18 de setembro de 2016

Almoço em família


Por
GUSMÃO


Um radar de maior alcance indicaria a presença de parentes, mais próximos ou mais remotos na genealogia de nosso clã, em algumas partes do planeta. 

Mas não é destes parentes que vou tratar. Nem dos que jamais vi, face ao crescimento desordenado e aleatório da família. E principalmente o êxodo provocado pela situação do país, que desiludi os jovens que almejam oportunidade de crescimento humano e profissional. E não é de hoje.

Nunca em minha família foi tentada a reunião de todos que estejam vivos, em um mesmo local. Assisti, faz tempo, em noticiário de TV, uma reunião familiar, em uma fazenda, e eram tantos os membros ali reunidos, alguns que nem se conheciam pessoalmente, que todos usavam crachás. Achei interessante e invejei.

No nosso caso o mais comum é nos reunirmos, em boa parte, em velórios ou sepultamentos de membros mais velhos. E está se aproximando o momento em que virei a ser o velho da vez a morrer e aproximar parte da família.

Vou falar de almoços familiares do passado, num núcleo mais restrito, até o grau de bisnetos, comparando-os com os que atualmente programamos. E  para os quais em geral não conseguimos quórum de dois terços.

Antigamente era assim. O anfitrião convidava a família, por telefone os que moravam mais longe e pessoalmente os mais próximos. Mandavam recados para uns pelos outros.

O host, ou a hostess,  decidia o prato segundo seu gosto pessoal, seu orçamento ou época do ano. Fora do período festivo de final de ano, o mais das vezes era um talharim de massa fresca, com lagarto daquele redondo, assado e recheado com paio e/ou linguiça. Poderia, entretanto, ser uma maionese (batata, cenoura, chuchu, azeitonas, passas sem caroço, maçã, tudo picadinho, e misturado numa maionese feita em casa). Acompanhava bife à milanesa e arroz branco.

Estes pratos, ou outros como pernil assado, peixe à brasileira, eram precedidos por uma salada de alface, agrião, pepino, cebola e tomate, regado com um legítimo azeite importado, vinagre e sal.

A sobremesa era invariavelmente o pudim de leite Moça. Naquela época esta marca designava todos os (poucos na época) leites condensados. Assim como a Brahma todas as cervejas, aqui no Rio.

Poderia, excepcionalmente, ser salada de frutas com sorvete. Ou goiabada com queijo. Desde que a goiabada fosse daquele tipo cascão e o queijo mineiro.

E todos compareciam. Chegavam pontualmente, ou até de véspera, e as crianças, então obedientes aos pais, também vinham contentes ou não. As crianças ouviam, mas não palpitavam nas conversas “dos mais velhos”, todavia era-lhes concedido tempo, em geral ao final da refeição, para fazerem suas gracinhas. Contar piada, cantar ou falar sobre assuntos da escola.

Há algum tempo os almoços começaram a rarear. Dificilmente se consegue reunir a família, pelos motivos mais diversos. A contar do fato de que as crianças – e nem falo dos adolescentes – já têm sua própria agenda social. É o aniversário do coleguinha, a festa do pijama (reúnem-se e dormem na casa de um deles), as excursões colegiais, e outros eventos como comparecimento a shows dos ídolos da moda. Tal fato, muitas das vezes, limita a presença dos seus pais.

Nem vou abordar o fato de que nos dias que correm para receber de 20 a 30 parentes para um almoço, incluindo bebidas (vinho, cerveja, refrigerante), você vai consumir todo o 13º salário e pagar tudo em três vezes no cartão.

Mas minha intenção é comparar mais largamente o que ara possível com o que ficou quase impossível, independentemente do que seria gasto. Falar de usos e costumes, de transformações sociais como determinantes.

Num almoço hoje, em minha residência, a primeira providência que adotaria seria colocar sobre o aparador que guarnece o espelho, na entrada do apartamento, uma caixa de sapatos para que todos, todos mesmo, colocassem seus smartphones ...... desligados.

