31 de agosto de 2015

Fora economistas !!! Fora PT!!!

Na “Pátria Educadora” as universidades federais estão em greve há três meses, isso mesmo, três meses sem aulas.

Os estudantes que conseguiram acesso ao ensino universitário via ENEM não conseguem fazer suas matrículas. O período letivo (segundo semestre do ano) já está comprometido.

Estamos em recessão e nosso PIB, no segundo trimestre, num ranking de 35 países está em 32º lugar. Vejam em:
O desemprego  é brutal e as filas para obtenção do auxílio desemprego não param de crescer. Uma solução da Previdência foi dificultar a concessão do benefício distribuindo apenas 15 senhas diárias.

Lojas em áreas nobres de comércio estampam nas fachadas. “Passo o ponto”, é como se fosse uma franquia bem-sucedida.

A construção civil está paralisada e os estoques de imóveis postos a venda estão encalhados. 

Em suma o quadro econômico é digno da sala de espera do inferno. Mas com este cenário o governo acha que a solução é aumentar impostos e elevar a taxa de juros.

Façam-me rir. Vão ser incompetentes assim no, na, PQP.

A hora é de estimular vendas, com juros civilizados e com atenuação de carga tributária. Exatamente o oposto do que faz o (des)governo do PT.

O comércio vendendo mais as indústrias recebem mais encomendas e o governo arrecada mais impostos. É simples assim, e funcionava assim antes de inventarem os “economistas” e suas criações mirabolantes.

E a  oferta de emprego aumenta, e aumenta também a confiança do trabalhador no sentido de que não perderá seu emprego. O medo do desemprego faz com que as pessoas fiquem na defensiva, preocupados com a sobrevivência futura. E é aí  que a  roda começa a girar ao contrário. # simplesassim.

E para arrematar o governo tem que enxugar a máquina do estado. Alias consertar as bobagens decorrentes de interesses políticos, como por exemplo criar 39 ministérios. E Dilma, a machona, não tem coragem de acabar com esta farra.

É fácil concitar a população e apelar ao congresso por um esforço pelo país, desde que ela fique onde está e seus apaniguados no serviço público tenham seus feudos intocáveis.

E pior do que ter 39 ministérios é ter agências reguladoras fazendo (ou não) o que caberia a estes ministérios, como regulamentar e fiscalizar os diferentes setores da economia. Acabar com as agências reguladoras, cabides de empregos de luxo é providência premente. Uma operação lava jato nestas agências apuraria muita corrupção.

Precisamos de menos governo, e mais empreendedores.

Tem uma coisa com que não me conformo. A falta de visão da Globo, senão ideológica, pelo menos comercial. Fora de uma economia de mercado, com livre concorrência, não há como manter caros elencos artísticos e equipe técnica de alto nível, que são os pontos fortes da Rede Globo.

Os anúncios irão minguar e eles terão que promover reduções drásticas em seus custos operacionais. Tudo porque são imediatistas. 

Ao irem para cama com Dilma e o PT, ao invés ficarem alinhados com a sociedade, a parcela que quer mudanças já, estão dando um tiro no pé. 

Nós sabemos a força e a penetração daquele veículo e consequentemente  seu enorme prestígio como formador de opinião. Pena que escolheram um rumo errado. Se não por mim e outros cães vira-latas, no dizer infeliz do Veríssimo, por eles mesmos que dependem da democracia, do estado de direito e da livre iniciativa para se sustentar e progredir, deveriam deixar de dar apoio a esta camarilha que se instalou no poder.

Não será com o alinhamento aos  bolivarianos pretendido pelo PT e as políticas assistencialistas de seu programa eleitoreiro que a Globo se manterá.

30 de agosto de 2015

É lindo, mas não é o meu Maracanã



Por
RIVA








Frequentei o Maracanã de 1964 até 1998, acompanhando o meu FLUMINENSE e a seleção brasileira. Aquela seleção, lembra, que não existe mais, aquela que se identificava com a torcida de todo o país, que nos fazia sorrir e chorar, que fazia a gente fantasiar nossos filhos, pintar a cara, ir para a rua comemorar depois dos jogos ... era o Brasil de chuteiras.

Tenho recordações memoráveis do Maracanã.

As principais, sem dúvida, são os grandes clássicos do futebol carioca, quando este era o campeonato mais importante de nossas vidas como torcedor. Qualquer clássico dava 80.000 pessoas, e qualquer final de Taça Guanabara ou Taça Rio dava 150.000 pessoas.

