Desde que me entendo por gente (esta frase vai pegar), ouvi
falar ou precisei de fotocópia. Em geral autenticada. Lembro que em Niterói
recorríamos ao Cartório Roussouliers, na Rua da Conceição, posto que
diziam (e provavam) que eles reconheciam qualquer coisa, até pegadas de
cachorro.
Se não estava em papel de pão, qualquer assinatura eles
reconheciam.
Fotocópia |
As fotocópias saiam, em geral, manchadas, escurecidas, não sei se por deficiência do processo ou desgaste das máquinas já muito usadas. Em certos
pontos havia fila para fazer as malsinadas fotocópias.
Thermofax |
Quando comecei a trabalhar surgiu um “novo” processo de
reprografia, chamado thermofax, e a empresa onde prestava serviços adquiriu uma
máquina deste tipo.
Não durou muito na moda e em uso. Logo em seguida apareceram
as máquinas da Xerox, com resultados muito melhores de impressão das cópias.
Xerox |
A
dificuldade inicial foi superada com o tempo: como pronunciar o nome do
equipamento que acabou por servir também para as copias produzidas pela
máquina: xérox, xeróx, zérox, zírox?
Bem, para muitos até hoje a dúvida persiste. Mas isto é irrelevante.
Quando lançado no Brasil o modelo Galaxie, da Ford, em 1967,
foi o mesmo problema: a pronúncia.
Ford Galaxie 500 (1967) |
Mas com o tempo o nome xerox
generalizou-se de tal forma que virou substantivo comum para designar
cópias. Hoje costuma-se falar em xerografia, e não fotocópia ou reprografia.
Copiadoras domésticas (compactas) e máquinas multifuncionais fazem cópias perfeitas, o que facilitou em muito nossa vida, porque houve um momento em que a gente precisava ou achava prudente fazer xerox de tudo, a começar pelos documentos pessoais. Cheguei um dia a matutar com meus botões como era o mundo antes da invenção da xerox. Era viável?
Hoje penso isto sobre as mochilas. Como viviam as pessoas antes de se popularizarem? Deus do céu, acho que tirante eu e, talvez, o corcunda de Notre Dame, todos os demais seres humanos utilizam mochila. Embora alguns, pelo comportamento, mas parecem carregar cangalhas.
Vale notar que da mesma forma que as lojas que faziam locação
de fitas VHS (Cassete), depois DVD (Digital Versatile Disc) e finalmente Blu-ray
terão, a curto prazo, que buscar outras atividades empresariais.
O Netflix
(catalogo de filmes e séries, que podem ser acessados de várias plataformas) e
outros do gênero, mataram as mídias de vídeos alugados. Sobrevivem, mas
agonizam.
Os processos eletrônicos adotados no judiciário (os processos
físicos estão no fim), acabaram por determinar o fechamento dos inúmeros
quiosques ou balcões de cópias xerox nos fóruns.
Muitas mudanças ocorreram nas últimas décadas. De métodos,
processos, meios, equipamentos. Houve evolução, mantida a ideia original, mas
houve substituição total de sistema.
Espero que eventuais visitantes deixem em comentários outros
exemplos diferentes do ocorrido na reprografia e nas mídias de som e vídeos.
E o mimeógrafo?? Era um meio de reprodução de cópias, embora não no estrito sentido da palavra "cópia".
ResponderExcluirConheci o (primeiro?) tabelião do cartório Roussolières (me parece que tem esse "e" aí no final), Túlio, através de uma de suas filhas, em Teresópolis. Jogamos muito poker juntos, eu ainda um pivete de vinte anos.
Bom dia, Paulo.
ResponderExcluirNão mencionei o mimeografo porque ele implica (implicava?) fazer o texto num estêncil (uma espécie de papel impermeável), em geral datilografado, para ai então sim, com álcool e tinta apropriada, colocada no cilindro da máquina, imprimir cópias em série, em escala maior.
Trabalhei um curto período com mimeógrafo nas 2ª Circunscrição de Recrutamento Militar (2ª CR), quando prestei serviço militar como soldado burocrata. Imprimíamos, principalmente, o Boletim Diário, com a Ordem do Dia.
Ficava todo lambuzado de tinta em função da precariedade do equipamento, movido a manivela.
Tínhamos uma equipe epecializada na captura de estêncil das provas na sala do mimeógrafo do colégio, antes da realização das mesmas ......
ResponderExcluirColocávamos o papel sobre uma mesa de vidro com uma lâmpada embaixo, para a leitura do texto em casa.
#ficaCristovao
O Riva esteve incurso nas penas do art. 171, do Código Penal. Como era menor era inimputável.
ResponderExcluirNa PUC também tinha gente especializada em remexer lata de lixo para achar originais em estêncil ou originais de thermofax. Percebi isso depois que, tendo ascendido à condição de CDF (a partir do 6º período), comecei a ser procurado para ensinar como resolver estranhas questões, que logo a seguir "por coincidência" caíam nas provas!
ResponderExcluir=8-)
O que você pretende, Freddy? Entrar para a quadrilha do Riva? (rsrsrs). Poderia ser coautor intelectual.
ResponderExcluirFaz sentido. De que adiantava ter as provas se não sabíamos resolver as questões ? A contratação de um CDF era vital para o sucesso do projeto.