Todos frequentam redes sociais e não podem ficar alheios as novidades e memes que circulam. Como todos são bem relacionados, seus telefones tocam sem parar. É um cliente de uma das mulheres (médica, arquiteta, psicóloga, nutricionista), ou mesmo uma amiga socialite que quer fofocar. O outro recebe a ligação para convida-lo para ... pensa aí em alguma coisa: futebol, jogo de biriba, roda de samba, ir ao hospital visitar um amigo comum, são inúmeras as possibilidades.

As crianças, estas então, sem seus telefones ficam como manietadas. Nem sabem o que fazer com as mãos, em especial os polegares. E na refeição tem que ter fritas.

Resolvida a questão de estarem todos na mesma sintonia, sem celulares em conversas paralelas, resta a questão do cardápio. Pensam que é fácil agradar a gregos e troianos?

Um tem restrição alimentar, por doença, e não come certas coisas. Outro criou sua própria restrição e não come carnes. Outro é alérgico a camarão. Um só come bife mal passado, e o outro só come o quase esturricado que virou solado de sapato. Um, ou uma, sejamos justos, é alérgico à corante amarelo. O outro é hipertenso e não come comida bem temperada com sal.

Agora, ultimamente,  tem gente que não come coisas que nascem sob a terra (enterrados), como batata, cenoura, nabo, inhame e aipim. Não seriam boas para o intestino. A restrição ao aipim já limita vários bons pratos, como o bobó de camarão. Sim, sem contar aquele que é alérgico ao crustáceo.

Então ficamos na dúvida. Que vamos preparar para convidar a família? Carne? Bem a fulana não come carne vermelha. Então fazemos ave? Não, porque o beltrano não come nada que cisca para trás. Acha que atrasa a vida.

Espera aí, sem frescura, senão não conseguiremos definir o prato. Que tal peixe, uma moqueca? Será à baiana ou à capixaba, indaga a dona da casa? Pois é, agora é  a dona da casa que decide o que fazer, a menos que você vá para o fogão. Já está longe o tempo em que a mulher só obedecia, senão as ordens, pelo menos os apelos do chefe de família, que provia o sustento.

A justificativa para a pergunta é porque tem gente que não come dendê. Como  alguém pode ser feliz sem apreciar a boa cozinha baiana? Sem vatapá a vida não tem sabor.

No passado era preparado um prato opcional, para os que estavam em algum tipo de dieta. Agora os opcionais não caberiam nas mesas, tantos teriam que ser.

Melhor programar num restaurante. Que tipo de culinária, posso saber? De novo a mulher a indagar. Sem contar que num dos restaurantes seria preciso chegar às 11 horas para pegar lugar, no outro o serviço é péssimo, um terceiro não aceita reserva, a outra alternativa aceitável, de bom cardápio e preço justo mas fica na Barra da Tijuca. Muito longe.

Desisto, de minha parte vou ao festival de food truck me empanturrar de colesterol, triglicérides, lactose, cafeína, gordura, pimenta, açúcar, ou seja, tudo que é bom. E mando um torpedo ou um WhatsApp para a família  cobrando notícias. Já que o Orkut acabou, assim como o velho e saudável hábito da família em torno da mesa conversando e comendo. Sem pressa, sem pauta.

24 comentários:

  1. No domingo retrasado, dia 4 de setembro, quando chegamos ao Seu Antônio as mesas estavam todas tomadas e havia pequena fila de espera.

    Os almoços em minha família, tipo muita gente, acabaram pelas mesmas razões, mas já vinham diminuindo de frequência há algum tempo. Família se dispersando muito, casas ou apartamentos menores, falta de interesse dos mais jovens pelos assuntos familiares, etc.

