mas não resisto um comentário.
    Para quem como você que se recusa a leitura de e-Books, sob considerar que até o cheiro do livro impresso faz falta, não faz sentido ser contra bibliotecas.
    Sem contar que muitas bibliotecas pelo mundo conservam relíquias históricas.
    O custo de manutenção da biblioteca é bem menor do que as verbas liberadas para artistas fazerem montagens de shows e espetáculos teatrais, com preços altos nas bilheterias. Artistas consagrados, com visibilidade na programação da
    Globo, o que por si só já atrai público.
    No caso de pesquisas (estudos) a que se referiu a Ana Maria - e também fiz algumas vezes - você poder sentar a uma mesa e colocar sobre ela vários volumes, abertos nas páginas que interessam e examinar ao mesmo tempo fazendo as anotações necessárias é bem melhor do que pesquisar um a um determinados sites e, no meu caso, ter que imprimir o conteúdo de alguns deles para poder ter visão geral da jurisprudência, por exemplo. Poderia ser uma divergência doutrinária e ter os textos diante de mim, disponíveis, ajuda no entendimento.
    Na mesma linha de seu entendimento, porque não fechar o Louvre o o Musée d'Orsay, para citar apenas dois belos e monumentais prédios localizados em Paris e que deveriam valer fortunas. E o conteúdo destes museus está na internet.
    Está certo, estes e outros museus mundo afora cobram ingressos. Pois bem, que se faça isso com a biblioteca que presta bons e relevantes serviços há 81 anos.
    Você provavelmente nunca entrou naquele prédio, porque não precisava. Sua família tinha posses e podia comprar todos os livros necessários a sua formação. Didáticos ou não.
    Mas não é o caso da maior parte da sociedade. Não foi o meu caso.
    Li muito, em quantidade e qualidade, naquele prédio que para mim e muita gente vale pelo conteúdo e benefícios que fornece.
    Não medimos o prédio e terreno, eu e muita gente, pelo valor do metro quadrado.



    ResponderExcluir
  5. Lamento o fato, mas concordo com Riva. Uma biblioteca física hoje em dia é um dinossauro.
    Contudo, pelo bem da cultura, acho que o governo deveria ter uma verba para preservá-la. Mesmo que tivesse de fazer alterações em seu uso, algo criativo (quem sabe um misto de museu e biblioteca), para que ela possa continuar a existir sem apenas drenar recursos.

    ResponderExcluir
  6. Desculpe, Freddy, gosto muito de você, mas neste particular sua opinião não conta, porque assumidamente você não foi ou é pessoa amante da leitura.

    O acervo de uma biblioteca é um patrimônio ao qual não se atribui valor monetário, material.

    Embora algumas obras, históricas, originais, manuscritos, papiros, tenham valor comercial elevado.

    Escolas públicas ficam mendigando doações para abastecer suas bibliotecas, que atendem crianças carentes.

    ResponderExcluir
  7. RIva Fluindo23/12/2016, 11:37

    Eu não sou contra bibliotecas. Mas minha leitura é que é um "ser em extinção" mesmo, restando somente aquelas super valiosas, em que o Estado ou algum investidor queira/possa manter.

    Sem grana não tem jeito, não tem.

    PS: escrever é uma m..... mesmo. Outro dia comentei isso. Quando iniciei meu comentário escrevendo "polêmica", quis dizer que o assunto é polêmico, mas parece que foi levado para o lado pessoal ..... caraca !

    Feliz Natal a todos ! FLUi

    ResponderExcluir
  8. O Abílio Diniz muitas vezes viu-se diante de um dilema. Comprar um terreno, numa área nobre do Rio, São Paulo ou outra capital, pagando uma fortuna por metro quadrado, para nele colocar automóveis?
    Só que estacionamentos eram fundamentais nos supermercados e a relação custo benefício recomendava o investimento.

    O benefício da leitura, não é mensurável por índices e resultados materiais.

    Não diretamente. Para quem acha que o maior problema nacional é a cultura, fica contraditório lamentar o custo de manutenção de bibliotecas.

    O governo tem a obrigação de manter em funcionamento as bibliotecas, mesmo que utilize toda a verba do ministério da cultura.

    Parem de financiar Jô Soares, Sonia Braga, Marieta Severo e outros que tais, e filmes de qualidade duvidosa que são rotulados de arte.

    ResponderExcluir
  9. Meça suas palavras quando me taxa de não ser amante da leitura. O que mais faço na vida é ler, apenas meu foco é outro.

    ResponderExcluir
  10. Freddy,

    Venho me penitenciar a corrigir um equívoco.

    Caros seguidores, esqueçam o que escrevi sobre o Freddy não ter prazer com a leitura.

    Fui induzido a erro por causa de comentário feito no blog, e abaixo colado.

    Não que histórias em quadrinhos não tenham valor, é que me referia a literatura clássica universal.

    "Carlos Frederico disse...
    Leituras da infância... O livro mais importante de minha infância não foi preservado e hoje é encontrado em alguns sites de livros fora de catálogo. Chama-se “As aventuras de Rénard, velha raposa”, versão de original em francês.

    Li Monteiro Lobato, mas pouco me lembro. O primeiro volume da série se chamava “As reinações de Narizinho”, seguido de outros que acabaram por formar o enredo de “’O Sítio do Picapau Amarelo”.

