O estadista com alma de pobre

Eduardo Paes, com diarreia verbal, expelindo pela boca o que deve ter na cabeça, recomendou a Lula eu deixe de ter "alma de pobre".

O que ele tem de pobre não é a alma, - ou não é somente a alma -  é o caráter, a dignidade, a honradez. Pobre aqui entendido como pouco.

Lula é o que poderíamos definir como "novo rico", expressão cunhada para definir pessoas sem berço, sem recursos, que por essa ou aquela ganham dinheiro, desde que o Duda Mendonça o apresentou, em 2002, ao Romanée-Conti, ano 1997, que na época custava algo como R$ 6.000,00 a garrafa. 

(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0910200207.htm)

Como qualquer pessoa normal, Lula teve facilidade em se acostumar com as coisas boas. Para ter e usufruir das coisas boas que a grande maioria de seus eleitores nem têm ideia de que existem, ele optou por organizar uma quadrilha que desviaria, para seus bolsos e para seu partido (para que pudesse se perpetuar no poder), dinheiro público, valendo-se das zelites compostas por ricos empreiteiros.

Os ricos empreiteiros, para ficarem mais ricos, via licitações fraudulentas, promovidas em  empresas públicas, acharam que seria natural, e até ficaria barato, recompensa-lo com pequenos mimos coisas de pouca monta, como sítio e  apartamento triplex do "minha casa minha vida", segundo ele mesmo definiu o imóvel no Guarujá.

A questão do rótulo de estadista, que a esquerda caviar colou em sua imagem, é mais simples de analisar.

Basta ouvir o palavreado utilizado pelo ex-presidente em suas conversas telefônicas com aliados políticos, de todos os níveis hierárquicos: em conversas com Dilma, com advogados, com assessores, com ministros de estado sua linguagem é chula e vulgar, ponteando cada frase com uma das palavras mais obscenas de nosso vocabulário e que aqui, em nome do pudor e em homenagem as senhoras e aos pudicos que nos leem, não reproduzirei aqui.

Em carta aberta tornada pública ontem, ele reafirma que não tem estudo, não é doutor e nem jurisconsulto. Verdade! E isso já era público e notório.

Ele é, também sabemos, um bom ator, um farsante. Chorou na posse afirmando que era o primeiro título que conseguia na vida: o de presidente.

Chorou afirmando que nunca mais na história do Brasil haveria fome. Esqueceu de completar que não haveria fome do seio de sua família. Seus filhos, por exemplo, tornaram-se milionários

Mas eu papel mais importante, representação digna do um Oscar foi, quando esteve preso, simular uma greve de fome.

Será que temos o estadista que merecemos? Ou estamos falando de um quitandeiro?