Por
RIVA
Cada dia a estratégia muda em muitos aspectos. Pode
ser um novo caminho de casa até o ponto de ônibus, apreciando uma nova
paisagem. Pode ser a mudança de “pace”, mais devagar em direção a qualquer
local, sem olhar para o relógio.
Posso deixar o catamarã sair e pegar o
próximo. Posso dessa vez ir em pé lendo um livro ou jogando “Sopa de Letras” no
iPhone. Posso ir sentado confortavelmente no ar condicionado dos catamarãs
chineses, lendo ou simplesmente curtindo a paisagem da bela Baía de Guanabara
(impossível apreciar nos catamarãs antigos devido ao projeto lusitano das
janelas).
Catamarã chinês |
Chegando na Praça XV escolho por onde ir dessa vez … quanto tempo posso
gastar no trajeto, um pitstop na Saraiva para cheirar os livros, ou um pitstop
para uma salada de frutas com banana e mel, talvez hoje vá engraxar os sapatos
nas dezenas de cadeiras no trajeto – nada como um pisante engraxado e brilhando
…
O dia a dia nunca é o mesmo assim ...
No trabalho, que diga-se de passagem tem sido
prazeiroso, muitas estratégias de mudança de cenário.
Marmita ou restaurante ?
Não, hoje vou devorar (e devorei) o cachorro quente de 3 linguiças com molho do
Gaúcho, esquina da Rodrigo Silva com São José. O melhor ! Acompanhado de um
refresco de caju.
Pão com linguiça |
Mas poderia ser um apetitoso hamburguer artesanal da Fórmula
das Sucos, também na Rodrigo Silva. E “as always”, tocar um pouco no Yamaha de
cauda (no Twitter se escreve calda) de um dos auditórios do clube.
Pelo menos uma vez a cada 15 dias almoço com meus
amigos Manuel (meu dentista) e Guilherme (meu agente de turismo, quando
preciso), ambos de Nikity. Jogar conversa fora, falar muuuito de futebol,
sempre com boa gastronomia na mesa, que não falta aqui por perto.
O dia a dia nunca é o mesmo assim …
Na volta, nas Barcas sempre entrando primeiro nos
catamarãs, usufruindo dos meus direitos sexagenários, escolhendo lugar com
calma, sem pressa para entrar e sem pressa para sair.
Mas muito chateado de ver
jovens descaradamente usando assentos preferenciais. A paisagem no meu trajeto
no Rio também muda a cada dia, mesmo sem minha vontade (rsrs), porque as obras
do VLT da Sete de Setembro têm mudanças diárias em seus canteiros.
VLT - Rio |
Uma zona total,
impossível o trânsito de uma pessoa cega ou em cadeira de rodas. No Paço
Imperial sempre existem atividades diversas. Geralmente uma banda de rock
tocando em 12 volts, ou uma feira disso e daquilo – semana passada eram
barracas de Festa Julina, com muita comida e muita gente parando lá na volta do
trabalho.
Paço Imperial |
O dia a dia nunca é o mesmo assim …
O trajeto do busão na volta para casa também nunca é o
mesmo, mas em tempo de viagem. Tem dias em que faz Pça. Araribóia – Icaraí em
10 minutos, e em outros dias em 20 minutos. Mas chega-se sempre. Basta colocar
um earphone e pronto !
Linha 49 - Niterói |
Na verdade são essas estratégias bobas, simples,
ridículas para muitos, que me fazem esquecer um pouco, por algumas horas, das
notícias que nos corróem diariamente na TV há pelo menos 8 meses.
Não consigo
mais ver jornais televisivos, não abro uma página sequer do O GLOBO que
recebemos nos fins de semana, estou completamente alienado do cenário político
e econômico daquilo que ainda chamam de Brasil. Só não consigo deixar de notar
como o meu saldo bancário tem baixado com uma velocidade impressionante nas
últimas semanas.
O dia a dia nunca é o mesmo assim ...
Evitar rotina é salutar. Sob vários aspectos.
ResponderExcluirNão consigo, nunca consegui, ser tão zen. Sempre apressado, fazendo o itinerário mais curto, viajando de pé no transporte coletivo (mesmo nas velhas barcas da Cantareira).
Por este tipo de comportamento paguei preços elevados com distúrbios neurovegetativos os mais variados.
Quando residia em São Paulo, e assim se foram 9 anos, chegar em casa era encontrar um oásis. São Paulo era, para mim, o inferno de Dante. Quer invalidar alguém? Condene-o a enfrentar o trânsito de uma das Marginais (Pinheiros e Tiete) durante nove anos.
