6 de junho de 2015

Papo de Astronomia - Asteroid Day




Por
Carlos Frederico March
(Freddy)







Declaração 100X do Dia do Asteroide

“Como cientistas e cidadãos, nós nos esforçamos para resolver grandes desafios da humanidade para salvaguardar nossas famílias e a qualidade de vida na Terra no futuro.

Asteroides colidem com a Terra. Alguns desses eventos, sem intervenção, irão causar um grande dano para as nossas sociedades, comunidades e famílias ao redor do globo. Entretanto, ao contrário de outros desastres naturais, sabemos como prevenir impactos de asteroides.

Há um milhão de asteroides no nosso sistema solar que têm o potencial de atingir a Terra e destruir uma cidade. Contudo, até o momento descobrimos menos de 10 mil deles - apenas um por cento.

Nós temos a tecnologia para mudar essa situação.
Portanto, nós, abaixo assinados, estabelecemos a ação a seguir:

1. Empregar tecnologia disponível para detectar e rastrear asteroides próximos da Terra que ameaçam populações humanas através de governos e organizações privadas e filantrópicas.

2. Promover uma aceleração de cem vezes na descoberta e rastreamento de asteroides próximos da Terra, de modo a conseguirmos detectar 100.000 por ano nos próximos dez anos.

3. Adoção global do Dia do Asteroide no dia 30 de junho de 2015, conscientizando para o perigo dos asteroides e aumentando nossos esforços para prevenir os impactos.

Declaro compartilhar as preocupações desta estimada comunidade de astronautas, cientistas, líderes de negócios, artistas e cidadãos interessados, acerca de estimular a consciência da proteção e preservação da vida no nosso planeta, impedindo futuros impactos de asteroides.”

Segue ao documento a assinatura de mais de 100 cientistas, astronautas, líderes empresariais e outras pessoas de renome.


Dr. Brian May
Legendário fundador da banda de rock Queen e astrofísico

Lord Martin Rees
Astrônomo real britânico, cosmologista e astrofísico,
atualmente no Museu de Ciências de Londres

Jim Lovell
Astronauta comandante da famosa missão Apollo 13 e
piloto comandante do módulo da Apollo 8


Alexei Leonov
Cosmonauta russo, 1º homem a caminhar no espaço (18/03/1965)

A origem desse evento remonta ao ano de 2014, quando o conhecido guitarrista e co-fundador da banda de rock Queen, Dr. Brian May (título auferido por seu doutorado em astrofísica), fermentou uma ideia nascida durante um festival de música e astronomia - Starmus. Esse festival, sobre o qual pretendo um dia fazer um post, é curado pelo Dr. Garik Israelian e conta com a participação de astrofísicos e cientistas de todos os cantos do planeta, como por exemplo Stephen Hawking, o mais famoso físico teórico e cosmologista da atualidade.

Stephen Hawking

Das conversações nos bastidores do Starmus saiu a ideia de fomentar em âmbito mundial a consciência do real perigo da queda de grandes asteroides sobre a Terra, como já aconteceu durante a história de nosso planeta. Considerou-se que uma declaração conjunta e assinada por figuras de renome no meio científico e social seria um excelente ponto de apoio nas ações a serem implementadas.

O evento foi formalizado através de uma videoconferência com representantes do Reino Unido (Dr. Brian May e Lord Martin Rees), em link com a Academia de Ciências da Califórnia, em San Francisco (onde Ryan Wyatt, diretor do Planetário de Morrison, recebeu vários astronautas) além de Bill Naye, CEO da The Planetary Society (que participou via vídeo direto de New York).

Assim nasceu “The 100x Asteroid Day Declaration”, traduzida livremente no início do post. Dentre as associações fundadoras do movimento encontramos The Planetary Society (da qual já fui sócio), Astronomy Magazine (sou assinante), Association of Space Explorers (através de seu comitê NEO), Seattle’s Museum of Flight, The Sentinel Mission e Starmus. Outras entidades têm aderido recentemente ao movimento.

O termo “100x” decorre do esforço sugerido de se aumentar em 100 vezes a quantidade anual de asteroides detectados pelos inúmeros programas de rastreamento existentes no mundo, usando tecnologia cada vez mais elaborada já disponível.

A declaração contou com a assinatura inicial de mais de 100 membros ilustres, contudo a meta é colher mais de 1 milhão de assinaturas mundo afora, que o fazendo antes do primeiro Asteroid Day serão considerados fundadores.

O dia escolhido para celebrar esta primeira edição é 30 de junho de 2015, aniversário de 107 anos da destruição da floresta de Tunguska, na Rússia, resultado da queda na Terra de um asteroide (ou cometa, pouca diferença faz). Prevê eventos independentes e espalhados pelo globo, sendo que a participação de entusiastas e colaboradores é livre e bem-vinda.

Palestras e encontros relacionados ao tema podem ser realizados de maneira totalmente independente, cadastrados junto ao comitê organizador apenas para facilidade de divulgação. A lista já contém vários deles nos diversos continentes, sendo que no Brasil há um encontro previsto em Florianópolis, a ser realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC.

O endereço cadastrado é Av. Mauro Ramos, 950 - Centro - Florianópolis/SC e a entrada é franca. Dois temas acerca do perigo e método de detecção de NEO (objetos potencialmente perigosos em órbita próxima à da Terra) serão abordados no evento e serão ministrados por especialistas voluntários.

Para os interessados, o risco da queda de cometas e asteroides já foi por nós abordado em post publicado no Generalidades Especializadas no dia 09/04/2012.

