Por
Carlos Frederico March
(Freddy)
Praças...
Há mais de uma abordagem possível.
Uma,
contando das diversas praças que fizeram parte de meu cotidiano desde menino,
onde destacaria o Campo de São Bento em Niterói e a Praça XV de Novembro no Rio
de Janeiro. Curiosamente, só fui me dar conta do Arco dos Teles na Praça XV
depois de por ele passar por 37 anos... Vai ser desligado assim... Com a
derrubada da Avenida Perimetral e uma futura estação de barcas decente, vai ser
um destaque no turismo mundial.
Outra
abordagem falaria de praças que conheci aqui e ali e que ficaram em minha
memória. No âmbito doméstico estou com Carrano e posso afirmar que a Praça da
República em São Paulo foi um destaque. Foi onde comprei minha primeira “rosca”
de ágata em 1975, iniciando uma bela coleção de itens com essa linda pedra
(bolas, obeliscos, roscas, cavernas, pirâmides).
No
âmbito internacional conheci algumas das citadas pelo blog manager na Europa,
além de outras nas Américas. Dessas últimas colocaria em destaque Times Square
em New York, a imensa praça do Obelisco em Buenos Aires e o Centro Cívico de
Bariloche, que apesar do nome é uma bela praça com vista para a Cordilheira dos
Andes e Lago Nahuel Huapi. É um de meus xodós.
Contudo,
a convocação feita pelo blog manager em e-mail especificou que deveríamos falar
sobre praças que marcaram nossas vidas. Marcar é um termo bem forte, e nesse
contexto só poderia falar sobre uma das que conheci nesses 65 anos de vida:
Marienplatz em Munique (München), capital do Estado Livre da Bavária (Freistaat
Bayern) na Alemanha (Deutschland).
A
motivação é simples. Assim que me casei em 1977 fui, ainda em lua-de-mel, morar
7 meses em Munique para fazer um curso de especialização em sistema EDS na
Siemens AG. Fazendo um apanhado geral de minha vida, foi a época mais feliz.
Talvez pela lua-de-mel, com dinheiro no bolso, em plena Europa, longe dos
problemas pessoais que permearam minha infância e adolescência, talvez por
causa da imensa disparidade entre Brasil e Alemanha. Os 7 x 1 já existiam desde
aquela época, ou até antes...
Marienplatz
foi o primeiro lugar turístico que conheci, por ter debaixo dela um hub de U-Bahn
(metrô) e S-Bahn (trem rápido de superfície), de modo que era inevitável se
passar por ela. De cara conheci a imponente Neues Rathaus (Nova Câmara
Municipal) com seu belo relógio e o curioso carrilhão (Glockenspiel).
Diariamente às 11, 12 e 17 horas a praça ficava (fica) lotada de turistas para
apreciar a performance das figuras que executam uma dança ligada à história da
cidade, a Schäfferltanz, executada pela
primeira vez em 1517 para celebrar o fim da praga.
Neues Rathaus em Marienplatz |
Glockenspiel na torre da Neues Rathaus |
E
aí aconteceu o primeiro “choque”: podia-se circular com uma Canon ou Nikon ou
Hasselblad lotada de lentes livremente pela cidade sem risco de ser
assaltado.
Meu
curso tinha dois endereços: um deles perto de casa, na Balanstrasse. Eu ia a pé
para a aula e não vou esquecer que, quando da chegada da neve no fim do outono,
eu ia pelas ruas olhando pra cima e chegava na Siemens com a barba dura e
branca de gelo! Ah, a neve...
O
outro endereço, onde se realizou a maior parte das aulas, era no Rosenthal,
situado na Rosenstrasse e, para nele chegar, eu pegava o S-Bahn em Giesing
(bairro onde passei a morar) e saltava em Marienplatz. Ou seja, digamos que em
80% dos dias em que morei em Munique (contando também fins de semana) eu tive
de passar por Marienplatz.
Marienplatz
foi fundada em 1158 e marca o centro de Munique. Seu nome atual - Praça de
Maria - decorre da existência de uma coluna da Virgem Maria (Mariensäule)
erigida em 1638 para celebrar o fim da ocupação sueca depois da Guerra dos 30
anos. A estátua em seu topo é a escultura dourada Queen of Heaven criada um
pouco antes (1590) e inicialmente instalada na Frauenkirche, a principal
catedral da cidade.