As recordações mais marcantes para mim são : Flu 2x1 Bangu (campeões em 64), o Flu 3x2 Fla de 69, o Flu 1x1 Galo de 71 (quando fomos campeões brasileiros),vários grandes jogos daquela Máquina de 73-74-75, e alguns da década de 80. Também inesquecível o Brasil 1x0 Paraguai de 69 ( com 183.000 pagantes) e um amistoso Brasil x Alemanha, acho que em 75.

E nessas recordações vêm a visão das arquibancadas lotadas dos arquibaldos, sem brigas, a geral dos geraldinos,  o fosso, que quando a bola ali caía sempre aparecia um otário para pegar, e não conseguia sair sem ajuda (rsrs), a facilidade de estacionar no entorno, detalhes que aconteciam nos jogos muito engraçados, enfim, a HISTÓRIA do futebol brasileiro, toda ali carimbada em minha memória.

A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo 2014 transformou-o num novo estádio, europeizado, nada adaptado à cultura espontânea e louca do brasileiro assistir aos jogos de futebol. Virou um anfiteatro. Lindo, mas um anfiteatro.




A trabalho, visitei suas instalações essa semana : bastidores, corredores técnicos, salas de controle, gramado, arquibancadas, estacionamentos, salas VIP e de convidados, banheiros, restaurantes, etc.





Está uma beleza realmente, mas por favor, não é o MARACANÃ, que como diz a Alessandra Tappes, está nos quadros pendurados nas paredes da nossa memória. É outro estádio, onde aproveitaram o nome, e não deviam.





O meu, o nosso Maraca, não existe mais. Quem viu, viu. Quem não viu, nunca mais !


De todas as coisas que vi, as que mais me impressionaram foram :

- a impressionante proximidade do banco de reservas e da área técnica dos treinadores com a torcida. O risco de um fanático pular ali e tentar estrangular” um deles é enorme !! Mas parece, até hoje, que nossa torcida se adaptou ao modelo, sabendo até das rigorosas penalidades ao clube se algum torcedor fizer alguma besteira.

- a iluminação do estádio não é automatizada, ainda. O liga-desliga é na mão mesmo ! Impressionante, tendo em vista o investimento ali realizado.

Também não sabia que ali ocorriam vários eventos “particulares”, tipo festas de aniversário e casamentos no gramado. Reparem que em uma das fotos que estou disponibilizando, atrás de um dos gols, está montado um mini-campo de futebol. É que ali iria acontecer um aniversário de crianças, na véspera do Vasco x Aquele Time do Mal, nessa semana. É uma das fontes de arrecadação do complexo ... eu não imaginava isso.

Em resumo, uma beleza de estádio .... mas não chamem de Maracanã. Minha geração agradece. Obrigado, de nada !

28 de agosto de 2015

Lula na presidência ou em Presidente Prudente?


Leio, horrorizado, esta matéria que dá conta da disposição de Lula para se candidatar à presidência em 2018.

Reli para ver se ele não estava falando de Presidente Prudente, onde tem um presídio de segurança máxima.

http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2015/08/lula-diz-que-se-necessario-entrara-na-disputa-da-eleicao-em-2018.html


Mas qual o quê, parece que ele está falando sério. 


Aliás que já começou a campanha, com bonecos infláveis colocados em pontos da cidade de São Paulo. Vejam as imagens:





http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/08/boneco-inflavel-do-ex-presidente-lula-e-montado-no-centro-e-zona-sul-de-sp.html


Onde você quer vê-lo em 2018?

Aqui?



Ou aqui?


O último a sair não apagou as luzes...

O último dos participantes costumeiros  do blog saiu sem apagar a luz. Não falei pagar, e sim apagar.

O apelo do Collor (não me deixem só) não foi atendido. Eu nem me atrevi a pedir que não me abandonassem.

O êxodo foi total, não só os israelitas, mas também umbandistas, católicos, evangélicos, ateus, budistas e seguidores de todos os outros credos ou filosofias, deixaram o blog e o manager falando com as paredes.

Voltamos aos primórdios, quando vez ou outra um membro da família, se provocado, dava as caras neste espaço virtual.

Se é por falta der adeus ...

27 de agosto de 2015

Quá quá quá quá quá

Historinha em imagens. Placar agregado, Copa do Brasil  - 2015.



               2 x 1









Freguês de caderno, o time dos urubus foi eliminado no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, pelo Gigante da Colina.

Imagens: Google

26 de agosto de 2015

Lula e sua ideia fixa por guerra

Noutro dia ameaçou convocar o "exercito do Stédile".
Agora, em discurso proferido na posse de diretores do SEBRAE, voltou a falar de guerra. Leiam:

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, e que essa crise é, possivelmente, maior que a crise de 1929. E temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial. Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência, porque... eu não admito que, uma guerra, para resolver um problema econômico, tenha 6 milhões de mortos".

