4 de junho de 2016

SORVETES

Se tem uma coisa  que gosto é sorvete. Desde que tenha uma cremosidade bem equilibrada e, claro, sabor. Sem redundância, tem que saber bem.

Indiscutivelmente o melhor sorvete, ou os melhores sorvetes,  que tomei em minha vida foram em Florença (Firenze). Uma covardia. A sorveteria oferecia uma gama  bem variada de sabores, sem contar as combinações possíveis.

No Brasil, na minha antiguidade infantil/juvenil, eu aprendi a gostar do Sorvex, da Kibon, que comprava normalmente nas carrocinhas amarelas que estacionavam na praia ou diante da escola onde estudava.

Meu sabor predileto, então, era o de flocos.

Num dado momento que não sei precisar, surgiu em Niterói uma sorveteria que vendia o “Sem Nome”, nome estranho mas perfeitamente justificável e sugestivo em face das circunstâncias. A empresa perdeu o direito ao uso da marca original, daí a piada de que ficara sem nome acabou virando marca registrada.


Uma disputa judicial, que durou 9 anos (1970/1979), com a Kibon, obrigou a mudança do nome fantasia do sorvete, que surgiu como Hébom.

Acho que ressurgiu, mas não tenho certeza. Como era uma novidade na cidade, acabou virando um point. Mas nunca encheu minha boca d’água.

Em São Paulo, onde morei durante dezessete anos, aqui e ali, provei bons sorvetes artesanais, mas nenhum ficou em minha memória como destaque.

Conheci, também o "Freddo" localizado em Puerto Madero, Buenos Aires. Té certo, um bom sorvete, inclusive o sabor doce de leite que, parece, criaram.

Anos depois de conhecer os italianos, mui justamente incluídos entre os melhores do mundo, tive oportunidade de saborear um maravilhoso, inolvidável,  na Gerbeaud, na cidade de  Budapeste.

Gerbeaud
Quando o articulista Artur Xexéo comentou sobre sorvetes em sua prestigiada coluna d’O Globo, em 2099, portanto há sete anos, não resisti a meti minha colher (de sorvete) e palpitei também.



Estou suscitando este tema agora, no outono, ou seja meio fora de época, porque neste último domingo tomei um sorvete que se não chega a ser o néctar dos deuses, é bem feito. Foi na “Bene Gelato”, que tem loja no Shopping Itaipu Multicenter.

Bene Gelato (artigianale)
Segundo apurei não têm filiais, mas fornecem para alguns restaurantes da cidade.

Na foto o autor e sua mulher, na volta, com cara de que gostaram do sorvete.

Domingo 29.05.2016


Notas do autor: 
1) Comercial do sorvete "Sem Nome".

Pequena história do sorvete:

20 comentários:

  1. Quando vc comentou "meio fora de época", lembrei-me de quando fui aos EUA pela 1ª vez acompanhado da minha esposa e meu 1º filho, em 1979. A cidade era Mamaroneck, distante cerca de 40 minutos de trem parador do centro de Manhatan (NY).

    Era outubro, já fazia frio e incrivelmente nevou (e bastante) por 2 dias, enquanto lá estávamos. E qual não foi a minha surpresa ao perceber sorveterias lotadas ! Com aquele frio todo.

    Depois, voltando mais vezes à minha querida America, percebi que lá se consome muito sorvete, em qualquer época do ano. Naquela época, tenho certeza, um sorveteiro mudava de profissão nos meses frios do ano (isso quando existia algum frio aqui em Niterói).

    Um comentário a mais, sobre essa incrível nevasca em pleno outubro de 79 ... estávamos hospedados na casa dos primos da minha esposa, e em determinado momento, pedi o carro emprestado para comprar fraldas descartáveis para meu filho (não tinha no Brasil, e ficamos fascinados com a praticidade).

    Saí, sem conhecer bem a cidade, e começou a ..... nevar ! Todas as minhas poucas referências tornaram-se paisagens brancas, todas iguais ! Me perdi.

    Como tenho um GPS instalado na cabeça, comecei a "dirigir em círculos", na esperança de não me afastar da casa onde estava. Com a ajuda de um carro da Polícia, consegui achar o meu endereço, 1 hora e meia depois .... cheguei em casa sem as fraldas !