    ResponderExcluir
  2. Caro Gusmão,
    Como sua narrativa guarda muita relação com hábitos e costumes de minha família, permito-me acrescentar dois aspectos destes almoços:
    1) As quantidades: as quantidades de comida que então se faziam, eram absurdas. Vejamos, por exemplo, se o prato fosse um cozido, bem tradicional em minha família, porque eclético, pois tem algumas coisas de que todos gostam e satisfazem gostos excêntricos pela variedade de ingredientes.
    Caso do jiló, porque uma ou duas pessoas gostavam sempre tinha que ter este legume em nossos cozidos. O inhame não podia faltar porque minha mulher, além de gostar, achava que faz muito bem para depuração do sangue.
    Fazer ou não o pirão de farinha era outra dúvida porque nem todos comiam, mas os que gostavam sentiam falta se não tivesse. Mesma coisa em relação aos ovos cozidos.
    Ora, um pouco de batata, de cenoura, de chuchu, de inhame, de aipim, de abóbora, de batata baroa, batata doce, maxixe, repolho, de couve-flôr, mais isso e aquilo, sem contar as carnes de vaca, inclusive a seca, linguiça e paio, resultava num panelão que rendia proporções abissais.
    2) Quem descascava os legumes? Somados todos, eram quilos. Quem lavava a louça depois? Se era peixada, quem limpava os peixes, tirava escamas, as vísceras, os olhos e lavava?
    Os anfitriões se lascavam.
    Sobrava muita coisa, sempre. Se fosse no inverno a solução natural era o cozido virar sopa que era tomada durante dias.
    Para encerrar sobre costumes, lembro que o Tim Maia que não era exatamente alguém fiel as normas sociais convencionais e aceitas, cantava (versos de “Vale tudo”):
    “Só não vale
    Dançar homem com homem
    Nem mulher com mulher,
    O resto vale”

    Ora, agora, em horário nobre de TV, homens e mulheres, mais do que dançarem, beijam-se. Homens com homens e mulheres com mulheres. Na boca e de língua.

    O tempora! O mores!

    Para encerrar, se venho há algum tempo descartando coisas que conservei anos, é porque mulher e filhos já me alertaram de que a primeira coisa que farão, quando eu me for desta para melhor, será incinerar todo o meu “lixo” armazenado.

    Netos e bisnetos, então, não estão nem aí para seu passado. Por isso as conversas nos almoços de família perderam interesse para os mais jovens.

    ResponderExcluir
  3. Os endereços mudam, os sobrenomes também, mas as famílias todas se parecem. Ou têm coisas em comum.

    ResponderExcluir
  4. Muito legal esse texto do Gusmão! A clareza da narrativa nos dá a impressão de estarmos presentes, até porque todos já vivenciamos em maior ou menor grau as situações descritas.
    Meu Deus, a descrição da maionese com bife à milanesa e arroz branco me fez babar.

    Desculpem minha ausência nos debates porque me encontro internado desde 4ª feira para início de tratamento de grave problema de saúde. Tempo não me falta, mas o wi-fi do hospital não funciona bem com celular nem o sinal da Vivo 4G entra bem em nosso quarto. Hoje dei sorte e aproveitei para dar uma lida nos posts.

    Sempre que possível me manterei antenado.
    Abraços
    Freddy

    ResponderExcluir
  5. Caro Freddy,
    Bom tê-lo aqui. Se a hospitalização é importante para sua recuperação, espero que você fique resignado pelo bem maior.
    Estou seguro que todos que frequentam assiduamente, ou mesmo eventualmente este blog (configurado como um pub), estão na torcida e/ou nas preces para que você se restabeleça o mais breve possível.
    Venha sempre que as limitações tecnológicas (wi fi, G4, estas coisas) permitirem e sua disposição esteja em alta.
    Abraço forte.