Só mesmo uma besta quadrada poderia cogitar que a crise econômica mundial, e a brasileira em especial, teriam uma guerra como solução.

Sem  considerar os erros históricos e a confusão mental do orador. Não foram 6 milhões os mortos durante a guerra. Ele confundiu com o número estimado de judeus vitimas do holocausto.

A segunda guerra iniciou em 1939,  o que ele não sabe, pois se trata de um apedeuta de carteirinha, e, felizmente, a superação da crise de 1929, não precisou esperar até 1945, quando terminou o conflito mundial.

Lula não tem a mínima ideia das providências que Franklin Delano Roosevelt, adotou para tirar seu país da crise.  E não foi uma solução universal, porque a economia mundial não era globalizada como agora.

Cada vez mais  me envergonho deste molusco que acreditou ser "o cara".

NOTA DO EDITOR: depois de publicado (às 00:30 h), o texto acima, fui alertado por confrade, exatamente agora às 08:50h, que esta fala do Lula é de 2009. E enviou-me o link a seguir: 
http://www.abril.com.br/noticias/brasil/lula-afirma-crise-maior-1929-259821.shtml

Tal fato, entretanto, não invalida duas coisas: 1) o quanto ele é desinformado sobre história (política e econômica), e, 2) sua fixação por guerra: é só inverter a ordem dos pronunciamentos.

25 de agosto de 2015

Que vergonha!!!

Eu morro de vergonha, mas parece que a quadrilha não se incomoda muito com esta pecha.



Assistam ao vídeo. É de chorar como nos enxergam na Alemanha e no resto do mundo.


Palmas para Rosália Saraiva

Quem acompanha o blog sabe,  e mesmo quem eventualmente o visita e aciona na caixa de pesquisa  o verbete "veríssimo", irá verificar que sou fã do cronista Luis Fernando Veríssimo. Grande coisa, hão de dizer, porque muita gente é.

Mas não foram poucas as cartas que escrevi para O Globo, Estadão e Veja, criticando a postura política dele, manifestada em matérias dominicais. Ele é uma daquelas pessoas que coloca interesses materiais acima do raciocínio lógico, acima do que a razão recomendaria. Ele é petista. 

Como eu o acompanho como leitura obrigatória, vez ou outra, quando ele envereda pelo terreno político, sinto uma certa repulsa. 

Ninguém pode ser, senão por forte interesse financeiro, tão defensor de Dilma, Lula, Fidel et caterva.  Mesmo depois de aflorarem estes escândalos de corrupção. 

Agora, a julgar pelo que li, e abaixo reproduzo (e espero que a autora não se oponha), ficou explicado porque Veríssimo é petista. 

Assim como Jô Soares, que obtém patrocínios a rodo para suas produções teatrais, e por isso realizou aquele entrevista marota com Dilma, o Veríssimo também se locupleta com a indicação de seus livros pelos órgãos oficiais de educação.

Não imaginava qual era  motivação do cronista gaúcho, para adotar o viés esquerdista  em seus trabalhos literários.  Assim, bajulando o poder, ele é prestigiado. Está na vala comum com Dias Tóffoli, Lewandowski, Chico Buarque  e outros lenientes com o crime organizado implantado pelo PT no país.

Que falta enorme nos faz o Millôr Fernandes que cunhou a frase lapidar: "não confio em ninguém que ganha dinheiro com ideologia".

Mas eis a transcrição da carta da ex-professora das filhas do cronista chapa branca, criticando a lamentável comparação que o escritor fez em matéria publicada no jornal ZH,  no último dia 20. Ele comparou as manifestações de rua aos cães vira-latas que vagueiam pelas ruas.

Como eu sou um dos manifestantes, não me aborreço com a comparação porque melhor ser um cachorro (em geral fiel) do que alugar sua pena ou seu teclado de laptop, em defesa de um governo venal, corrupto e incompetente.

Eis a carta:

Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.
Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:
1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.
2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.
3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.
4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.
5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!
Atenciosamente, auauau.
ROSÁLIA SARAIVA


Nota do editor: em maio de 2010, portanto há mais de 5 anos, já criticávamos a posição política do Veríssimo. Vejam no final de http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/05/verissimo.html

23 de agosto de 2015

Fumo, luto, nojo

Surpreendeu-me o Riva afirmar que nunca ouviu falar da tarja de tecido preto utilizada na lapela, ou, se não trajando paletó, presa ao bolso da camisa, em sinal de luto.

Bem, nos campos de futebol, vez ou outra os jogadores utilizam uma faixa de pano preto, na manga da camisa, quando falece um dirigente ou um ex-jogador da equipe, em sinal de pesar.