Conferir no link a seguir :



11 comentários:

  1. Carrano,
    Agradeço o empenho na formatação deste post.
    Até agora não acredito que tenha sido a foto do Stephen Hawking a ofensora principal. Pra mim foi aquela inicial descartada na versão final. Mas o importante é que você conseguiu.
    Bom fim de semana!

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  2. Seria uma lástima ficarmos privados dos conhecimentos e informações contidos no post, por problemas técnicos.
    Obrigado e bom final de semana para você e sua família.

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  3. Tarde de futebol, nenhuma atenção ao post. Nem pra comentar o jogo Barcelona 3 x 1 Juventus. Espero que durante a Copa América haja mais participação durante as partidas, para ficar animado.

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  4. Nitidamente é um evento e/ou assunto que as mídias não têm interesse em divulgar, alardear.

    Fico imaginando o caos nas bolsas de valores e entre populações o anúncio do possível e real impacto de um asteróide contra a Terra - basta ver o filme Impacto Profundo.

    Ao mesmo tempo, tenho a impressão que temos tido muita sorte de nada acontecer há muitos anos ...... mas, o que significa esse "muitos anos" para o universo ?? NADA ! Um ser humano vive em média 70 anos, um número desprezível para os eventos do universo.

    E eu pessoalmente ainda acho que nada poderemos fazer para desviar um bicho desses se ele realmente vier bater aqui.

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  5. Já que o autor do post tocou no assunto futebol, fui a um aniversário/almoço/arraiá ontem, mas lá consegui ver o 1º tempo de Barça x Juventus, e achei o Barcelona muito displicente.

    Já vi esse time jogar inúmeras vezes com muita determinação, e estranhamente ontem estava em ritmo de treino, não matava o jogo.

    Voltando pra casa, na Ponte, ouvi o inevitável, o empate da Juventus, e pensei ... vão perder o jogo.

    Chegando em casa, pude assistir o despertar do Messi no jogo e um outro Barça em campo, e o inevitável ... gols e o título.

    Vi também uma inacreditável vitória do Cruzeiro sobre o Galo dentro do Independência, e assisti à noite o Vasco, todo desfalcado (imaginem isso), engrossar com o Furacão no campo deles. Meu palpite era 6x0 e por pouco o jogo não acaba em 0x0.

    Futebol é assim .... asteróides são também ??? Socorro !!

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  6. Quem fará a cobertura da CIoa Amárica aqui no blog? Precisa ser alguém minimamente interessado em futebol e que, lógico, saiba o que é a bola.
    Precisa, também, estar aposentado ou nadando em dinheiro e por isso pode ficar acompanhando as partidas sem sentimento de culpa.
    Precisa ie comentado as partidas e as atuações individuais.
    Um bom foco será analisara as atuações de Messi, Suárez e Neymar, o tridente fatal do Barcelona e que estará diluído em três seleções diferentes: Argentina, Uruguai e Brasil.
    Qual dos três levará a melhor? Ou nenhum dos três?
    Eu apostaria umas duas fichas no Chile, anfitrião, que tem o Alexis Sanchez, jogador do Arsenal.
    Na Copa do Mundo quase fomos eliminados pelo CHile.
    Bem, nada impede que tenhamos dois "reporteres" fazendo a cobertura. Aguardo.

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  7. Eu estou animadízzzzzzzimo para ver a Copa zzzzzz America.

    Nesse momento mudei de canal para ver essa pelada Brasil x Mexico, porque estava revendo um filmaço, O Resgate do Soldado Ryan.

    Esse timeco do Brasil pode ser coeso, eficiente, mas eu não me identifico como torcedor desse time, por não reconhecer nele o futebol brasileiro. Só tem mercenários e legião estrangeira.

    Já falei aqui em algum comentário que se eu fosse presidete da CBF, não só não roubaria, como só vestia a camisa amarela quem jogasse no Brasil.

    Em resumo : não sei se verei os jogos, e com certeza não vou torcer para essa corja.

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  8. A NASA vem levando essa questão bem a sério.
    Link (colar e copiar)

    http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/fotos/nasa-se-prepara-para-um-armageddon-da-vida-real-24062015#!/foto/1

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  9. Notícia de hoje (28/10/2015) informa que um objeto não identificado com dimensão de 1 a 2m foi descoberto no início do mês e vai entrar na atmosfera terrestre no dia 13/11/2015, caindo no Oceano Índico.
    A maior probabilidade é de ser um destroço remanescente de viagens espaciais anteriores e não um pequeno asteroide, por conta de sua densidade muito baixa.

    Contudo, não deixa de ser uma demonstração de que ainda somos muito limitados na detecção de ofensores espaciais. O que se poderia fazer em mês e meio se fosse algo um pouco maior e potencialmente perigoso?

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  10. Se fosse algo um pouco maior, diria seu irmão Riva que a solução seria fugir para as montanhas com uma garrafa de JW Red e o CD do Led Zeppelin (rsrsrs).

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  11. Outro bólido despenca dos céus, desta feita um meteoro que não faria estrago maior que alguns mortos e feridos se caísse sobre uma cidade. Talvez mais por tumulto e pavor do que realmente por capacidade destrutiva.

    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/meteoro-em-chamas-ilumina-ceu-de-bangcoc.html

    Contudo, fica claro que estamos sob tiroteio cósmico e que apenas uma ação bem focada e implementada como a sugerida no evento Asteroid Day pode nos dar alguma chance de escapar caso algum objeto realmente grande venha em nossa direção.

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