ResponderExcluirFoi difícil no início cooptar o CDF, mas depois de algumas, digamos, colocações, ele aceitou. Anda ainda por aqui em Icaraí e me cumprimenta ! rsrsrs
Lembrei do mimeógrafo pq foi com ele que produzi minha primeira apostila pra ganhar uns trocados na faculdade...
ResponderExcluirFalando em cola, lembro que no primeiro semestre, como ninguém conseguia decorar a tabela periódica de elementos, num dia de prova escrevemos várias frases espalhadas pelo quadro-negro (!!!), aparentemente sem sentido. Mas cada uma delas indicava, nas iniciais das palavras, os símbolos dos elementos de um determinado grupo. Olhem um exemplo:
Hoje li na karta o roubo dos ceis frades (o "r" e o "b" de "roubo" eram sublinhados discretamente, assim como o "c" e o "s" dos "ceis")
H - hidrogênio, Li - lítio, K - potássio, Rb - rubídio, Cs - Césio, Fr - frâncio.
Nossa! Não demora, como manager do blog, serei condenado por formação de quadrilha.
ResponderExcluirSanto Deus, com que gente acabei me metendo (rsrsrs).
Passei aperto sério na minha vida de universitário por causa da unidade de viscosidade dinâmica no sistema CGS, ue caiu numa prova.
ResponderExcluirEscrevi centipoise - não existe centipoise. A resposta certa é poise.
Atrás de mim, colega copiou minha absurda resposta !
Conclusão : zero para os dois, e abertura de processos de expulsão da universidade !
Só posso contar como isso terminou na mesa de um bar real (não virtual) ... sem microfones. rsrsrs
Hello Houston, over ?
ResponderExcluirRiva,
ResponderExcluirHá muito tempo você não escreve que este blog é sensacional. Estou sentindo falta.As vezes preciso de estímulo para continuar. No passado você era mais generoso e empolgado com o Berê Pub.
Mas é sensacional mesmo !
ResponderExcluirVeja, Tabelas Periódicas de Química, Viscosidade Dinâmica de Hidráulica, artigo 171, "cola" dos tempos de faculdade, tudo jogado no liquidificador de um mesmo post !!!
Onde se vê uma criatividade com essa intensidade em um blog ? Embora, nem tudo possa ser debatido do Berê Pub .... rsrsrs ..... pode haver microfones sob a mesa ! Olha a Lava a Jato aí !! kkkkkkkkkk
#voltaPatricia
E vamos ter Vasco x Aquele Time do Mal na Copa do Brasil ..... sensacional
Obrigado pela força, Riva. Amanhã tem matéria de um colaborador efetivo, criativo, de bom texto e camarada: RIVA. Gostou? Pago com a mesma moeda (rs).
ResponderExcluirAviso aos colaboradores, seguidores e internautas incautos em trânsito, no próximo domingo, dia 9, o blog só funcionará até as 11 da manhã.
ResponderExcluirQuer dizer, o Pub só funcionará até às 11 horas.
ResponderExcluirVoltando ao fato de ser procurado para resolver problemas que mais tarde caíram em provas, na época assumi ser uma espécie de coincidência. Eu era por demais inocente para admitir que existia um esquema. Ele me foi confessado mais tarde por um colega - bem depois de formado - me abrindo os olhos para a existência àquela época dessa prática ilícita.
ResponderExcluirConfesso que custei a acreditar, mas notícias de ilícitos similares (em outras faculdades como relata Riva) me mostraram que eu era realmente alienado...
Engraçado que muitos falaram em coisas do passado (incluindo posts recentes), mas uma delas passou em branco. Alguém se lembra do "caça gazeteiros", aquele inspetor que ficava zanzando pelas cercanias das escolas para ver se tinha alunos uniformizados matando aula?
ResponderExcluirNo Liceu tinha!
Em histórias em quadrinhos foi um personagem conhecido do Bolinha e da Luluzinha.
Lembrei dele porque no supermercado Carrefour Manilha há proibições diversas de entrada, como por exemplo animais. Contudo, chamou-me atenção a proibição da entrada de escolares uniformizados em horário de aula!
Um destes inspetores, no Liceu, era o seu Borges, não é? Ele estava lá no seu tempo, Freddy?
ResponderExcluirDuas importantes observações sobre o comentário do Freddy ....
ResponderExcluirNo Carrefour uma vez assistimos a uma cena insólita .... uma senhora entrou com seu cachorro, que a seguia em todos os seus movimentos. Veio um daqueles caras em patins, para impedir a presença do cão.
O cão se entrincheirou numa baia, dentes à mostra, e ninguém conseguia se aproximar, e a senhora rindo .... deixa ele, está comigo !
Depois de minutos de debate, desistiram....e a senhora continuou a fazer as compras com o cão dela por perto.
Caça GAZEREIROS : No ABEL, escola de Nikity, fui surpreendido matando aula de inglês pelo caça-gazeteiros. Na discussão, falei para ele que tinha inglês para dar e vender para ele ...... isso com 17 anos !!
Suspenso pela diretoria, com ameaça de expulsão, lá foi o velho Freddy March (pai) acalnmar a situação.....e conseguiu, como sempre.
Cara, não lembro do nome da figura...
ResponderExcluirMas era bem temido!