    (pano rápido)

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  2. Noutro dia conversávamos, com filho e nora, que no Brasil o consumo de sorvete ainda é associado ao lazer, a diversão, ao passeio. Já nos USA desde há muito ele tem caráter nutricional.

    Se não me engano eles têm o maior consumo per capita.

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  3. Sorvete me lembra ... derretimento (papo pessimista).

    Ontem até quase 2h da manhã ficamos aqui acompanhando pelo Twitter o tiroteio lá em Santa Rosa, pois um dos nossos filhos estava num aniversário por lá. Acalmamos com chegou sua mensagem pelo WApp dizendo ...Em casa, salvos.

    Derreteu toda a esperança em dias melhores, em Niterói. A incompetência municipal, estadual e federal em alinhavar alianças, o total descaso do prefeito Rodrigo Neves com a segurança da população, com um mínimo de planejamento que mitigasse a migraçaõ dos marginais para a cidade, fato mais que sabido por todos em virtude do arroxo temporário no Rio devido às Olimpíadas.

    Derreteu nosso ir e vir, nossa qualidade de vida aqui, porque esses vagabundos não vão mais sair daqui. Tem mercado para eles, afinal uma cidade com quase 500 mil habitates, colada em SG, super populosa também.

    Podem ter certeza que vai ficar cada vez mais impossível sair de casa à noite para qualquer atividade de lazer. E vai chegar o momento, de dia, que também será difícil sair para trabalhar, como já é no bairro do Fonseca.

    O cerco da bandidagem se fecha em torno dos bairros mais "nobres", todos cercados e delimitados por morros.

    O caminho único será sair pelo mar !! Se os piratas já não estiverem atacando os catamarãs enre Rio e Niterói.

    Ontem, mais um assalto com morte, no Fonseca.

    Derretendo o sorvete sabor Esperança.

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  4. Sim, o americano consome sorvete como o faria com qualquer sobremesa, sem a conotação de ser refrescante. Sábio comportamento, dado que não é possível se refrescar com um cremoso doce de leite com passas ao rum! Era dos poucos que me enchiam a boca de água, já que não sou muito chegado a tomar sorvete. Menos ainda os de fruta.

    Hoje em dia, com a chegada do diabetes, só sorvete diet. E aí mora o perigo... Todos levam muito sorbitol e é diarreia garantida algumas (poucas) horas depois...

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  5. Amantes de sorvete italiano têm elogiado muito a sorveteria Baci di Latte, que por enquanto tem em São Paulo (óbvio) e no Rio de Janeiro. Conheço a do Barra Shopping, mas nunca experimentei. Mary e Renata deliram quando entram nela.
    Talvez valha a pena, para quem gosta (e pode), experimentar.

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  6. Matéria bem ilustrativa nesse link sobre o mercado de sorvetes :

    http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/11/2014_06_18_RT_-Maio_Turismo_Sorveteria_pdf.pdf

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  7. Acho que não gosto tanto de sorvete como a maioria das pessoas. Gosto quando o calor está escaldante e não servem milk-shake.
    Mas o prazer de tomar esta pasta gelada me recorda minha mãe e minha irmã. Ambas eram fissuradas por sorvetes e não escolhiam marcas específicas. Minha saudosa genitora chegava a tomar três seguidinhos. Minha irmã (também saudosa) era capaz de consumir um quilo(meio pote de dois quilos). Tendo esse parâmetro, posso afirmar que não gosto tanto assim.
    Ah! Na minha juventude os sorvetes da Italiana (Rua da Conceição- Niterói) eram famosos.

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  8. Também não sou fã de sorvetes. De qualquer forma, se me chamarem para ir e escolher, com certeza o sabor será pistache ... adoro !

    E quanto à ITAIANA ..... as fatias deliciosas de pizza !!! Schlept !!!!