Pinçado na internet:
Zen - escola do budismo surgida na China do sVI d.C. e levada para o Japão no sXII, onde granjeou grande importância cultural até os dias atuais, caracterizada pela busca de um estado extático de iluminação pessoal ( satori ), equivalente a um rompimento deliberado com o pensamento lógico, obtido por meio de práticas de meditação sobre o vazio ou reflexão a respeito de absurdos, paradoxos e enigmas insolúveis ( koans ); zen-budismo.
Quer melhorar ainda mais Riva?
ResponderExcluirSe aposenta. O ócio é uma maravilha ... só que não (como virou moda dizer). He he he he
Gusmão, estou aposentado desde 2007, porque trabalhei muitos anos na construção civil, com grau máximo de insalubridade.
ResponderExcluirO que recebo paga a AMIL. Então, ralar até desaparecer, porque não tenho previdência privada, um produto que quando surgiu por aqui era caríssimo para minhas pretensões vitalícias.
O que descrevi no post tem me ajudado muito no dia a dia, a chegar mais tranquilo em casa e no trabalho. Resolvi escrever sobre, porque são coisas fáceis de fazer, uma atitude a mudar, quebrar um hábito de rotina em casa, em qualquer lugar, em qualquer atividade.
Um exemplo: todos nós tomamos banho do mesmo jeito. Por onde começamos, por onde terminamos, quantas vezes lavamos o cabelo por semana, etc, etc, etc ... rsrs. Experimenta mudar o processo embaixo do chuveiro, e veja a sensação que vai dar depois do banho. Coloca música durante o banho ? Não ???? Experimenta colocar. E por aí vai ...
O dia a dia nunca será o mesmo assim ...
Riva,
ResponderExcluirAna Maria (aposentada), por telefone, disse que queria dar um pitaco, mas está as turras com operadora/provedora de acesso à rede.
Vamos aguardar.
Basta vc colocar o comentário dela, dizendo :
ResponderExcluirAna Maria, via Blog Manager
Não, Riva. Aqui só colocamos comentários vindos do internauta, pelas vias próprias.
ResponderExcluirComo ela teria que me ditar, por telefone, porque está sem acesso a rede (ela está também sem acesso via IPhone) e não corro riscos de contestação depois.
Credibilidade e autenticidade são fatores fundamentais.
Não fique ansioso. Pelo que ela comentou o problema será resolvido nas próximas horas.
Minha ansiedade é mais pela estréia em Edson Passos ..... rsrsrs
ResponderExcluirMuito boa sorte. Estou torcendo para todos que podem chegar na frente dos urubus.
ResponderExcluirQue bom que ainda temos rotina com alguns pequenos percalços.
ResponderExcluirEm Paris não se pode nem curtir uma noite de fogos na orla sem riscos de passarem por cima da gente com um caminhão, ou assistir a um concerto de rock num clube ou nem mesmo jantar em paz num restaurante maneiro...
Acabei de chegar de uma breve viagem que não deixa de ser uma rotina: Campos do Jordão durante o Festival de Inverno e Penedo durante o Festival de Jazz. Apesar de parecer a mesma, Campos do Jordão estava mudada, sem o glamour de outros festivais. A crise deve ter batido também entre os frequentadores, em geral de classe alta. Não pareciam estar lá, pelo que vi nas ruas... Poucos Mercedes, BMW, Audi, Volvo, nenhum Porsche...
Como tem sido costumeiro, na volta quebro o longo percurso fazendo um pitstop em Penedo, onde ocorre um Festival de Jazz de inverno. Assistimos a um duo instrumental (violão de 7 cordas e guitarra semiacústica) com uma moça convidada para a voz. Foi uma noite agradabilíssima, ainda mais que aconteceu dentro do hotel onde pernoitamos: Pequena Suécia. Mordomia total.
É. Mesmo com Dilma, Lula, Temer, Renan, Cunha e outros, alguns de nós ainda conseguem um pouco de paz e momentos zen para quebrar a rotina de ócio de aposentado.
Torço para que as Olimpíadas não nos tragam momentos como os franceses têm vivido... Que fase! - bradaria Milton Leite...
Sinto-me devidamente humilhado pelo Carlos Frederico. A breve viagem dele não deixou de ser uma rotina. Tripudiou (rsrsrs).
ResponderExcluirtoc toc toc
ResponderExcluirContinuo aguardando comentários dentro do contexto, como o fez Freddy, dentro das suas possibilidades. Cada um é cada um.
ResponderExcluirAo mesmo tempo fico pensando naquelas pessoas, naquelas crianças, que foram quebrar sua rotina na orla de NICE, com a comemoração da Queda da Bastilha, com a queima de fogos, que sempre encanta qualquer um.