    ResponderExcluir
  6. Olá Freddy!
    Primeiro que tudo obrigado pelo elogio ao post. Como eu disse em comentário posterior e logo acima do seu, as famílias de classe média, eram quase todas mais ou menos iguais, em todo o país. Por isso você se identificou. Não sei detalhes de sua doença, mas deduzo que esteja precisando de cuidados especiais.
    Força!!!

    ResponderExcluir
  7. Realmente o texto do Gusmão nos remete a nossas reuniões familiares. Creio que isso se deve a idade da maioria dos frequentadores do blog.
    3) Parabéns pela análise, Gusmão.
    Porém, gostaria de assinalar as diferenças nos hábitos das famílias antigas.
    1) As reuniões eram promovidas em torno de matriarcas. Com o falecimento destas figuras, o grupo se disperçava.
    2) Os hábitos alimentares dependiam da oferta de produtos. Naquela época se dizia que quando pobre comia galinha, um dos dois estava doente. Em compensação lembro com nitidez da altura dos bifes consumidos pelo meu pai. Filés de dois dedos que ele untava com porções generosas de manteiga.
    Presunto, bacalhau, azeitonas frequentavam nossa mesa, embora no dia a dia encarássemos ensopadinhos, mexidos e sopas.

    ResponderExcluir
  8. Freddy saiba que estamos unidos na egrégora formada por parentes e amigos com vistas a sua recuperação.
    Força, foco e fé.

    ResponderExcluir
  9. Ensopadinhos, mexidos e sopas deliciosas, feitas com amor por nossa mãe.

    Cozinhava muito bem o trivial variado, mas seu rocambole com recheio de goiaba criou justa e merecida fama que se alastrou na vila onde morávamos, e nas ruas próximas.

    Tenho imensa saudade de nossos lanches da tarde. Aquele pão fresquinho (que saia na fornada das 3 horas) que eu ia comprar, recheado com uma mortadela que hoje já não se encontra, que comíamos com a deliciosa vitamina de laranja, sumo de cenoura e de tomate espremidos, são inenarráveis.

    ResponderExcluir
  10. Realmente. O café da tarde era uma instituição familiar da nossa época.

    ResponderExcluir
  11. Acabei de ler o post do Gusmão. Muuuuito legal mesmo.

    Babei também com a maonese e o bife a milanesa ! rsrsrs. Gosto tanto dessa combinação que semana passada fui na ITAJAÍ da Gonçalves Dias matar o desejo. Sim, lá ainda tem aquela "salada de batatas" (maionese) com um bom bife a milanesa.

    Aki em casa a Matriarca Vascaína faz esse prato maravilhosamente bem, mas dá trabalho, então é tipo uma vez a cada 3 meses !! rsrs.

    Meus caros, bons tempos, né ? Hoje, por aki, em reuniões assim, pedimos em casa mesmo (delivery) porque sai muito mai$$$ em conta.

    Hoje fomos no Parque Olímpico assistir a disputa pelo bronze no Rugby em cadeiras de rodas. Pessoal, que festa, que energia maravilhosa dentro da Arena Carioca 3. Uma festa lindíssima, em todos os sentidos, com as arquibancadas coloridas e com famílias inteiras. O Japão ganhou de 52x50 do Canadá. O lugar é um desbunde de bonito. Imagine à noite como devia ser mais bonito ainda !

    E à tarde retornamos depois de longo inverno ao SUNSAKI em São Francisco. Gastronomia japa. E por isso, caro. Mas valeu pelas companhias. Especiais.Joguei no Cartão de Crédito, calaaarooo, como dizia Roberval Taylor.

    Se conseguir tempo essa semana, farei um post sobre esse domingo nas Paralimpiadas.





    ResponderExcluir
  12. Gusmão e demais, existe uma família de nome Emerick que é tão grande, mas tão grande, que realizam o que eles chamam de Emerikíadas numa fazenda em Nova Friburgo ou adjacências. Um dos Emerick jogava tênis comigo na década de 90, e me falou sobre o evento, que conta com uma série de tipos de jogos.

