29 de agosto de 2016

Passando a régua e fechando a conta

Nosso complexo de colonizados, que há anos é alimentado pelos discursos rançosos da esquerda caviar, acabaram por fazer com que a torcida brasileira hostilizasse as equipes americanas nas disputas dos jogos olímpicos.

Aquela velha história das palavras de ordem mais velhas do que andar p’ra frente: Yankee go home. Li em algum lugar que esta frase de protesto teve origem no México, quando a população queria os americanos fora do território e empunhavam cartazes com a inscrição “Green go home”, por conta da cor dos uniformes verdes dos norte-americanos. O “green go” virou “gringo” e passou a designar estrangeiros em outros países.


Jordan, o  Pelé do basquete
As exceções, no caso das torcidas brasileiras, ficaram por conta de dois atletas que conquistaram o respeito por seus próprios méritos: Michael Phelps, da natação,  e Simone Biles, da ginástica. De minha parte assisti, também, com muito prazer, aos jogos do dream team que embora de nível um pouco inferior ao original de 1992, que disputou a edição de Barcelona, ainda assim um belo time.

Aquele dream team era realmente dos sonhos, tanto que até hoje, mesmo sem ser aficionado pelo esporte, lembro dos nomes de Michael Jordan, Magic  Johnson, Charles Barkley e Scottie Pippen, entre outros, que esqueci.

Programa bem-sucedido, a meu juízo, foi o da parceria firmada entre o Ministério dos Esportes e o da Defesa, para patrocínio de atletas de alta performance, de excelência. Na delegação brasileira, 145 dos atletas (cerca de 1/3) eram militares temporários, que recebiam (ou recebem) um soldo equivalente ao de 3º sargento (cerca de R$ 3.200,00) além de acompanhamento de instrutores militares, uso das instalações e assistência médica/fisioterápica, para poderem se dedicar aos treinamentos.

Thiago Braz
O resultado foi muito bom e minha torcida é para que haja verba para que seja dada continuidade ao programa, porque considero a prática de  esporte parte importante na formação do homem, e incluída na área de educação. E são os bons resultados obtidos por atletas que servem de incentivo para a garotada praticar algumas modalidades de pouca tradição no país.

Acho que o desempenho do Thiago Braz, por exemplo, acabará por incentivar meninos e meninas a prática do atletismo, seja ou não no salto com vara.

Há uma preocupação com o destino das instalações utilizadas durante a olimpíada. Elas são de cara manutenção e se não forem utilizadas restarão deterioradas, sucateadas e degradadas em pouco tempo.


O velódromo, por exemplo, segundo reportagem que ouvi no rádio, é um dos mais modernos do mundo e sua pista bem construída foi responsável pelas diferentes quebras de recordes e índices na modalidade.

Todo o ceticismo, a descrença de que seríamos capazes de organizar e sediar uma olimpíada, acabaram por se transformar em orgulho e prazer pelo que apresentamos ao mundo. Com efeito, no geral, tirante uma ou outra falha, que ocorreram em outras edições, em cidades mais ricas, tudo transcorreu segundo os padrões exigidos pelo COI.

O esquema de segurança funcionou, foram batidos vários recordes, índices superados, foram levadas ao mundo belas imagens da cidade, o que poderá render dividendos na área de turismo (vem aí Réveilllon, com a queima de fogos, e logo depois o Carnaval 2017).

Queima de fogos em Copacabana - réveillon
Não vamos falar de legado porque esta palavra pelo emprego excessivo ficou esvaziada e contestada, mas o fato é que algumas conquistas dos cariocas (e sou um deles, do Andaraí), como o Boulevard Olímpico, a linha 4 do metrô, algumas ótimas instalações desportivas, enfim a cidade recebeu uma boa repaginada.

Boulevard Olímpico, recuperação da zona portuária e da Praça Mauá.
E se vierem as prometidas escolas fruto do desmanche de instalações provisórias especialmente projetadas, melhor ainda.

Sabem o que mais? Gostei! Depois da experiência exitosa com a organização, em 1992, da “Cúpula da Terra”, quando chefes de estado e de governo (172 países representados) reuniram-se na cidade para debater questões relacionadas ao meio-ambiente, à sustentabilidade e especialmente ao aquecimento do planeta; e da Copa do Mundo de 2014, acho que mostramos que apesar de nosso complexo de vira-lata a que aludia o Nelson Rodrigues somos competentes (a nosso modo) desrecalcamos nossos complexos.

7 comentários:

  1. Este post encerra o ciclo Olimpíada Rio 2016.

    E já mudo de assunto para lamentar que o Chico tenha se transformado em ursinho de feira, aquele que faz gracinha enquanto o camelô ou ambulante vende suas tralhas. No caso Dilma vende sua versão ensaiada de que não cometeu crime.

    Sabem estas celebridades que comparecem a eventos a troco de um cachê? Também se aplica ao compositor que se não recebe cachê tem outras vantagens como financiamentos do MinC.

    http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/08/29/torcidas-de-dilma-e-temer-tem-duelo-de-celebridades-nas-galerias-do-senado/

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  2. Já comprei meus ingressos (parte deles) para assistir as Paralimpíadas.
    Consegui para o Rugby, disputa do bronze.
    Tentando mais ingressos.

    E na expectativa também :

    - do futuro na utilização do que foi construído, porque sei o custo de operação e manutenção dessas instalações. Não é brincadeira !

    - se a vaca foi para o brejo ou não ...

    Boa semana a todos !

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  3. Dilma está de chico, ou seja, paquete. A menstruação é mental.

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  4. Custei a entender o trocadilho com o Chico Buarque. Não lembrei que a menstruação era chamada popularmente de chico.

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  5. ....a VACA já foi para o brejo ?

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  6. Espero que sim, Riva. Mas levará com ela várias indústrias falidas, vários estabelecimentos comerciais com as portas fechadas, alguns prédios comerciais de referência com várias salas para alugar e o pior de todos os castigos para o homem, 11,4 milhões de desempregados.

    Tudo por conta de uma política econômica voltada a garantir reeleição. Por mim ela não perderia apenas o mandato, ou iria para o brejo como você mencionou, ela iria em cana, condenada pelos enormes prejuízos causados aos cidadãos e ao país.

    E seu mentor, o molusco, em celas separadas, por corrupção.

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  7. Para se ter uma ideia da magnitude do evento Olimpíada, o maior de todos, e da complexidade de organizar a participação de mais de duzentos países, em diferentes modalidades esportivas, providenciando acomodação, rede de transmissão/comunicações, árbitros, transporte e alimentação de atletas, peguemos os voluntários: eram 50.000, inclusive estrangeiros, que precisaram ser treinados, uniformizados, equipados e credenciados, com garantia de transporte e alimentação.
    E correu tudo bem, sem grandes falhas. A logística funcionou.

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