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  9. Tiroteio: daqui do apartamento deu para ouvir bem de perto. Armas de grosso calibre, o som chegava a reverberar nos prédios. Tenho um certo receio porque a área e a janela de um dos banheiros tem visada direta para aquela região...
    Bom, é melhor do que na cobertura, onde eu me sentia um verdadeiro alvo! O apartamento inteiro, os dois andares, praticamente virados para Santa Rosa e o Cavalão!
    =8-/

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  10. Ninguém comentou nada do link que enviei. São números muito interessantes de produção e de consumo no mundo.
    O que mais surpreende é a China como 2ª maior produtora, porém com um consumo super baixo. Não entendi ! Sorvete se exporta ?????

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  11. Carrano, quem é Paulo March ???? :(

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  12. Surpreendente é isso, caro Riva:

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,china-supera-a-franca-e-passa-a-ter-a-2-maior-area-de-producao-de-vinhos-no-mundo,1676717

    China supera a FDrança e passa a ter a 2ª maior área de produção de vinhos no mundo.

    A primeira é a Espanha.

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  13. Boa pergunta, Riva.

    Ele, por alguma razão, foi identificado pelo programa. Independe de meu desejo. Daí o retratinho.

    Como regra geral acontece com quem tem algum vínculo com o Google. Site, blog, ou se inscreveu de alguma forma no Generalidades Especializadas.

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  14. Também lembro da sorveteria Italiana.

    E lembro de uma que teve na praia de Icaraí, que ficava nos fundos de um terreno que estava pronto para construção de um edifício.

    Tinha muitos sabores, especialmente de frutas. Durou pouco tempo.

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  15. Gusmão, lembro também dessa que vc falou, e tinha uns sorvetes diferenciados. Não lembro em que altura da praia era.

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  16. O Emporio del Gusto, casa anexa ao premiado restaurante Da Carmine na R. Mariz e Barros (Niterói), tem um sorvete "italiano" muito interessante, de fabricação própria. Pena que o acervo de sabores diet seja limitadíssimo, 1 ou 2 no máximo. Mas tem. Pra mim, que me tornei diabético tipo 2, é importante. Quando podia tomar os sabores açucarados, achava-os sensacionais.

    Não sei se a fabricação é a mesma dos sabores que servem na sobremesa da Torninha, que geralmente tem só uns 3 ou 4 disponíveis diariamente. Contudo, pra quem gosta, o "Romeu e Julieta", que é um sorvete de queijo branco entremeado de pasta de goiaba, é dos deuses!

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  17. Vou experimentar, Freddy.
    Esta sobremesa, clássica, embora simples, já é apreciável se as talhadas de queijo e de goiabada forem de boa qualidade. Em forma de sorvete deve ser melhor ainda.

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  18. Concordo! Haja vista meu post Goiabada com Queijo, de 09/06/2014.
    =8-)

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  19. Não se pode, no Brasil, pensar em sorvete, sem que seja o da Sorveteria Cairu, de Belém do Pará, a melhor do país.

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  20. Primeiramente seja bem-vindo Paulo Roberto. Obrigado pela visita e comentário.

    Faz muito tempo que não vou a Belém. Na verdade é possível quem nem volte mais a esta cidade. Aos 80 anos e aposentado agora viajo através de documentários na TV.

    Mas guardo dela boas lembranças. Na culinária uma experiência única e exótica para mim, foi comer muçuã, num jatar no Circulo Militar.

    Fui conhecer uma boite de nome "Carimbó", afinal "estava" solteiro.

    Comprei algumas coisas artesanais no Ver-o-Peso. E fui levado até Icoaraci para comer peixada.

    Quando aí estive (supondo que você viva em Belém), o campeonato local era organizado de modo a que Remo e Paysandu se enfrentassem pelo menos cinco vezes por temporada (rsrsrs).

    Sobre o sorvete, como não poderia deixar de ser provei o de açaí, provavelmente não na "Cairu" (não lembro). E, claro, tomei a cerveja Cerpa que na época só era encontrável no Pará. O açaí também só era popular, aí no Norte. No Sudeste poucos conheciam.

    Em São Paulo, onde morei um período, convivemos com um casal paraense que fazia com frequência o sorvete de açaí na versão caseira:
    creme de leite
    xarope de guaraná
    polpa de açaí

    Volte quando quiser, claro.

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