Como avaliar um cenário desses ?
Como entender que alguém planeja morrer matando quase 100 pessoas, crianças ?
Como se defender de uma ação desse tipo ?
Como evitar ambientes de risco, quando todos são ambientes de risco ?
Como saber quem é o inimigo, quando o inimigo pode estar calmamente ao seu lado, no seu dia a dia ?
O dia a dia nunca será o mesmo ..... jamais ...... que Alguém Lá de Cima (se é que existe alguém), nos proteja nessas Olimpíadas.
A TURQUIA é o divisor de águas, geograficamente, entre a Europa e o CAOS.
ResponderExcluirAguardemos o desfecho dos acontecimentos, que podem simplesmente colocar o planeta numa 3ª guerra mundial.
Se tem alguém estava cochilando ao permitir o planejamento e a ação daquele verme em forma ade gente.
ResponderExcluirNão precisa de toc toc toc, Riva. Foi só um chiste. Conheço Campos do Jordão até demais. Morei (porque trabalhei lá) em São José dos Campos, que pode ser um bom ponto de partida para a subida da pequena serra. Como é, alias, para descida até o litoral.
Não há inveja. Minto, só com relação ao festival de jazz, porque conheço Penedo, que era colonia finlandesa, mas não estive lá em época de festivais. Meu padrinho de casamento morou algum tempo em Itatiai, numa bela casa, e me hospedou algumas vezes.
Idem, foi só um chiste. rs
ResponderExcluirPois é, Riva, e a Turquia vem pelejando, há anos, para conseguir ingressar na União Europeia.
ResponderExcluirO Reino Unido saiu e um candidato ao ingresso, na fase de ajustes, enfrenta uma conspiração militar. Babau! Sem estabilidade política e democracia consolidada não entrará jamais.
Por isso, em recente comentário (ou post) escrevi que temo pelo futuro da UE.
ResponderExcluirÉ muita desigualdade para dar certo.
Riva,
ResponderExcluirOs turcos arranjaram uma mameira de quebrar a rotina. Só para voltar ao tema.
Fato ! quebraram a rotina. Só não sei se é para o bem estar de quem .... para o meu não é.
ResponderExcluirSabem o meu medo?
ResponderExcluirA estátua do Cristo Redentor é uma imagem símbolo da cidade e também símbolo do cristianismo, tendo sido eleita como uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Seria um alvo de primeira escolha pelo Estado Islâmico para um atentado de alto significado em sua jihad pelo mundo... Não que o Brasil seja um ofensor islâmico, mas eles talvez queiram se aproveitar que todos os olhos do mundo estarão voltados para o Rio...
Espero que esse pessoal que anda se jactando de ter tudo sob controle em termos de segurança saiba realmente o que está fazendo... Melhor seria que agissem em silêncio, em vez de ficar apregoando vitória antes do jogo terminado...
Freddy, um dos erros na estrutura de segurança é justamente achar que os caras vão atacar determinado lugar, determinada data. Isso não existe. Se o Cristo Redentor for um alvo, pode acontecer daqui a 2, 3, 4 meses, qualquer data, quando a segurança abaixa a guarda. E abaixa mesmo, porque segurança é caríssimo. Não dá para vigiar 24 horas x 7 dias semanais x 365 dias no ano.
ResponderExcluirNão sei como se resolve isso ... radicalismo sempre esteve no DNA do ser humano, mas atingiu níveis impressionantes.
O foco para mim deveria ser combater a miséria e a fome em qualquer lugar, independente de credos. Seria um caminho, que ninguém trilha há milhares de anos.
Muito interessante o seu texto, Riva. Você está fazendo exatamente o que recomendam os médicos: quebrar constantemente a rotina. Mas embora saiba disso, sou bastante resistente a esse comportamento. Como não confio na minha memória, cultivo com rigor rotinas na vida diária.
ResponderExcluirO Riva estava aguardando ansioso o seu comentário, Ana Maria.
ResponderExcluirFalar nisso, tem notícias da Kayla (vocês que se frequentam o Facebook) e da Alessandra (que já me prometeu "ene" vezes enviar um texto e estou esperando há séculos)?
A peça "estrelada" pela Juliana está com bom público, que sai satisfeito com a comédia. A única queixa registrada é quanto ao desconforto das cadeiras.
Vou te enviar fotos feitas pelo pai.
Já fui informada por amigos que a peça é bem engraçada. Lamento não poder assistir.
ResponderExcluirJá vi as fotos. Avó, pai e filha estavam radiantes.