No passado o fumo (este é o nome da faixa de crepe negro) era usado pelos homens. Não lembro por quanto tempo, mas era bastante a julgar pelas fotos a seguir, nas quais meu pai usava em agosto de 1949 e ainda mantinha em janeiro de 1950.

Observem que além do fumo, ela usava óculos escuros mesmo em ambientes fechados e até à noite. Isto porque disfarçava as olheiras decorrentes do choro eventual. Este fato não era uma esquisitice dele. Era comum.

Na primeira foto, de agosto de 1949, ele estava (na frente, de óculos Ray-Ban) num diretório eleitoral, do deputado Raul de Oliveira Rodrigues, ao qual foi ligado politicamente durante anos, e que é nome de rua na região oceânica e de uma pequena praça na cidade.


Na outra (do mesmo mês e ano) ele está numa reunião política no Sepetiba F.C., do qual foi presidente um período. Está na cabeceira da mesa, tendo a sua direita o deputado Raul de Oliveira Rodrigues.

E finalmente na terceira, estamos a família num almoço (também encontro político), em janeiro de 1950, realizado no IPC - Icaraí Praia Clube (demolido recentemente para construção de um condomínio na praia de Icaraí).


Minha mãe está de roupa xadrez, tendo a sua direita minha irmã Ana Maria (frequentadora do blog) , e na sequência minha outra irmã (Sara - falecida) e eu mesmo aos nove anos de idade, ambos olhando para trás.

Olhaí, Riva, por sua causa fui remexer no baú da família.

Para encerrar informo que na legislação trabalhista o período que sucede ao falecimento de ente querido (ascendentes e descendentes), chama-se nojo. E a lei assegura ao trabalhador licença para faltar  justificadamente ao trabalho.

O Generalidades especializadas também é cultura (rsrsrs).

22 de agosto de 2015

Faixa de crepe para luto

Deixei de fumar em 1982. Fumava desde meus 21 anos, quando comecei a trabalhar. Está certo, admito, furtei uma meia dúzia de cigarros de meu pai, mas seja por remorso, seja porque eram muito fortes (Liberty), seja porque deixavam cheiro na boca, foram poucas vezes mesmo.

Então fumei durante 21 anos ininterruptamente (1961 a 1982). Tempo suficiente para me envenenar e revestir os pulmões com nicotina e alcatrão.

A decisão foi repentina e a colocação em prática menos dolorosa do que supunha. Chegamos à Semana Santa daquele 1982, e iriamos passar os feriados na minha modestíssima casa em Inoã  (a primeira que tive e era realmente pequena).

Wanda fez pães de batata, compramos carne, queijos, refrigerantes e cervejas, preparamos o embornal e partimos, na sexta-feira cedo. Quando chegamos já encontramos minha irmã – Sara – com minhas sobrinhas então muito pequenas (as idades regulam com as dos meus filhos). Também ela levou, como de hábito, muita coisa para comermos naqueles dias: frangos assados, maionese, empadão, etc. Na dispensa da casa sempre tinha arroz, feijão, macarrão, óleo, o básico.

Que fiz eu, depois de haver decidido que não fumaria mais? Simplesmente não levei cigarros. E passei três dias sem fumar. Na segunda, de volta ao trabalho, pensei que não resistiria. Afinal tinha o cafezinho, tinha o estresse, os aborrecimentos de praxe (era Gerente Administrativo da Siderúrgica Hime), enfim o vício.

Mas bravamente atingi a primeira semana, o primeiro mês, o primeiro ano.

E cá estou sem fumar cigarros até a presente data. Neste interregno, durante dois anos, dos vinte e um durante os quais fumei, usei cachimbo. Era um yuppie e achava elegante o cachimbo.

Rabichos de limpeza
Comprei alguns e em dois anos desisti por causa do trabalho que dava. O ritual de enchimento do fornilho faz parte do prazer dos fumantes de cachimbo. Mas a limpeza dos cachimbos é uma coisa chatíssima.

Larguei os cachimbos, alguns dos quais meu filho Jorge, mais tarde, inicialmente,  utilizou. Depois, sofisticado, metido a besta, comprou outros de grife (marcas mais renomadas). Também largou os cachimbos substituindo-os pelos charutos.  Confraria, estas coisas. Também passou. São hábitos muito dispendiosos. E tem hora e local para fumar charuto, convenhamos.

Quando este meu filho – o primogênito – tinha 13 anos, uma noite, quando cheguei em casa, sentado tirando os sapatos, ele sentou-se a meu lado e sem muito rodeios perguntou se eu o  autorizava a fumar. Algumas menininhas vizinhas fumavam escondido,  enquanto conversavam na esquina, no cair da noite, antes do jantar. Morávamos então em São Paulo, capital, no bairro do Brooklin Novo.