Mariensäule e Kaufhof em Marienplatz |
Comentar
sobre os diversos prédios e figuras que fazem parte da praça e seus arredores
seria cansativo e foge ao escopo, que é descrever o porquê dela ser um marco em
minha vida. Vou me deter apenas nos detalhes que foram importantes para mim.
Em
Marienplatz o elemento visual de destaque é, como já disse, a Neues Rathaus. Sua
torre principal, com o relógio e o carrilhão, tem cerca de 85m de altura e há
um mirante quase no topo. Inúmeras vezes fiquei na praça apreciando a dança
junto de centenas de outros turistas e moradores. O prédio é lindo, em estilo
neogótico e construído entre 1867 e 1903 (há controvérsias nas datas da
finalização por conta de ampliações) para substituir a Altes Rathaus (antiga
Câmara Municipal) que fica num dos extremos da praça.
Marienplatz com Neues Rathaus |
Embaixo
da Neues Rathaus há uma tradicional e famosa cervejaria, a Ratskeller. Pasmem
senhores e senhoras, nunca entrei nela! Quando relembro o que fiz ou deixei de
fazer naqueles 7 meses, ainda não encontrei razão para tal deslize. Ficou sendo
uma das grandes pendências que tenho quando penso em voltar a Munique.
De
dentro mesmo da estação de metrô há um acesso a uma das principais lojas de
Marienplatz e arredores, a Kaufhof. Na verdade é uma imensa loja de
departamentos e lá a gente encontrava de tudo para nosso cotidiano. Seu
excelente mercado no subsolo era amiúde “visitado” quando vinha embora pra
casa, no final das aulas.
Aliás,
andar com sacolas do Kaufhof era padrão entre os brasileiros da Embratel que
estava estudando nas várias turmas em que fomos divididos. Com tanta frequência
íamos ao Kaufhof que logo inventamos o verbo “kaufofar”.
Foi
em lojas de Marienplatz que comprei meu primeiro relógio digital (um Timex) e o
anel solitário com que presenteei Mary. Não é grande - estava confortável financeiramente
mas não era rico, percebam - contudo é representativo do amor (esse sim,
grande) pela companheira que acabara de desposar e que veio a se manter comigo
por toda a vida.
A
importância de Marienplatz em minha vida não se restringe à praça em si, mas também
ao fato dela ser o centro nervoso de nossas andanças pelo centro.
A
rua que liga Marienplatz a outra famosa praça de Munique, a Karlsplatz, é somente
para pedestres e é coalhada de grandes lojas (como C&A e Woolworth, para
dar dois exemplos). No primeiro quarteirão ela se chama Kaufingerstrasse e
depois do Jagd-und Fischereimuseum (Museu de Caça e Pesca) se chama
Neuhauserstrasse. É um verdadeiro “corredor polonês” de tentações de consumo!
Neuhauserstrasse, entre Marienplatz e Karlsplatz
A
primeira foto que bati na Alemanha foi, eventualmente, em Karlsplatz. É que nós
(eu e Mary) ficamos impressionados com as tulipas, que eram as flores do
momento na decoração dos jardins dessa grande área para pedestres no centro da
cidade. Nunca tinha visto tantas juntas.
Tulipas em Karlsplatz, foto nº 1 na Alemanha |
Se
saindo para um lado de Marienplatz chegávamos a Kalsplatz, seguindo na direção
oposta alcançávamos outra conhecida praça de Munique, onde fica o
Viktualienmarkt. É um mercado rústico, formado por barracas dedicadas
exclusivamente a comida. Viktualien se refere a uma palavra latina que
significa comida, donde sua tradução livre seria Mercado de Alimentos.
Sua
origem remonta a 2 de maio de 1807, quando um decreto do rei Maximiliano I
definiu a praça como centro preferencial de venda de alimentos da cidade,
envolvendo a derrubada obrigatória de um hospício que ali havia.
Vista aérea do Viktualienmarkt |
Na
época em que lá estive (relembrando, de maio a dezembro de 1977), dizia-se que
lá se encontraria mais de 350 tipos diferentes de queijos do mundo todo.