    Fui leitor assíduo de historinhas dos personagens de Disney, publicadas nas revistas do Mickey, Pato Donald e Tio Patinhas (meu personagem preferido na época). Ainda escreverei sobre “A Saga de Tio Patinhas”, livro criado e desenhado por Don Rosa contando toda a história do pato e que recebeu recentemente trilha sonora composta por Tuomas Holopainen, o mentor da banda Nightwish.

    Comprava muito, também, Bolinha e Luluzinha. Pafúncio, Reizinho, Mandrake, Roy Rodgers, também fizeram parte de minha infância. Foi muito interessante sua lembrança de que havia 2 Zorros.

    Astérix, o gaulês, foi um de meus heróis e cheguei a comprar toda a coleção lançada no Brasil, da qual guardo muitos exemplares, mas não todos. Não tenho (nem li) as histórias mais recentes. O humor delas é muito refinado e às vezes se perde piadas por falta de atenção numa primeira leitura.

    Uma coleção (livros de capa dura) lida e relida foi uma de histórias da 2ª Guerra Mundial, sendo que meu volume preferido se chamava “O sobrevivente do Pacífico”, contando todas as batalhas aeronavais das quais participou o porta-aviões americano Enterprise, o único que começou e terminou a guerra sem ser afundado.

    Fui ávido leitor de ficção científica desde menino (ainda sou, porém mais moderado) e se tivesse guardado todos os livros que comprei no gênero somaria algumas centenas. Mantive uns cem como recordação.
    10/05/16 10:48"

    ResponderExcluir
  11. Não demora apresentarão um projeto para proibir o funcionamento de editoras de livros, e gráficas que os imprimem. São um transtorno os livros, atravancam a casa e custa muito caro manter as bibliotecas.

    Manter as arenas de futebol fica mais barato e atinge um público maior (he he he he)

    Quem quiser cheirinho tem que torcer pelo Flamengo (he he he he).

    Tive uma ideia que não banco por falta de recursos. Que tal publicar em quadrinhos os grandes clássicos de autores russos e franceses e o teatro de Shakespeare e George Bernard Shaw, por exemplo.

    Érico Veríssimo tem em minissérie, assim como João Ubaldo Ribeiro e Guimarães Rosa. É capaz de ter Machado de Assis. Eça de Queirós, que Ana Maria gosta, tem dramatizado pela Globo (O primo Basílio).

    O tempora! O mores!

    ResponderExcluir
  12. Por que não deixamos esta conversa para o nosso primeiro encontro presencial, no próximo ano? Já podemos marcar a data?

    ResponderExcluir
  13. Lei Rouanet sob suspeita de fraudes.


    http://acervofolha.blogfolha.uol.com.br/2016/12/23/sob-denuncias-de-irregularidades-e-operacao-da-policia-federal-lei-rouanet-completa-25-anos-2/

    ResponderExcluir
  14. Vergonhoso!

    Cirque du Soleil fez captação de recursos por meio da Lei Rouanet.

    Enquanto isso a biblioteca pública fecha as portas por falta de verbas.

    Ah! A Academia Fluminense de Letras utiliza dependências da biblioteca como sede. Como vai ficar?

    ResponderExcluir
  15. Não, não caiu bem sua pseudo tentativa de justificar o fato de eu não ser dado a ler títulos literários. O contexto de meu comentário, replicado acima por você, era um outro post sobre leituras da infância e adolescência.

    Na verdade parece-me, fazendo analogia, que você acha que uma pessoa que não conheça música erudita nem jazz deve ser classificado de analfabeto musical. Nada a ver, a pluralidade de mundos na música é imenso. Assim como na palavra escrita e impressa. Tem a literatura tradicional, mas há inúmeras outras maneiras de passar nosso tempo entre as letras.

    No meu caso, leio demais. Temas científicos, em geral. Astronomia (incluindo subtemas como cosmologia, astrofísica, gênese de sistemas planetários) é uma cachaça. Tem também ciência em geral, desde biológica passando também por mecânica, eletrônica, etc. O estudo da fotografia também me toma bastante tempo de leitura e prática. Textos técnicos em geral atraem minha atenção, de modo que meu cotidiano fica tomado por livros e artigos mas, é verdade, jamais me interessei pela literatura convencional (as chamadas letras nos currículos acadêmicos). Acho chato pracas. Em compensação imagino que os gêneros que aprecio sejam complicados demais para cabeças menos dotadas tecnologicamente.

    Podem debater à vontade sobre literatura, nada contra. Todavia peço que me deixem em paz com meus gêneros de leitura.

    ResponderExcluir
  16. Parece que a prefeitura de Niterói vai assumir a operação da Biblioteca mantendo-a de portas abertas.

    Ponto para o prefeito. Deixar fechar as portas seria um absurdo.

    A alegação de hoje em dia o Google esclarece todas as dúvidas é uma visão estreita e egoísta de quem tem computadores a acesso a rede em casa e no local de trabalho, o que não é a realidade da maior parte da sociedade.

    ResponderExcluir
  17. Assistam a esta matéria. São Paulo é outro "pais" mesmo.
    Enquanto aqui as biblioecas fecham, lá ampliam o tempo de atendimento aos leitores.

    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/emprestimos-na-mario-de-andrade-dobram-depois-que-biblioteca-passou-a-funcionar-24-horas.ghtml

    ResponderExcluir