7 de julho de 2016

Dilma X Brexit

Tão logo foi apurado  o resultado do referendo levado a efeito no Reino Unido, para que o povo decidisse, em primeira instância, sobre o desligamento ou permanência do bloco na UE, o que se viu, via noticiários televisivos, foram manifestações de protestos, de desagrado, de arrependimentos, de pedidos de novo turno de votação.

E isso logo nos dias subsequentes, tão logo ficaram claras as consequências não só para os britânicos, mas igualmente para o resto da Europa e por efeito colateral, no mundo todo.

Grande parte da população foi para as ruas e demostrou seu descontentamento. E autoridades endossaram e aumentaram a ressonância, inclusive no Parlamento, a ponto do primeiro ministro decidir deixar o cargo.

O resultado desuniu o já combalido Reino Unido, a ponto da primeira ministra escocesa, em ato de rebeldia afirmar que a Escócia quer continuar no âmbito da União Europeia e tudo fará para isso.
É bem de ver que o resultado não mostrou uniformidade de opinião nos diferentes países que compõem o UK (use o link). Assim é que Inglaterra e País de Gales votaram pela saída. Já Irlanda do Norte e Escócia votaram pela permanência. O resultado final foi apertado.

Assim como foi apertado o resultado das eleições presidenciais no Brasil, em 2014, no segundo turno de votação. No primeiro momento, nos dias que se seguiram a divulgação do resultado e até a posse de Dilma, não houve manifestações nas ruas e nem bate panelas quando de suas aparições na TV.

Foram as consequências da política econômica que seu governo (no mandato anterior) adotou para garantir a reeleição, que levaram a economia do país a banca rota, com desemprego e recessão em níveis insustentáveis.

Para agravar o descontentamento e decepção da sociedade, vieram à tona os escândalos de corrupção, roubalheira, assalto aos cofres públicos praticados por agentes do PT e de partidos aliados, que formavam a chamada base de governo.

Ora, foram necessários alguns meses até que o povo pudesse avaliar a capacidade de Dilma para gerir o país, a idoneidade de sua equipe de governo e o risco de colapso social que parecia iminente.

Mas  ela afirma que tramaram um golpe contra ela, que o impeachment seria um terceiro turno das eleições, quando na verdade ocorreu aqui o mesmo que na Inglaterra, por exemplo.

Quando ingleses se deram conta de que votaram sem reflexão, induzidos por campanhas promovidas apaixonadamente por políticos, arrependeram-se de imediato. Foi só pensar mais profundamente na situação, e compreender a extensão daquela opção e já caíram na real. Foi um erro.

Aqui levamos muito tempo para verificar o erro, cometido em parte do país que consagrou o nome de Dilma.

Lá e cá resultados apertados e com variações significativas, em função da consciência politica e  grau de cultura, do estado ou região.
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/blog/eleicao-em-numeros/post/dilma-vence-em-15-estados-aecio-em-12-e-no-df.html

Lá, entre países como um todo e pequenas divergências internas em cada país. Aqui entre Estados (Dilma venceu em 15 e Aécio em 11 e no DF), e pequenas variações por bairros.

São Paulo poderia, por exemplo, declarar a sua independência e se desligar do Brasil, como pretendem fazer os escoceses em relação ao Reino Unido.

E os números globais bem apertados considerado o universo, e sem considerar o somatório dos ausentes com os que anularam seu voto, justificariam, sem dúvida, se fosse o caso, exigir na apuração que o vencedor só fosse aclamado caso atingisse dois terços dos votos válidos.

Diferenças inexpressivas só produzem divisão.

2 comentários:

  1. Só entrei aki par dizer que a final da Eurocopa foi hoje.

    Domingo é entrega de faixas, e com goleada da FRANÇA.

    FLui, com ou sem Levir Culpi.

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  2. Voltei só para perguntar :quem é Dilma ?

    Palpite para o jogo de entrega das faixas : 4x0 França.

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