Eu ainda fumava naquela época, e Wanda também.  Aliás que Wanda parou de fumar bem antes de mim. Cerca de 5 anos antes. E acho que tem a ver com o exemplo que ela achava que dava para o Jorge pretender fumar.

Não sei se o Jorge fumou escondido, porque quando você diz para o filho não fumar você está se expressando erradamente. Você deveria dizer que ele não deve fumar ... na sua frente. Sim, porque o que assegura que no colégio, nas idas ao cinema ele não fuma?

Ricardo, o filho mais novo, nunca sentiu necessidade de fumar cigarro, charuto ou cachimbo, que eu saiba. Assim, eu, mulher e filhos não fumamos há alguns anos.

Pelo titulo que encima este texto (extraído do Aurélio) verifica-se que eu prendia escrever sobre outro fumo, mais exatamente aquela faixa de tecido que era colocado na lapela em sinal de luto.

E por que? Porque revendo fotos antigas, encontrei uma de meu pai com fumo na lapela, que passou a usar quando da morte de meu avô. Não lembro por quanto tempo, mas foi bastante.

Não usei fumo na lapela ou no bolso da camisa quando meu pai faleceu. E mais, lembro que antes da missa de sétimo dia, mandada rezar por vontade de minha mãe, eu fui ao cinema Central, incentivado pelo Hermes, amigo meu, que achava que eu deveria distrair o pensamento.

E pensar que na época do falecimento de meu avô, além do pedaço de tecido colocado na lapela, as pessoas em casa falavam baixinho e não se ouvia música (no rádio), senão excepcionalmente, a chamada música clássica e com som baixo.

A gente garra a escrever e vai se distanciando do assunto inicial porque uma coisa leva a outra. Por exemplo: acreditem que quase não foi possível realizar a missa de sétimo dia pela intenção da alma de meu pai por falta de padre. Acreditam? Falo do ano de 1963.

Os da Catedral, onde foi celebrada, estavam todos comprometidos no dia (naquela época as missas eram especiais, exclusivas,  sejam as de agradecimento de graças alcançadas, sejam as de falecimento). Hoje elas são celebradas por atacado. Na última que fui, por noblesse oblige, o padre ficou uns bons 5 minutos enumerando as intenções: a missa era de ano para um, de mês para outro, de agradecimento por haver passado no vestibular, de agradecimento por milagre alcançado, etc.


Enfim, o padre misturou tudo, e numa cerimônia só, atendeu as diferentes intenções. Se funciona assim mesmo, se faz o mesmo efeito não sei, mas acho que barateia o custo. Ou não?

Notas do editor: sobre cachimbo, tipos e foma de usar, veja http://www.tabacarianacional.com.br/como_fumar_cachimbo.html

20 de agosto de 2015

Até que enfim...






A fala do incendiário/fanfarrão está em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZQZq8iCUKdc

O comentário a seguir, tinha feito no blog e enviei texto semelhante para alguns jornais e revistas:


Nada mais me espanta. No noticiário televisivo, ontem (13/08), colocaram no ar um discurso do valentão que preside a CUT, diante da presidente da república e outras autoridades. Em sua fala ele disse em alto e bom som que: "mobilizaria seu pessoal para pegar em armas e entrincheirados defenderem o mandato de Dilma".
E fica por isso mesmo. Onde está o ministro da justiça? Onde está o ministro da defesa?
Esta pregação da violência, da luta armada, fica por isso mesmo?
E os chefes militares das três armas? Amarelaram?


http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2015/08/gregos-e-romanos.html

Recomendação aos filhos

Se um dia me virem...

- De  boné na cabeça, com a aba volta para as costas;
- Com brinquinho na orelha;
- Tatuado;
- Óculos na cabeça (de grau ou escuros);
- Com uma camisa preta e vermelha;
- De sapato com meia e bermuda;
- Tomando café frio;
- Abraçado a um petista;

Podem e devem tratar de minha interdição judicial. E poupem a mãe de vocês dos transtornos de cuidar de um velho que perdeu a razão.

Não, não é necessário que ocorram cumulativamente as, digamos assim, anormalidades enumeradas. A incidência de uma delas, apenas uma, já enseja a providência solicitada.

Bem, vocês me conhecem e se por mero acaso, não, já me corrigindo, se por fruto da esclerose que se avizinha esqueci de enumerar alguma coisa de que tenham conhecimento acrescentem à lista supracitada, eis que ela não é exaustiva, é  simplesmente exemplificativa.