Freqüentei-o mas não para adquirir itens para levar pra casa.
A
escola da Siemens na Rosenthal ficava muito perto e não raro eu usava o tempo
do almoço para bundear pelo centro e acabava num rápido lanche. Existia uma
pequena carrocinha num canto do Viktualienmarkt que vendia hambúrgueres de
peixe do Mar do Norte, servido num tradicional pãozinho francês muito vendido
na cidade, pequeno e redondo, cortado em cima em forma de cruz. Cansei de
comê-los tomando um refrigerante.
Bem
próximo a Marienplatz, diria essencialmente a uns 3 quarteirões, situa-se a
mais famosa catedral da cidade, a Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), com
suas 2 torres de 94m de altura, numa das quais há um mirante. Ficou sendo outra
das nossas pendências da estada, porque nunca subimos nele. Na verdade, nem
entramos na catedral... É a tal coisa: ficava logo ali, deixa para amanhã, pra
depois, e acabou sobrando...
Frauenkirche e torre da Rathaus |
Voltando
à praça em si, vez por outra nela aconteciam eventos isolados. Flagrei num dia
um combo de jazz, o pessoal curtindo animadamente sua música tomando uma cerveja
e cercado de dezenas de curiosos.
Grupo de jazz se apresentando em Marienplatz |
Um
evento que filmei (não tenho fotos e perdi as cenas porque foi em Super-8) foi uma
apresentação de pantomina sobre um grande coreto. O pessoal de preto, rosto pintado
de branco, fantasiando diversas situações hilárias apenas com um fundo musical
jocoso, mudos.
Outra
lembrança de um dia qualquer foi uma moça, com um violão folk, tocando e
cantando próximo à Coluna de Maria (Mariensäule). A criatura não estava usando
amplificação, mas escolheu de forma cuidadosa sua localização, de modo que sua
voz se espalhou pela praça! Impressionante!
Marienplatz
faz, portanto, parte de minhas melhores lembranças da vida, uma época de
felicidade despreocupada, que jamais se repetiu nos anos subseqüentes.
Créditos
das fotos:
1. Centro Cívico de Bariloche
2. Neues Rathaus em Marienplatz
4. Mariensäule e Kaufhof em Marienplatz
6. Neuhauserstrasse, entre Marienplatz e
Karlsplatz
7. Tulipas em Karlsplatz, foto nº 1 na
Alemanha
10. Grupo de jazz se apresentando na
Marienplatz
As
fotos acima pertencem ao acervo do autor
3. Glockenspiel na torre da Neues
Rathaus
Banco
de fotos do Google - Wikipédia
5. Marienplatz com Neues Rathaus
Banco
de fotos do Google, creditada a Chris 73 - Wikimedia Commons
8. Vista aérea do Viktualienmarkt
Banco de fotos do Google, creditada a
Helmhechner - Wikipédia Commons
9. Frauenkirche e torre da Rathaus
Banco
de fotos do Google
Gostei muito do passeio turístico pela Munique do passado conduzido por você.
ResponderExcluirNão conheci esta Munique. Em 2012 estive na cidade, para participar da Oktoberfest. Maravilha!!!
Você aprendeu alemão? Gostaria muito de falar alemão e acho que em seis meses, já conhecendo um pouco de inglês e ouvindo o dia todo eu aprenderia o idioma de Goethe, que adoraria ler no original.
Obrigado e um abraço.
Realmente o Freddy fugiu um pouco da temática, mas não comprometeu, antes pelo contrário fez um périplo por Munique informando um pouco sobre a capital da Baviera.
ResponderExcluirDe minha parte fiquei curioso sobre que praga se abateu sobre Munique no século XVI. Na velha Europa medieval muitas cidades tiveram epidemias de pestes que mataram muita gente, inclusive das ou ligadas as realezas.
Gusmão,
ResponderExcluirNão aprendi alemão, apenas palavras suficientes para não me ver analfabeto de todo no país. Conseguia pronunciar (é fácil) e entender nomes de itens (principalmente comida, é essencial!) e preços quando me falavam. Conseguia traduzir o escrito nos cartazes, mapas e placas de orientação, ou seja, o suficiente para sobreviver.