    ResponderExcluir
  13. Obrigado pelas mensagens de foco e força, além de fé. Precisarei delas todas para ultrapassar mais essa barreira em minha vida.
    Sempre que possível estarei presente aos debates, dependendo apenas de disponibilidade de acesso.

    ResponderExcluir
  14. Muita saudade de quando era tudo assim. Coisas que não voltam mais. Uma nova geração, com muita tecnologia agregada no dia a dia. É o que temos, e que devemos aderir ao máximo que necessitarmos.

    Eu necessito, não consigo mais imaginar ficar sem sinal de internet. Através da web falo a qqer momento com meu filho mengão lá na Bélgica, com todos os meus amigos pelo WhatsApp, com a torcida do FLU pelo Twitter, peço refeições pelo iFood, baixo e ouço centenas de músicas sem necessitar de vitrolas, assisto filmes em qqer lugar a qqer hora, enfim faço TUDO !!

    Sorry, não faço tudo. Não consigo sentir o cheiro e o sabor das comidas pela web - por enquanto. Com certeza poderemos em breve .....

    Bom, esquecendo as reuniões, e falando dessas refeições, Gusmão, se um dia for a Friburgo, vá na Pensão de Mariquinha.

    ResponderExcluir
  15. Nossa!!!

    Como diria o blogueiro, segundo li numa postagem antiga, estou todo pimpão.

    Tantas referências elogiosas inflaram meu ego.

    Agora terão que me engolir (séria ameaça). He he he he

    ResponderExcluir
  16. RECADOS:
    Para o Riva - quando escrever sobre sua experiência e visita ao Parque Olímpico, mencione, se for o caso, paraolimpíada, que segundo Pasquale Cipro Neto é a forma culta, correta, de falar e escrever. Paralimpíada seria errado.

    Para o Gusmão - dado o sucesso (que está subindo a sua cabeça) você pagará doravante pelo espaço ocupado no blog. Serão R$ 15,00 por linha de texto, ou seja, um post com 20 linhas vai lhe custar R$ 300,00. Aceito cartões.

    ResponderExcluir
  17. Carrano, eu estranhei demais quando vi em todas as mídias escrito PARALIMPÍADAS, pois para mim o correto é PARAOLIMPÍADAS, como vc mencionou.

    Aderi ao errado, erroneamente (Profª Rachel deve estar rindo muito de mim ....).

    Mas depois de PRESIDENTA durante anos, câmera = câmara, etc....... fazer o que ?

    ResponderExcluir
  18. Também eu embarquei na canoa furada, até ler a matéria, muito bem fundamentada, do Pasquale, na Folha de São Paulo.

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2016/09/1811218-paraolimpiada-ou-paralimpiada.shtml

    ResponderExcluir
  19. Gusmão, boa noite ! Aguardamos suas próximas inspirações.
    Foi muito legal !
    Saudações Tricolores.

    ResponderExcluir
  20. A alteração na designacão dos jogos entre pessoas com deficiência foi decidida em agosto e objetivou unificar a terminologia entre os paises da lingua portuguesa.
    Desta vez estamos livres da crítica da Prof. Raquel, Riva.

    ResponderExcluir
  21. Gusmão enviou uma trilogia que será publicada a partir do dia 21. Gostei muito e desde já agradeço a colaboração.

    ResponderExcluir
  22. Viu só Riva. Você foi elogiar e exagerei na dose. Três posts na sequência. Falo de juventude, tesão, vizinhos, enfim experiências vividas nos idos de pós-guerra. Mas com boa dose de ficção.

    ResponderExcluir
  23. A ficção seria no capítulo referente a sexo ?
    (pano rápido)

    ResponderExcluir
  24. Boa Riva!
    KKKKKKKKK

    Como já li o que posso adiantar é que esta questão fica no ar.

    ResponderExcluir