O fato deu manter amizade com pessoas que fazem ou usam estas coisas estranhas, não implica em aceitação tácita e admissão de que poderia considerar a ideia.

É porque os amigos, mesmo, a gente não julga.

Mas está fora de cogitação fazer o mesmo!

Nota do editor: será que chegarei lá? Faltam somente 23 anos (rsrsrs).
http://gq.globo.com/Blogs/Da-redacao/noticia/2015/08/brasileiro-de-98-anos-compete-em-prova-de-100m-rasos-na-franca.html

19 de agosto de 2015

Paulo Francis e a Petrobrás

Reproduzo abaixo, e espero que a ilustríssima autora não se oponha, um texto (recebido por e-mail) que trata de ação judicial movida, nos USA, contra o jornalista Paulo Francis, por haver mencionado em programa televisivo, que havia corrupção na Petrobrás.

Ele foi julgado e condenado a pagar elevada indenização. Alguns atribuem sua morte ao fato. O tempo passou e com ele a verdade veio a tona. 


"Paulo Francis morreu em fevereiro de 1997, em Nova Iorque, de um enfarto fulminante do miocárdio, causado em boa parte, pelo desgosto e sentimento de injustiça que corroeu sua alma e seu coração, e nos privou do cara mais chato e irremediavelmente brilhante e encantador que o Brasil já teve.



Paulo Francis estava sob a enorme pressão resultante de um processo judicial ardilosamente proposto contra ele nos Estados Unidos por suposta calúnia contra a Petrobras.



Pouco antes, no Programa de TV a cabo do qual participava, o Manhattan Connection, transmitido pela GNT, à época, Paulo Francis sugeriu a privatização da Petrobras e chamou atenção para o fato de que seus diretores desviavam dinheiro para contas na Suíça, e era preciso investigar. Contudo, Francis não tinha provas. 



Jornalistas geralmente não as têm. Suas fontes são, em geral, secretas. Elas dizem o que sabem, vivem e veem, e por temerem por suas vidas preferem ficar no anonimato. Nesses casos estamos diante das chamadas “provas diabólicas”: excessivamente difíceis de serem produzidas.



A credibilidade de Francis e a solidez do Programa deveriam ser suficientes para dar sustentação à denúncia e justificar a investigação no Brasil. O que não ocorreu, e tivemos que esperar até muito recentemente para que os mandos e desmandos da Petrobras começassem a ser investigados.





Após a denúncia de Paulo Francis, os sete diretores da Petrobras, liderados pelo então Presidente, JOEL RENNÓ, decidiram cobrar reparação judicial pelo suposto dano moral resultante da calúnia que alegaram ter sofrido e, para tanto, buscaram o Poder Judiciário dos Estados Unidos, conhecido pela receptividade desse tipo de ação e por fixar indenizações milionárias.



Os diretores da estatal fizeram o que em Direito se chama de “forum shopping”, isto é, recorrer ao judiciário de um país, cuja legislação é mais favorável e as decisões dos tribunais mais palatáveis ao caso que se pretende ver julgado.



E assim foi. A Justiça americana mandou Paulo Francis indenizar os diretores em 100 milhões de dólares, mais custas e honorários.


Muitos brasileiros ilustres, em vão, bateram na porta do Presidente JOEL RENNÓ para que desistisse de cobrar de Francis – que não tinha os meios necessários. Francis, em seu calvário melancólico pós-sentença, começou por transferir sua dor moral para uma simples bursite e desta migrou, definitivamente, para uma bomba no seu coração. Lá se foi a figura agridoce mais extraordinária de todos os tempos e um “gentleman” como não se viu mais.



E como seguir agora sabendo que era tudo verdade? E, o pior: a roubalheira era muito maior e que não tão poucos por tanto tempo roubaram tudo que podiam.



Paulo Francis merece ter sua memória recomposta. Sem lhe fazer justiça estamos fadados e nos igualar aos seus algozes. É o mínimo que podemos fazer por ele. Para tanto, é preciso que seus herdeiros e sucessores voltem ao Poder Judiciário americano com uma ação de recuperação da imagem e erro judicial – frente às provas de que dispomos agora.


É preciso responsabilizar a Justiça americana da morte de Francis, haja vista que nenhuma sentença pode ser proferida sabendo-se que o condenado não teria os meios de pagar – e que seu cumprimento o levaria à ruína. É preciso que a Justiça americana reconheça que foi usada como “forum shopping” por litigantes de má-fé que deveriam ter ingressado com a ação na Justiça da cidade do Rio de Janeiro, sede da Rede Globo de Televisão, responsável pelo programa “Manhattan Connection”, e local onde os diretores da Petrobras viram e sentiram os efeitos e prejuízos (se houve) do que foi dito por Francis.