Teve uma vez que ensinei o caminho a um motorista que me abordou na rua, senti-me o máximo! rs rs
A dificuldade maior do alemão é falar, não ler nem entender. A estrutura é do tipo do latim, tem declinações. Quando você lê ou ouve, está tudo já montado. Para construir as frases à medida que se fala eu, particularmente, acho bastante difícil.
Pelo que andei me informando, o centro de Munique não mudou tanto assim. O Viktualienmarkt continua funcionando. Até o Kaufhof parece que está lá, transformado em verdadeiro shopping.
Uma coisa que sofreu enorme ampliação foi a rede de U-Bahn (metrô). Vi um mapa recente e fiquei maravilhado. Tem uma linha que chega ao Aeroporto!
Abraço
Freddy
Hmmm...
ResponderExcluirNão percebo onde posso ter fugido da temática.
Entendi, lendo o e-mail, que a convocação foi para descrever praças que foram importantes ou marcantes em nossas vidas. Decerto conheci várias ao vivo, além das que vi em filmes, livros ou revistas.
A única praça que merece tal crédito (ser marcante em minha vida) é Marienplatz. Só fugi um pouco (rs rs) quando disse que parte de sua importância era ser ponto de partida para outros locais bem próximos, como a escola onde estudei, Karlsplatz, Viktualienmarkt e Frauenkirche.
Não me caberia descrever mais detalhes de Munique, seja no centro ou nos bairros que a compõem, porque lá se vão 39 anos e sei que muita coisa mudou, deixou de existir, foi construído, etc. Até hábitos e curiosidades se perderam no tempo, nessas quase 4 décadas.
Podem ter certeza de que, ao produzir esse texto, viajei no tempo. Misto de alegria e nostalgia, dado que (insisto em repetir) foi a melhor época de minha vida.
=8-) Freddy
Imagino Freddy que a cidade evoque muitas lembranças porque deve ter sido uma enorme mudança em sua vida. Já não bastasse estar recém-casado, houve o afastamento da família (pais e irmão), outro idioma, hábitos alimentares diferentes, clima diferente.
ResponderExcluirExperiência incrível mesmo.
O Riva e a Ana Maria, tiveram a delicadeza de, em comentários, explicar porque não fariam os posts.
ResponderExcluirJá a Alessandra e o Gusmão, tsk tsk tsk, nem deram uma desculpa.
O silêncio de minha nora nem comento.
Carrano, pelo que sei, o afastamento da família (pais e irmão) deve ter sido um alívio para o Freddy (rsrsrsrs). A libertação total !!
ResponderExcluirMas isso seria tema para um outro post, sobre "A sua libertação".
(pano rápido)
Um belo post, contando em minúcias a história da praça e o porque da ligação emocional com a vida do autor.
ResponderExcluirSó não entendo o porque de ainda não ter voltado lá.
Esperando "não poder ir"?
Uma observação : não considero como praças o Central Park, o Campo de São Bento, o Times Square, dentre outras. É para vcs ?
Riva,
ResponderExcluirSe eu fosse um cara intrigante, malicioso ou venenoso, acrescentaria que ele se viu liberto do jugo familiar (pais e irmão), mas passou a se submeter à esposa (rsrsrs).
Passei perto? Foi um tiro aproximado?
Freddy,
Keep cool. I'm Just kidding.
Riva,
ResponderExcluirQuando propus o tema, falei em praças, pracinhas e jardins.
Vai que alguém gostaria de relembrar bons momentos nos jardins de Luxembourg ou Versailles.
Poderia ter sido mais abrangente e acrescentado bosques e florestas (rsrsrs).
Vai que Chapeuzinho Vermelho resolve escrever sobre o ataque do lobo no bosque?
Também acho muito fora de contexto chamar o Central Park e o C.S. Bento, assim como Times Square ou o Aterro do Flamengo de praças.
Digamos que foi um tiro certeiro .... rsrsrsrs
ResponderExcluirRealmente praças para mim são praças ... aquele quadrado ou retângulo, geralmente com uma estátua no centro rsrsrs.
Mas na Europa, principalmente, não é esse conceito - vide Praça de São Pedro, no Vaticano, por exemplo. E há centenas delas ! Conheço pouquíssimas, de Portugal, de Paris e a de Santiago de Compostela.
Agora, Central Park ou Campo de S Bento realmente não são praças.
De fato, o Campo de S. Bento foi elevado à categoria de parque (Pq Prefeito Ferraz) mas, tire as árvores e ele teria uma configuração similar à Pç. da República em S. Paulo. Não acham?
ResponderExcluirIa escrever sobre o Jardim de Alah, mas como não sei se ele fica em Ipanema ou no Leblon é melhor deixar pra lá (hehehehe).
ResponderExcluirPreferiria falar do Jardim do Eden, mas tem a história da cobra e não sei se o Carrano publicaria.
E o Ibirapuera, em São Paulo?
ResponderExcluirParece que ELAS não curtem praças .....
ResponderExcluirEstão enroladas nas cobertas (rsrsrs).
ResponderExcluirPermitam-me uma analogia...
ResponderExcluirSe você quer que seu jardim seja visitado por pássaros e borboletas, há que cuidar das plantas, regá-las, adubar a terra. Nascerão belas flores perfumadas e então, sem que precise convocar, aparecerão os pássaros e as borboletas.
<:o)
ResponderExcluirHmmmmmmm ....... outro tiro !
E de escopeta, caro Riva.
ResponderExcluirIsto aqui é uma floresta virgem, povoada de felinos (onças e pumas) e primatas (gorilas e orangotangos); sem contar as peçonhentas (cobras e aranhas).
Passa ao largo de um jardim florido.
Para vir, ficar e desfrutar tem que ter coragem, gostar de aventuras, estar preparado para os perigos inerentes, ter bom senso, e muita disposição para transigir. Espírito de humor ajuda em todas as circunstâncias.
Aqui a regra imposta pelo manager é a seguinte: um dia ele esta em cima de você, no outro você está debaixo dele. E tem que ter orgasmo (rsrsrs). Ambos!
kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirFalando em praças, alguém por aqui já foi na nova Praça Mauá e arredores, incluindo o lixão, digo, Museu do Amanhã ?
Eu ainda não fui.
Não, Riva, não fui.
ResponderExcluirO que sei a respeito vi e ouvi em noticiários televisivos.
Aproveitando para polemizar, a Praça Mauá atende aos requisitos do blog para ser chamada de praça?
ResponderExcluir<:o)
Freddy, não sei como era a Praça Mauá antigamente, quando foi inaugurada, e por isso não sei se se enquadra ou não. Mas se enquadraria nos conceitos europeus.
ResponderExcluirComo comentei acima, não fui ao local.
ResponderExcluirO conceito de praça muda em função de latitude, longitude e tempo. Amplos espaços onde ocorrem manifestações artísticas, culturais e folclóricas, como na Espanha, em Salamanca, por exemplo, são chamados de Plaza Mayor, que por sinal foi retratada em outro post aqui no blog.
A Praça do Rink, no centro, em Niterói, nem sei se tem oficialmente este nome, tinha um local de patinação.
No interior, as praças das cidades têm coreto, chafariz ou relógio floral, pelo menos um deste itens, para serem classificadas como tais.
A Praça VX de Novembro, no centro Rio, para onde convergiam muitas linhas de bondes, era uma praça fajuta e com a construção da Perimetral perdeu toda a carcteristica.
Assim como nossa Praça Araribóia, que se chamava Martim Afonso de Souza e era também terminal de bondes. Atualmente tem mais cara de praça do que no passado.
Fui ao Aurélio, para ver o conceito no Brasil e o que encontrei? Veja:
"Lugar público cercado de edifícios; largo."
Os outros significados ou definições de praça não se aplicam ao nosso caso.
Fui ao Google para ver significados para square, olha o que achei:
"Square é uma palavra da língua inglesa, que em português significa quadrado, praça ou largo.
Uma square pode ser uma praça em uma cidade, que consiste no local onde duas ou mais ruas terminam ou se intersetam. Muitas vezes as praças contêm grama e árvores no centro.