A Rede Globo também pode tomar essa iniciativa, afinal de contas o Programa era e é dela.



Errou a Justiça americana. Deixou-se usar à época. Mas os tempos mudaram lá e cá. Não há que se preocupar com a prescrição.


Esta não atinge a nova demanda nos EUA por justiça a Francis. Fatos novos apareceram e com eles um mar de provas. Sem falar que crimes contra os direitos humanos não prescrevem e aqueles do colarinho branco abrem um corredor direto para a prisão nos Estados Unidos.



Entretanto, até que isso aconteça, fica a sugestão de buscarmos consolo em uma discreta risada (mesmo sem ninguém ver) em homenagem a Paulo Francis, pois ele tinha razão."



* Maristela Basso é Professora de Direito Internacional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco). E advogada militante. 



Nota do blogueiro/editor: Esperar da Rede Globo a iniciativa de buscar na via judicial o resgate da verdade, para limpar a honra do Francis, é um pouco de inocência da nobre advogada e professora ilustre. A Globo não faz nada contra o governo, qualquer governo instalado. Ele mama nas tetas com financiamentos públicos e veiculção de anúncios de estatais e órgãos públicos.

18 de agosto de 2015

Jornalismo da Globo

Leiam sobre o fato e vejam o que foi noticiado pelo sistema Globo de jornais, rádios e televisão, a serviço do PT.


Um PAULISTA está passando suas férias no Rio de Janeiro, e resolve visitar um zoológico da cidade maravilhosa.

Durante o seu passeio, de repente, ele vê uma menininha se aproximando demasiadamente da jaula do leão. O leão, rapidamente, a ataca e, agarrando-a pela manga do casaco, tenta puxá-la para dentro da jaula para matá-la, sob os olhares de seus pais que, paralisados de terror, ficam gritando.

O paulista corre rapidamente para a jaula e, por entre as suas barras, acerta em cheio um potente soco, direto no nariz do leão. Gemendo de dor, o leão dá um pulo para trás, soltando a menininha e o paulista, com cuidado, a pega e a entrega aos seus apavorados pais, que, muito emocionados, ficam lhe agradecendo por muito tempo.

Um repórter, que assistiu a todo o desenrolar da cena, diz ao paulista :
 -- "Senhor, esta foi a atitude mais nobre e corajosa que eu já vi um homem tomar , em toda a minha vida".

O paulista responde:
 -- "Não foi nada de mais, realmente. O leão já estava preso, atrás das grades, e eu apenas vi esta menininha em perigo e fiz o que achei que era a coisa mais acertada a ser feita".

 O repórter diz:
 -- "Bem, eu lhe garanto que este ato de heroísmo não irá passar em branco. Eu sou um jornalista, e o meu jornal de amanhã trará esta história, estampada na primeira página."

E o repórter pergunta ao homem:
-- "Apenas para complementar a notícia, qual é a sua profissão, e qual é o seu posicionamento político ?"

O paulista responde:
-- "Eu estou atualmente em férias; sou Militar do Exército e nas eleições para Presidente votei contra a Dilma.

 O jornalista então se despede e vai embora.

 Na manhã seguinte, o paulista compra o jornal, curioso para ler como saiu a notícia sobre o salvamento da menininha das garras do leão; e, para sua grande surpresa, lê na primeira página:
"Radical de extrema-direita, ligado à ditadura militar,   ataca imigrante africano, e rouba o seu almoço."


Nota do editor: a historinha no zoológico é ficcional, já a posição política da Globo...

O titular do direito autoral, que não sei de quem se trata, poderá pedir que seja deletado este post, ou dado o crédito literário.

17 de agosto de 2015

Vasco e Dilma, quem cai primeiro?

Vejam só, aliados do governo pedem união nacional pelo bem do país, esforço suprapartidário, estas coisas fáceis de pedir quando a coisa fica preta. Muita retórica, conversa fiada.

Enquanto não afloraram  os desvios de conduta, a corrupção, a roubalheira, nós e os partidos de oposição não fomos chamados para o banquete. Agora devemos ter compreensão, pensar no país.


Seria o mesmo que agora o Vasco, com seu time medíocre, chegando ao nível de rebaixamento, vir a público pedir que os próximos adversários se compadeçam e num esforço solidário permitam que o Gigante da Colina vença os jogos faltantes e se salve da debacle.

16 de agosto de 2015

EU ESTIVE LÁ

Lá, no caso, foi a pacífica e ordeira manifestação de moradores de Niterói, contra o governo incompetente e corrupto do PT, neste domingo 16 de agosto.