Uma das squares mais famosas do mundo é a Times Square (Praça do Tempo, em português), em Nova Iorque, no centro de Manhattan, um dos locais mais procurados por turistas. Também em Nova Iorque, é possível encontrar a Madison Square (Praça Madison), onde está localizado o Madison Square Garden, um conjunto de arenas onde é possível assistir a eventos esportivos e musicais."
E aí? Temos uma conclusão?
Se tem que ter grama e árvores, o Campo de São Bento deveria se chamar Praça de São Bento. Assim como o Campo de Santana no Rio, que além de tudo tem (ou tinha) cotias e outros roedores. A Wikipédia dá este "Campo" como localizado na Praça da República.
Então "Campo" seria um trecho arborizado de uma praça?
Se já não sabia, agora mesmo é que sei menos ainda.
Minha concepção de praça está mais próxima daquela do interior, com coreto e jardim florido. A igreja matriz pode ou não estar na praça. Em geral está.
Putz...
ResponderExcluirA Praça XV no Rio perdeu formato com a construção da Perimetral e agora com sua derrubada ficou pior ainda, pois se tornou irregular. Tem o trecho tipo praça mesmo, onde acontece até uma feirinha semanal, mas se interliga com o imenso espaço aberto em frente à estação das barcas... Qual é o limite dela agora? Sei lá...
O Campo de São Bento tem tudo para ser praça: coreto onde acontecem manifestações culturais, chafariz com lago, mirante (desativado), igreja num dos lados... Contudo, agora é parque.
A Praça Tiradentes é bem praça mesmo! A Cinelândia idem, alguém discorda?
Já o Campo de Santana é bem parecido com o Campo de São Bento: um grande retângulo (quase quadrado), arborizado, cercado de edifícios em 3 lados... Seria praça ou parque?
A Praça Mauá... Não percebo características para tal.
E o conceito de Largo veio a complicar mais ainda, não? Largos do Machado, do Boticário, do Marrom...
<:o)
Bem lembrado. Tem os largos. No Rio de Janeiro conheci : Largo do Machado, Largo da Carioca, Largo de São Francisco.
ResponderExcluirO Parque do Flamengo virou aterro do Flamengo porque construído em área aterrada.
Então temos: praça, largo, campo, jardim e parque.
Vocês que são mais "antigos" que eu (rs rs): aquele espaço que existia antes de derrubarem tudo para fazer a estação de metrô Carioca, já se chamava Largo da Carioca? Aquele da fonte com jacaré...
ResponderExcluirSim, onde funcionava a Loja Palermo, onde comprávamos os últimos lançamentos em discos.
ResponderExcluirVou consultar o Johnnie ....
ResponderExcluirCaramba! Hoje em dia é um "senhor" largo! Vai do Convento de Sto Antônio até o terminal rodoviário Menezes Cortes, cortado pela Av. Rio Branco! Aliás, um lado é o Largo da Carioca e o outro a Praça Mário Lago. Por que largo de um lado e praça do outro é mais lenha na nossa fogueira! (rs rs)
ResponderExcluirAqui no pub ninguém conhece o Largo da Segunda-feira. Duvido!
ResponderExcluirEu lembro porque sou tijucano.
Tem largo, mas tem larga também. E não é trocadilho ou piada que vou fazer.
ResponderExcluirÉ que a Avenida Marechal Floriano, no centro do Rio, era chamada de Rua Larga.
Nesta agora avenida, ficava localizado o Bazar Dragão, que em seu comercial usava a frase "O Dragão, a fera da rua Larga".
Quem aí se lembra?
Trabalhei 32 anos a 1 quadra da Av. Marechal Floriano e conhecia seu nome antigo: Rua Larga. Não bastasse ouvir falar dela por minha mãe, quando me contava histórias de sua infância e adolescência. Ela estudou no Rivadávia Correa, escola que ficava entre a Av. Mal Floriano e Av. Pres. Vargas, na altura do Itamaraty. Também frequentei o bazar Dragão.
ResponderExcluirSobre o Largo da Segunda Feira, conheço de nome. Mas assim como o Largo do Boticário, não conheço nenhum deles pessoalmente.
ResponderExcluirContudo, morei junto ao Largo do Marrom, onde ficava o saudoso Cinema Mandaro, cuja foto de vez em quando aparece por aí quando se fala de cines antigos de Niterói.