Ninguém é o brigado a pensar como eu. O que não aprovo é o cara se queixar, no dia-a-dia, da política econômica que leva ao fechamento de lojas e paralisação na indústria, com o consequente perverso desemprego, e se borra de medo de falar publicamente de seu descontentamento.

A corrupção campeia, e os vestígios são de que desde há muito a roubalheira deixou de ter caráter ideológico/partidário para tomar contornos de enriquecimento pessoal. José Dirceu seria o maior exemplo disto.

Que mais poderia eu fazer senão engrossar o coro dos descontentes, enchendo as ruas com palavras de ordem, portando cartazes e com adesivos no peito?

Quem não participou, por medo, covardia, tem meu desprezo. 

Quem não foi porque está satisfeito com o governo eu respeito. Afinal, para muita gente está ótimo.

A única coisa que peço é que me poupem de suas reclamações que falta segurança, faltam escolas, faltam hospitais, os valores de aposentadoria são risíveis, a política externa é equivocada e que os governantes estão se locupletando à larga.

Nunca na história deste país se roubou tanto. Collor, pelos parâmetros atuais, introduzidos pelo PT, cometeu crime de menor poder ofensivo e seria julgado em juizado especial criminal (pequenas causas), com direito a pena alternativa. Digamos 10 cestas básicas para uma instituição beneficente.

No entanto sofreu impeachment.

Quando a presidente da república está numa solenidade na qual um sindicalista, que deveria liderar trabalhadores, se apresenta como chefe de guerrilheiros e mercenários, ameaçando pegar em armas e se entrincheirar nas ruas para defende-la e ela se cala, está endossando a ameaça à ordem pública. Este fato, por si só, já seria suficiente para afasta-la do poder, pela via constitucional do impeachment. Ouçam a fala do valentão de plantão.

https://www.youtube.com/watch?v=ZQZq8iCUKdc

Cadê o ministro da justiça? Cadê o ministro da defesa?  Onde estão os chefes militares das três armas?

15 de agosto de 2015

Os obesos

Ando de ônibus diariamente, ou quase diariamente, porque somente de segunda à sexta-feira tenho que ir até o centro da cidade.

Dois ônibus cujo itinerário na ida é o mesmo, e que na volta fazem percursos quase idênticos, servem para mim à feição. Na ida a parada é quase defronte ao prédio em que resido (menos de 10 metros) e desembarco na esquina da rua onde mantenho escritório (cerca de 20 metros).

Claro que no retorno os locais de embarque e desembarque são invertidos. Inclusive posso embarcar na volta onde desembarco na ida porque as linhas em questão são circulares. Falo das 47A e 47B.

O percurso de volta é muito agradável, porque vencido o trecho que passa pela estação das barcas (praça Arariboia), os veículos enveredam pela avenida litorânea do Gragoatá até a Praia das Flexas, entrando em direção a Presidente Pedreira logo após passar diante do MAC (museu que é o cartão postal mais conhecido da cidade).


Aliás que por conta disto, quando retorno para casa mais cedo (por diferentes motivos), muitas das vezes sou solicitado a informar a turistas que utilizam esta linha (47B), que passa diante do museu, quando desembarcar. Tem uma parada bem defronte.

São italianos, alemães, chineses a até peruanos (sem discriminação) que visitam o MAC. Imagino que pela arquitetura do prédio e sua localização, e não pelo acervo.

Claro que quase todos trazem nas mãos um mapa turístico e claro que a todos respondo naquele inglês de dez mil reis do Yazigi. Menos, claro, para argentinos e peruanos que falam portunhol castiço.

Mas não é disso que pretendo falar (escrever) hoje.

Pela vez primeira observei e li um plástico colado nos vidros das janelas ao lado dos assentos destinados aos que têm preferência assegurada em lei.

Nele, o plástico adesivo,  há a mensagem sobre as pessoas que podem usar prioritariamente aqueles assentos que são em amarelo.

Esta lá, pouco mais ou menos, que se destinam aos idosos, grávidas, pessoas com criança de colo, deficientes físicos e... obesos.

Caramba, obesos? Nunca havia notado isto. Com que então obesos são equiparados aos portadores de deficiência (necessidades especiais na forma politicamente correta)?

Falta explicar para algumas modelos/manequins que se consideram obesas quando chegam aos 45 quilos que os lugares especiais não se destinam a elas.

Por fim registro minha indignação pelo fato dos idosos serem representados, graficamente, por um boneco curvado e apoiado numa bengala.


Não estou, ainda, curvado pelo peso dos anos, ou em decorrência das degenerações de coluna vertebral. E não uso bengala.